Ministro da Defesa francês finaliza contratos no Brasil

A imprensa francesa dá detalhes da visita d ministro da Defesa francês, Hervé Morin, que inicia hoje (08Dez) ao Brasil para tentar resolver os últimos detalhes de vários grandes contratos militares, em particular a venda de quatro submarinos convencionais de fabricação francesa.

Este contrato, estimado em mais de 2 bilhões de euros, poderia ser assinado durante a visita que o presidente francês, Nicolas Sarkozy, realizará ao Brasil nas vésperas do Natal.

Seria a aquisição pela Marinha do Brasil de quatro submarinos do tipo "Scorpène" e de opções para outros dois, a fim de cobrir as necessidades, em particular de proteção, das futuras plataformas petrolíferas que devem ser montadas em águas brasileiras.

A compra prevê o compromisso da França de ajudar o Brasil a formar uma frota de submarinos nucleares.

Morin, que deve se reunir com o ministro da Defesa, Nelson Jobim, na tarde desta segunda-feira, e também com o ministro-chefe da Secretaria de Assuntos Estratégicos, Roberto Mangabeira Unger, confiava em ser recebido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva o que não deve ocorrer.

A viagem do ministro francês pode servir de impulso às negociações para outro contrato de helicópteros militares médios "EC-725" fabricados pela Eurocopter (filial do gigante europeu EADS), por um valor de 1,2 bilhão de euros.

São 51 helicópteros que serão montados na unidade de Itajubá (MG) da companhia brasileira Helibras, na qual a Eurocopter tem 45%. No Brasil o helicóptero será chamado de EC-725BR com um conteúdo de nacionalização mínima de 50%.

Dentro do acordo estratégico com a França há quatro grupos de alto-nível na área de defesa tratando dos seguintes assuntos:

1 – Helicópteros (Projeto EC-725BR)
2 - Espaço
3 – Soldado do Futuro
4 – Programa de Submarinos

Não foi noticiada detalhes ou a pauta da recente visita do ministro da Defesa do Brasil Nelson Jobim aos Estados Unidos e as discussões com o atual e também futuro Secretário da Defesa americano Robert Gates e com James Hursch, Diretor da Defense Technology and Security Agency (DTSA).

Com este último a pauta era a questão de transferência de tecnologia em áreas de defesa, onde a posição americana tem sido contrária à do Brasil.