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Salmo 127

1 Se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam; se o Senhor não guardar a cidade, em vão vigia a sentinela.

2 Inútil vos será levantar de madrugada, repousar tarde, comer o pão de dores, pois ele supre aos seus amados enquanto dormem.

3 Eis que os filhos são herança da parte do Senhor, e o fruto do ventre o seu galardão.

4 Como flechas na mão dum homem valente, assim os filhos da mocidade.

5 Bem-aventurado o homem que enche deles a sua aljava; não serão confundidos, quando falarem com os seus inimigos à porta.

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sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Lula Barrado no Próprio Baile

O Fórum Social Mundial teve ontem um encontro com os quatro presidentes bolivarianos (ALBA) promovido pelo MST de Stédile para “discutir a integração popular na América Latina”.

Lula não foi convidado, foi simplesmente excluído. Compareceram Hugo Chávez (Venezuela), Fernando Lugo (Paraguai), Evo Morales (Bolívia) e Rafael Correa (Equador). Por “pura coincidência”, somente os esquerdistas mais extremados se reuniram com Stédile.

Isolado com sucesso pelo MST (que o governo Lula financia) e os quatro presidentes tidos como revolucionários em uma reunião dentro de seu próprio país, Lula disse mais tarde que todos seriam capazes de sentar à mesa e resolver os problemas. São mesmo?

Ele afirmou: “Temos divergências, mas é melhor ter divergências e sentar em torno de uma mesa e resolver do que aquele tipo de governo em que parecia que estava tudo bem e era um enganando o outro. Agora é o jogo da verdade”. Lula simplesmente parece não entender o que acontece à sua volta.

Ele comentou ainda que foi atacado quando defendeu Morales em meio à nacionalização do gás boliviano, tendo sido chamado de frouxo. Disse que jamais em tempo algum iria permitir que um metalúrgico de São Paulo fosse brigar com um índio boliviano. Pois é, metalúrgico de São Paulo agora dá o rosto à tapa? Essa estória nunca foi bem contada.

O presidente Lugo (Paraguai) continuou em sua campanha pelo direito de vender a quem quiser sua parte gerada pela binacional Itaipu (hoje o Brasil compra 95% dessa parte). Este faz campanha até na casa do anfitrião.

Correa (Equador) aproveitou um evento no qual Lula estava presente para criticar o Brasil pelo empréstimo do BNDES. Ele criticou o Brasil dentro do Brasil, cujo governo gastou R$ 150 milhões para promover o Fórum Social, enquanto milhões passam fome aqui nas favelas.

Quantas milhares de casas decentes seriam construídas com esse dinheirão para o povo brasileiro? Seriam feitas 5.000 casas de 2 quartos a R$ 30 mil cada.

No encontro do MST, os equatorianos levaram até uma claque, que aplaudia e gritava toda vez que seu país e seu presidente eram mencionados.

Morales (Bolívia) chamou a imprensa para dizer que o governo boliviano estava pronto para refazer as relações diplomáticas com os EUA (seu embaixador foi expulso de Washington, como reação a atos semelhantes de Morales).

Lula aproveitou o dia para afirmar que mantém hoje a melhor relação com a Venezuela (de Hugo Chávez) que o Brasil já teve. Ele chegou a afirmar que andava o mundo defendendo o Chávez com muito orgulho, porque todo mundo era contra ele. Dá para entender mais essa?

Chávez foi mais uma vez o mais aplaudido no encontro, que terminou com o hino da esquerda, de homenagem a Che Guevara, sendo cantado alegremente por todos.

E R$ 150 milhões foram gastos pelo governo para nós brasileiros vermos nosso presidente ser barrado no próprio baile e o Brasil ser mais uma vez espezinhado pelos ingratos, unidos e aguerridos vizinhos bolivarianos, de índole revolucionária e implicitamente anti-democrática.

Já o MST, que caminha para a luta armada contra a nossa democracia, vive de grandes verbas federais distribuídas todo santo ano.

Roberto Silva

Jornal da Jornal da Ciência 3. Presidente da Associação Brasileira de Estudos da Defesa (Abed) critica extinção de Comitê Temático de Defesa do CNPq

O Conselho Deliberativo do CNPq decidiu, em novembro do ano passado, extinguir o Comitê Temático de Defesa (CT-DE), criado em 2004. Em mensagem aos membros do Comitê, o presidente da agência, Marco Antonio Zago, afirma que a medida "não impede que o CNPq continue apoiando e estimulando os projetos de pesquisa nessa área, que serão analisados pelo Comitê de Assessoramento com interface mais próxima ao tema desses projetos".

O presidente do CNPq informou ainda que o Conselho Deliberativo recomendou que a agência promovesse entendimentos com agências e ministérios, com vistas à elaboração de uma proposta de programa para a área da defesa, a ser apresentada à comunidade.

Para Eurico de Lima Figueiredo, presidente da Associação Brasileira de Estudos da Defesa (Abed), o CNPq não apresentou argumentos sólidos e objetivos que pudessem justificar a decisão. A seu ver, a medida revela "insensibilidade quanto às pretensões da nação brasileira em relação à sua própria defesa e segurança, bens políticos essenciais a todas as sociedades".

Leia a mensagem enviada pelo presidente da Abed ao "JC e-mail":

"No último dia 23 de janeiro deste ano, surpreso e chocado, tomei ciência da decisão do CNPq extinguindo o Comitê Temático de Defesa. A medida já havia sido tomada desde o dia 27 de novembro do ano passado pelo Conselho Deliberativo da agência que, entretanto, não a repassou à comunidade.

Na qualidade de Presidente da Associação Brasileira de Estudos da Defesa (ABED), que congrega na área pesquisadores e estudiosos em todas regiões do Brasil, civis e militares, não posso deixar de levar à comunidade científica do país meu mais intenso protesto.

A decisão contrariou o Relatório de Atividades assinado por dois ilustres representantes da área, os professores Eliézer Rizzo de Oliveira e Antônio Jorge Ramalho, que cumpriram solicitação do próprio CNPq.

No documento os relatores apresentaram dados relativos ao crescimento da demanda em diversas áreas de conhecimento sob a cobertura da "Defesa Nacional". Recomendaram, assim, não só a manutenção do Comitê, mas também opinaram pela ampliação de suas atividades, indicando a necessidade de a ele se dar maior divulgação na comunidade científica.

O CNPq não apresentou argumentos sólidos e objetivos que pudessem justificar a decisão. Aos pesquisadores apenas se informou que o Conselho Deliberativo "não encontrou razões suficientes para a sua continuidade". A justificativa, vaga e insuficiente, revela insensibilidade quanto às pretensões da nação brasileira em relação à sua própria defesa e segurança, bens políticos essenciais a todas as sociedades.

A extinção do Comitê colide com a decisão do Presidente da República que, em 18 de dezembro de 2008, fez publicar decreto aprovando a Estratégia Nacional de Defesa. No documento o atual governo propôs como política de Estado os estudos da área de defesa. A diretriz foi desconsiderada pelo CNPq.

Urge reformar tal decisão. É preciso ouvir os pesquisadores e as instituições, civis e militares, públicas e privadas, que atuam na área. Não pode o Brasil ficar defasado em relação a diversos países vizinhos, sem dizer dos países desenvolvidos, em área tão sensível para o presente e o futuro da nação."

Comandante-em-Chefe da OTAN no Afeganistão emite ordem de atirar para matar em traficantes de drogas.

A abordagem no combate às drogas no Afeganistão está gerando um grande atrito entre os comandantes militares da região. Conforme informações divulgadas pela imprensa, o C-in-C das tropas da OTAN John Craddock emitiu uma ordem direta para que seus comandados atirem para matar em traficantes de drogas, mesmo sem comprovação de ligações destes últimos com a insurgência. Entretanto os comandantes locais recusam-se a cumprir tal ordem.

A discussão surgiu entre comandantes locais da OTAN sobre os critérios de engajamento contra supostos insurgentes. Num documento sigiloso, obtido pela imprensa alemã, o C-in-C Gen. John Craddock US Army emitiu uma “guia de procedimentos” dando às tropas da OTAN poderes para atacar diretamente usando força letal a traficantes de drogas e suas instalações por todo o país. De acordo com o documento, força letal deverá ser usada mesmo em casos em que não existam provas concretas do envolvimento do suspeito com atividades de insurgência. Não existe mais a necessidade de prover provas destes envolvimentos para justificar engajamento.

Tal ordem deve-se à crescente frustração do comando com a resistência de alguns membros da OTAN – especialmente a Alemanha – em engajarem-se no combate ao tráfico de drogas. O general americano justifica sua ordem alegando que “traficantes e plantadores de drogas estão inextricavelmente ligados à insurgência, e portanto podem e devem ser atacados.” Alega ainda que a ordem é resultado direto de uma reunião em outubro de 2008 dos Ministros da Defesa dos países membros da Aliança, que concordaram que o tráfico de drogas deveria ser combatido com todo o vigor, pois era uma das principais fontes de renda da insurgência.

Entretanto líderes militares consideram a ordem como ilegítima, ferindo tanto as regras de engajamento da ISAF como Leis Internacionais de Conflitos Armados.

Metade do PIB afegão é gerado pela produção e comércio de drogas, especialmente ópio e seus derivados.Destes valores, cerca de USD 100 milhões vão parar às mãos do Talibã, que o usa para adquirir equipamento militar.

O general alemão Ramms, C-in-C das tropas do Bundeswehr na ISAF deixou claro ao gen. Craddock que seus soldados não estão preparados e não irão participar em tais operações.

O gen. Craddock avisou que removerá qualquer oficial que se negar a cumprir suas ordens. Está criado o impasse.

Helicópteros do Brasil iniciam operação de resgate de reféns das Farc

da Folha Online

No primeiro movimento da missão de entrega de seis reféns pelas Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia), dois helicópteros Cougar do Exército brasileiro partem nesta sexta-feira de Manaus, seguem para São Gabriel da Cachoeira (AM), na região de fronteira, fazem uma parada técnica na região de São Joaquim ou Perari e depois entram em território colombiano.

A previsão é cumprir todas as etapas nesta sexta-feira, mas não há prazo. Também parte nesta sexta-feira para o Brasil, para encontrar as aeronaves, a comitiva da senadora colombiana Piedad Córdoba, que atuará na operação comandada pelo Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICR). Segundo ela, as entregas propriamente ditas dos sequestrados começa domingo.

A prometida libertação dos seis colombianos mantidos reféns pelas Farc começará efetivamente no próximo domingo (1º), quando alguns deles serão entregues a uma comissão que sairá do Brasil, informou nesta quarta-feira (28) a senadora colombiana Piedad Córdoba, que é uma das interlocutoras dos guerrilheiros e está organizando o resgate.

"No domingo acontecerá a primeira entrega", disse Córdoba, pertencente à oposição socialista ao presidente Álvaro Uribe, ao sair de uma reunião com o CICR, em Bogotá. Também participou do encontro o técnico enviado pelo governo brasileiro que coordenará a operação com helicópteros fornecidos pelo Brasil.

Vários países foram consultados pela Cruz Vermelha, e o Brasil foi escolhido por sua proximidade geográfica e pelas facilidades logísticas. A participação também foi aprovada pelo governo da Colômbia.

A senadora revelou que as Farc já forneceram as coordenadas do local onde os reféns serão soltos, em algum ponto da selva colombiana. No dia 21 de dezembro do ano passado, a guerrilha anunciou que libertaria seis reféns: os políticos Alán Jara e Sigifgredo López, além de três policiais e um militar. Se concretizada libertação dos seis, as Farc terão ainda em seu poder 22 militares e mais centenas de civis.

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Brasil aceita pagar mais pelo direito de comprar o excedente de Itaipu

BRASÍLIA - O Brasil aceitou aumentar o valor pago pela cessão do direito do uso da energia excedente da usina hidrelétrica de Itaipu ao Paraguai, atualmente de US$ 100 milhões por ano. Como mostra reportagem de Mônica Tavares, na edição desta terça-feira, o valor final será ainda acertado, levando em consideração o menor impacto possível nas contas de luz dos brasileiros. A informação foi dada ao GLOBO por fontes que tiveram acesso à reunião entre os ministros brasileiros Celso Amorim (Relações Exteriores) e Edison Lobão (Minas e Energia) e o chanceler paraguaio, Alejandro Hamed Franco - que liderou uma missão de seu país a Brasília.

As distribuidoras brasileiras de Sul, Sudeste e Centro-Oeste são obrigadas a comprar energia da hidrelétrica binacional, entre elas a Light e a Ampla. O Paraguai queria que o Brasil pagasse de US$ 600 milhões a US$ 800 milhões, valores descartados pelo chanceler Celso Amorim.

A taxa em negociação compensa a exclusividade que o Brasil tem sobre o excedente produzido, que não pode ser repassado a outros países.

Fonte: O Globo

Resgate com apoio do Brasil sai em uma semana

Helicópteros da FAB serão identificados com logotipo da Cruz Vermelha. Militares colombianos abrirão “corredor humanitário”
Silvio Queiroz

Helicópteros da Força aérea Brasileira (FAB), que serão identificados com o logotipo do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICR), devem voar para a Colômbia na próxima semana para transportar os integrantes de uma comissão que resgatará seis reféns a serem libertados pelas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc). Um técnico FAB era aguardado ontem em Bogotá para estabelecer contato com os colegas colombianos e acertar os últimos detalhes logísticos da operação com a senadora Piedad Córdoba, o governo colombiano e a Cruz Vermelha, em reunião prevista para hoje.

“O tipo exato e o número de aparelhos, bem como a tripulação e os demais aspectos técnicos, serão definidos com o representante brasileiro”, disse ao Correio Carlos Ríos, porta-voz do CICR na Colômbia. Ríos não quis comentar a escolha do Brasil para fornecer o apoio logístico. “Para nós, qualquer país que se disponha a ajudar, com a necessária prudência, será bem-vindo”, afirmou. O governo brasileiro é visto como interlocutor confiável para o governo e a guerrilha. O CICR acredita que os sequestrados podem estar livres em até duas semanas, mas o ministro da Defesa, Francisco Santos, avalia que os preparativos finais podem estar concluídos “em dois ou três dias”.

Na noite anterior, a anatomia da missão foi delineada em uma reunião entre o chefe da delegação da Cruz Vermelha em Bogotá, Christophe Bene, a senadora Piedad Córdoba, o comissário para Paz do governo colombiano, Luis Carlos Restrepo, o embaixador brasileiro, Valdemar Leão, e representantes da Comissão de Colombianos pela Paz — um grupo de intelectuais que, ao lado de Piedad Córdoba, mantém entendimentos com as Farc para a libertação de todos os reféns em poder da guerrilha.

“Os helicópteros brasileiros portarão o logotipo do CICR, que se encarregará das garantias e coordenará a logística dessa missão humanitária”, disse ao final do encontro — já na madrugada de ontem, em Brasília — o porta-voz da Cruz Vermelha Yves Heller. Ele informou que o governo do presidente Álvaro Uribe se comprometeu a dar segurança para o resgate. Assim que os coordenadores da operação tiverem indicações mais precisas sobre o local onde os reféns serão entregues, os militares colombianos estabelecerão “corredores humanitários”, suspendendo ou restringindo as operações de combate para permitir o deslocamento, tanto da delegação humanitária quanto das unidades guerrilheiras que custodiam os reféns.
Instruções

O emissário da FAB também receberá com os colegas colombianos informações técnicas sobre a topografia colombiana, para que os pilotos designados para a operação possam se preparar. Embora não tenha sido dada nenhuma indicação sobre locais, os dois reféns mencionados pelas Farc foram capturados e até recentemente eram mantidos em regiões distintas da Colômbia, e razoavelmente distantes entre si.

O ex-governador Alan Jara, do departamento (estado) de Meta, estava até as últimas informações sob custódia de frentes guerrilheiras que operam no sudeste. Já o ex-deputado provincial Sigifredo López pertence a um grupo seqestrado em Cali, no sudoeste. Além dos dois políticos, as Farc pretendem libertar três policiais e um militar, cujos nomes, segundo Piedad Córdoba, serão revelados ainda antes da operação.
Análise da Notícia
Antessala para a retomada do diálogo

Não foi surpresa, para os que acompanham o conflito colombiano e o cenário sul-americano, que o Brasil tenha assumido um papel-chave na libertação de mais seis reféns das Farc. Ao contrário: não são poucos os que esperavam, já há algum tempo, um envolvimento mais direto do governo Lula, cujo perfil discreto em relação ao drama da ex-senadora Ingrid Betancourt, resgatada pelos militares colombianos em julho passado, motivou cobranças — em primeiro lugar, dos familiares de sequestrados e dos defensores de uma solução negociada para o conflito.

Mais do que meramente logística, nos termos militares, a participação brasileira agora é política. Depois de sofrer uma série de golpes de mão por parte do exército, no ano passado, a guerrilha colombiana tornou-se ainda mais arredia. Em especial porque, no cinematográfico resgate de Ingrid, o símbolo da Cruz Vermelha foi usado pelos militares como parte de um ardil.

A confiança de ambas as partes na participação brasileira abre perspectivas mais ambiciosas. A iniciativa da guerrilha de entregar os últimos dois políticos em seu poder indica disposição a um acordo que favoreça os demais reféns — como antessala para uma aproximação que reconduza ao diálogo. (SQ)

Fonte: Correio Braziliense

Gastos militares regionais sobem 91% em 5 anos

Estudo revela reposição de tecnologia antiga e descarta ‘corrida armamentista’ latino-americana
AFP e Efe

Londres - Os gastos militares latino-americanos quase dobraram nos últimos cinco anos, mas não configuram uma “corrida armamentista” regional, segundo um informe divulgado ontem pelo Instituto Internacional de Estudos Estratégicos de Londres.

De 2003 para 2008, o investimento dos países da região em tecnologia militar passou de US$ 24,7 bilhões para US$ 47,2 bilhões. O Brasil registrou queda nos gastos de Defesa entre 2000 e 2004, mas acumulou um aumento de 10% nos últimos três anos, totalizando US$ 20,1 bilhões só em 2008.

Segundo os especialistas, tanto o Brasil quanto a Colômbia foram beneficiados pela alta nos preços de matérias-primas, que permitiram o aumento dos gastos militares.

O estudo ressalva que “muitos dos recentes programas de modernização militar anunciados na região equivalem a uma substituição de tecnologia velha” e que “apesar de artigos em jornais da região sugerirem que estas aquisições de armas reflitam a emergência de uma corrida armamentista regional, deve-se lembrar que grande parte do equipamento militar atualmente em serviço data de 1950 e 1960”.

Apesar da distorção provocada pela queda do dólar, os gastos militares de 2007 representaram 1,3% do Produto Interno Bruto (PIB) da região. Há dez anos, esse porcentual era de 1,42%. A Venezuela, por exemplo, destinou 1,2% de seu PIB para Defesa em 2008 e planeja gastar 1,3% em 2009, o que equivale a US$ 3 bilhões, embora os especialistas acreditem que esse valor ainda possa subir. Entre as recentes aquisições do governo Hugo Chávez, estão 24 caça-bombardeiros Sukhoi, 100 mil fuzis Kalashnikov e 50 helicópteros militares.

Além do Brasil, da Venezuela e da Colômbia, o Chile também aumentou seu orçamento para US$ 2,3 bilhões, ou 8,3% a mais que em 2007. Um dos motivos é a alta no preço do cobre, principal produto de exportação do país. O informe prevê, entretanto, que a crise financeira acabe freando os gastos com Defesa a partir de agora.
Corrupção

O Senado chileno decidiu abrir na sexta-feira uma investigação parlamentar sobre a denúncia de cobrança de comissões para a compra de 25 caças Mirage, em 1994. As compras foram concluídas durante o governo de Eduardo Frei, cotado para disputar a presidência pela coligação governista nas eleições de dezembro.

Fonte: AFP e Efe via O Estado de São Paulo

As encrencas da Kroll

por Laura Ancona Lopez

Uma das consultorias mais famosas do mundo, a empresa norte-americana é relacionada a casos de espionagem no Brasil. PODER conversou com seus diretores, que juram não fazer nada ilícito. Já na Justiça Federal, a suspeita é outra

Era uma tarde ensolarada em São Paulo. Na recepção do prédio de escritórios da Vila Olímpia, a reportagem de Poder aguarda ser anunciada. “Você vai à Kroll?”, pergunta o segurança, sem o menor ar de mistério. Faz isso de modo trivial, como se muita gente passasse por lá o tempo todo. Nada de código secreto para entrar, nem revista de bolsa, muito menos scanner de raio X. Nos dois andares do prédio em que se encontra a empresa, há dezenas de funcionários sentados em suas baias de trabalho – muitos jovens –, salas de reunião vazias, ambiente clean e com certa formalidade. Enfim, tudo muito parecido com uma empresa de consultoria qualquer. Uma secretária recepciona a nossa equipe e, logo em seguida, entra Eduardo Gomide, managing director da Kroll no Brasil. “Decepcionada?”, brinca ele, acostumado com a expectativa dos visitantes em encontrar um ambiente, digamos, mais “secreto”.

Não é para menos. A Kroll é a maior empresa de consultoria em gerenciamento de riscos do mundo, especializada em garantir a segurança de empresas que passam por dificuldades financeiras ou estão prestes a fazer uma fusão ou aquisição, analisa relatórios e garante a transparência de todas as partes. Também investiga fraudes internas de grandes corporações, desvios ilegais de orçamentos de empresas, verifica antecedentes criminais de funcionários e na área de tecnologia, recupera dados eletrônicos que foram perdidos ou apagados propositalmente. Tem, entre seus clientes, o Santander, o Citibank e o governo brasileiro – com empresas como Petrobras e Banco do Brasil. A Kroll tem mais de 4.500 funcionários em 26 países e é um braço do grupo MMC, com faturamento anual na casa dos US$ 13 bilhões.

Mas, por aqui, ficou famosa após dois episódios emblemáticos. O primeiro foi a falência da construtora Encol, em 1999, que deixou cerca de 40 mil famílias sem os imóveis que haviam comprado, no maior caso de falência não-bancária da América do Sul, com valores que batem na casa de R$ 2,5 bilhões. Contratada pela massa falida da Encol, a Kroll investigou por mais de dois anos toneladas de papéis e conseguiu apontar onde parte do dinheiro desviado foi parar.

O segundo episódio que pôs a consultoria sob os holofotes aconteceu em 2004. Trata-se da Operação Chacal, investigação da Polícia Federal que analisava uma espionagem do Banco Opportunity, de Daniel Dantas, em cima de executivos da Telecom Italia e da alta cúpula do governo brasileiro. O esquema teria sido feito pela Kroll, contratada por Dantas, em um caso marcado pela disputa acionária da Brasil Telecom. No imbroglio, cinco funcionários da Kroll chegaram a ser presos, incluindo Eduardo Gomide e Vander Giordano, ambos diretores da empresa que conversaram com PODER, nesta visita exclusiva à empresa. Encarcerados sob alegação de que realizavam escutas telefônicas irregulares, foram soltos dias depois. Eles contam que ficou provado que os equipamentos eram, na verdade, para evitar grampos na sede na empresa – e não grampear outras, como a PF alegou na época. Mas o caso está na Justiça até hoje. (Leia quadro na página seguinte.)

CONSULTORIA OU ESPIONAGEM?

A partir de então, a Kroll ganhou uma fama da qual não conseguiu mais se desvencilhar: a de ser uma empresa de espionagem ilegal, com arapongas em locais estratégicos, que iriam desde as grandes corporações até o governo federal. Imagem, esta, que Gomide e Giordano fazem questão de refutar: “No Brasil criou-se um conceito sobre a Kroll que é completamente equivocado. Não somos uma empresa de espionagem”, diz Gomide. E vai além: “Por aqui, lidar com inteligência e fazer trabalhos de busca de evidências não é algo muito bem entendido. Nos Estados Unidos, onde fica a sede da nossa empresa, é muito comum o que se chama coleta de evidências. Em qualquer processo legal por lá, todas as partes podem fazer essa coleta, que tem função fundamental em qualquer processo. Existe um período que o juiz concede às duas partes e diz ‘Reúna tudo que você puder sobre o caso’, e estabelece uma data limite para isso”.

Gomide e Giordano se esforçam para mostrar que tudo ali é feito dentro dos limites da lei. Dão como argumento que a Kroll é uma empresa negociada em bolsa, de capital aberto e auditada todos os anos. Ainda citam que seguem as normas do programa de FCPA (Foreign Corrupt Practices Act), e ainda ajudam a implementá-lo em várias multinacionais brasileiras. “Esse programa, de acordo com a legislação dos Estados Unidos, proíbe qualquer empresa multinacional norte-americana de pagar suborno ou desenvolver corrupção em qualquer país do mundo, entre outras coisas. Então, para nós, o limite ético de como conduzir nossos trabalhos sempre foi um mantra dentro da empresa”, diz e acrescenta: “O FCPA também coíbe empresas de fazer negócio com quem tenha qualquer indício mínimo de corrupção”.

Os diretores da empresa contam que a Kroll, por exemplo, tem muitos clientes estrangeiros que já desistiram de fazer negócios importantes no Brasil porque a empresa nacional tinha um vínculo governamental não muito bem explicado (aliás, os executivos enfatizam que alguns grandes investidores chegaram ao país por meio da Kroll). “Estamos prestando serviços para uma organização interessada em fazer negócio na Guatemala. Existe um distribuidor por lá cujo dono é irmão do presidente. Essa empresa vai ser descredenciada por causa desse vínculo”, Giordano conta e explica: “É da natureza do nosso negócio trabalhar informações que são públicas. Levar para o cliente as informações para que ele gerencie o risco dele. Lá na frente, ele não vai querer se ver envolvido em casos de corrupção, que podem implicar em uma multa muito pesada nos EUA”.

CASO OPPORTUNITY

Mas, afinal, o que aconteceu no caso Opportunity? É fato que Daniel Dantas contratou a Kroll para realizar investigações durante uma disputa acionária com a Telecom Italia pela Brasil Telecom. A história tomou proporções homéricas, resultando na já citada Operação Chacal e, mais recentemente, no ano passado, na Operação Satiagraha, que levou Dantas para a prisão duas vezes – o banqueiro foi solto em seguida em ambas as vezes, com dois habeas-corpus concedidos pelo presidente do STF, Gilmar Mendes, em decisão que causou grande polêmica no Poder Judiciário brasileiro. Sobre o envolvimento da Kroll no caso, diz Gomide: “Nós fomos escolhidos por uma das partes para atuar nessa disputa entre grupos privados no Brasil. Todo o trabalho que nós fizemos tinha um único objetivo, que era instrumentar uma ação que corria na corte de Nova York. Por si só, isso já impõe todos os limites éticos e legais na nossa atuação”. Ele afirma também que a história foi, na verdade, desvirtuada. “Você pode contar um caso de diversas formas. Todos os ingredientes que haviam nessa história a tornaram bastante sexy”.

Um dos personagens mais famosos do caso, em 2004, foi o português Tiago Verdial, que fora funcionário da Kroll anos antes e, na época, prestava serviços à empresa no trabalho para o Opportunity. Com 30 anos, nada discreto – possuía um perfil em uma página de relacionamentos na internet –, acabou sendo preso por assumir à Telecom Italia que os havia espionado a mando da Kroll. A confissão – gravada sem o seu conhecimento – foi feita durante uma entrevista de emprego para a empresa italiana. “Tiago era nosso prestador de serviços, fazia traduções. Foi abordado pela Telecom Italia e passou informações da Kroll para eles, e não o contrário”, justifica Gomide. Outro personagem quase místico da história é o britânico William Goodall que, dizem, teria pertencido ao serviço secreto inglês e seria parceiro de Verdial em operações da Kroll no Brasil. De acordo com investigadores da PF, na época, ele teria um mandado de prisão no país, mas fugiu antes de ser preso. E mais: Verdial, na verdade, teria se deixado prender para desviar as atenções de Bill (como William era chamado), e de sua fuga. A Kroll nega veementemente. “Isso simplesmente não existiu. William era funcionário da empresa, trabalhou no Brasil e, findo o projeto em que participava, voltou para a Inglaterra. Nunca houve nenhum mandado contra ele.”

Entrevista com o Brig Saito, Comandante da Aeronáutica

Programa F-X2: "Nossa meta é adquirir 36 aviões, mas a crise econômica preocupa".

Defesa@Net teve a oportunidade de entrevistar o Tenente-Brigadeiro-do-Ar Juniti Saito, comandante da Aeronáutica, quando este visitou o V Comando Aéreo Regional (COMAR), na manhã de ontem, 27 Janeiro. Na oportunidade houve a troca do comando do Hospital da Base de Canoas (HACO).

O Programa F-5BR

Não serão adquiridos mais aviões F-5. Estamos em negociação final com a EMBRAER para a assinatura do contrato de modernização do aviões adquiridos da Jordânia para o padrão F-5EM/FM. Será criado mais um grupo de caça que ficará situado na Região da Amazônia.

O F-5BR deverá permanecer em serviço até 2020-25. O avião nos tem atendido perfeitamente. A performance na Operação Red Flag nos satisfez muito. No fim do ano foi introduzido o sistema de datalink (enlace de dados), que permite que os pilotos troquem informações de forma segura entre si. Não temos tido maiores problemas de pane com os motores F-5.

A Operação do C-105 Amazonas

Temos 8 aviões em Manaus (AM) e 4 em Campo Grande (MS) E no futuro um grupo de 4 em Belém(PA). Estamos negociando mais 8, sendo 4 em função SAR, que serão usados nas áreas das Fronteiras Norte e Oeste.
Brigadeiro Saito e o Nelson Düring Editor-Chefe de Defesa@Net

O P-3

Visitei recentemente uma unidade operacional do P-3 e também a as atividades de modernização do P-3BR, na Espanha e me surpreendeu a diversidade e capacidade da eletrônica embarcada. Será um importante meio nas operações de proteção às atividades do Brasil na área do pré sal. E operações no Atlântico Sul junto com os Banderulhas.

Programa F-X2

No próximo dia 2 de Fevereiro (segunda-feira) teremos a entrega das propostas das empresas (BOEING, DASSAULT e SAAB) ao RFP (Request for Proposa) emitido pela FAB. Nosso cronograma prevê que em Junho, no máximo, Julho deste ano, seja definido o finalista. E em Outubro espero assinar o contrato. Nessa fase de análise de propostas estaremos em contato direto com os fabricantes, para solucionar dúvidas e esclarecer detalhes.

Trabalhamos com o número de 36 aviões, esta é a nossa meta. Nos preocupa o ambiente econômico, pois poderá interferir, não podemos ignorar isso. O Brasil não está sendo tão afetado pela crise econômica e esperamos que até o segundo semestre o cenário tenha mudado.

Programa F-X2: A Necessidade

Aquisição de um novo caça que nos levará a um novo patamar tecnológico e operacional. Será um passo significativo para a FAB e também para a indústria nacional.

Programa F-X2: A parte industrial

Não temos um requisito formal, negociaremos com as empresas. Se serão 12 fornecidos diretamente pelas empresas e os demais 24 montados no Brasil, tudo isto será definido nas negociações.

Modernização dos Bandeirantes

Já estamos com o contrato assinado e nos próximos meses a Aeroeletrônica preparará os protótipos da nova aviônica que será introduzida no avião.

O impacto da Crise Econômica

Ainda não avaliamos o impacto. Primeiro o governo deverá avaliar e estabelecer as ações, após isto nós analisaremos o efeito em nossos programas e atividades. (Nota do Editor: ao mesmo tempo em que o Brig. Saito dava esta declaração, o Ministério do Planejamento anunciava contingenciamento de 56% no orçamento do Ministério da Defesa para a rubrica de investimentos).

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

F-X2 de fevereiro: o dia da entrega das propostas

Falta menos de uma semana para que a Boeing, a Dassault e a SAAB entreguem suas propostas para o F-X2, em resposta aos RFP (Request for Proposal - pedido de proposta) entregues pela FAB a cada fabricante. A partir do dia 2 de fevereiro, espera-se que o clima da disputa esquente ainda mais, com informações, contra-informações, surgimento na mídia de “furos” de reportagem revelando detalhes “secretos” das ofertas, além da intensificação das matérias e da propaganda em geral sobre o F-18 Super Hornet, o Rafale e o Gripen NG (aqui e nas fotos, em ordem alfabética pelo nome do fabricante), que participam da disputa.
O Blog do Poder Aéreo continuará atento às notícias, divulgando o que surgir de relevante sobre esse tema que desperta muita curiosidade nos milhares de visitantes do Blog e verdadeiras paixões entre os que comentam. Nosso desejo é que cada um possa analisar as informações, fazer sua crítica, entender todo o quadro e formar sua própria opinião. E é claro, desejamos que vença o melhor caça. Para a FAB e para o Brasil.

Defesa em alta

Indústria bélica da região supera crise, retoma produção e abre postos de trabalho

Empresas do setor de Defesa de São José dos Campos estão retomando o ritmo de crescimento. O apoio do governo federal deve gerar novos contratos com o exterior e vagas de empregos na região.

Para cumprir um contrato de R$ 500 milhões com a Malásia, a Avibras já contratou 400 trabalhadores desde novembro. Outros 100 devem ser efetivados nos próximos meses. Cerca de 70% dessa mão de obra é formada por funcionários que foram demitidos em julho do ano passado, quando a empresa passou por uma grave crise e apresentou um plano de recuperação judicial.

A dívida total é de R$ 640 milhões. Segundo o presidente da Avibras, o maior credor é o governo federal. A divida de R$ 320 milhões seria transformada em ações do governo na empresa. “Esse processo vai ser detalhado e deve correr por cerca de 6 a 8 meses, ou seja, esperamos que ele esteja concluso no fim do ano”, explica Sami Youssef Hassuani, presidente da Avibras.

A perspectiva é de crescimento para a empresa, que tem como principal produto o sistema de lançamento de mísseis astros. Outros contratos devem ser fechados este ano.

O governo federal divulgou uma nota informando que não pretende controlar as empresas de Defesa. No caso da Avibras, o governo deverá ter uma ação especial, que vai lhe permitir intervir em decisões estratégicas.

A União também deu garantias para outra empresa de São José dos Campos. A Mectron vai produzir mísseis anti-radar para o Paquistão, um contrato de R$ 255 milhões. O Ministério da Defesa acredita que a operação vai aumentar em cinco vezes a produção e mão-de-obra empregada na fábrica.

A entrada do governo na Avibras depende ainda da aprovação de outros credores da dívida.

Nosso Comentário:

Defesa Em Alta – Empregos Crescendo

Chega a ser irônico vermos o mundo todo perdendo dezenas de milhares de empregos todo dia, enquanto nossas até ontem combalidas indústrias de defesa começam a contratar fortemente todo mês.

Só a Avibras contratou 400 trabalhadores desde novembro de 2008 e outros 100 devem ser efetivados nos próximos meses. Já a Mectron prevê multiplicar seus empregos por CINCO, a fim de produzir os mísseis anti-radar encomendados pelo Paquistão, em um contrato de R$ 255 milhões.

Sai da fábrica o primeiro F-35 equipado com sistemas de missãom


A Lockheed Martin noticiou em 23 de janeiro o roll-out (a rodagem) do primeiro F-35 Lightning II equipado com sistemas de missão. Trata-se de uma aeronave da variante STOVL F-35B, como a da foto acima, de um protótipo anterior. O avião deixou a fábrica na quarta-feira, dia 21, e completará diversos testes e checagens antes do primeiro voo, planejado para o verão do hemisfério Norte.

Os sistemas e softwares instalados na aeronave compreendem o chamado Block 0,5 que oferece mais da metade das capacidades do Block 3, a versão “pronta para o combate” (combat-ready) para a qual deverá evoluir gradualmente, gerenciando equipamentos como o radar AESA (Active Electronically Scanned Array) Northrop Grumman AN/APG-81, a suíte integrada de comunicações, navegação e identificação e o sistema de guerra eletrônica da BAE Systems.

O avião, que recebeu a denominação BF-4, junta-se à frota de cinco F-35 já em testes, como o da foto, que nos últimos anos vêm validando os demais sistemas e os parâmetros de voo.

Capacidade de supercruzeiro do Gripen

Em um teste de vôo realizado, a aeronave de demonstração Gripen Demo comprovou sua capacidade de supercruzeiro (“Supercruise”), ou seja, a capacidade de voar com velocidades supersônicas, sem usar o recurso de pós-combustão, economizando combustível e ampliando o alcance.
No final do ano passado, o Gripen Demo realizou 40 saídas de acordo com seu programa de desenvolvimento, que objetiva a abertura do envelope de vôo em termos de velocidade, altitude, ângulo de ataque e cargas. Neste ano, os testes prosseguem no mesmo ritmo acelerado. O vôo de supercruzeiro, realizado hoje, faz parte dos testes conduzidos em altas velocidades que incluem vôos supersônicos com diferentes alternativas de carga.

O piloto de teste da Saab Magnus Ljungdahl, pilotou o Gripen Demonstrator em velocidades de supercruzeiro.

“O vôo foi realizado em cima do Mar Báltico a uma altitude de 28.000 pés, quando alcancei velocidades superiores a Mach 1,2 (+ 1.460 km/h) sem utilizar o recurso de pós-combustão, mantive a mesma velocidade até sair da área de testes, quando precisei retornar ao Centro de Testes de Vôo da Saab, em Linköping”.
“Um marco importante”

“Poder demonstrar a clientes em potencial que o Gripen tem capacidade de supercruzeiro representa um marco importante”, disse Bob Kemp, Diretor de Marketing da Gripen International, “e realizar isso em um prazo de apenas nove meses após a primeira apresentação ao público do Gripen Demonstrator é uma façanha que poucas aeronaves, se houver alguma, podem superar”.

O Gripen Demo é uma plataforma de testes de vôo para a nova geração de caças Gripen e para novos desenvolvimentos a serem introduzidos nas atuais aeronaves Gripen C/D. Em conjunto com equipamentos de teste, baseados em terra, o Gripen Demonstrator desenvolverá e comprovará sistemas e capacidades essenciais ao futuro, inclusive seu motor mais poderoso, o General Electric F414G, seu novo radar de varredura eletrônica ativa AESA (Active Electronically Scanned Array), bem como seus avançados sistemas de comunicações e de guerra eletrônica.

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Governo terá até 25% do capital da Avibras

Com a recuperação judicial recém-aprovada, a Avibras, maior empresa de equipamentos de defesa do país, começou a renascer. O dinheiro obtido com o envio do primeiro lote de um novo contrato de exportação permitiu à empresa saldar seu passivo trabalhista, parte das dívidas com fornecedores e ainda abrir uma quantidade de postos de trabalho maior do que fechou em 2008.

Agora começa o processo por meio do qual os créditos de órgãos governamentais serão convertidos em participação acionária. A expectativa é que até o fim deste ano o governo passe a ter entre 15% e 25% da companhia. Até lá, o caixa também será reforçado com pelo menos mais quatro contratos de exportação, prestes a serem firmados com as Forças armadas de países da Ásia, Oriente Médio e América do Sul.

Quando pediu a recuperação judicial em julho passado, a Avibras, uma empresa fundada no início dos anos 60, já não tinha forças para manter a operação nas quatro fábricas na região do Vale do Paraíba, interior de São Paulo. Total de 340 pessoas foram demitidas sem dinheiro. A soma das dívidas com trabalhadores, fornecedores e governo chegou a R$ 641 milhões.

Mas um contrato de valor próximo ao total da dívida com um cliente da Ásia que a empresa prefere não citar o nome chegou em boa hora. Foi com esse reforço que a empresa começou a preparar seu plano de recuperação.

O primeiro passo foi saldar a dívida trabalhista, de R$ 9 milhões, em quatro parcelas. Boa parte dos empregados que finalmente receberam seus direitos foi novamente chamada para trabalhar no início de novembro e ajudar nas entregas do primeiro lote de exportação de sistemas de lançadores de mísseis.

Total de 400 vagas foram abertas há dois meses, o que levou a empresa a ultrapassar a marca dos mil empregos. Agora a empresa se prepara para abrir pelo menos mais 100 postos ainda este mês.

O segundo passo foi honrar a dívida com os pequenos fornecedores. O volume de dinheiro envolvido nessa etapa é muito menor do que a empresa deve aos grandes fornecedores. No entanto, ajuda a Avibras a estar em dia com um grande contingente de empresas, como explica Sami Hassuani, presidente da empresa. Dos R$ 7 milhões de dívidas com fornecedores, R$ 700 mil eram devidos a 460 empresas. Essa parte foi quitada.

Os R$ 6,3 milhões restantes precisam ainda ser pagos a um total próximo de 70 grandes empresas. Para essa missão, Hassuani explica que a direção da empresa fez uma verdadeira peregrinação batendo de porta em porta para negociar. O saldo foi favorável: todos aceitaram receber em oito parcelas.

O maior credor é o governo. Além de tributos, a Avibras deve dinheiro para o INSS, Banco do Brasil e Finep (financiadora de projetos), entre outros. A proposta de trocar dívidas por ações da empresa surgiu, segundo Hassuani, depois de uma ampla discussão entre quatro Ministérios (Defesa, Desenvolvimento, Fazenda e Relações Exteriores).

Com a aceitação da idéia de ser sócio de uma empresa que pode ser estratégica para a defesa brasileira, governo e Avibrás deram início a um amplo processo por meio do qual as contas da empresa serão minuciosamente auditadas. Com a ajuda de uma auditoria e de uma consultoria serão processados diversos relatórios.

Somente no final desse processo é que será definido o tamanho da fatia de participação do governo federal na companhia. A nova estrutura precisa ser aprovada em assembléia de acionistas.

O governo será minoritário, mas sua participação é relevante. Já está acertado que a União terá uma “golden share”, que lhe permitirá impedir contratos com os quais não concorde. A exemplo do que existe hoje na Embraer, que, além de vizinha da Avibrás, surgiu em moldes muito semelhantes: da vontade de ex-integrantes do ITA de fazer do Brasil um produtor de equipamentos de defesa.

“O governo percebeu que é importante estar dentro de uma empresa de defesa”, destaca Hasuani, satisfeito com a notícia que recebeu do Ministério da Defesa, no dia 12, de que o pedido de recuperação judicial fora aceito.

O executivo afirma que a situação financeira da companhia começou a ficar ruim pelo próprio contingenciamento de orçamento da União. “O problema é que todas as nossas dívidas estava vinculadas a programas militares que repentinamente sofriam contingenciamento”, afirma. “Pegávamos o dinheiro e investíamos em programas que não raras vezes avançavam não mais do que 15%.”

Hassuani é um executivo da Avibras que assumiu o comando da companhia depois que João Verdi de Carvalho Leite, o fundador da empresa, e a sua esposa desapareceram quando o helicóptero que ele pilotava caiu em alguma parte entre Angra dos Reis (RJ), de onde voltavam, e São José dos Campos (SP), onde moravam. Isso aconteceu há um ano. Até hoje eles não foram encontrados.

O único herdeiro, João Brasil Carvalho Leite, foi nomeado curador dos bens do pai. É, portanto, hoje dono de 70% das ações da companhia.

Carvalho Leite viveu a época de glória e também de fracasso da Avibras. Nos anos 80 a atividade era garantida pelas encomendas das Forças armadas. Segundo Hassuani, entre 1987 e 1988, o faturamento anual chegou aos US$ 500 milhões. No ano passado, a receita ficou em R$ 103 milhões e, em 2007, R$ 55 milhões.

Para Hassuani, o que persegue a empresa há pelo menos 15 anos é a falta de crédito. “Temos as fábricas, o conhecimento e as máquinas para produzir sem investir”, afirma. Segundo ele, a Avibras consegue faturar pelo menos meio bilhão de reais por ano apenas colocando gente. “Com o que já temos poderíamos ir a 3 mil ou até 4 mil funcionários”, diz.

O que entusiasma o executivo agora são as perspectivas dos contratos futuros. Hassuani explica que a empresa está negociando 13 novos contratos de exportação. Desses, quatro estão bem adiantados e podem ser assinados ainda neste ano. Além das perspectivas de receita nova vindo do exterior, Para ele, uma vez saneada, a Avibras passará a ter crédito e, assim, colocar a casa em ordem.

Nosso Comentário:

É sempre bom vermos que uma empresa do porte e do significado que a Avibras tem para o Brasil poderá ter agora um futuro tranquilo, com compra no Brasil e o mercado externo vendo a garantia do governo brasileiro por trás.

O contrato de exportação recém-fechado sabemos que foi com o Paquistão, foi noticiado. Já os novos quatro contratos a serem firmados com países da Ásia, Oriente Médio e América do Sul devem mesmo ficar em segredo até serem concretizados.

Quando a empresa voltará a ver faturamentos anuais acima de US$ 500 milhões? Quais serão as novidades tecnológicas que virão por aí? Alguém sabe?

Analistas Vêem Maior Poderio Militar

Mídia : Estado de São Paulo

Data : 26/01/2009

Analistas vêem maior poderio militar

Compras recentes devem equiparar capacidade à de países como Espanha e Itália, levando a maior protagonismo

Wilson Tosta, RIO

Especialistas em defesa ouvidos pelo Estado afirmam que as compras de material militar recentemente fechadas pelo governo não apenas repõem a capacidade bélica do País, mas também apontam para uma alteração, a longo prazo, do peso político-estratégico do Brasil no mundo.

Segundo esses pesquisadores, as Forças armadas brasileiras continuarão distantes de países líderes no setor, como Estados Unidos, Rússia e China, e das potências europeias, como Reino Unido, França e Alemanha.

Mas o País poderá aspirar a uma capacidade próxima da de outras nações da Europa, como Espanha e Itália, e assumir maior protagonismo internacional - exigível de um membro permanente do Conselho de Segurança da ONU, desejo da política exterior brasileira.

“É um processo de reposição e ao mesmo tempo de modernização”, diz Geraldo Cavagnari, do Núcleo de Estudos Estratégicos da Universidade de Campinas (Unicamp). “Desde 1995, as Forças armadas vêm sofrendo um processo de desmonte. Ficamos desatualizados em termos de tecnologia militar.”

A movimentação na área estratégico-militar foi intensa nos últimos três meses. Incluiu a compra de 63 helicópteros - 12 da Rússia e 51 da França -, a aquisição, também dos franceses, de quatro submarinos Scorpène e da tecnologia do casco do submarino nuclear, além da construção de um estaleiro para montar as embarcações e uma nova base naval no Rio.

Também foi lançada a Estratégia Nacional de Defesa, documento de 64 páginas que lista 19 ações a serem iniciadas entre 2009 e 2010, para dinamizar a área.

TECNOLOGIA

Todo o processo tem como prioridade a transferência de tecnologia. A mesma preocupação pautará a concorrência para os 36 novos jatos de ataque. A operação prevê que esse lote inicial seja seguido de outros até o total de 120 a 150 aeronaves.

Para Cavagnari, as compras vão alterar o peso estratégico do Brasil, porque vão “repor e renovar” as perdas das Forças armadas desde 1995. No caso dos submarinos, ele destaca que as quatro unidades convencionais compradas da França serão as mais avançadas da frota.

A alteração maior de poder bélico, contudo, virá com a entrada em operação do submarino nuclear - previsto para 2020. Com ele, explica o pesquisador, “cresce o perfil político-estratégico do Brasil na América do Sul e no Atlântico Sul”.

Cavagnari pondera, porém, que a mudança não colocará o Brasil entre as grandes potências militares. “O Brasil aspira a um assento no Conselho de Segurança, quando não é nem potência militar convencional. Então, se o Brasil quer um assento militar, tem de ser reconhecido como potência militar.”

Doutorando no Instituto de Relações Internacionais da PUC-Rio e contra-almirante da reserva, Antônio Ruy de Almeida Silva destaca que o que acontece é uma recomposição de equipamentos das Forças armadas.

“Já a questão do submarino nuclear, para longo prazo, é uma mudança estratégica”, diz ele, que também integra o Núcleo de Estudos Estratégicos da Universidade Federal Fluminense (UFF). “Um país que tenha um submarino nuclear entra num seleto grupo de países do mundo, principalmente se domina a construção desse submarino. É uma mudança de patamar tecnológico e também no campo estratégico.”

Ele destaca a importância da transferência de tecnologia: “Por exemplo, na Guerra das Malvinas, quando os argentinos quiseram usar os (mísseis) Exocet, precisaram de mais, mas houve restrições”, conta. “No uso do satélite também.”

Silva afirma que hoje o País tem um peso estratégico muito superior à sua capacidade militar. “O Brasil hoje conquista muita coisa pelo seu soft power, a capacidade de se articular com os países do mundo”, explica. “O Brasil está com esse descompasso entre seu soft power e sua capacidade militar.”

CONTRAPONTO

O professor da Universidade Cândido Mendes (Ucam) Márcio Scalércio, mestre em história e doutorando em relações internacionais na PUC do Rio, tem posição diversa. “Acho que essas compras são feitas com o objetivo, que acho mais importante, de o País saber o que se passa no seu território.”

Scalércio destaca, porém, que pelo prazo das aquisições pode-se dar início a uma política de Estado, não de governo, para a defesa. “É uma política mais ampla, porque a aquisição desse material implica também uma reestruturação das Forças armadas para que usem adequadamente esse material.”

Nosso Comentário:

O que importa mais são realmente a mudança de patamar e o novo aspecto estratégico (END).

Além disso, a reestruturação e o redimensionamento das Forças Armadas precisam ter uma visão vinda do estado brasileiro e não só de cada governo que passa e muda tudo a seu bel-prazer e interesses.

O planejamentos a longo prazo precisa ficar a salvo. Pode avançar, mas não mais retroagir, como várias vezes ocorreu no passado. A acidentada história do AMRJ é uma lição disso.

Para voltar a ser potência

Indústria bélica brasileira já esteve entre as 10 maiores, mas passou por paralisia nos últimos 20 anos. Plano de recuperação prevê mais capital e desoneração de impostos
Paola Carvalho

O Brasil pode estar longe de se tornar uma potência quando o assunto é indústria bélica. Em 2009, contudo, vai dar largo passo rumo aos maiores mercados mundiais. A Estratégia Nacional de Defesa, primeiro documento de Estado que estabelece diretrizes para o setor, prevê desoneração tributária, regulamentação para exportação e linha de crédito por meio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Ao mesmo tempo, o plano exige injeção de recursos. No primeiro ano de implementação, o orçamento das Forças Armadas Brasileiras (FAB) para custeio e investimento vai saltar de R$ 1 bilhão para R$ 4 bilhões, segundo o general José Elito, secretário de Ensino, Logística, Mobilização, Ciência e Tecnologia do Ministério da Defesa.

A indústria militar brasileira já esteve entre as 10 maiores do planeta, mas praticamente estagnou-se a partir da década de 1990, uma vez que a nova república via o setor como de guerra, e não de defesa. O vice-presidente-executivo da Associação Brasileira da Indústria de Material de Defesa (Abimde), Carlos Afonso Gambôa, explicou que, nesses 20 anos de “paralisia”, o Brasil conseguiu, mesmo assim, estabelecer relações comerciais externas e produzir equipamentos de destaque.

A falida Engesa exportava caminhões e blindados para Ásia e África. O tanque batizado de Osório comparava-se tecnologicamente aos mais avançados da época. A Avibras, uma das maiores fabricantes de armamentos do país, exportava baterias de foguetes, até hoje entre as melhores do gênero, para o Oriente Médio. Já como resultado da nova estratégia, na última semana, a 7ª Vara Cível de São José dos Campos concedeu a recuperação judicial, que tornou o governo acionista da empresa. A recuperação foi considerada pelo ministro Nelson Jobim uma prioridade dentro da estratégia de reerguer a indústria bélica.

A Embraer se mantém sólida graças ao mercado de aviões comerciais e executivos, que permitiu o desenvolvimento de aeronaves de vigilância do espaço aéreo e de treinamento capaz de missões antiguerrilha, o Super Tucano, que participa de concorrência no Iraque depois de ser exportado para Colômbia e Equador. O mais ambicioso projeto militar, contudo, o jato de transporte médio C-390, foi aperfeiçoado e vai disputar um mercado de 700 aviões da classe nos próximos anos – um mercado de US$ 13 bilhões.

Outro resultado é o acordo assinado entre o presidente francês, Nicolas Sarkozy, e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, pelo qual a França vai produzir com o Brasil 50 helicópteros para uso da FAB, por meio da Helibrás, em Itajubá (Sul de Minas), onde pode ser erguido um novo polo bélico no país. Também ficou acertada a fabricação de cinco submarinos, quatro convencionais e um de propulsão nuclear – objetivo perseguido pelo país desde 1979, quando a Marinha iniciou um programa atômico paralelo para proteger águas territoriais e plataformas de exploração de petróleo. Está prevista ainda a construção de um estaleiro e uma base naval para apoio. A soma dos investimentos gira em torno de 9 bilhões de euros.

“Os franceses vão fazer transferência de tecnologia. Um dos objetivos da Estratégia é justamente o de tornar o Brasil menos dependente da compra de equipamentos militares de outros países”, destaca o diretor do Departamento de Defesa da Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp), Jairo Cândido.

Fonte: Estado de Minas

Bilhões em terra, água e ar...

Indústria bélica brasileira ignora crise e deverá receber investimentos de pelo menos R$ 32 bilhões a partir deste ano
Marinella Castro e Paola Carvalho

Com um orçamento 40 vezes menor que o dos Estados Unidos e intenções que ocupam mais o campo da defesa, o Brasil segue firme em seu propósito de investir na indústria bélica. Calcula-se que, a partir deste ano, serão investidos pelo menos R$ 32 bilhões pela iniciativa pública e privada. Também estão previstos redução tributária, liberação de crédito e incentivos na área de desenvolvimento tecnológico e regulamentação para exportação. Para especialistas, os investimentos do Brasil e de outros países da América do Sul, como Chile e Venezuela, estão longe de significar uma corrida armamentista. No caso do Brasil, que durante muito tempo dormiu de portas abertas, haveria uma busca pelo reforço de seus equipamentos de proteção, além de investimentos no potencial industrial. O fato é que, por terra, água e ar, a indústria bélica brasileira promete avançar em 2009.

No país mais armado do mundo, apesar de o discurso de posse trazer um tom menos belicoso que o de seu antecessor, o presidente Barack Obama segue como líder da nação que detém o maior orçamento bélico do planeta. Em 2009, a despesa militar recorde se aproxima de US$ 1 trilhão. Com suas forças armadas, os Estados Unidos gastam mais que a soma dos outros 10 maiores orçamentos do mundo. Analistas não acreditam na modificação desse cenário, responsável por uma surpreendente atividade, capitaneada por gigantes da indústria bélica como Boeing, Lockheed Martin, Northrop Grumman e Raytheon. “Independentemente da crise financeira ou do presidente eleito, o país tem um plano de investimento traçado para 50 anos”, comenta Expedito Carlos Bastos, pesquisador em assuntos militares da Universidade de Juiz de Fora (UFJF), no tema, um dos principais especialistas do país.

No Brasil, a nova Estratégia Nacional de Defesa, anunciada no fim do ano passado, é considerada um divisor de águas. O documento de Estado, que se mantém mesmo com a troca de governo, poderá colocar o Brasil de volta ao mapa bélico mundial, disputado em tecnologia por diversos países do mundo, mas liderado em gastos pelo Tio Sam. O governo Obama conta inicialmente com um orçamento militar de US$ 547 bilhões, uma cifra que sobe para US$ 712 bilhões quando são incluídos os gastos com as duas guerras em andamento, Iraque e Afeganistão, um crescimento de 7% em relação ao ano anterior.

Até julho deste ano, as despesas bélicas americanas devem saltar para US$ 863 bilhões, de acordo com levantamento feito pela organização americana Friends Committee on National Legislation, um salto surpreendente em relação a 2002, quando teve início o levantamento e o orçamento era de US$ 33,8 bilhões. Na opinião de Expedito Bastos, os gastos suplementares do país devem continuar, já que, estrategicamente, a retirada de tropas do Iraque deve ser parcial, com reforços no Afeganistão.

No Brasil, a Estratégia Nacional de Defesa prevê pela primeira vez a alocação continuada, para os próximos 20 anos, de recursos financeiros que devem viabilizar não somente compras, mas a produção de equipamentos. O país tem hoje cerca de 60 empresas do setor, que dividem suas vendas entre o mercado civil e o militar. Entre elas estão Embraer (aviões), Imbel (armamento), CBC (cartuchos), Taurus (armas), Avibrás e Mectron (míssel e foguetes). O general José Elito, secretário de Ensino, Logística, Mobilização, Ciência e Tecnologia (Selom) do Ministério da Defesa, revelou que a instituição já conta com cerca de 11 mil empresas, de todos os portes, que comercializam materiais ligados à defesa nacional. “Há três anos, não chegava a 4 mil. Nos próximos, não é impensável atingir 50 mil”, afirmou.

O professor do curso de mestrado em relações internacionais da PUC Minas Eugênio Diniz lembra que, diferentemente do Brasil, nos Estados Unidos o peso militar é decisivo na escolha de um presidente. O especialista não identificou no discurso de posse da última terça-feira palavras que sinalizassem para um arrefecimento da indústria bélica.

Já o Brasil aponta em seu documento oficial que o foco do novo plano de defesa é a segurança, e não a guerra. Isso porque o país abriga riquezas cada vez mais escassas e cobiçadas pelo mundo, como a floresta amazônica, as reservas de petróleo e gás, água e energia. Assim sendo, aeronaves de caça e transporte, helicópteros de ataque, submarinos convencionais e de propulsão nuclear e armamentos inteligentes – como mísseis e bombas – entram na pauta da indústria brasileira.

domingo, 25 de janeiro de 2009

Uribe diz que chefe militar das Farc pode ficar livre se entregar reféns

da Efe, em Washington

O chefe militar das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), conhecido como Mono Jojoy, pode ficar em liberdade se entregar os reféns da guerrilha e abandoná-la, disse nesta terça-feira em Washington o presidente da Colômbia, Álvaro Uribe.

"Se Mono Jojoy entregar os reféns e abandonar a guerrilha, não vai ter indulto nem anistia, mas pode ter a liberdade", disse Uribe em coletiva, após receber do presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, uma condecoração por sua liderança contra o terrorismo.

Uribe e os ex-primeiros-ministros do Reino Unido e da Austrália, Tony Blair e John Howard, respectivamente, receberam nesta terça-feira a chamada Medalha da Liberdade, a maior distinção civil concedida pelos Estados Unidos.

Uribe repassou as conquistas e desafios de seu governo e enfatizou a luta contra a guerrilha e os esforços por manter a "confiança" em seu país.

Como fez várias outras vezes, o presidente colombiano reiterou hoje seu apelo para que "toda a guerrilha reflita" e não "continue a serviço dos herdeiros de (Manuel) Marulanda", o líder das Farc morto em março do ano passado.

No entanto, hoje foi a primeira vez que Uribe se dirigiu especificamente, com nome e sobrenome, a Jorge Briceño Suárez, conhecido como Mono Jojoy, chefe militar das Farc.

Porém, suas as palavras sobre a possibilidade de Mono Jojoy ficar algum dia livre contrastam com as quais pronunciou em 6 de novembro último, quando mandou que o novo comandante do Exército, general Óscar González, capture os maiores líderes das Farc.

Brasil fornece logística para libertação de reféns na Colômbia

da Folha Online

O governo do Brasil apoiará a logística na operação de libertação de seis reféns em poder das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia), informa a imprensa de Bogotá.

"O governo do Brasil serviria de suporte em aspectos como a habilitação das aeronaves necessárias para resgatar o ex-governador Alan Jara, o ex-deputado do Valle Sigifredo López, assim como três policiais e um soldado que seriam liberados", afirma o jornal "El Tiempo".

O site do "El Tiempo" destaca que agora a discussão é saber se é conveniente usar equipamentos da Força Aérea do Brasil ou se é melhor contratar aeronaves civis.

Na quarta-feira (21), a senadora Piedad Córdoba --a quem as Farc entregarão os reféns-- afirmou que o país sul-americano que ajudará na logística das libertações já estava definido. Ela descartou Equador e Venezuela da lista, mas não confirmou a ajuda brasileira.

No dia 21 de dezembro do ano passado, as Farc anunciaram a libertação unilateral dos políticos Alan Jara e Sigifredo López, de três policiais e um militar que integram o grupo de 28 sequestrados que a guerrilha pretende trocar por 500 militantes presos.

No início de janeiro, os rebeldes exigiram a presença de um avalista internacional na comitiva que receberia os reféns.

O presidente, Alvaro Uribe, chegou a pedir ao Vaticano que nomeasse um delegado, mas Córdoba lembrou que as Farc já vetaram no passado a participação da Igreja Católica nas negociações de paz.

Exército Brasileiro participará de libertação de reféns das Farc, diz Jobim

EDUARDO CUCOLO
da Folha Online, em Brasília

O ministro da Defesa, Nelson Jobim, confirmou neste domingo que o Exército Brasileiro está em entendimentos com o Comitê Internacional da Cruz Vermelha para participar da libertação de seis reféns das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia), anunciada em dezembro.

"O Brasil prestará auxílio à Cruz Vermelha Internacional, que é quem está gerenciando esse projeto. Nós já colocamos o Exército Brasileiro ao auxílio disso tudo, aos entendimentos necessários para que a o Brasil possa colaborar", afirmou o ministro.

Segundo Jobim, a data da operação não será anunciada, por motivos de segurança. "Vocês só ficarão sabendo depois das operações terem sido realizadas."

O Brasil deve participar com o envio de helicópteros e pilotos. Vários países foram consultados pela Cruz Vermelha, e o Brasil foi escolhido por sua proximidade geográfica e pelas facilidades logísticas. A participação também foi aprovada pelo governo da Colômbia.

Serão soltos um soldado, três policiais, o ex-governador do departamento de Meta Alan Jara, capturado em 2001, e o ex-deputado Sigifredo López. Se concretizada a soltura dos seis reféns, as Farc terão ainda em seu poder 22 militares "trocáveis" por rebeldes, e mais centenas de reféns civis.

Projeto Rondon

O ministro da Defesa participou hoje da cerimônia de abertura da operação Centro-Norte do Projeto Rondon, em Brasília. Ao todo, quase 1.000 estudantes e professores universitários participarão de projetos vinculados a cidadania, bem-estar, desenvolvimento local sustentável e gestão pública.

Neste ano, as operações do Projeto Rondon terão a participação de 2.000 pessoas, selecionadas de um total de 11 mil inscritos. Para 2010, o governo quer ampliar esse número para pelo menos 3.000 voluntários.

"Seria uma ampliação em 40%, para 3.000 pessoas. Tudo depende da infraestrutura do ministério e da disposição que possam ter os municípios em participar dessa integração", afirmou Jobim.

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

P3-AM: começa a instrução técnica no Brasil

A FAB noticiou nesta quinta-feira, dia 22 de janeiro, que foi iniciada uma nova etapa na capacitação técnica envolvendo a aeronave P3-AM: “dando sequência às etapas de preparação visando a chegada da nova aeronave, o Esquadrão Orungan (1º/7º GAv) iniciou, no dia 19 de janeiro, o curso de instrução técnica da aeronave (ITA) do P3-AM. A abertura oficial deste curso simboliza para o esquadrão uma nova etapa no processo de capacitação técnica: o da irradiação dos conhecimentos adquiridos no exterior. O curso que terá duração de 4 meses tem como objetivo proporcionar o conhecimento técnico necessário de todos os sistemas e limites da aeronave para uma operação segura e eficiente no solo e em voo.”

Ainda sobre o P3-AM, a FAB relatou cerimonia-rollout-p3-amem 20 de janeiro alguns detalhes sobre a viagem do Comandante da Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro-do-Ar Juniti Saito, a Portugal e Espanha no final do ano passado, e que foi noticiada aqui no Blog do Poder Aéreo em duas ocasiões (clique nos links nos nomes dos países para ler os artigos). Para acessar a reportagem da FAB sobre os objetivos da viagem, incluindo a cerimônia de Roll-out (rodagem) do P3-AM, clique aqui.

Para ler dossiê do Poder Naval Online, preparado pelo editor Guilherme Poggio sobre o P-3 Orion e o processo de seleção, aquisição e modernização do meio para a FAB, clique aqui.

Fonte e fotos: FAB

Corte de verba afeta VLS

O setor espacial é um dos mais atingidos pela redução orçamentária aprovada no Congresso Nacional para 2009, dentro da pasta de Ciência e Tecnologia. A AEB (Agência Espacial Brasileira) vai ter 22,55% menos em seus cofres do que o planejado.

Dentro do estratégico PNAE (Programa Nacional de Atividades Espaciais), a expectativa orçamentária ficou 19,28% menor. Esse programa inclui os satélites brasileiros, como o planejado Amazônia-1, e o desenvolvimento do VLS (Veículo Lançador de Satélites).

No total, o orçamento de 2009 é 18% menor do que o planejado pelo ministro Sergio Rezende. No projeto do Orçamento enviado ao Congresso, o valor total para a pasta era de R$ 6,1 bilhões. A lei aprovada em dezembro, entretanto, destinou R$ 1,09 bilhão a menos.

Segundo disse Rezende à Folha, R$ 919 milhões foram retirados do FNDCT (Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico). E outros R$ 180 milhões foram cortados do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico).

Para Marco Antonio Raupp, presidente da SBPC (Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência), o corte de verbas para o setor espacial é um grande problema, já que a área sofre com a descontinuidade crônica de recursos financeiros.

E, como ocorreu pelo menos nos últimos dois anos, o único programa que recebeu muito mais recursos do que o esperado é o de Ciência, Tecnologia e Inovação para Inclusão e Desenvolvimento Social.

Enquanto no projeto do orçamento estavam previstos R$ 40,1 milhões, na lei aprovada pelo Congresso o valor saltou 483,5%, para R$ 234 milhões. Segundo o ministério, grande parte desses recursos tem origem nas emendas parlamentares. Estas visam, basicamente, a implementação e o desenvolvimento dos centros de vocação tecnológica.

Para Jacob Palis, presidente da ABC (Academia Brasileira de Ciências), esses programas de inclusão social “têm muita capilaridade, atingem as bases [eleitorais]“. “Nós somos favoráveis a esses programas, mas a locomotiva é a atividade de ciência em tecnologia em si.”

FONTE: Folha de São Paulo

“Vamos lutar contra o terrorismo com nossos valores e ideais”, diz Obama


Presidente norte-americano decreta fim de Guantánamo em um ano e assina medidas que proíbem a tortura e os maus-tratos nos interrogatórios e detenções
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, assinou nesta quinta-feira, 22, em seu segundo dia de governo, um decreto que estabelece o fechamento da prisão de Guantánamo em um ano. O novo chefe de Estado também assinou outras duas ordens executivas que proíbem a tortura e os maus-tratos nos interrogatórios e o encarceramento de presos. Criada durante o governo George W. Bush em 2002, Guantánamo, localizada em uma base naval em Cuba, era usada para prender suspeitos de terrorismo do mundo todo sem uma acusação formal. O presidente afirmou que com estas ordens “os Estados Unidos têm como intenção prosseguir a luta atual contra o terrorismo de maneira vigilante, efetiva e de acordo com seus valores e seus ideais”. “Estamos decididos a vencer esta luta, e vencê-la em nossos termos”, explicou.

O fechamento da prisão militar, muito criticada por denúncias de tortura de presos, era uma das principais promessas de campanha de Obama. Segundo o jornal The New York Times, a medida executiva deve enviar ainda ordens diretas para que a Agência Central de Inteligência (CIA) feche todas as prisões secretas dos EUA. A ação, um dos primeiros passos para desmontar as políticas prisionais de Bush, deve reescrever as leis americanas para prisão de suspeitos de terrorismo. Ela pede a revisão imediata dos processos dos 248 presos mantidos na base naval em Cuba, e determinará se eles serão transferidos, libertados ou julgados.

Um rascunho da ordem de Obama foi obtido na quarta-feira pela agência de notícias Associated Press, e tratava das questões levantadas pelas detenções na prisão militar. O texto dizia que o fechamento de Guantánamo “aumentaria a segurança nacional e os interesses da polícia externa dos Estados Unidos e da justiça.” Na quarta-feira, após uma solicitação de Obama, juízes responsáveis por julgamentos militares na base confirmaram a suspensão por 120 dias das audiências dos processos contra seis réus mantidos na prisão - cinco deles acusados de envolvimento nos atentados de 11 de Setembro de 2001 nos Estados Unidos. Segundo a BBC, os processos legais no campo de prisioneiros têm sido muito criticados porque os militares americanos estariam atuando ao mesmo tempo como carcereiros, juízes e jurados.

Considerada um símbolo de abuso dos direitos humanos, a prisão de Guantánamo desgastou a imagem dos EUA no mundo. A principal crítica aos julgamentos das comissões militares para os presos de Guantánamo era a possibilidade de serem aceitas provas ou confissões obtidas por coerção, por meio dos chamados “métodos aprimorados de interrogatório”, considerados tortura por muitos e defendido pelo governo Bush.

Destino dos presos

Após o fechamento da prisão, o novo governo deverá decidir para onde os presos serão mandados. Na quarta-feira, a Suíça anunciou que considerava receber esses detentos se isso ajudasse no fechamento de Guantánamo. Em nota, o governo suíço disse que a detenção de pessoas em Guantánamo está em conflito com as leis internacionais e que os suíços estão prontos para contribuir com a solução do problema no local. O porta-voz do Conselho Federal (Executivo), Oswald Sigg, deixou claro, no entanto, que as decisões de acolher ou não cada detido serão tomadas após análises “detalhadas e minuciosas” de cada caso.

Também na quarta-feira, o comissário de Justiça da União Europeia (UE), Jacques Barrot, elogiou as ações de Obama para o fim da prisão. “Eu estou feliz com o fato de que um dos primeiros atos do presidente Obama foi virar a página neste triste episódio da prisão de Guantánamo”, disse Barrot em comunicado. “Para mim é um símbolo muito forte. Em um Estado legítimo todos devem ter o direito à defesa”, acrescentou. O comissário da UE apontou que agora os prisioneiros de Guantánamo devem ter direito a todos os procedimentos legais, para que se saiba a verdade sobre suas ações. Para Barrot, lutar contra o terrorismo “deve ser uma prioridade para os Estados Unidos e a Europa, mas com total respeito aos direitos humanos.” Ainda nesta quinta-feira, Obama deve visitar o Departamento de Estado, para se encontrar com a nova chefe do departamento, Hillary Clinton, e seus principais conselheiros de segurança nacional.

Fontes e fotos: Estadão e AP

Transpetro: Estaleiro Eisa e Atlântico Sul disputam concorrência

A Transpetro, subsidiária de transporte da Petrobras, abriu há pouco os envelopes com as propostas comerciais no processo de licitação para a construção de dez navios petroleiros. Dois estaleiros do Estado do Rio estão participando da concorrência. O Estaleiro Eisa, da Ilha do governador, disputa a contratação de sete navios, quatro do tipo Suezmax e três do tipo Aframax, com o Estaleiro Atlântico Sul, de Pernambuco. Já o Estaleiro Mauá está participando da licitação para a construção de três navios de produtos.

O presidente da Transpetro, Sérgio Machado, explicou que a análise das propostas comerciais de preços e o anúncio dos vencedores acontecerão o mais rápido possível, até o início do próximo mês. Sérgio Machado destacou que a encomenda desses dez primeiros navios, de um total de 23 da segunda fase do Programa de Modernização e Expansão da Frota (Promef), deverá gerar cerca de 8 mil empregos diretos. É também a primeira vez que quatro Suezmax e três Aframax, com posicionamento dinâmico (que podem ficar parado em alto mar sem âncoras) serão construídos no Brasil.

O presidente da Transpetro explicou que a crise financeira internacional não prejudicará as encomendas da estatal, já estas terão financiamento do fundo de Marinha Mercante (FMM), administrado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social (BNDES). O financiamento é de 90% do valor.

Sérgio Machado disse esperar que as propostas apresentadas hoje já contemplam a redução de diversos materiais e componentes como, por exemplo, o aço.

- Nas encomendas da primeira fase, a Transpetro comprou com preços 3% maiores do que no mercado externo. Hoje, com as mudanças, a situação é bem melhor. Não vamos de forma alguma contratar a qualquer preço. Mas, temos que considerar que temos uma indústria nascente, que está crescendo e evoluindo com avanços. O custo de financiamento no Brasil é mais barato do que lá fora e eu tenho que levar isso em consideração - destacou Machado.

Na primeira fase do programa, a Transpetro encomendou no ano passado um total de 26 navios petroleiros. O executivo destacou a importância de a estatal continuar com seu programa de ampliação da frota própria de navios, pois quando esses começarem a ser entregues a economia mundial estará voltando a crescer mais forte.

- É um setor que gera empregos, estratégico para o país, pois, nenhum país pode ser soberano sem ter Marinha Mercante própria. No ano passado, nosso custo de transportes foi de US$ 16 bilhões e menos de 4% foram feitos por empresas brasileiras. Então é fundamental consolidarmos nosso programa de indústria naval. E o Brasil já é a quinta carteira de petroleiros no mundo - destacou Machado.

A Transpetro está fazendo ainda uma avaliação das propostas técnicas para o lote 4 de encomenda de cinco navios de produtos que está sendo disputada pelos estaleiros do Rio Mauá e Rionave. Nos próximos meses, a Transpetro prevê ainda encomendar sete navios gaseiros, transportadores de gás, e bunkers (para transporte de combustível de navios).

FONTE: Globo online

O UCAV BRASILEIRO


Enquanto o Brasil inteiro acompanha as eternas concorrências dos Programas FX da Força Aérea Brasileira (FAB), a qual pretende reequipar e renovar sua Aviação com um Caça de Superioridade Aérea de 4ª Geração, novos projetos vão acontecendo para uma era mais à frente, ou logo ali.


Os olhares mais atentos não se dirigem mais para a 4ª Geração, nem 4ª e meia, nem 5ª, e nem para uma 6ª Geração de caças tripulados. As pesquisas mundiais hoje concentram-se nas aeronaves não-tripuladas. Quem não as tiver em alguns anos, será melhor permanecer em terra, como aconteceu com a Força Aérea do Iraque de Saddm Hussein em 2003.


No mundo inteiro, emprega-se os termos em inglês UAV (Unmanned Aerial Vehicle) e UCAV (Unmanned Combat Aerial Vehicle). Nossa tradução é para VANT e VANT-C (Veículo Aéreo Não-Tripulado de Combate).


Um projeto interessante é o Programa nEUROn Europeu (ver a ênfase ao Euro no nome), compartilhado por França, Suécia, Itália, Espanha, Grécia e Suíça.


Vale observar que o Brasil estabeleceu uma parceia estratégica com a União Européia em dezembro de 2008, no Rio de Janeiro, e ainda que França e Suécia são dois dos três finalistas do Programa FX-2 da FAB.


O Brasil tem um longo caminho nesse campo, que poderá ser abreviado por uma aliança envolvendo a Embraer no Programa nEUROn. Existe aqui um interessante e pequeno projeto chamado Carcará, da carioca Santos Lab, já em operação na MB. Mas a grande novidade tecnológica virá do 14X hipersônico.


O Centro Técnico Aeroespacial (CTA) também desenvolve um UAV para missões civis e militares de reconhecimento aéreo, monitoramento de recursos naturais, redes elétricas e de dutos de petróleo. Tal projeto faz parte das diretrizes políticas do Ministério da Defesa e conta com o suporte financeiro da Finep.


O CTA coordena o projeto, através do IAE, que já acumula experiência na área de vant, com o desenvolvimento do veículo Acauã, na década de 80. A Avibrás Aeroespacial foi selecionada como parceira industrial, pois ela tem experiência com o desenvolvimento do UAV americano Scorpion, sob o qual possui os direitos de fabricação.


Posteriormente, o CTA deverá trabalhar no projeto de um alvo aéreo manobrável com propulsão a jato, utilizando turbina de baixa potência. Além do CTA, outras instituições brasileiras também investem no desenvolvimento de veículos não tripulados.


Existem diversos desenvolvimentos de UAV no Brasil, como o Projeto Acauã (IAE/CTA), Flight Solutions FS-1 Watchdog, FS-2 Avantvision, FS-3 Starcopter. Este último interessaria à Marinha Brasileira, por ser um UAV-VTOL compacto, com capacidade de ser embarcado nos navios patrulha de 500 ton em construção (Projeto Vigilante).


As tecnologias de células de combustível e de nanobaterias irão prover no futuro UAVs que poderão ficar em patrulha por meses. UAVs a grandes altitudes movidos por energia solar poderão coordenar frotas de UCAVs em altitude inferiores armados com mísseis interligados em rede.

ESTALEIRO DE SUBMARINOS DCNS-ODEBRECHT


O novo Estaleiro de Submarinos em Itaguaí pertencerá à Marinha do Brasil, que vai cedê-lo por 20 anos, período em que será construído e operado por uma joint-venture, ou Sociedade de Propósito Específico (SPE), com 50% das cotas sob controle da Odebrecht, 49% da DCNS francesa e 1% da MB.
Essa participação do governo brasileiro na SPE será mesmo simbólica, mas ele terá uma “golden share”, o que lhe dará o direito de veto em questões estratégicas, como já ocorria na Embraer e também passou a ocorrer na Avibras desde 20 de janeiro de 2009.
O Estaleiro DCNS-Odebrecht estará apto em breve para garantir novas empreitadas de construção naval em larga escala para a Marinha do Brasil e exportações, tudo no bojo do Plano Estratégico de Defesa Nacional.

NOVO ESTALEIRO EM ITAGUAÍ
Pela falta absoluta de espaço no AMRJ, na Ilha das Cobras, somado ao enorme custo para obtê-lo, é que o governo brasileiro optou pela construção de um novo estaleiro de submarinos em Itaguaí, na Baía de Sepetiba, Estado do Rio de Janeiro. No local, também será criada a futura base de submarinos da MB.
Nesse Estaleiro DCNS-Odebrecht, serão construídos 4 submarinos convencionais chamados de SBR (Submarino Brasileiro), baseados no Marlin, movidos a óleo diesel, e o primeiro SNA nacional, chamado de SNBR (Submarino Nuclear Brasileiro).
O primeiro convencional deverá ficar pronto em 2014 e os demais, a cada dois anos, 2016, 2018 e 2020, a um custo unitário de US$ 600 milhões. Já o SNBR está previsto para entrar em operação em 2020, a um valor estimado em cerca de US$ 1,5 bilhão.
Com o objetivo de gerenciar a construção do estaleiro, dos SBRs, do SNBR e da futura base de submarinos, a MB ativou a Coordenadoria do Programa de Desenvolvimento de Submarino de Propulsão Nuclear, em setembro de 2008.
Esse conjunto será mera parcela de um gigantesco empreendimento de 1,5 milhão de m2 levantado pela Companhia Docas na região, o qual reunirá diversos estaleiros.
A Odebrecht construirá o estaleiro onde os submarinos serão montados e uma nova base naval no Porto de Sepetiba, no Rio. O contrato entrará em vigor no segundo semestre de 2009.
O primeiro submarino será em parte feito na França, em Cherbourg - os outros terão seus cascos montados no Brasil, depois de manufaturados na Nuclep. A DCNS dará assistência para o design da parte não-nuclear do submarino, a ser feita pela joint venture, e às obras para construção do estaleiro e da nova base de submarinos da MB.

VIZINHOS EM EM ITAGUAÍ


Nessa área do estaleiro em Itaguaí, encontram-se vizinhos importantes como a Nuclep, a Base Aérea de Santa Cruz, da FAB, o Complexo Industrial de Santa Cruz e o grande Porto de Itaguaí.
Em 2010, deverá começar a operar a Siderúrgica do Atlântico, na vizinha Santa Cruz. Trata-se de uma sociedade entre a Vale e a ThyssenKrup alemã. Sua capacidade de produção será de 5 milhões de ton de placas de aço ao ano.
Ao seu redor, haverá um terminal portuário, uma coqueria, e a Usina Termelétrica de Itaguaí, uma usina térmica a carvão com capacidade para gerar 1.250 mw. Atlântico deverá produzir aços especiais para os novos submarinos.
A própria Marinha tem uma base de treinamento dos Fuzileiros Navais na Ilha da Marambaia, dentro da Baía de Sepetiba.
Em termos logísticos, existem na área a obra do Arco Metropolitano - rodovia expressa que ligará o Rio a São Paulo, a duplicação da BR-101, e a ferrovia operada pela MRS Logística.

NUCLEP


A Nuclebrás Equipamentos Pesados S.A. - Nuclep, localizada no Brisamar de Itaguaí, junto a Rodovia Rio-Santos, é uma empresa estatal que vem crescendo, com atividades em novas áreas estratégicas.

Vista da fábrica da Nuclep de Itaguaí, junto à Rodovia Rio-Santos, que fica
no canto inferior esquerdo. A Baía de Sepetiba fica no canto superior direito.
(Foto Nuclep)

Sua atuação tradicional está na Área Nuclear, produzindo equipamentos para as usinas nucleares da vizinha Angra dos Reis. Além disso, ela fabricou o primeiro reator nuclear naval, tornando-se pioneira em nacionalizar a tecnologia para fabricar e montar vasos de pressão com especificações nucleares.Além da Nuclear, 3 novas áreas vêm se destacando, principalmente em termos de construção naval, e que serão vitais para a nova fase do AMRJ. São elas as Áreas Não-Nuclear, Off-Shore, e de Motores de Navios de grande porte.
A Área Não-Nuclear produziu desde 1993 os cascos resistentes para os submarinos Tamoio, Tapajó, Timbira e Tikuna da Marinha Brasileira.
A Área Não-Nuclear vem ainda se destacando em diversos segmentos industriais com equipamentos de grande porte, como as indústrias petrolífera, petroquímica, química, siderúrgica, naval, de mineração, de papel e celulose, entre outras.
Ressalte-se a produção de uma câmara hiperbárica para o Cenpes - Petrobras, cuja aplicação principal é no sistema de exploração e de produção de petróleo em águas profundas.
A Área de Off-Shore da Nuclep construiu desde 2005 os módulos estruturais do casco da Plataforma P-51 da Petrobras, cuja tecnologia de fabricação foi totalmente desenvolvida pelo corpo técnico da Empresa.

Dois Estaleiros do Rio Disputam a Construção de 10 Navios da Transpetro

A Transpetro, subsidiária de transporte da Petrobras, abriu há pouco(22 Jan 08 - 13:00 Horas), os envelopes com as propostas comerciais no processo de licitação para a construção de dez navios petroleiros. Dois estaleiros do Estado do Rio estão participando da concorrência. O Estaleiro Eisa, da Ilha do governador, disputa a contratação de sete navios, quatro do tipo Suezmax e três do tipo Aframax, com o Estaleiro Atlântico Sul, de Pernambuco. Já o Estaleiro Mauá está participando da licitação para a construção de três navios de produtos.

O presidente da Transpetro, Sérgio Machado, explicou que a análise das propostas comerciais de preços e o anúncio dos vencedores acontecerão o mais rápido possível, até o início do próximo mês. Sérgio Machado destacou que a encomenda desses dez primeiros navios, de um total de 23 da segunda fase do Programa de Modernização e Expansão da Frota (Promef), deverá gerar cerca de 8 mil empregos diretos. É também a primeira vez que quatro Suezmax e três Aframax, com posicionamento dinâmico (que podem ficar parado em alto mar sem âncoras) serão construídos no Brasil.

O presidente da Transpetro explicou que a crise financeira internacional não prejudicará as encomendas da estatal, já estas terão financiamento do fundo de Marinha Mercante (FMM), administrado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social (BNDES). O financiamento é de 90% do valor.

Sérgio Machado disse esperar que as propostas apresentadas hoje já contemplam a redução de diversos materiais e componentes como, por exemplo, o aço.

Nas encomendas da primeira fase, a Transpetro comprou com preços 3% maiores do que no mercado externo. Hoje, com as mudanças, a situação é bem melhor. Não vamos de forma alguma contratar a qualquer preço. Mas, temos que considerar que temos uma indústria nascente, que está crescendo e evoluindo com avanços. O custo de financiamento no Brasil é mais barato do que lá fora e eu tenho que levar isso em consideração - destacou Machado.

Na primeira fase do programa, a Transpetro encomendou no ano passado um total de 26 navios petroleiros. O executivo destacou a importância de a estatal continuar com seu programa de ampliação da frota própria de navios, pois quando esses começarem a ser entregues a economia mundial estará voltando a crescer mais forte.

É um setor que gera empregos, estratégico para o país, pois, nenhum país pode ser soberano sem ter Marinha Mercante própria. No ano passado, nosso custo de transportes foi de US$ 16 bilhões e menos de 4% foram feitos por empresas brasileiras. Então é fundamental consolidarmos nosso programa de indústria naval. E o Brasil já é a quinta carteira de petroleiros no mundo - destacou Machado.

A Transpetro está fazendo ainda uma avaliação das propostas técnicas para o lote 4 de encomenda de cinco navios de produtos que está sendo disputada pelos estaleiros do Rio Mauá e Rionave. Nos próximos meses, a Transpetro prevê ainda encomendar sete navios gaseiros, transportadores de gás, e bunkers (para transporte de combustível de navios).

AT-26 XAVANTE - O FAZ TUDO DA FAB


EMBRAER - AT-26 XAVANTE (Aermacchi MB-326)

Projetado por Ermanno Bazzocchi, o MB 326 (denominado AT-26-Xavante no Brasil) tinha linhas fluidas, excelente poder de manobra e performance, que o colocaram na liderança dos aviões de treinamento dos anos 60. Foram construídos 761 exemplares e utilizados por diversos países, entre eles o Brasil. Sua produção terminou em 1983. Como seus concorrentes, ele podia também cumprir missões de ataque leve. A versão principal foi o MB 326K, monoplace de ataque equipado com motor mais possante, com 2 canhões internos DEFA de 30mm e suportes externos para vários tipos de outros armamentos, entre os quais os mísseis ar-ar Matra Magic. Alguns exemplares foram exportados, mas seu maior utilizador foi a África do Sul, que fabricou sob liscença a versão Atlas Impala Mk2, bastante empregada em missões de combate. A Embraer também fabricou sob licença o MB 326 (Xavante) para a Força Aérea Brasileira.

O Brasil tem vivido nas últimas décadas um impressionante crescimento da sua indústria aeronaútica, e tal levou a que a Força Aérea Brasileira (FAB) opere actualmente aeronaves de produção e projecção brasileira, como os modernos aviões de ataque AMX desenvolvidos conjuntamente com a Itália.

Este artigo aborda uma das aeronaves mais importantes para o desenvolvimento da indústria de aviões militares no Brasil, o AT-26 Xavante.
Este veterano é actualmente o jacto de treino avançado da FAB, e a par desta missão executa ainda missões de reconhecimento e ataque, embora esteja já a ser retirado e substituído pelo moderno caça/bombardeiro AMX. No Brasil, o Xavante foi construído sob licença pela EMBRAER, mas foi também produzido por outras nações, entre as quais Itália, Austrália e África do Sul.

A versão brasileira equipa as forças aéreas da Argentina, Togo e Paraguai. O avião além de possuir boas prestações como aeronave para treino avançado, revelou também ser uma aeronave com uma boa capacidade para missões de combate. Por exemplo, a variante sul-africana entrou em combate na Guerra da Namíbia (do lado da África do Sul) e a versão brasileira foi utilizada pela Argentina na Guerra das Malvinas em 1982.

No total foram construídos 761 aeronaves em todo mundo (182 no Brasil). Os Xavantes (designação oficial M.B. 326) na Força Aérea Italiana (AMI) voaram mais de 400.000 horas e formaram um total de 1. 973 pilotos.

No Brasil, o AT-26 surgiu com a necessidade de a FAB substituir os seus AT-33 já no fim da vida operacional. Como requisitos principais a aeronave deveria fazer a transição para a primeira a aeronave supersónica a servir nesse ramo. A acrescentar havia o facto deste jacto de treino ter que possuir uma capacidade relativa para missões de ataque, pois havia uma necessidade igual de substituir os obsoletos AT-6.
O projecto italiano, o Aermacchi M.B. 326 (um avião muito semelhante ao AT-33A), era a aeronave ideal para os requisitos da FAB, desenvolvido com um configuração de dois assentos em linha, comum nos modernos aviões de treino e possuindo uma boa capacidade para missões de ataque e reconhecimento, pondo de parte uma configuração de assentos lado a lado semelhante à do T-37. O primeiro voo desta aeronave deu-se em finais de 1957, tendo no ano seguinte a AMI assinado um contracto para a compra das aeronaves.
Quinta-feira, 22 de Janeiro de 2009
Mirage F-1 Espanhois: "Ataúdes Voadores"
Un 'Mirage' F-1 estrellado al sudeste de Bélgica en 2005

'Ataúdes volantes': casi la mitad de los 72 cazas F-1 del Ejército del Aire ya se han estrellado

Por José L. Lobo - El Confidencial

La estadística es demoledora: casi la mitad de los cazas Mirage F-1 del Ejército del Aire se han estrellado desde que entraron en servicio hace tres décadas. En el accidente ocurrido ayer en Albacete, que costó la vida a dos capitanes y un teniente, se perdieron otros dos aparatos, que elevan a 34 la cuenta de aviones siniestrados, según los cálculos de El Confidencial.

No es de extrañar que los pilotos de combate españoles se refieran a estos cazabombarderos como ataúdes volantes, y que el Ministerio de Defensa, que dirige Carme Chacón, no haya encontrado aún comprador para las 38 unidades que siguen operativas. La Fuerza Aérea de Ecuador dijo no, y las negociaciones con la de Argentina están estancadas.

El Gobierno de Francisco Franco apostó a principios de la década de los 70 por el Mirage F-1, fabricado por la firma francesa Marcel Dassault, como punta de lanza para la defensa aérea de España. Los primeros aparatos, de los 72 que formaban el lote adquirido a Francia, llegaron a nuestro país en 1974, pero ya desde el principio se detectaron problemas de corrosión en las toberas de salida de gases.

Hasta 1984, cuando entraron en servicio los más modernos F-18 estadounidenses, el F-1 fue la espina dorsal -y casi la única- de las unidades de combate del Ejército del Aire, lo que inevitablemente incrementó sus horas de vuelo. Esta circunstancia, y, sobre todo, el hecho de que estos cazas sólo disponen de un motor -lo que les vuelve mucho más vulnerables que los F-18, que disponen de dos turbinas-, ha ido engordando su insólito historial de accidentes, contribuyendo a alimentar su leyenda negra entre los pilotos militares españoles.

En el último siniestro, que se produjo ayer en la provincia de Albacete, se vieron implicados dos aparatos del Ala 14 -con base en Los Llanos, a muy pocos kilómetros de la capital manchega- que participaban en una misión rutinaria de entrenamiento. Ambos aviones habían sido sometidos a un proceso de modernización hace menos de una década.

Vida operativa

El Ejército del Aire tenía previsto dar de baja su flota de Mirage F-1 a comienzos de esta década, coincidiendo con el final de su vida operativa. Pero Defensa ha tenido que alargarla por varias razones. Primero, porque las unidades del Eurofighter, el avión que debe sustituir al F-1, siguen llegando a España con cuentagotas: de los 87 aparatos encargados por nuestro país sólo se han recibido 19 hasta la fecha, que se encuentran en la base aérea de Morón de la Frontera (Sevilla).

La Royal Air Force (RAF) del Reino Unido -uno de los cuatro países que fabrica el Eurofighter, junto a España, Alemania e Italia- ya tiene operativos 55 aparatos, y recibirá 90 más a lo largo de este año. España debería disponer de otros 34 aviones en 2009, pero la recesión económica -y ésa es la otra causa que puede dilatar la jubilación de los Mirage-, que tendrá su inevitable reflejo en los presupuestos de Defensa de 2010, podría retrasar aún más su entrada en servicio.

Chacón, como hizo su predecesor en el cargo, José Antonio Alonso, ha tratado de vender al mejor postor los cazas F-1 que siguen operativos en el Ejército del Aire. Pero, de momento, no ha encontrado comprador. Según publicó recientemente la revista especializada Avión Revue, los primeros contactos se mantuvieron con la Fuerza Aérea de Ecuador, a la que se ofreció un paquete inicial de 12 aparatos y una opción de compra de una docena más. Pero, finalmente, el Gobierno ecuatoriano desechó esa opción y se inclinó por el caza Supertucano que fabrica la brasileña Embraer.

Defensa negocia ahora con la Fuerza Aérea argentina la venta de entre 12 y 16 Mirage F-1 en condiciones financieras ventajosas, pero las conversaciones entre ambos gobiernos están estancadas.

En 2003, el Ejecutivo de José María Aznar ya ofreció a Colombia la venta, por un precio simbólico, de ocho aparatos. El lote incluía carros de combate AMX-30 y helicópteros UH-1H, pero el Gobierno colombiano también rechazó la oferta.
Postado por Vinna às 16:07 0 comentários
Marcadores: Defesa Argentina, Defesa Colombia, Defesa Espanha
AT-26 XAVANTE - O FAZ TUDO DA FAB
http://www.globalsecurity.org/military/world/brazil/images/at-26-2.jpg

EMBRAER - AT-26 XAVANTE (Aermacchi MB-326)

Projetado por Ermanno Bazzocchi, o MB 326 (denominado AT-26-Xavante no Brasil) tinha linhas fluidas, excelente poder de manobra e performance, que o colocaram na liderança dos aviões de treinamento dos anos 60. Foram construídos 761 exemplares e utilizados por diversos países, entre eles o Brasil. Sua produção terminou em 1983. Como seus concorrentes, ele podia também cumprir missões de ataque leve. A versão principal foi o MB 326K, monoplace de ataque equipado com motor mais possante, com 2 canhões internos DEFA de 30mm e suportes externos para vários tipos de outros armamentos, entre os quais os mísseis ar-ar Matra Magic. Alguns exemplares foram exportados, mas seu maior utilizador foi a África do Sul, que fabricou sob liscença a versão Atlas Impala Mk2, bastante empregada em missões de combate. A Embraer também fabricou sob licença o MB 326 (Xavante) para a Força Aérea Brasileira.

A imagem “http://www.areamilitar.net/DIRECTORIO/IM_aer/MB326_001.jpg” contém erros e não pode ser exibida.

Texto de: Pedro Monteiro - Militaryzone Portugal

O Brasil tem vivido nas últimas décadas um impressionante crescimento da sua indústria aeronaútica, e tal levou a que a Força Aérea Brasileira (FAB) opere actualmente aeronaves de produção e projecção brasileira, como os modernos aviões de ataque AMX desenvolvidos conjuntamente com a Itália.

Este artigo aborda uma das aeronaves mais importantes para o desenvolvimento da indústria de aviões militares no Brasil, o AT-26 Xavante.

A imagem “http://k41.pbase.com/o6/63/762363/1/78494846.Eisl1JBt.AT26_086_RJ.JPG” contém erros e não pode ser exibida.

Este veterano é actualmente o jacto de treino avançado da FAB, e a par desta missão executa ainda missões de reconhecimento e ataque, embora esteja já a ser retirado e substituído pelo moderno caça/bombardeiro AMX. No Brasil, o Xavante foi construído sob licença pela EMBRAER, mas foi também produzido por outras nações, entre as quais Itália, Austrália e África do Sul.

A versão brasileira equipa as forças aéreas da Argentina, Togo e Paraguai. O avião além de possuir boas prestações como aeronave para treino avançado, revelou também ser uma aeronave com uma boa capacidade para missões de combate. Por exemplo, a variante sul-africana entrou em combate na Guerra da Namíbia (do lado da África do Sul) e a versão brasileira foi utilizada pela Argentina na Guerra das Malvinas em 1982.

http://marina.fortunecity.com/caledonia/214/aermacchi326_2.jpg

No total foram construídos 761 aeronaves em todo mundo (182 no Brasil). Os Xavantes (designação oficial M.B. 326) na Força Aérea Italiana (AMI) voaram mais de 400.000 horas e formaram um total de 1. 973 pilotos.

No Brasil, o AT-26 surgiu com a necessidade de a FAB substituir os seus AT-33 já no fim da vida operacional. Como requisitos principais a aeronave deveria fazer a transição para a primeira a aeronave supersónica a servir nesse ramo. A acrescentar havia o facto deste jacto de treino ter que possuir uma capacidade relativa para missões de ataque, pois havia uma necessidade igual de substituir os obsoletos AT-6.

A imagem “http://www.cadena3.com/admin/playerswf/fotos/ARCHI_7499.jpg” contém erros e não pode ser exibida.

O projecto italiano, o Aermacchi M.B. 326 (um avião muito semelhante ao AT-33A), era a aeronave ideal para os requisitos da FAB, desenvolvido com um configuração de dois assentos em linha, comum nos modernos aviões de treino e possuindo uma boa capacidade para missões de ataque e reconhecimento, pondo de parte uma configuração de assentos lado a lado semelhante à do T-37. O primeiro voo desta aeronave deu-se em finais de 1957, tendo no ano seguinte a AMI assinado um contracto para a compra das aeronaves.

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Um dos requisitos para uma nova aeronave de treino era que as aeronaves teriam de ser montadas no Brasil, numa primeira fase em kits, passando a ser produzidas na sua totalidade no Brasil numa segunda fase.

Estes factores ditaram desde logo um favorito, o M.B. 326. Já consciente do vencedor, a FAB transportou em Outubro de 1969 num avião C-130E um Aermacchi M.B. 326 proveniente da AMI, que realizou várias demonstrações pelo Brasil, ostentando já as insígnias da FAB. Após essas demonstrações voltou a Itália em Novembro do mesmo ano.
O contrato para a produção do Xavante foi assinado no ano seguinte, tendo cabido à EMBRAER, criada a 18 de Agosto de 1969, a produção do avião. Foi incumbida de montar um lote inicial de 112 aeronaves para a FAB, que receberam a designação de fábrica de EMB.326GB, e o nome de Xavante.
A produção do Xavante teve início com um ritmo acelerado, e em menos de 1 ano após a assinatura do contrato de produção saía das linhas de montagem o primeiro avião montado no Brasil. A produção do Xavante só pararia em 1981.

A sua polivalência tornou-o uma aeronave muito requisitada na FAB para várias missões, desde treino até missões de intercepção. As suas performances tornavam-no numa aeronave perfeita para fazer a transição de pilotos brasileiros dos aviões T-27 Tucano para aviões de combate a jacto.
Um facto curioso e talvez desconhecido de alguns é que o Xavante chegou a possuir uma versão com capacidade para fazer reabastecimento aéreo. O Centro Técnico Aeroespacial desenvolveu durante a década de 80 um sistema REVO para reabastecimento aéreo do AT-26 Xavante, chegaram a ser realizados reabastecimentos envolvendo um KC-130H da FAB. Embora nunca tenha sido alargado à restante frota, este sistema permitiu que a aviação brasileira efectuasse o treino das tripulações de pilotos de caças em operações de reabastecimento aéreo com custos muito menores.

Um lançamento do MAA-1, no ano de 1995/1996, a partir do AT-26 Xavante.

Actualmente o número de Xavantes ao serviço na FAB ronda entre 40 e 60 aeronaves. Visto ser uma aeronave já muito antiga e obsoleta não vai ser modernizada pelo que se espera que seja substituída pelo AMX-T na conversão de pilotos para jacto e pelo ALX (versão melhorada do Tucano) para ataque ligeiro e treino básico. As aeronaves abatidas ao serviço poderão vir a ser doadas à Bolívia ou ao Paraguai.O cenário na Aviação de Treinamento da FAB deverá mudar nos próximos anos, com a introdução em serviço dos AT-29 e, possivelmente, do AMX-T. A responsabilidade pelo treinamento básico na FAB continuará com os excelentes T-27 Tucano. É provável que, com a desativação futura dos T-25 Universal, os Tucano assumam também o treinamento primário. Isso iria ao encontro de um dos objetivos da “nova” FAB, que seria a diminuição do número de tipos de aeronaves em uso e obtenção da máxima padronização de equipamentos, como forma de diminuir custos. Após receberem seus AT-29, os AT-26 do 2º/5º GAv deverão ser repassados ao 1º/4º GAv, uma unidade de treinamento operacional, recentemente transferida de Fortaleza (CE) para Natal após uma decisão da FAB em concentrar todos os AT-26 restantes numa mesma base aérea. Assim, com entrada em serviço do A-29/AT-29, o 1º/4º GAv será será a última unidade operadora do Xavante na FAB.A entrega da primeira unidade do ALX ou A-29/AT-29 Super Tucano à Força Aérea Brasileira está prevista para meados deste ano, e já está decidido que a primeira unidade a receber o novo avião será o 2º Esquadrão do 5º Grupo de Aviação, em Natal (RN), para uso em treinamento avançado, substituindo os AT-26 Xavante usados atualmente. Outras unidades também receberão o avião de ataque leve da Embraer, como o 1º e o 2º Esquadrões do 3º Grupo de Aviação, baseados em Boa Vista (RR) e Porto Velho (RO) e que representam o “braço armado” do SIVAM. Além dessas duas unidades, a 2ª Esquadrilha de Ligação e Observação (2ª ELO), a ser transferida para a Base Aérea de Campo Grande (MS) e renomeada 3º Esquadrão do 3º grupo de Aviação, deverá operar o ALX. Isso, e mais a substuição dos AT-26/RT-26 Xavante no 1º e 3º Esquadrões do 10º Grupo de Aviação pelos RA-1/A-1, marcará a retirada do Xavante da primeira linha da Caça da FAB.
A desativação dos Xavante tem suscitado dúvidas na própria FAB: uma corrente preconiza sua substituição pelo AT-29 apenas, enquanto outra prefere um mix do AT-29 e de alguma aeronave a jato para a tarefa de LIFT (Lead-in Fighter Trainer, ou Treinador para Conversão para Aeronaves de Caça). Se a segunda alternativa for a escolhida, e isso só o tempo e a experiência com os AT-29 no 2º/5º dirão, a versão de treinamento do AMX, denominada AMX-T, poderá ser uma boa opção. A recente aquisição de um lote de 12 unidades pela Venezuela pode ser um bom fator para impulsionar a aquisição de um quarto lote de AMX pela FAB, composto de 20 a 24 AMX-T, pois manteria a linha de produção do avião na Embraer aberta por mais alguns anos. A compatibilidade com os equipamentos e aviônicos usados nos F-5BR, nos A-1M e nos ALX é um importante ponto e certamente não deixará de ser considerado pela FAB quando chegar o momento de substituir definitivamente os AT-26 Xavante.
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