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Salmo 127

1 Se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam; se o Senhor não guardar a cidade, em vão vigia a sentinela.

2 Inútil vos será levantar de madrugada, repousar tarde, comer o pão de dores, pois ele supre aos seus amados enquanto dormem.

3 Eis que os filhos são herança da parte do Senhor, e o fruto do ventre o seu galardão.

4 Como flechas na mão dum homem valente, assim os filhos da mocidade.

5 Bem-aventurado o homem que enche deles a sua aljava; não serão confundidos, quando falarem com os seus inimigos à porta.

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sábado, 30 de maio de 2009

Em meio à crise com a Coreia do Norte, EUA enviam caças para o Japão


Envio de aviões foi acertado entre Obama e Taro Aso.
Rússia também pede ‘séria reação’ com os norte-coreanos.
Na semana em que a Coreia do Norte fez testes nucleares, os Estados Unidos decidiram reforçar a sua presença no Pacífico com o envio de 12 caças F-22 Raptors ao Japão.
Os primeiros aviões militares, que decolaram do estado americano da Virgínia, chegaram nesse sábado (30) à base aérea de Kadena, na província japonesa de Okinawa.



O envio dos caças supersônicos acontece em meio à escalada de tensão na região, onde a Coreia do Norte lançou vários mísseis nas últimas semanas.
Segundo fontes do Departamento de Defesa, os aviões que partiram em direção ao Japão fazem parte dos dois esquadrões que a Força Aérea americana montou nos últimos quatro meses com objetivo de reforçar a segurança no Pacífico Ocidental.
A agência de notícias Reuters informou ainda que o envio dos aviões foram acertados após uma conversa telefônica entre o presidente dos Estados Unidos Barack Obama e o premiê japonês Taro Aso.
Mais cedo, ainda nesse sábado, em Cingapura, o secretário de Defesa americano, Robert Gates, afirmou que os EUA responderão "rapidamente" se as ambições nucleares da Coreia do Norte ameaçarem o país ou seus aliados na Ásia.
"Não ficaremos parados" enquanto a Coreia do Norte desenvolve capacidade para semear a destruição, disse Gates numa conferência asiática sobre segurança.

Rússia engrossa lista
Após a China pedir cabeça fria nas decisões, o presidente da Rússia, Dmitri Medvedev, e o primeiro-ministro do Japão disseram neste sábado (30) que os testes nucleares da Coreia do Norte exigem "a mais séria reação".


A declaração dos dois líderes aparece na nota da assessoria de imprensa do Kremlin que resume a conversa telefônica que ambos tiveram nesse sábado por iniciativa do premiê japonês.


"As partes foram unânimes na necessidade de reagir da maneira mais séria a essas ações (norte-coreanas), que representam um desafio ao sistema de segurança internacional", diz o comunicado.
Os dois líderes também se dispuseram a "coordenar a elaboração das medidas adequadas à situação criada e orientadas à sua solução, as quais serão incorporadas à nova resolução do Conselho de Segurança" da ONU, informou o Kremlin.
Aso e Medvedev conversaram ainda sobre temas de interesse bilateral. Neste contexto, o presidente russo ressaltou a importância de ambos "se absterem de fazer declarações públicas sobre os problemas espinhosos" nas relações entre os dois países.
O premiê japonês, segundo o Kremlin, "acolheu com compreensão" esta observação de seu interlocutor.

quarta-feira, 27 de maio de 2009

EUA podem ter pela frente uma “crise nuclear”

O governo de Barack Obama estaria a caminho de ter de lidar com uma “crise nuclear”. A previsão, que já circulava anteriormente em centros de estudos, sobretudo conservadores, foi feita publicamente por William Perry, secretário da Defesa dos Estados Unidos entre 1994 e 1997.

Ela causou preocupação entre especialistas em Washington por contar com elementos de veracidade comprovada. Comporiam o eixo central a disposição de Israel de não permitir que o Irã desenvolva um programa nuclear armamentista e movimentações nesse sentido, como a convocação para entrevista com o primeiro-ministro israelense do principal articulador, nos anos 80, do ataque ao reator do Iraque.

O encontro coincidiu com treinamento de aviões de Israel tendo como alvos “hipotéticos” instalações nucleares do Irã. O aviso de Perry voltou à cena com o encontro entre Obama e o primeiro-ministro israelense, o conservador Binyamin Netanyahu, na semana passada, em Washington.

Ficou claro que os dois divergem sobretudo quanto a prazos. Obama adotou como estratégia um possível entendimento direto com o Irã, combinado ao mesmo tempo com uma escalada de pressões multilaterais que façam o país desistir de imaginar-se o futuro portador da bomba atômica. Isso teria de acontecer até 2010, enquanto Israel se mostra convencido de que é preciso dar um basta ainda neste ano, com a opção militar em cima da mesa.

Obama propôs aos russos a retomada de negociações envolvendo o tratado de redução de armas estratégicas com a esperança de que isso contivesse ambições nucleares de modo geral. Seria a antevisão de um universo livre de artefatos de destruição em massa. Em mente, estavam sobretudo a Coreia do Norte e o Irã.

Mas a Coreia do Norte explodiu um segundo artefato, apesar das sanções que se lançaram contra ela após o teste de 2006, e o Irã observa o potencial de contenção da comunidade internacional.

Se ela não consegue imobilizar as pretensões nucleares do regime de Kim Jong-il, por que não também ir em frente com as suas? A turma do ex-presidente George W. Bush já se coloca em campo procurando capitalizar as dificuldades de Obama nesse campo, chamando de erro “potencialmente desastroso” uma política de “maior engajamento” diplomático com adversários dos EUA. Ou seja, de esforços de convencimento que por enquanto “congelam” a opção militar.

Eles disseminarão “fraqueza e indecisão” por parte dos Estados Unidos e não conseguirão estancar a proliferação, disse Nile Gardner, da Heritage Foundation, um dos centros de estudos neoconservadores que propõem, ou propunham, dado o fracasso de Bush, usar o poder militar dos Estados Unidos na construção de uma ordem capitalista mundial. A invasão do Iraque, um desastre, seria a abertura. Agora tratam de explorar, e com isso recuperar terreno, o que acusam de fraqueza de Obama.

Entram aí o teste norte-coreana e a decisão reiterada do Irã de alcançar o status já alcançado por Israel, o de potência nuclear. A ONU tem razão quando fala em maior ameaça à humanidade.

FONTE: Folha de São Paulo

Coreia do Norte ameaça Coreia do Sul com resposta militar

Advertência vem após Seul aderir a iniciativa americana contra armas.
Pyongyang fez teste nuclear e estaria de novo produzindo plutônio.

A Coreia do Norte ameaçou nesta quarta-feira (27) uma possível resposta militar contra a Coreia do Sul e assinalou que já não se vê vinculada ao armistício assinado por ambas as nações ao término de sua guerra em 1953, segundo a agência norte-coreana KNCA.

O regime comunista de Pyongyang fez a ameaça após a decisão do governo de Seul de participar plenamente na iniciativa americana contra o tráfico de armas de destruição em massa, o chamado PSI, e assegurou que a península coreana "voltará a um estado de guerra".Um porta-voz do exército norte-coreano, citado pela "KCNA", disse que a plena participação sul-coreana no PSI será considerada como "uma declaração de guerra" contra a Coreia do Norte, acrescentando que responderá com um ataque militar imediato e potente a qualquer ato hostil.Segundo o porta-voz militar norte-coreano, se o armistício perder sua vigência a península voltará em breve a uma "situação de guerra".
Pyongyang também advertiu que não garante a segurança dos navios que passam por sua costa oeste, de acordo com um comunicado militar divulgado pela agência oficial KCNA.
As relações entre as duas Coreias, que sempre estiveram oficialmente em estado de guerra desde o conflito de 1950 a 1953, pioraram após a chegada ao poder em Seul, em fevereiro de 2008, de Lee Myung-bak, qualificado regularmente de "traidor" pelo regime norte-coreano.
Rompendo com a postura dos antecessores que buscaram uma conciliação com Pyongyang, Lee adota uma posição firme em relação ao Norte e condiciona a ajuda de seu país aos progressos verificáveis no process de fim do programa nuclear de Pyongyang.
Também nesta quarta-feira, a imprensa sul-coreana informou que há indícios de que a Coreia do Norte teria recomeçado a processar combustível nuclear em suas instalações de Yongbyon , com fins militares.

EUA comemoram decisão de Seul
Os Estados Unidos comemoraram a decisão da Coreia do Sul de participar plenamente em sua iniciativa antiproliferação de armas, o que Pyongyang considera um descumprimento dos termos do armistício de 1953.
A Coreia do Norte assegurou que se alguma de suas naves for inspecionada com base na PSI, que contempla a abordagem de navios suspeitos de participar da proliferação de armas de destruição em massa, o interpretará como um ato hostil.
Pyongyang disse que considerará as inspeções e vigilância de seus navios em missão pacífica como "uma violação intolerável contra sua soberania" que será respondida com um ataque militar.
O regime comunista norte-coreano efetuou nesta segunda-feira seu segundo teste nuclear, e o Conselho de Segurança respondeu esse mesmo dia com uma condenação unânime e o aviso de que avaliará a imposição de sanções e uma nova resolução.

Rússia teme guerra nuclear
A Rússia está tomando medidas preventivas de segurança devido à preocupação com uma guerra nuclear na sua fronteira oriental, disse uma fonte oficial a agências de notícias na quarta-feira. Uma fonte não-identificada de segurança disse à Interfax que a tensão na península da Coreia poderia atingir as regiões mais a leste do país, onde a Rússia tem uma pequena fronteira com a Coreia do Norte.

"Surgiu a necessidade de um pacote apropriado de medidas preventivas", disse a fonte. "Não estamos falando em ampliar esforços militares, e sim de medidas caso um conflito militar, talvez com o uso de armas nucleares, exploda na península da Coreia."

terça-feira, 26 de maio de 2009

Angra II tem vazamento de material radioativo


Eletronuclear informou que três funcionários foram contaminados.
CNEN fala em 4 atingidos; o acidente seria "insignificante".

A Eletronuclear comunicou nesta terça-feira (26) um vazamento de material radioativo na usina nuclear de Angra II, no dia 15 de maio.
Segundo a empresa, três funcionários foram contaminados. No entanto, de acordo com informações do Conselho Nacional de Energia Nuclear (CNEN), quatro pessoas teriam sido atingidas pelo vazamento.
Segundo a Eletronuclear, os contaminados foram examinados e passaram por um processo de descontaminação, ainda que o material não oferecesse risco à saúde.

A Eletronuclear garantiu também que o vazamento foi insignificante e que a prefeitura de Angra dos Reis, a Comissão Nacional de Energia Nuclear e o Ministério de Minas e Energia foram avisados.

Segundo a empresa, uma peça contaminada era raspada para a retirada de material radioativo. Este trabalho seria um processo rotineiro. Um funcionário não desconectou o sistema de ventilação para evitar que as partículas raspadas se espalhassem pela usina. As partículas acionaram o alarme de Angra II.
De acordo com a Eletronuclear, o evento foi classificado como nível 1. Isso significa que ele teve pequenas proporções e que não há necessidade de ações reparadoras. São tomadas apenas medidas preventivas para evitar que incidentes similares ocorram novamente.
A Eletronuclear informou que os funcionários foram levados para Mambucaia, onde foram examinados e passaram por descontaminação.
A Prefeitura de Angra dos Reis informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que ainda não foi comunicada oficialmente sobre o acidente na usina.

Tucano da FAB intercepta aeronave em SP


O monitoramento do espaço aéreo por aviões da Força Aérea Brasileira (FAB) interceptou hoje um avião carregado com contrabando, possibilitando a apreensão de aproximadamente R$ 200 mil em mercadorias de informática no aeroporto de Penápolis, interior de São Paulo. A apreensão se deu depois de um Super Tucano ser chamado para perseguir o avião, modelo Sertanejo, PT-RAO, por 30 minutos. Depois de ser ameaçado com um tiro de advertência, o Sertanejo pousou no aeroporto de Penápolis, onde a mercadoria e aparelho foram apreendidos. O piloto conseguiu fugir.

A descoberta do avião ocorreu por meio do monitoramento do espaço aéreo, realizado sistematicamente em diversas regiões do País. A interceptação foi feita por um avião modelo R- 99 A (assim como o Super Tucano também fabricado pela Embraer) que possui um grande radar no teto e é usado nos serviços de controle do espaço aéreo. O Sertanejo chamou atenção porque sobrevoava a baixa altitude para fugir dos radares e das orientações de voo. Depois de se recusar a fornecer sua identificação, como número de matrícula da aeronave e destino do voo, o Sertanejo começou a ser perseguido pelo Super Tucano.

Sem responder aos contatos por rádio, o piloto do aparelho baixou as cortinas laterais para não ser identificado ao visualizar o tucano. A partir daí, o Tucano recebeu instruções do comando para fazer o “voo sombra” (acompanhar o aparelho sem ser identificado). Trinta minutos depois, pensando em estar livre da perseguição, o Sertanejo pousaria no aeroporto de Penápolis. O Comando de Defesa Aeroespacial Brasileiro (Comdabra) comunicou a Polícia Federal, que por sua vez avisou a PM de Penápolis para fazer a apreensão. No entanto, nem uma das duas polícias conseguiu prender o piloto, que fugiu assim que pousou o aparelho próximo de uma oficina mecânica instalada no aeroporto.

A Polícia Federal apreendeu o aparelho e a carga de contrabando, formada por notebooks e outros aparelhos de informática, avaliada pela PF em R$ 200 mil. O piloto do avião Sertanejo foi identificado pela polícia, assim como os proprietários da aeronave. Mas o delegado da PF Rodney Loureiro dos Santos disse que não poderia revelar os nomes para não atrapalhar as investigações. Segundo o delegado, um inquérito foi aberto para apurar o crime de contrabando.

Chávez Envolvido em Esquema de Venda de Urânio ao Irã

Estado de São Paulo
Caracas e La Paz acusadas de vender urânio a Teerã

Venezuela e Bolívia forneceram urânio para o programa nuclear do Irã, indicou um relatório secreto do governo de Israel obtido pela agência Associated Press.

Sabe-se que os dois países latino-americanos têm estreita relação com o Irã, mas é a primeira vez que são acusados de participar do desenvolvimento do programa nuclear iraniano, considerado uma ameaça por Israel.

O relatório conclui que o presidente venezuelano, Hugo Chávez, está tentando prejudicar os EUA, apoiando o Irã. Funcionários venezuelanos e bolivianos não quiseram comentar a denúncia. Venezuela e Bolívia são firmes aliados e têm um histórico de oposição à política externa americana e às ações de Israel.

Caracas expulsou o embaixador israelense durante a ofensiva de Israel na Faixa de Gaza, entre dezembro e janeiro. Israel respondeu expulsando o diplomata venezuelano. A Bolívia rompeu relações com Israel durante a ofensiva.

O documento de três páginas sobre as atividades iranianas na América Latina foi preparado antes da visita à América do Sul do vice-ministro de Relações Exteriores de Israel, Danny Ayalon, que participará na próxima semana de uma reunião da Organização dos Estados Americanos (OEA) em Honduras. Também está previsto que o chanceler israelense, Avigdor Lieberman, visite a região em breve.

MERCOSUL

O prefeito de Caracas, Antonio Ledezma, de oposição a Chávez, pediu ontem ao Senado do Brasil que rejeite a entrada da Venezuela no Mercosul. Em uma carta enviada no dia 11 ao presidente do Senado, José Sarney, Ledezma diz que seria “um grave precedente admitir no Mercosul um presidente cujas ações demonstram uma escalada autoritária; que não crê nos princípios de mercado, de processo de integração e insulta o Senado brasileiro, chamando seus integrantes de “papagaios do império americano”.
Comentário:

Chávez Envolvido em Esquema de Venda de Urânio ao Irã

Venezuela e Bolívia serem acusados de participar do desenvolvimento do programa nuclear iraniano não pode ser considerado uma ameaça somente para Israel mas, por tabela, ao Brasil também.

Vestidos com os mesmos interesses revolucionários bolivarianos, esses dois países vizinhos do Brasil não se meteriam em atividades tão arriscadas no Oriente Médio se não pudessem em conjunto com seus aliados sulamericanos também tirar proveito máximo do belicoso e fraternal projeto nuclear iraniano. E quem poderia provar o contrário?

Já era sabido que navios petroleiros e de carga geral venezuelanos vinham encobrindo o transporte de equipamentos e armamentos para o Irã, vindos de origens não totalmente determinadas, mas prováveis, como Rússia e/ou China.

Possivelmente, eles também faziam escalas na Coreia do Norte, reconhecidamente parte do mesmo círculo fraternal. Agora sabe-se que o urânio sulamericano vem sendo levado por esses mesmos navios para, pelo menos, o Irã.

Trata-se de um assunto de extrema gravidade. O que é que o governo brasileiro dirá e fará frente a essa denúncia? O presidente Lula recebe hoje em Salvador o presidente Chávez, em mais um de seus amistosos encontros trimestrais.

O BNDES e a Caixa farão a alegria da Venezuela, enquanto ela trafica urânio para o Irã e pode muito bem estar se armando em troca com o produto final iraniano, a bomba atômica revolucionária, fim de todas as discussões e diplomacias para o Brasil acuado e inoperante.

Para completar o dia, a FAB anunciou que doará três aeronaves T-27 Tucano para a Força Aérea do Paraguai, destinados à patrulha de fronteira e combate ao narcotráfico.

Tal gesto demonstraria boa vontade do Brasil ao Paraguai, em franca luta para elevar o preço da eletricidade gerada por Itaipu. Por sorte, a transferência ainda precisa ser aprovada pelo Congresso. Mas será sorte mesmo?

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Microsoft corta MSN em países do "Eixo do Mal"

Coreia do Norte, Cuba, Irã, Síria e Sudão não possuem mais acesso ao Windows Live Messenger. Os cinco países são considerados opositores à política norte-americana e formadores do chamado "Eixo do Mal".

Um comunicado publicado nesta sexta-feira (22) na página oficial do Windows Live diz que "a Microsoft irá interromper os serviços de Instant Messenger em certos países sujeitos a sanções dos Estados Unidos. Os detalhes destas sanções estão disponíveis a partir do Escritórios de controle de ativos no exterior dos Estados Unidos".

A companhia afirmou, por meio de um e-mail, que os usuários não poderão se autenticar para utilizar o comunicador instantâneo. Sanções econômicas foram aplicadas pelo Governo dos EUA. Mais informações estão disponíveis no site do U.S Office of Foreign Assets Control. http://www.treas.gov/offices/enforcement/ofac/

A Microsoft não informou o porquê do bloqueio e nem durante quanto tempo ele vai continuar. A única informação oferecida é que a companhia não vai negociar diretamente com essas nações.

Coreia do Norte realiza novo teste nuclear

25/05/09 Após teste, terremoto de 4,7 graus foi registrado por quatro países.
Governos japonês e sul-coreano pedem sanções contra o rival.

A Coreia do Norte confirmou nesta segunda-feira (25) que realizou "com sucesso" seu segundo teste nuclear subterrâneo, conforme diz a agência estatal norte-coreana "KCNA". O país comunista também informou que a explosão foi ainda mais forte - em poder e tecnologia - que a operação realizada em 2006.
O governo norte-coreano afirmou que o teste foi "seguro", sem vazamento de material radioativo.
"Como tinham solicitado nossos cientistas e técnicos, nossa república levou a cabo com sucesso outro teste nuclear subterrâneo neste 25 de maio, como parte das medidas para fortalecer o poder nuclear em defesa própria", disse a KCNA, sem fornecer detalhes sobre a região afetada pela prova.
Em outubro de 2006, a Coreia do Norte já havia realizado uma operação semelhante, que desencadeou uma série de sanções internacionais ao país.
O novo teste já provocou reações diplomáticas imediatas dos governos da Coreia do Sul e do Japão e também da China , aliada norte-coreana.
Fontes diplomáticas sul-coreanas dizem que o país vizinho também disparou mísseis de curto alcance, informação não confimada pelo governo da Coreia do Norte .

Meteorologista em Seul, capital da Coreia do Sul, mostra o abalo sísmico provocado nesta segunda-feira (25) pelo teste nuclear norte-coreano. (Foto: AFP)

Terremoto

Logo após o teste nuclear norte-coreano, sismógrafos de Japão, Coreia do Sul, Estados Unidos e Rússia registraram ao menos um grande tremor de terra, que não causou vítimas nem provocou danos.
A Agência Meteorológica do Japão detectou ondas sísmicas procedentes da Coreia do Norte, pouco depois do teste, segundo um porta-voz do Ministério de Relações Exteriores.
A Agência sísmica da Coreia do Sul registrou um tremor de 4,5 graus de magnitude na escala Richter, poucos antes das 10h (22h de Brasília de domingo, 24). O porta-voz da Casa Presidencial sul-coreana, Lee Dong-Kwan, disse que às 9h54 seu governo detectou um "terremoto artificial" perto de Poongkye-Ri, na província Norte de Hamkyong.
O Instituto Geológico dos EUA confirmou que um terremoto de magnitude 4,7 sacudiu a Coreia do Norte, a 375 km a nordeste de Pyongyang, às 9h54 (21h54 de Brasília), a 10 km sob a superfície terrestre.
A estação sismológica Yuzhno-Sajalinsk, no extremo oriental da Rússia, registrou um terremoto de 4,7 graus às 11h54, a uma profundidade de 10 km, no território norte-coreano, devido "aparentemente" a uma explosão.
Os ministros de Exteriores sul-coreano, Yu Myung-hwan, e japonês, Hirofumi Nakasone, que participam em Hanói da reunião do Fórum Ásia-Europa (Asem), disseram que já pediram reunião urgente do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), para pedir sanções ao país.

Ameaça


O regime comunista norte-coreano tinha ameaçado, no dia 29 de abril, levar a cabo um teste nuclear depois que o Conselho de Segurança da ONU condenou seu lançamento de um foguete de longo alcance no dia 5 de abril.
A Coreia do Norte realizou seu primeiro teste nuclear em outubro de 2006, três meses após lançar vários mísseis, entre eles um Taepodong de longo alcance, e isso lhe acarretou sanções e a condenação das Nações Unidas.

domingo, 24 de maio de 2009

Que dia é hoje? 24 de Maio Dia Da Infantaria

Nossa Homenagem a Infantaria pelo seu dia.
A Infantaria tem como característica essencial a aptidão para combater a pé,em todos os tipos de terreno e sob quaisquer condições meteorológicas, podendo utilizar variados meios de transporte. Uma de suas missões é conquistar e manter o terreno, aproveitando a capacidade do infante de progredir em pequenas frações, difíceis de serem detectadas em todos os tipos de terreno. Isso permite que ele se aproxime do inimigo para travar o combate corpo-a-corpo. A Infantaria poderá ter especializações das mais diversas: motorizada, blindada, pára-quedista, leve, de selva, de caatinga, de montanha, de guardas e de polícia.

Reserva indígena ou de mercado?

( resumido de texto de D. Falcão e R. Pacca)
A ONG “CIR”, ligada aos índios que defendiam a demarcação contínua da Reserva Raposa Serra do Sol — recentemente vitoriosa no STF —, negocia uma parceria com o MST visando a produção agrícola na área. Fala em obter financiamento público para a produção de arroz , uma produção amaldiçoada por eles até ontem como destruidora de seu ambiente.
A idéia de demarcação contínua embutiu a finalidade de manter preservada a cultura de seus habitantes e intocadas as terras indígenas. Não visou torná-los "empresários do agronegócio em parceria com o suspeitíssimo MST.e rejeitava a aculturação. Pelo menos não fazia parte dos princípios que nortearam a errônea decisão do STF.
Pelo jeito, "reserva indígena" poderá significar "reserva de mercado", o que seria coerente com a lamentável política de cotas implementada pelo atual governo, mas profundamente prejudicial aos interesses do país como um todo.

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Sem caixa, Chávez busca ajuda do BNDES

E O banco do Sur que ele criou???
Com a queda do petróleo, Venezuela negocia com banco de fomento brasileiro financiamento de projetos de até US$ 10 bi
Financiamentos do BNDES sob análise se encaixam na modalidade de exportação de bens e serviços de empresas brasileiras


Com dificuldades de caixa após a queda no preço do petróleo, o presidente venezuelano, Hugo Chávez, está negociando com o BNDES o financiamento de projetos em andamento que contam com a participação de empresas brasileiras.

"O BNDES tem uma carteira potencial de projetos com a Venezuela que ascende a US$ 10 bilhões e financiamentos potenciais na escala, por parte do banco, de US$ 4,3 bilhões", disse ontem à Folha o presidente da instituição, Luciano Coutinho, após se reunir com Chávez, em Caracas. A visita é parte dos preparativos para a viagem do presidente venezuelano à Bahia, na terça-feira.

Os financiamentos sob análise se encaixam na modalidade de exportação de bens e serviços de empresas brasileiras. As negociações mais avançadas envolvem duas linhas de metrô em Caracas, no total de US$ 732 milhões.

Ambas as obras estão sob a responsabilidade da Odebrecht, a maior empreiteira em operação na Venezuela. As negociações foram iniciadas em dezembro, e a expectativa da empresa é que o contrato seja assinado nos próximos 60 dias.

Nos últimos meses, a Odebrecht - assim como várias outras empresas prestadoras de serviço ao Estado -vem sofrendo com o atraso no repasse de verbas, provocando a redução no ritmo de algumas obras.

Também está em tramitação a concessão de empréstimo de até US$ 300 milhões para a Propilsul, empresa produtora de polipropileno que tem como sócias a Braskem (braço petroquímico da Odebrecht) e a estatal venezuela Pequiven.

Os projetos que podem ter envolvimento do BNDES incluem ainda a construção de um estaleiro e uma siderúrgica, ambos a cargo da construtora Andrade Gutierrez, e outras duas fábricas com participação da Braskem.

Com a receita do petróleo reduzida à metade e num cenário de pouco crédito mundial, o BNDES é visto por Chávez como opção viável de financiamento externo, principalmente pelo bom relacionamento político com o presidente Lula.

De acordo com Coutinho, o encontro com Chávez serviu para discutir mecanismos para que esses financiamentos sejam feitos no âmbito do CCR (Convênio de Pagamentos e Créditos Recíproco), uma câmara de compensação de crédito e débitos da Aladi (Associação Latino Americana de Integração), da qual Brasil e Venezuela fazem parte.
Pelo sistema CCR, os bancos centrais fazem periodicamente um acerto de contas. Se o devedor deixa de pagar, o BC desse país assume o débito -na prática, um seguro de pagamento.

Do lado brasileiro, um dos obstáculos para a ampliação das linhas de financiamento é o aumento do teto atual para o financiamento de exportação de bens e serviços à Venezuela.

A revisão precisa ser aprovada pelo Ministério da Fazenda e pelo Cofig (Comitê de Financiamento e Garantia das Exportações), no qual apenas representantes de ministérios têm direito a voto.

"Mesmo dentro do limite anterior, como a Venezuela hon- rou todas as dívidas, e o saldo devedor é muito baixo, existe limite para fazer mesmo dentro do que estava vigente. Então não há um grande problema imediato", disse Coutinho.

O Brasil de 2020 segundo Lula e FHC

O presidente e o ex-presidente falam com exclusividade a ÉPOCA sobre o futuro do país.

Helio Gurovitz e Paulo Moreira Leite


A edição de ÉPOCA que vai às bancas neste sábado (23) discute o futuro do Brasil. No nosso décimo-primeiro aniversário, tentamos traçar um panorama de como será o país daqui a onze anos – em 2020. Nossa edição traz entrevistas exclusivas com os dois brasileiros que, nos últimos onze anos, tiveram mais poder para determinar o futuro do país: o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

O governo Lula exibe os mais altos índices de aprovação popular de nossa história política. Nas aparições internacionais, Lula acumula sinais de prestígio crescente com os chefes de Estado e é personagem de reportagens elogiosas dos principais veículos da imprensa mundial. Graças a um sistema financeiro fortalecido por uma política de austeridade que contrariou os principais dogmas do PT, o Brasil de Lula enfrenta a crise global com um desemprego imenso e recessão em vários setores da economia – mas o ambiente é menos sofrido e menos pessimista que nos países centrais.


De olho no futuro imediato de sua herança política, que defenderá nos palanques de 2010, Lula recebeu ÉPOCA para falar do Brasil de 2020. De bom humor, chegou à sala de reuniões de seu gabinete pessoal, montado no Centro Cultural Banco do Brasil – para onde foi transferido o governo enquanto o Palácio do Planalto está em reforma –, falando de futebol. Disse que seu sonho, ao deixar o governo, é virar cartola do Corinthians. Depois, Lula concedeu uma entrevista cujos principais trechos serão publicados na edição de ÉPOCA. No vídeo ao lado, o presidente discute como ele tenta conciliar a agenda do curto prazo com a reflexão sobre o futuro do país. O vídeo foi feito no início da entrevista que concedeu a ÉPOCA.


O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso recebeu a reportagem de ÉPOCA na sede do Instituto Fernando Henrique Cardoso. Ela fica na região central de São Paulo, numa área que mistura o charme de prédios antigos a uma paisagem de degradação urbana que, aos poucos, vive um lento processo de recuperação. Na tarde chuvosa da entrevista, Fernando Henrique primeiro se queixa da dificuldade de adaptação à rotina paulistana e dos problemas que afetam todo morador da metrópole. "Com essa chuva, o trânsito vai ficar um inferno", diz ele. O senhor prestes a completar 78 anos pede então um café e começa a discorrer sobre o futuro do Brasil com a mesma paixão intelectual que o move há décadas. Apesar do tom otimista, ele vê dois grandes desafios para o país: educação e segurança pública. No vídeo, feito após a entrevista, ele discute esses desafios, mas se diz otimista a respeito do futuro. "Costumávamos ser chamados de país de futuro", diz FHC. "Mas o futuro já está aqui."

Conheça os números do poderio militar do Irã

Reuters
Especial: As armas e ambições das potências nucleares

FORÇAS ARMADAS

O país tem mais de 545 mil pessoas em serviço ativo. O general Ataollah Salehi é o chefe do Exército, que possui cerca de 350 mil soldados. A Guarda Revolucionária Islâmica, os mais leais guardiães do sistema, possui outros 125 mil homens. Em 2004, o Exército foi dividido em quatro divisões armadas e seis de infantaria.

Teerã possui cerca de 1,7 mil tanques, grande parte formada pelos ingleses Chieftains e pelos americanos M-60s, produzidos na década de 1960. Os soviéticos T-54 e T-55s, T-59s, T-62s e T-72 também são parte do inventário. Todos foram capturados do Iraque ou adquiridos da Coreia do Norte e China. Há ainda cerca de 8,1 mil peças de artilharia.
País possui mísseis capazes de atingir bases dos EUA e Israel, além de 1,7 mil tanques e quase 500 mil soldados



MÍSSEIS
Em um desfile militar realizado em 2007 como parte das comemorações da guerra com o Iraque (1980-1988), o Irã mostrou o míssil Shahab-3, dizendo que o projétil era capaz de viajar 2 mil quilômetros - o que poderia ser suficiente para atingir bases americanas e israelenses na região. Outro míssil mostrado na parada, o Ghadr-1 também integra o arsenal do país, e tem capacidade de atingir alvos a até 1,8 mil quilômetros.
Foi a primeira vez que Teerã mostrou seu poderio. Em novembro de 2008, o governo iraniano anunciou que testou, com sucesso, um míssil Sejil, com alcance de quase 2 mil quilômetros.

A Marinha iraniana é formada por cerca de 18 mil pessoas, e possui três submarinos russos da série Kilo, três fragatas e duas corvetas. Em 2001, a Marinha estava obsoleta e em más condições porque não havia sido equipada com navios e armas modernas. Em 2007, o Irã lançou um novo submarino e uma nova fragata produzidos no país,





FORÇA AÉREA
A Força Aérea tem cerca de 52 mil pessoas e 281 aviões de combate. Entretanto, a operacionalidade pode ser de cerca de 60%, quando comparada ao padrão americano, e de 80% se comparada ao russo. Jatos F-14 e MiG 29 integram a divisão. Em 2007, o país anunciou o teste de dois novos aviões, que estariam sendo produzidos no país em escala industrial.

Em 30 dias Brasil vai enviar a Guiné-Bissau engenheiros para preparar chegada da Missão Militar Brasileira


Segundo Jobim, o Brasil vai enviar a Bissau nos próximos trinta dias um grupo de engenheiros para preparar o local onde funcionará a missão militar brasileira.

Da Redação do Africa 21, com Angop

A missão militar brasileira na Guiné-Bissau começa a operar já no segundo semestre deste ano e vai reformar o Exército do país, garantiu o ministro da Defesa do Brasil, que começa na próxima segunda-feira um périplo por África.

Em Luanda, nos dias 27 e 28 de Maio, Nelson Jobim participará na reunião dos ministros da Defesa da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), que terá a situação da Guiné-Bissau como um dos temas centrais.

Segundo Jobim, o Brasil vai enviar a Bissau nos próximos trinta dias um grupo de engenheiros para preparar o local onde funcionará a missão militar brasileira.

"É preciso mudar a estrutura de guerrilha que há ainda na cabeça dos militares guineenses", afirmou Jobim. O ministro disse também que o Brasil vai ajudar na formação de uma força de paz para a União Africana, juntamente com Moçambique.

Questionado sobre a possibilidade de o Brasil vir a integrar eventuais tropas das Nações Unidas na Guiné-Bissau, Jobim foi enfático. "Todas as possibilidades em relação a uma ajuda à África estão abertas. Mas não participamos em operações de intervenção para fazer a paz, mas sim para manter a paz, como é o caso do Haiti", disse o ministro.

Após a XI Reunião dos ministros da Defesa da CPLP, Jobim visitará o Congo e a Namíbia, países com os quais também abordará a necessidade de uma visão concertada entre africanos e sul-americanos em relação ao Atlântico Sul.

Em Janeiro último, a Namíbia tornou-se no primeiro país a adquirir e receber navios de guerra fabricado no Brasil com a incorporação do navio patrulha Brendan Sinbwaye, construído pela Indústria Naval do Ceará (Inace).

Fora da América do Sul, a Namíbia é o país com o mais significativo programa de intercâmbio militar com o Brasil, que ajudou os namibianos a montarem a sua Marinha.

Guiné-Bissau: Brasil disponível para enviar tropas se houver decisão da ONU
O Brasil poderá enviar tropas para a Guiné-Bissau, caso haja uma decisão da ONU, disse hoje o ministro brasileiro da Defesa, Nelson Jobim, que se referiu também ao envolvimento do seu país na criação de uma força de paz da União Africana.

Respondendo a uma questão sobre possibilidade do envio de um contingente militar para Guiné-Bissau, após o assassínio do Presidente "Nino" Vieira e do atentado contra o Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, Tagmé Na Waié, ambos no início de Março, Nelson Jobim afirmou à imprensa, no Rio de Janeiro, que o Brasil tem "'expertise' para isso".

No entanto, o envio de uma missão de paz "depende de decisões a serem tomadas pela ONU", observou. "Se a ONU decidir que há a necessidade, o Brasil tem disponibilidade para participar desse tipo de coisa."

Segundo o ministro da Defesa, o Brasil não realiza operações para "fazer a paz". O Brasil, prosseguiu "participa de operação de manutenção de paz e esta distinção é fundamental".

"Uma coisa é ter força militar para intervir num determinado país para forçar a se fazer a paz, que é a doutrina americana de Bush. Nós não participamos dessa operação, nós participamos de manutenção de paz, essa é a política brasileira", destacou.

"Com Moçambique vamos trabalhar em conjunto na criação de uma força de paz para a União Africana. A ideia é enviarmos oficiais brasileiros e sargentos para treinar, desde logo, os soldados lá existentes em operações de paz", afirmou o governante.

Segundo Jobim, a colaboração das Forças Armadas do Brasil vai no sentido de criar a possibilidade de instruir a formação de forças de paz para África.

"Na maioria das vezes os países ocidentais comparecem a África para dizer aos africanos o que querem fazer ou o que devem fazer. O Brasil não vai fazer isso, o Brasil vai ajudar os africanos a fazerem aquilo que eles precisam e decidirem fazer", enfatizou, ao referir ser esta uma "diferença de postura fundamental" nas relações internacionais do Brasil com África.

Jobim ainda realçou que as forças armadas brasileiras têm "expertise" não só para tratar de missões de paz, como também "em indústria de instrumentos não-letais utilizados em operações de paz, fundamentalmente".

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Impressionante!! Carro bomba

AGORA VOCÊ VAI TER UMA IDÉIA REAL DO QUE É UM CARRO BOMBA!!


Dois de setembro de 2007.
Um caminhão, aparentemente comum, trafegando lentamente
na rodovia, aproxima-se de um comboio do exército norte-americano....



É a primeira vez que se pode ver, em vídeo veiculado na
web, a potência dos explosivos. A câmara, colocada bem distante, é afetada
por longos segundos após a explosão.

Jobim busca alianças para garantir a exploração de águas do Atlântico Sul

Cada vez mais ativo na política externa, o ministro da defesa, Nelson Jobim, lançou uma ofensiva para assegurar os interesses brasileiros no Atlântico Sul, que considera ameaçados pela falta de regras internacionais claras para a exploração de recursos minerais na área.

Na próxima semana, Jobim viaja à África, para convencer governos locais a aliar-se ao Brasil na tentativa de influenciar na elaboração dessas regras. Sem uma ação urgente, o Brasil pode enfrentar problemas até em rotas comerciais de navegação no Atlântico, afirma o ministro.

Jobim se refere à região marítima conhecida como “Área” no jargão dos especialistas na Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar, que abrange todos os recursos minerais (e biológicos) sólidos, líquidos ou gasosos no fundo do mar e no subsolo além das chamadas plataformas continentais jurídicas dos países.

A “Área” é patrimônio da humanidade, e sua exploração é controlada por um outro órgão da ONU, a Autoridade Internacional de Fundos Marinhos, ou Isba (de “Internacional Seabed Authority”), que concede uma espécie de licença para exploração de recursos minerais nesse espaço.

A Isba já firmou contratos de exploração com oito entidades privadas e governamentais para explorar ocorrências minerais, conhecidas como “nódulos polimetálicos”, em 30 blocos, espalhados por mais de 2 milhões de metros quadrados nos oceanos Pacífico e Índico.

Agora estuda a abertura de autorizações para pesquisas sobre outros recursos minerais de potencial econômico, conhecidos como “crostas cobaltíferas”e “sulfetos polimetálicos” - estes últimos geralmente associados a bactérias e outros micro-organismos que, segundo avalia o governo, podem ser, no futuro, fonte de exploração mais lucrativa que a dos minérios.

Em dois anos, a Isba deve terminar a regulamentação para exploração dessas crostas cobaltíferas e dos sulfetos polimetálicos, e começar a distribuir concessões com base nas pesquisas realizadas em relação a esses recursos, no Atlântico Sul, avisa Jobim. Ele teme as consequências econômicas e geopolíticas para o Brasil, caso o país não se prepare para a exploração dos recursos nessa região marítima.

“Se, em dois anos, não fizermos as pesquisas necessárias, perderemos a possibilidade de exploração de áreas muito próximas de nossa plataforma continental”, alarma-se o ministro. Como os blocos de exploração podem ter até 100 quilômetros quadrados, nos quais os concessionários têm direito a estabelecer “zonas de segurança” em torno dessas áreas, podem se criar entre o Brasil e os países do litoral ocidental africano, barreiras para o trânsito de embarcações, dificultando rotas marítimas de interesse do Brasil no Atlântico Sul, acredita Jobim. “Não estou fazendo terrorismo, o que digo é que não podemos chegar tarde”, afirma.

O Brasil, como noticiou o Valor, já vem tomando providências para garantir seus direitos sobre uma plataforma continental , estendendo a soberania brasileira para além das 200 mil milhas marítimas, até a divisa com o chamado alto-mar, a cerca de 350 mil milhas da costa. Mas, para além da plataforma continental, há regiões de baixa profundidade situadas na Área, que já são objeto de pesquisas de entidades alemãs e russas e preocupam o ministro.

É o caso da “elevação do Rio Grande”, uma formação que os geólogos chamam de alto topográfico, na zona oceânica em frente ao Rio Grande do Sul e Santa Catarina, cujo topo está a apenas 70 metros de profundidade e a base a cerca de 4 quilômetros abaixo da superfície do mar.

A instalação de plantas de exploração e beneficiamento dos minerais, com apoio militar para segurança das atividades tão próximas da costa brasileira é indesejável, acredita o ministro da defesa, que endossou as iniciativas do Ministério de Minas e Energia para atrair países africanos e sul-americanos a um levantamento de dados científicos sobre a geografia do Atlântico Sul e Equatorial, a realização, pelo Brasil, de pesquisas sobre as crostas cobaltíferas na elevação do Rio Grande do Sul e uma pesquisa-piloto dos depósitos minerais e biodiversidade nos arquipélagos de São Pedro e São Paulo, a cerca de 1,1 quilômetro do litoral do Rio Grande do Norte.

“Esse é um assunto que diz respeito ao trânsito no Atlântico Sul, onde o Brasil tem responsabilidade até no que diz respeito a socorro marítimo”, enfatiza Jobim. Ele pretende levantar a discussão na reunião dos ministros de defesa da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, na segunda-feira, em Angola.

Já vem tratando do tema em conversas com a Namíbia, país africano com quem a Marinha do Brasil tem um acordo de cooperação e fornecimento de embarcações. “Precisamos ter uma política Sul-Sul para essa questão, e ter uma posição conjunta na ONU”, defende Jobim.

Para os ministérios da defesa e de Minas e Energia, além da importância econômica e geopolítica, alguns países vêm se interessando pela pesquisa de recursos na Área motivados pelo desenvolvimento tecnológico resultante da exploração mineral em grandes profundidades.

O alto custo dessa exploração faz com que haja pouco interesse do setor privado de países emergentes, porque a exploração mineral na Área não parece economicamente compensatória, por enquanto.

Os pedidos de pesquisa e exploração visam garantir a reserva dessas áreas para exploração futura. Como 95% dos oceanos não têm profundidade maior que seis quilômetros, os países que dominarem tecnologia de aproveitamento dos nódulos polimetálicos em profundidades de 4 mil a 6 mil quilômetros conquistarão os oceanos do ponto de vista tecnológico e estratégico, argumenta o ministro.

Comentário:

Brasil Atrasado na Defesa Contra Ameaças no Atlântico Sul


O ministro Jobim teme consequências econômicas e geopolíticas para o Brasil, caso o país não se prepare para a defesa e a exploração dos recursos no Atlântico Sul.

A Isba já firmou contratos de exploração em 30 blocos espalhados pelos oceanos Pacífico e Índico. Não tardará a fazer o mesmo em nossa região. Isso está para ocorrer já porque empresas e entidades alemãs e russas vêm fazendo levantamentos em diversas áreas, entre elas a “elevação do Rio Grande”, formação geológica a com topo a 70 m de profundidade e uma base 4 km abaixo da superfície do mar.

Se o próprio ministro, sem terrorismo, diz que o Brasil poderá chegar tarde, que os meios necessários à atuação eficaz da Marinha do Brasil sejam comprados e construídos em tempo hábil para o enfrentamento desses eventos, e não para o meio da longínqua década de 20, quando já estará tudo dominado.

Um solitário submarino nuclear comissionado em 2015 ainda poderá fazer alguma diferença, mas não contra uma Rússia. Já chegando em 2023, será tarde demais e investimento precioso perdido.

O Brasil precisa acordar para esse elemento que de estratégico poderá passar a ser peça de ficção política. Nada contra a MB, mas o MD e o Planalto precisam apressar tudo o que puderem neste projeto, que realmente mudaria todo um paradigma de Defesa de nossa soberania na região atlântica.

Uma boa opção é justamente uma aliança com países africanos e UNASUL para um grande esforço conjunto de preservação e exploração no Atlântico Sul, mas só isso não será suficiente.

terça-feira, 19 de maio de 2009

Plano de Ação de Israel para Destruir o Programa Nuclear do Irã

Análise Militar, Estratégica e Política
Ministros do governo israelense e membros do Knesset que decidirão sobre o possível ataque às instalações nucleares de Irã não têm mais que esperar por briefings da Força Aérea de Israel(IAF) ou dos Serviços de Inteligência.

Podem ler sobre todos os cenários possíveis para um ataque ao Irã, e sobre os riscos e as chances de êxito, em um estudo de Abdullah Toukan e Anthony Cordesman ambos do Center for Strategic and International Studies (CSIS ), de Washington, do dia 14 de Março mas divulgado na semana passada . Nunca antes foi publicado um estudo tão claro, detalhado e completo de opções ofensivas de Israel. Os autores do estudo de 114 páginas recolheram meticulosamente todos os dados disponíveis das capacidades militares e do programa nuclear de Israel, e em do desenvolvimento nuclear e sobre as defesas aéreas do Irã, assim como o inventário dos mísseis de ambos os países.

Após ter analisado todas as possibilidades para um ataque ao Irã, Toukan e Cordesman concluem: “Um ataque militar por Israel às instalações nucleares iranianas é possível… [mas] seria complexo e de alto risco e não teria todas as garantias que a missão no todo teria alto percentual de sucesso.”

O primeiro problema que os autores apontam a é inteligência, ou mais precisamente, a falta dela. “Não se sabe se o Irã tem algumas instalação secreta onde já esteja conduzindo o enriquecimento de urânio,” escrevem eles. Se existem instalações desconhecidas às agências de inteligência ocidentais, o programa de enriquecimento de urânio do Irã poderia continuar e tornar-se um absoluto segredo, quando Israel atacar os locais conhecidos - e os ganhos do ataque estariam perdidos. Os autores enfatizam que um ataque ao Irã somente é justificado se destruir o programa nuclear do Irã ou o obrigá-lo a parar por e diversos anos. Esses objetivos são muito difíceis de alcançar.

As agências de inteligência estão divididas igualmente na pergunta crítica de quando o Irã terá uma arma nuclear. Considerando que a inteligência israelense afirma que pode ser entre 2009 a 2012, as estimativas das áreas de inteligência dos E.U.A. mencionam que não acontecerá antes de 2013. Se a avaliação da inteligência israelense é exata, a janela para um ataque militar está fechando-se rapidamente. É claro que ninguém ousará um ataque ao Irã quando este possuir armas nucleares.
Dispersão das instalações
nucleares do Irã

Desde que o Irã tem dúzias de instalações nucleares dispersadas por toda a extensão de seu território, e desde que é impossível atacar a todas as instalações conhecidas, Toukan e Cordesman investigaram a opção de atacar somente três, que “constituem o núcleo do ciclo do combustível nuclear que o Irã precisa para produzir o material físsil para as armas nucleares.”

Destruir estes três locais devem paralisar o programa nuclear iraniano por diversos anos. Os três são: o centro de pesquisa nuclear em Isfahan, a instalação de enriquecimento de urânio em Natanz, e a estação de tratamento de água pesada, projetada para a produção futura de plutônio, em Arak. Não é racional que Israel empreendesse uma ofensiva com tais desdobramentos apenas para golpear um pequeno número de instalações, quando não se tem certeza de que paralisará o os programas nucleares de Irã por um período significativo.
Certamente o Irã entrou na pauta das discussões durante o encontro do Presidente Barack Obama com o Primeiro-Ministro de Israel Benjamin Netanyahu na Casa Branca no dia 18 de Maio de 2009

O estudo analisa três rotas de vôo possíveis e conclui que o ótimo e uma opção muito provável é a do norte que passa ao longo da fronteira da Síria-Turquia, corta através da borda do nordeste do Iraque e conduz ao Irã. A rota central passa sobre a Jordânia e é mais curta, mas não seria escolhida pelo receio de problemas políticos com o Governo de Amã. Usar a rota do sul, que passa sobre a Jordânia, Arábia Saudita e Iraque, pôde do mesmo modo conduzir a complicações políticas.

Para impedir que os aviões sejam detectados a caminho do Irã, a IAF usaria avançada tecnologia para invadir e “jam” as redes de comunicações e instalações de radar dos países sobre os quais os F-15 e os F-16s voarão, assim as dezenas de aviões que cruzassem o espaço aéreo dos outros países não seriam detectados. De acordo com os autores, a IAF usou esta tecnologia no ataque ao reator nuclear sírio em Dayr az-Zawrr, em setembro 2007. Um sistema do interferência eletrônica foi instalado em dois aviões Gulfstream G550 que a IAF comprou recentemente.

O ataque às três instalações nucleares exigiria não menos de 90 aviões de combate, incluindo todos os 25 F-15E no inventário da IAF e mais 65 F-16I/Cs. Mais todos os aviões tanque da IAF,: 5 KC-130H e 4 B-707. Os aviões de combate terão que ser reabastecidos tanto na ida como na volta do Irã. A IAF terá uma dificuldade de encontrar uma área na qual os aviões tanque possam voar sem serem detectados pelos sírios ou pelos turcos.

As três rotas de ataque às instalações nucleares analisadas no estudo

Um dos problemas operacionais a serem resolvidos é o fato de que a instalação de Natanz é subterrânea e com as construções a grande profundidade. Partes da planta de enriquecimento de combustível, estão a uma profundidade de 8 metros, e é protegida por uma parede de concreto de 2,5 metros de espessura. Em 2004 os iranianos tinham fortificado as proteções das instalações onde as centrífugas estão localizadas. Enterraram-nas em instalações situadas a 25 metros de profundidade e construíram um telhado de concreto reforçado de vários metros de espessura.

Os iranianos usam as centrifugas para enriquecer o urânio, que é necessário para produzir uma bomba nuclear. Já há 6.000 centrifugas na instalação de Natanz; os iranianos planejam instalar um total de 50.000, que poderiam produzir anualmente 500 quilos de urânio para armamento. Construir uma bomba nuclear requer de 15-20 kg de urânio enriquecido. Isso significa que a planta de Natanz poderá fornecer bastante material físsil para 25-30 armas nucleares por ano.

Devido a planta de Natanz ser tão importante, os iranianos tomaram grandes cuidados em protegê-la. Conhecedores das dificuldades a IAF usará dois tipos bombas inteligentes fornecidas pelos americanos. De acordo com informes da imprensa estrangeira, 600 destas bombas – chamadas de “bunker busters” - foram vendidas à Israel. A primeira é a GBU-27, pesa aproximadamente 900 kg e pode penetrar uma camada de 2,4 metros de concretoo. A outra é chamada GBU-28 e pesa 2.268 kg; este monstro pode penetrar 6 metros de concreto e mais uma camada de terra de 30 metros de espessura. Mas para que estas bombas penetrem as ultra-protegidas plantas de enriquecimento de urânio iranianas, os pilotos de IAF terão que atacar os alvos com exatidão absoluta e em ângulos especificados.

Desafios adicionais

Mas os desafios que enfrenta a IAF não terminam aí. O Irã construiu um denso sistema de defesa aérea que torna difícil, para os planos israelenses, de alcançar os seus alvos e retornar incólumes. Entre outras coisas, os iranianos desdobraram baterias de mísseis terra-ar Hawk, SA-5 e os SA-2,e mais os, os novos mísseis terra-ar SA-15 (TOR), os Rapier, Crotale e os MANPADS SA-7 e Stinger. Além disso, há 1.700 baterias antiaéreas protegendo as instalações nucleares - para não mencionar os 158 aviões de combate que seriam acionados para defender os céus do Irã. A maioria desses aviões é antiquada, mas podem ser acionados para interceptar as forças atacantes da IAF, que terá que assim usar a parte de sua força de ataque para tratar desta contingência.

Entretanto, todos estes obstáculos não são nada quando comparados ao sistema de defesa antiaérea S-300V (Favorit SA-12), que várias agências de inteligência afirmam que a Rússia secretamente pode ter fornecido ao Irã recentemente. Se os iranianos têm este sistema de defesa aérea, os cálculos da IAF, e todas as considerações para o ataque terão que serem revisados. O sistema de míssil russo é tão sofisticado e resistente às interferências eletrônicas que as perdas dos aviões atacantes poderia alcançar 20-30 por cento. Ou seja para uma força de ataque de 90 aviões, 20 a 25 seriam destruídos. Este nível de perdas, para os autores, “é um nível impossível para Israel aceitar.”

Se Israel igualmente decide atacar o importante reator nuclear em Bushehr, pode resultar em um desastre ecológico de grande impacto. A contaminação liberada no ar sob a forma de radiatividade espalharia sobre uma área extensa, e milhares de iranianos que vivem próximos seriam contaminados morreriam em pouco tempo; além disso, possivelmente centenas de milhares morreriam posteriormente de câncer. Devido aos ventos do norte atingirem a área durante a maior parte do ano, os autores concluem que, “possivelmente Bahrain, Catar e os UAE também seriam afetados pesadamente pela radiatividade.”

As dificuldades de um ataque aéreo pela IAF desapareceriam se fossem usados os mísseis balísticos em vez dos aviões de combate. Os iranianos não podem se defender de um ataque de mísseis balísticos. O estudo detalha os programas e as capacidades de cada míssil de Israel, em especial as três versões do míssil: Jericho I, II e III. O Jericho I tem um alcance de 500 quilômetros, uma ogiva de 450 kg, e pode carregar uma arma nuclear de 20 kilotons. O Jericho II tem um alcance de 1.500 km, e foi incorporado em 1990. Pode carregar uma ogiva nuclear de 1 megaton. O Jericho III é um míssil balístico intercontinental com um alcance de 4.800-6.500 km, e pode carregar uma ogiva nuclear de vários megatons. O estudo do CSIS informa que a última versão deveria entrar em serviço em 2008. tremamente difícil. Não é bastante atingir a área de alv. Para destruir as instalações é necessário atingir determinados pontos com bastante precisão. É desconhecido o “Erro Circular Provável”(CEP) dos Jerichos, e se eles atingiram os pontos críticos com precisão.

O estudo igualmente analisa a possível resposta iraniana a um ataque israelense. Com toda a certeza o primeiro efeito seria de os iranianos continuarem e acelerar o seu programa nuclear. O Irã igualmente retirar-se-ia do Tratado de não Proliferação de Armas Nucleares, que até aqui permitiu seu programa nuclear ser monitorado, até certo ponto, pelos inspetores da Agência Internacional de Energia Atômica. Um ataque israelense poria imediatamente um fim às tentativas de comunidade internacional de exercer pressão sobre o Irã em suspender o desenvolvimento de armas nucleares.

Nenhuma resposta síria

O Irã igualmente, quase certamente, revidaria imediatamente ao ataque de Israel. Atacaria com os mísseis balísticos Shahab-3, cujo raio de alcance cobre todo Israel. Alguns poderiam mesmo serem equipados com ogivas químicas. Além disso, os iranianos usariam o Hezbollah e o Hamas para despachar ondas de ataques suicidas à Israel. A segunda guerra de Líbano mostrou-nos a capacidade de foguetes do Hezbollah, e a experiência de oito anos é indicativa da capacidade do Hamas lançar Qassams sob a Faixa de Gaza.

O Hezbollah lançou 4.000 foguetes do sul do Líbano durante a segunda guerra do Líbano (2006), e seu efeito no norte de Israel não foi esquecido: A vida foi paralisada por quase um mês inteiro. Desde então a logística do Hezbollah foi incrementada e tem uns 40.000 foguetes armazenados. Israel não tem uma resposta para esta ameaça. Os sistemas de defesa contra foguetes táticos estão sendo desenvolvidos (Iron Dome e Magic Wand) e distantes de entrarem em serviço, e ainda terão provar a capacidade de interceptar os milhares de foguetes lançados contra Israel.

Um ataque israelense ao Irã igualmente semearia a instabilidade no Oriente Médio. Os iranianos empregam os Shiitas no Iraque, apóiam os guerreiros do Taliban e aumentariam suas capacidades do combate no Afeganistão. Igualmente poderiam atacar interesses americanos na região, em especial nos países que hospedam forças militares dos Estados Unidos, tais como Catar e Bahrein Os iranianos provavelmente tentariam interromper o fluxo do petróleo ao oeste da região do Golfo Pérsico. Desde que seria considerado que os Estados Unidos tenham dado à Israel a luz verde para atacar o Irã, as relações americanas com os aliados no mundo árabe poderiam sofrer extremamente. Toukan e Cordesman acreditam, entretanto, que a aliada do Irã a Síria se absteria da intervenção se Israel golpeasse instalações nucleares do Irã.

A respeito de um prazo possível para o ataque israelense, os autores mencionaram os fatores que poderiam acelerar a decisão nesta matéria.

Em 2010 o Irã poderia lse tornar uma grave ameaça a seus vizinhos e Israel, porque teria bastante armas nucleares para intimidar os primeiros e aos Estados Unidos de atacar. O inventário de Irã de mísseis balísticos eficazes e capazes de carregar ogivas não convencionais poderia ser igualmente um incentivo. O receio de o país obterá o sistema da defesa aérea russo S-300V (se não já o fez) pode igualmente ser um incentivo para um ataque preventivo.

Assim o que devem os estrategistas israelenses concluir deste estudo americano? Que um ataque da Força Aérea Israelense ao Irã seria complicado e problemático, e que a possibilidade de sucesso não é grande. Que devem pesar todas as implicações geradas por um possível ataque israelense às instalações nucleares iranianas e que não devem ser persuadidos pelos militares das Forças de Israel que apresentam os planos de ataque como tendo boas probabilidades para o sucesso.

Uma das conclusões do estudo de Toukan e de Cordesman, questiona se Israel tem a capacidade militar para destruir o programa nuclear de Irã, ou mesmo para atrasá-lo por diversos anos. Conseqüentemente, se os contatos diplomáticos da administração de Obama que estão iniciando com Irã provarem ser inúteis, e se como conseqüência da incerteza do sucesso o presidente americano decide não atacar o Irã, é provável que Irã possuirá armas nucleares em um tempo relativamente curto. Parece, conseqüentemente, que os estrategistas em Jerusalém devem começar a se preparar, mental e operacionalmente, para uma situação em que Irã será potência nuclear com uma capacidade da ataque à Israel.

Este é o lugar para enfatizar o erro de Israel em “exagerar” a ameaça iraniana. O regime em Teerã é certamente um rival amargo e inflexível, mas daí há um longo caminho em apresentá-lo como uma ameaça verdadeira à existência de Israel. A participação de Irã nas ações terroristas na região está incomodando, mas uma distinção deve ser feita entre as ações de apoio aos terroristas, e a intenção de lançar mísseis nucleares contra Israel. Mesmo se o Irã possuir armas nucleares, o poder de dissuasão de Israel, capacidade de lançar um ataque de retaliação, equilibra a balança estratégica, e impede o Irã de lançar mísseis contra ele.

É hora de parar de acenar em torno do espantalho de uma ameaça e de refrões existenciais e de ações beligerantes, que incitam o agravamento à crise. E se as incitações são supérfluas e prejudiciais - então isto é mais do que verdadeiro no caso de um ataque às instalações nucleares do Irã.

Nada disso elimina a necessidade de ações secretas para impedir o avanço do programa nuclear dos iranianos. Quando a IAF destruiu o reator Osirak, em Bagdad em 1981, foi lançada a “Doutrina (Menachen) Begin”, que afirma que Israel não deixará nenhum país hostil na região adquirir armas nucleares. O problema é que o que poderia ser realizado no Iraque há mais de duas décadas já não possível hoje sob as atuais circunstâncias no Irã.

A contínua lembrança da ameaça iraniana na política interna israelense e o desejo de aumentar os investimentos nas áreas de defesa, mas as implicações deste jogo são perigosas quando são analisados os desenvolvimentos previstos na balística de Irã. É impossível para Israel ignorar a capacidade de Irã atacá-lo, e Jerusalém deve construir uma política que neutralize essa ameaça.

Em um ou talvez uns três anos a partir de agora, quando os iranianos possuírem armas nucleares, a balança do jogo estratégico na região será alterada completamente. Israel deve formular e implantar uma política desobstruída, permitindo enfrentar com sucesso uma ameaça nuclear em potencial, mesmo quando é provável que o outro lado não tenha nenhuma intenção de exercitá-la.

A chave, lógica, é dissuasão. Somente um sinal desobstruído e digno de crédito aos iranianos, indicando o preço terrível que pagarão tentando um ataque nuclear contra Israel, impedirá que usem seus mísseis. Os iranianos não têm nenhuma razão lógica para causar a destruição total de suas cidades grandes, como poderia acontecer se Israel usar os meios da dissuasão em força de ataque. Nem a satisfação de matar os infiéis sionistas, nem, certamente, a promoção de interesses palestinos justificariam esse preço. A dissuasão israelita face à uma ameaça nuclear iraniana tem uma boa possibilidade do êxito precisamente porque os iranianos não têm nenhum incentivo para negociar um sopro mortal de Israel.

Todas as declarações sobre desenvolver a capacidade operacional dos aviões para que a IAF podem atacar as instalações nucleares do Irã, e as promessas vazias sobre a capacidade do Sistema de Defesa Balístico Arrow de eficazmente enfrentar o Shahab-3, não constroem o poder de dissuasão de Israel, mas minam realmente o processo de edifica-lo não o fazendo digno de crédito aos olhos iranianos.

O tempo veio adotar novos modos de pensar. Não mais declarações impetuosas e ameaças vazias, mas uma política cuidadosa centrada em uma estratégia viável. Finalmente, surge uma era de um Oriente Médio multinuclear, todos os lados tem interesse em baixar a tensão e não aumentar.

"Socialismo do século 21" de Chávez lembra aquele que fracassou no século 20


Há dois meses Hugo Chávez deu início à "terceira fase" de sua "revolução bolivariana". Graças a seu sucesso no referendo de 15 de fevereiro, que lhe permitirá se candidatar indefinidamente, o presidente venezuelano decidiu acelerar a História. Mas o "socialismo do século 21", que ele afirma querer dar à luz, parece muito com aquele que, lembra o filósofo e opositor Antonio Pasquali, "fracassou no século 20 em 46 países". As leis que ele fez votar aos montes por um Parlamento devotado a ele e a vingança que ele exerce contra seus oponentes, eleitos por sufrágio universal, reduzem a cada dia um pouco mais o espaço da democracia.

O ativismo de Chávez é primeiramente "petroleiro", em um país onde 94% das divisas provêm da venda do óleo cru. Em virtude de uma lei que concede ao Estado o controle dos hidrocarbonetos, o governo nacionalizou cerca de 40 empresas do setor que operavam no lago de Maracaibo, a principal região produtora. Alguns dias antes, Chávez havia presidido no local uma cerimônia, chamada de "batalha naval de libertação", marcando "a recuperação pelo povo" de cerca de 400 embarcações, rebocadores, docas e terminais petroleiros. As instalações foram ocupadas pelo exército, e os bens expropriados, transferidos para a companhia do Estado PDVSA, que deverá absorver 8 mil novos funcionários.

Essas medidas são uma fuga precipitada. O preço do barril venezuelano se aproxima dos US$ 40, no lugar dos 60 previstos no orçamento. Segundo a Opep, a produção é 30% inferior ao número oficial. Espécie de Estado dentro do Estado, a PDVSA é a financiadora do "chavismo". Sua fortuna financia a política social do regime, de médicos cubanos a artigos básicos subvencionados nas lojas públicas, de alfabetização de adultos ao consumo de gasolina, quase gratuita.

A queda de suas receitas a deixou no vermelho. Sua dívida com seus fornecedores ultrapassa os US$ 7 bilhões. Algumas empresas estrangeiras, que não recebem pagamento há longos meses, ameaçaram fechar as portas. Ao alienar seus credores, o Estado evita pagá-los. Ele os indenizará um dia, talvez, e da forma que bem entender. A nova lei proíbe que os saqueados recorram a uma arbitragem internacional. A última palavra será dos juízes venezuelanos às ordens do regime.

E assim Chávez dá seguimento, a um ritmo agora mais rápido, à estatização da economia. Ao longo dos anos, ele nacionalizou a eletricidade, as telecomunicações, a principal siderúrgica, um grande banco e a indústria do cimento. Ele pressionou as companhias estrangeiras a se tornarem acionistas minoritárias na exploração e na produção do petróleo do Orinoco.

Transição para o socialismo ou "capitalismo de Estado"? Os dirigentes venezuelanos recusam esse termo, que eles julgam ofensivo. "Vamos enterrar o capitalismo", anuncia Chávez. A Venezuela será o primeiro país a conseguir conciliar o socialismo, a eficácia e a liberdade? "Os outros países fracassaram", responde o economista Jesus Faria, "porque eles nunca aplicaram um verdadeiro programa socialista".

Emprestando de uma linguagem neomarxista, de onde retira os termos "propriedade social" e "homem novo", Chávez estabelece um vínculo de equivalências onde governo=Estado=sociedade=povo. Além desse curto-circuito conveniente, seu modelo econômico não surpreende nem pelo seu êxito, nem pela sua originalidade. Com um olho em Havana e outro em Moscou, Chávez continua a buscar ali sua inspiração. "A América Latina será aquilo que a Rússia não conseguiu ser", ele previu em 2005. Seu ministro das Finanças, Ali Rodriguez, declarou recentemente: "Na Venezuela, ressurge o sonho da União Soviética".

Cada vez mais centralizado e militarizado, o regime irrita seus opositores. "São todos bandidos", declara Chávez. O prefeito de Maracaibo, Manuel Rosales, pressionado a escolher entre a prisão e o exílio, se refugiou no Peru. O de Caracas, Antonio Ledezma, nunca realmente assumiu o cargo: capangas ocuparam seus escritórios; uma lei o desapossou de seus poderes e de seu orçamento. Os governadores dos Estados foram privados de suas rendas dos portos e aeroportos.

A partir do momento em que manifestam a menor crítica que seja, os "camaradas" se tornam "traidores", como o general Raúl Baduel, ex-ministro da Defesa, preso no início de abril. as mídias privadas estão no alvo do regime. Dois anos após ter proibido a mais antiga rede de televisão, a RCTV, Chávez ameaça dar o mesmo destino a um outro canal, a Globovision. Para se opor "ao terrorismo midiático" dos canais de oposição, Chávez dispõe de seu interminável programa dominical, "Alô Presidente". Ele também se convida em horário nobre para todas as telas, em virtude de uma requisição de antena da qual ele usa e abusa: no total, mais de 2.800 horas de presença televisiva em dez anos.

Tudo isso preocupa a Igreja, para quem "a democracia está em perigo". Em resposta, Chávez denuncia "esses bispos descarados" que defendem "os vigaristas". Seguro de seu direito e convencido a encarnar sozinho a revolução que ele iniciou, o defensor do socialismo bolivariano suporta cada vez menos a contrariedade.

Tradução: Lana Lim

ONU confirma nomeação de Bill Clinton como enviado especial para o Haiti

Objetivo é tentar atrair investimentos para o país devastado.
Ex-presidente acompanhou secretário-geral em visita ao país em março.


O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, confirmou nesta terça-feira (19) a nomeação do ex-presidente dos Estados Unidos Bill Clinton como enviado especial da entidade para o Haiti.
O objetivo é usar a popularidade de Clinton para atrair investimentos ao país, devastado pela guerra civil.
Clinton, que juntou esforços para ajudar a empobrecida nação caribenha a se recuperar dos impactos devastadores de quatro furacões no ano passado, acompanhou Ban em uma visita ao Haiti no início deste ano.

Visita

Durante a visita ao Haiti em março, Clinton e Ban disseram estar impressionados pelo potencial de crescimento do Haiti e pediram que o governo do país explorasse rapidamente termos favoráveis de comércio com os Estados Unidos e a presença de cerca de 9.000 soldados de paz da ONU.

Outro diplomata disse que Clinton é uma "escolha excelente" para ajudar a destravar o potencial do Haiti para investimentos.

Ban disse que a nação caribenha, o país mais pobre das Américas e marcado por uma história de violência e conflitos políticos, fez progresso em restabelecer a paz e a estabilidade mas deve fazer mais para atrair investimento.

A Organização das Nações Unidas disse que a mão-de-obra barata, a proximidade com os EUA e com o Canadá e o acesso livre de impostos que o Haiti pode ter ao mercado norte-americano nos próximos nove anos pode impulsionar um futuro de crescimento econômico ao país.

FAB anuncia base aérea para patrulhar fronteira de MT com a Bolívia

O Ministério da Defesa e a Força Aérea Brasileira (FAB) irão instalar uma base do Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer) na cidade de Cáceres, cidade localizada na fronteira de Mato Grosso com a Bolívia. A medida, a ser implantada pelo Governo do Estado – via Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) - tem investimento previsto de 3,5 milhões de dólares em equipamentos aeronáuticos, que serão aplicados de forma contínua no patrulhamento e no apoio das execuções de operações policiais na região de fronteira entre Brasil e Bolívia.

O Ciopaer atuará nas ações de defesa civil, seqüestro, roubos a estabelecimento bancários e comerciais, bem como nas operações de resgate e translado de feridos, roubo e furto de avião, veículos automotores e máquinas agrícolas, buscas, rebeliões em presídios e cadeias públicas, dentre outras aplicações. O deputado João Malheiros (PR), que iniciou as discussões sobre a construção da base na região metropolitana de Cuiabá, se disse satisfeito com a aprovação da indicação e compreendeu a decisão das três instituições que contemplaram Cáceres como local mais apropriado para instalação.

“É muito gratificante recebermos esse investimento em equipamentos aeronáuticos, que convertidos em reais, equivalem a aproximadamente, nove milhões para o Estado”, declarou o parlamentar.

Para Malheiros, não restam dúvidas de que a implantação da base irá diminuir a incidência da criminalidade na fronteira Oeste do País, principalmente na ligada à entrada de narcotráfico e contrabando pela extensa fronteira seca, de 750 quilômetros, com a Bolívia. Na terça-feira, o governador Blairo Maggi se queixou do tratamento que o Governo boliviano vem dando para a questão da segurança na fronteira.

“Essa ampliação irá reforçar a proteção das fronteiras com a Colômbia, Peru e Bolívia, três áreas que sempre causaram grandes transtornos aos governantes”, avaliou o parlamentar ao assinalar que a partir do momento que a base estiver operando “vão bastar duas horas para que as aeronaves cheguem ao ponto desejado, protegendo a fronteira, desde a Guiana Francesa até a Bolívia” – frisou o parlamentar.

Somente no primeiro trimestre deste ano, a organização atendeu 175 ocorrências e ações com as aeronaves, como operações de resgates, buscas e salvamentos pelo Corpo de Bombeiros, além das ocorrências policiais e de defesa civil.

Empresários da Venezuela temem bloco Mercosul

Preocupação é com desequilíbrio comercial frente a Brasil e Argentina,
além de onda de nacionalizações


Acuado pela política estatista de Hugo Chávez, o empresariado venezuelano teme que a eventual entrada do país no Mercosul aumentará ainda mais o enorme desequilíbrio comercial com o Brasil e a Argentina. Mas a recente onda de nacionalizações ofuscou a discussão sobre a adesão ao bloco comercial sul-americano, iniciada em meados de 2006, com a assinatura de um protocolo.

"É evidente que, diante dessa crescente onda de expropriações e as ameaças cada vez mais evidentes contra a propriedade privada, outras preocupações ficaram em segundo plano", disse Ismael Pérez Vigil, presidente-executivo da Confederação Venezuelana de Industriais, que reúne cerca de 90% da produção manufatureira.

Pérez repetiu a crítica de que a entrada na Venezuela exporia ainda mais a indústria e a agricultura locais à competição desigual com brasileiros e argentinos, aumentando o déficit comercial com esses países.

Os números do Ministério de Desenvolvimento brasileiro corroboram a preocupação de Pérez de que o comércio bilateral está cada vez mais favorável ao Brasil. Nos primeiros quatro meses deste ano, a Venezuela foi o segundo país que mais contribuiu para o saldo comercial brasileiro, quase empatando com a China, principal parceiro econômico.
De janeiro a abril, o saldo bilateral com a Venezuela foi de US$ 1,02 bilhão, ou seja, 15,3% do superávit da balança comercial do período, de US$ 6,7 bilhões. Com a China, o saldo no período foi de US$ 1,09 bilhão.

No ano passado, a Venezuela foi, pela primeira vez, o principal saldo comercial individual brasileiro, tendo sido responsável por 18% do superávit de 2008. Nesse período, a Venezuela adquiriu US$ 5,15 bilhões do país, mas vendeu somente US$ 538,5 milhões ao Brasil.

Esse desequilíbrio aumentou ainda mais neste ano, com as exportações brasileiras à Venezuela caindo 10%, enquanto as importações vindas do país de Chávez diminuíram 16%.

"A entrada de produtos industriais do Mercosul com vantagens na Venezuela será um problema para o setor do país, que não vem fazendo investimentos por todas as incertezas que existem", disse Pérez. "Além disso, os empresários não investirão aqui sem saber em qual momento o governo dirá se esse ou outro setor será nacionalizado", emendou.

Desde 2007, o governo Chávez iniciou um processo de nacionalizações que incluiu telecomunicações, eletricidade, laticínios, turismo, cimento e outras áreas. Na semana passada, anunciou a expropriação de dezenas de empresas prestadoras de serviço da área de petróleo.

Defensor da entrada da Venezuela no Mercosul, o presidente da Câmara de Comércio Venezuela-Brasil, Nelson Quijada, disse que uma balança comercial independe da adesão.

"São políticas que os dois governos devem implementar para melhorar um pouco a balança. Os dois países têm interesse em que essa balança melhore", afirmou Quijada.

LEGISLATIVO DO PARAGUAI ADIA AVAL À VENEZUELA

No Paraguai, a oposição ao presidente Fernando Lugo resiste ao ingresso da Venezuela no Mercosul. Em março, por falta de apoio, a Comissão de Relações Exteriores do Senado paraguaio adiou a questão por tempo indeterminado. Uruguai e Argentina já deram seu aval.

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Nacionalismo de esquerda regional explora "imperialismo" do Brasil

Nações vizinhas reagem de forma ambígua à consolidação da imagem do País como potência "soft power"
Assunção - Na entrevista coletiva em que afirmou ter um filho com o presidente Fernando Lugo, no dia 22, a professora Damiana Morán denunciou interesses de outros países no escândalo de paternidades do ex-bispo. Alertou que era preciso tomar cuidado para não desviar a atenção de temas importantes, como o da "soberania energética" - como Lugo chama a exigência de revisão do Tratado de Itaipu. A imprensa paraguaia concluiu que Damiana, militante do movimento político de Lugo, via um dedo do Brasil no escândalo.

O episódio indica o grau de sensibilidade dos paraguaios à presença do Brasil em seu país. Mas não é só no Paraguai que isso se dá. A elevação do perfil político do Brasil no mundo é até bem vista. Mas sua atuação econômica na região tem aguçado nos vizinhos a rejeição ao "imperialismo brasileiro" - termo cunhado em 2007 pelo jornal paraguaio ABC Color.

O curioso é que se trata, predominantemente, de um choque de nacionalismos de esquerda. De um lado, o presidente Lula converteu a busca desse protagonismo brasileiro numa de suas ocupações principais. De outro, são seus colegas de esquerda que reagem a ele: Evo Morales, na Bolívia, Rafael Correa, no Equador, e Lugo, no Paraguai, de modo mais estridente; Hugo Chávez, na Venezuela, e Cristina Kirchner, na Argentina, de forma pontual.

"As pessoas no Paraguai gostam do Lula. É um dos políticos de maior credibilidade", diz Francisco Capli, diretor do First Análises e Estudos, de Assunção, que fez pesquisas de opinião sobre o tema. "Mas a imagem do Brasil não é boa. Está muito ligada a Itaipu, e a percepção majoritária é de tratamento injusto do Paraguai." Capli cita como outras fontes de tensão os 300 mil brasiguaios - fazendeiros brasileiros em frequentes conflitos com sem-terra paraguaios - e o aperto da Receita Federal ao contrabando de Ciudad del Este.

"A imagem do presidente Lula como líder emergente regional que se contrapõe à hegemonia americana serve para compensar esses pontos negativos", analisa o sociólogo Alejandro Vial, consultor de organismos multilaterais em Assunção. "Lula mostra-se sensível às demandas do Paraguai. É uma liderança que não se impõe pela força militar, ao contrário da tradição, o que causa uma percepção muito boa."

No livro A Percepção do Brasil no Contexto Internacional, editado em 2007 pela Fundação Konrad Adenauer, três especialistas observam que só a China e a Rússia têm mais fronteiras que o Brasil. Mesmo assim, desde o fim do século 19 (depois da Guerra do Paraguai), o Brasil, "apesar de seu tamanho e inegável poder militar", vive em paz com seus vizinhos. "Isso tem sido possível graças a uma sofisticada política externa, fundada na ?mediação construtiva?." Trata-se da variante brasileira do "soft power" (poder brando).

Entretanto, ele pode ter-se tornado brando demais. "O Brasil só tem saído perdendo", critica Clodoaldo Bueno, professor de política externa da Universidade Estadual Paulista, em Assis. "A Argentina impõe barreiras comerciais e o Brasil acha que está tudo bem, aceita sem contrapartidas."

Igualmente, Bueno diz que "Lula precisa ser mais firme" com a Bolívia, que empurrou goela abaixo do Brasil aumento de 285% no preço do gás, nacionalizou duas refinarias que a Petrobrás tinha comprado a pedido do governo boliviano e reviu contratos de exploração de petróleo. "É a Bolívia que depende do mercado brasileiro, e o Brasil negocia como se ele é que dependesse do gás boliviano", diz o especialista. "O governo brasileiro é obrigado a defender seus cidadãos", acrescenta, referindo-se à detenção de funcionários da construtora Odebrecht na Bolívia. "Se a Bolívia se irritar conosco, não acontece nada. Vai invadir o Brasil?"

"As relações estão muito mais tranquilas, porque o governo sabe que o Brasil não depende do gás da Bolívia, e é clara a nossa dependência do mercado brasileiro", confirma o cientista político Carlos Toranzo, da Fundação Friedrich Ebert, em La Paz. "A Bolívia vê o Brasil como irmão mais velho. Quando a crise econômica se agravar, o governo boliviano terá de ser cauteloso em relação ao Brasil." Quanto a Lula, é visto como alguém que apoia Evo em todas as eleições, diz Toranzo.
Dividendos

Atacar o Brasil rende dividendos políticos. As investidas do presidente Rafael Correa contra a Petrobrás e a construtora Odebrecht coincidiram com sua campanha para a reeleição em abril, observa a socióloga Berta García, da Pontifícia Universidade Católica do Equador. Passada a eleição, Correa voltou a elogiar a liderança regional exercida por Lula. "Correa elegeu-se prometendo combater a corrupção e rever todos os contratos. Ele sabe que o povo gosta disso", diz a socióloga.

As relações do Brasil com a Venezuela têm sido "muito mais positivas" do que com outros países governados por esquerdistas, nota Carlos Romero, cientista político venezuelano. Isso porque são muito vantajosas para o Brasil, que tem superávit de dois terços no comércio bilateral, e porque empresas brasileiras não têm posições tão dominantes na Venezuela. Já a oposição acha que Lula tem sido "muito pouco sensível a suas lutas" contra o que considera "autoritarismo" de Chávez.

No futuro próximo, no entanto, Romero prevê conflitos entre Chávez e Lula, com a radicalização do venezuelano e sua opção pela Alternativa Bolivariana para as Américas (Alba), em detrimento da União das Nações Sul-Americanas (Unasul), postulada pelo Brasil. Em contraposição ao Conselho de Segurança Regional, da Unasul, Chávez está criando um órgão equivalente na Alba. "Chávez não está muito convencido de estar sob o guarda-chuva de Lula", diz Romero.

Clodoaldo Bueno recorda que o Barão do Rio Branco, precursor da política externa brasileira, mantinha "retórica elevada com todos os países da América Latina e evitava conflitos, mas repelia qualquer tentativa de ingerência nos nossos assuntos". Para Bueno, Lula rompeu essa tradição. "Ele precisa ter mais cautela, ser mais reservado e pragmático. Não pode influenciar as eleições na Venezuela", diz, referindo-se ao apoio explícito a Chávez em 2006, dias antes de ele tentar a reeleição. "O presidente não pode ficar prisioneiro do próprio discurso. Assim, quando tem de falar mais firme, sente-se mais à vontade."

Submarino pode sair daqui a 12 anos

Marinha já encontrou terreno para sediar estaleiro que vai construir o primeiro modelo nuclear do Brasil

Alexandre Rodrigues - Rio

A Marinha do Brasil já encontrou o lugar ideal para a construção do complexo industrial naval de onde deve sair, em pelo menos 12 anos, o primeiro submarino nuclear brasileiro. Trata-se de uma área de 95 mil metros quadrados encravada na Ilha da Madeira, às margens da Baía de Sepetiba, litoral sul do Rio. A Marinha negocia a cessão do terreno, próximo ao Porto de Itaguaí, com a Companhia Docas, atual proprietária, enquanto faz os últimos ajustes no projeto.

Se forem obtidas as licenças ambientais, serão erguidos ali a nova base da força de Submarinos da Marinha, que atualmente fica em Niterói, e um estaleiro de grandes proporções, capaz de abrigar as dimensões da futura linha de produção da prioridade número um da Marinha.

No caminho para desenvolver o casco do submarino nuclear, a Marinha vai construir quatro submarinos convencionais, de propulsão diesel-elétrica, do modelo francês Scorpène. Eles integram o pacote do acordo militar assinado entre Brasil e França no fim de 2008, durante a vista do presidente francês, Nicolas Sarkozy, ao Brasil. Vão se juntar à atual frota nacional de cinco submarinos da classe Tupi, construídos com tecnologia alemã.

O convênio de transferência da tecnologia do Scorpène também contempla o financiamento de um grupo de instituições financeiras francesas para todo o projeto, cujo valor ainda não foi fechado. É o que falta para que a Marinha comece a executar o plano.

“Atualmente estamos na fase de pré-planejamento, acompanhando as discussões contratuais”, disse ao Estado o almirante de esquadra reformado José Alberto Accioly Fragelli, convocado em setembro pelo comandante da Marinha, Júlio de Moura Neto, para coordenar o Programa de Desenvolvimento do Submarino com Propulsão Nuclear.

Ex-chefe do Estado Maior da Armada, Fragelli negociou a compra do porta-aviões São Paulo da França, em 2000. Empolgado com a retomada da construção de submarinos brasileiros - o último, Tikuna, saiu do Arsenal de Marinha em 2006 - ele explica que a troca da plataforma alemã pela francesa é o passaporte para o casco do veículo nuclear.

Além de ter sensores e sonares mais modernos do que os Tupi, o Scorpène tem o formato arredondado inspirado no nuclear francês, o que favorece a operação a profundidades maiores. O que muda no caso do nuclear é o tamanho. Enquanto o convencional tem 6,3 metros de diâmetro e desloca 1,4 mil toneladas, o nuclear precisará de 9 metros para abrigar o reator nuclear e deslocar 6 mil toneladas.

Por isso a Marinha decidiu construir um novo estaleiro, já que o do Arsenal de Marinha, na Baía de Guanabara, não pode abrigar a linha de montagem de um casco tão grande. Fragelli acredita que as formalidades do financiamento e as licenças ambientais serão definidas ainda este ano.

Assim, o complexo naval e o primeiro Scorpène poderão começar a sair do papel no primeiro semestre do ano que vem. Dois anos depois, entra em construção simultânea o segundo. O terceiro e o quarto, iniciam os trabalhos com intervalo de um ano e meio. Mantido o cronograma, o primeiro sairá do estaleiro em 2015 e o último em 2021.

O cone de proa do primeiro Scorpène começará a ser produzido na França, enquanto são feitas as obras do estaleiro onde ele deverá ser finalizado com os módulos de aço do casco fabricados pela Nuclep, unidade industrial da Marinha que fica próxima ao local escolhido na Baía de Sepetiba. A construção da primeira unidade servirá de “universidade” para os engenheiros do centro de projetos mantido pela Marinha na Universidade de São Paulo (USP).

Um grupo passará pelo menos um ano na França estudando a fabricação do casco do Scorpène para começar a projetar o veículo nuclear brasileiro. “O projeto do submarino nuclear será totalmente brasileiro. Com o conhecimento que absorveremos da França com os convencionais vamos projetar inteirinho o casco do nosso submarino para o reator que já desenvolvemos”, ressalta Fragelli.

Só a concepção do projeto do casco vai consumir cinco anos. Por isso, apesar da prioridade que o submarino alcançou com a Estratégia Nacional de Defesa diante do incremento previsto na exploração de petróleo na costa brasileira com a descoberta do pré-sal, o submarino nuclear ainda é uma questão de tempo. Se começar a ser construído em 2015, talvez possa sair do estaleiro em 2022.

O casco é agora o maior desafio tecnológico do programa nuclear da Marinha, que começou pelo mais difícil. O reator, as turbinas e os geradores já estão prontos no Centro Experimental de Aramar, no interior paulista, aguardando o início de uma bateria de testes.

“É uma premissa da engenharia de submarinos, principalmente no caso nuclear: nenhum equipamento pode ir ao mar sem antes ser testado muito bem”, disse o contra-almirante Alan Paes Leme Arthou, superintendente de engenharia do programa.

Também em Aramar, a Marinha enriquece urânio desde 2008, mas só completará em maio do ano que vem todo o ciclo de produção do combustível numa linha que será exclusiva do submarino nuclear.

Comentário:


Absurdo o Prazo de 2023 Para SNBR Encostado Ser Comissionado

Na mesma edição, o Estado entrevistou o almirante de esquadra reformado José Alberto Accioly Fragelli. Foi perguntado se o submarino nuclear vai modificar a posição geopolítica do Brasil e se ajudará a conquistar um assento no Conselho de Segurança da ONU.

Ele respondeu que serão as duas coisas. “Não é à toa que os cinco países do mundo que têm submarino nuclear são os que têm assento permanente no conselho. Quando o Brasil se tornar o sexto, será muito maior do que é hoje como nação, do ponto de vista militar e estratégico. Vai ter meios sólidos de reivindicar a cadeira no conselho”.

Outra pergunta. Doze anos para chegar ao nuclear não é muito tempo? Outros países não podem chegar na frente? “Se tiverem capacidade. Mas quem hoje tem essa capacidade? Alemanha e Japão não podem por causa da Segunda Guerra. Nenhum outro país controla o enriquecimento de urânio como nós. A Índia também está nessa corrida, mas há informações de problemas e atrasos.”

O projeto do submarino nuclear será totalmente brasileiro. Essa é a afirmação na matéria acima. Esse caminho está errado, pois demorará demais.

O incrível nessa estória é sabermos que a concepção do projeto do casco consumirá cinco anos. Ora, então, de que adianta toda essa parceria com a França? Uma parceria de verdade reduziria esse prazo para dois anos, se tanto.

De que adiantará projetar hoje um SNBR de 6 mil ton para só operá-lo em 2023 ou bem mais? É exatamente por isso que a sua construção chama-se Projeto Costado, na verdade, Encostado no Tempo. A verdade é que não existe projeto algum. Ah, se a Hyundai escuta uma estória de ficção dessas…

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Governo da Venezuela confisca fábrica da multinacional Cargill





Governo assumiu administração da empresa por 90 dias.
Motivo é disputa sobre o controle do preço de alimentos.


O governo da Venezuela ordenou o confisco de uma fábrica de massas da multinacional Cargill por 90 dias, reforçando o controle estatal sobre o setor de alimentos do país. Autoridades governamentais, incluindo soldados, tomaram o controle da fábrica nesta sexta-feira (15).
A Venezuela argumenta que a companhia norte-americana não está atingindo as cotas de produção de mercadorias com preços regulados e acusa a companhia norte-americana de não cumprir regulamentações que determinam que a empresa deve dedicar 70% de sua produção a itens com preço limitado, segundo informou a agência de notícias estatal ABN.O vice-ministro para alimentos, Rafael Coronado, afirmou que apenas 49% da produção da Cargill está sendo destinada a um tipo de massa que tem preços controlados.
Em março, o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, ordenou a expropriação de fábricas de arroz da Cargill e acusou companhias do setor de tentarem criar uma deficiência de alimentos.

(com informações das agências Reuters e Estado)
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