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Salmo 127

1 Se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam; se o Senhor não guardar a cidade, em vão vigia a sentinela.

2 Inútil vos será levantar de madrugada, repousar tarde, comer o pão de dores, pois ele supre aos seus amados enquanto dormem.

3 Eis que os filhos são herança da parte do Senhor, e o fruto do ventre o seu galardão.

4 Como flechas na mão dum homem valente, assim os filhos da mocidade.

5 Bem-aventurado o homem que enche deles a sua aljava; não serão confundidos, quando falarem com os seus inimigos à porta.

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segunda-feira, 30 de março de 2009

Tensão na Ásia por suposto míssil

EUA e Seul deslocaram navios ao Japão, que também promete impor sanções a Pyongyang

Ignorando advertências internacionais e comprometendo a estabilidade regional, a Coreia do Norte avançou ontem em seus preparativos para lançar um satélite que, segundo Washington e Seul, pode ocultar o teste de um míssil de longo alcance.

Fontes sul-coreanas, americanas e japonesas confirmaram ontem que o foguete Taepodong-2 foi posto em sua plataforma de lançamento na base de Musudanri, no norte do país comunista, e que serão precisos quatro dias para abastecê-lo. O lançamento do satélite deve ocorrer entre 4 e 8 de abril.

Em medida de precaução aos planos de Pyongyang, a Marinha dos Estados Unidos deslocou dois navios de guerra ao Japão. Já a Coreia do Sul anunciou que enviará embarcações de guerra ao mar do Leste.

Ambos afirmam que o lançamento do satélite norte-coreano é apenas um disfarce para o teste de um míssil que poderia chegar, até mesmo, na costa do Alasca, nos EUA. A tecnologia utilizada para o teste anunciado é muito similar à necessária para disparar um míssil de longo alcance.

– Queria destacar que estamos preparados para qualquer eventualidade – afirmou o porta-voz da Marinha, Charles Howard.

O Japão também alertou que ajudará na imposição de mais sanções, além das que poderiam ser lançadas pelo Conselho de Segurança da ONU, e espera aprovar ainda hoje uma lei que lhe permitirá destruir os restos do foguete norte-coreano caso cheguem a cair em seu território.

Reação

Em resposta ao alvoroço internacional, Pyongyang alertou que entraria em guerra com quem tentasse interceptar o satélite e colocou seu Exército em estado de alerta. O regime comunista também ameaçou retomar seu programa nuclear caso a ONU puna o governo de Pyongyang pelo míssil.

A trajetória do foguete, segundo revelou a própria Coreia do Norte aos organismos internacionais encarregados da segurança marítima e aérea, cruzará o mar do Leste e parte do Pacífico, caso realmente seja bem-sucedida.

O Departamento de Estado americano informou que enviados do Japão, Coreia do Sul e EUA vão se reunir em Washington para consultas sobre a ameaça imposta.

Segundo especialistas americanos, em 2006 Pyongyang fez um teste fracassado com um Taepodong-2, que explodiu menos de um minuto antes de decolar, e em 1998 teria ocultado um teste de míssil alegando ser um lançamento de satélite de telecomunicações.

O porta-voz do Ministério da Defesa sul-coreano, Won Tae-jae, fez uma chamada ao regime comunista para que interrompa o plano de lançamento e avisou que isso violaria a resolução 1718 do Conselho de Segurança da ONU contra qualquer teste de mísseis balísticos feitos pela Coreia do Norte.

Japão, Coreia do Sul e EUA, junto à Rússia, China e Coreia do Norte, fazem parte do grupo de seis nações responsáveis pelas conversas de desnuclearização de Pyongyang.

Nosso Comentário:

Míssil Coreano Será Derrubado Pelo Japão?

O ministro da Defesa do Japão, Yasukazu Hamada, anunciou hoje que o Conselho de Segurança Nacional finalmente aprovou o uso do sistema de defesa antimísseis. Uma nova lei já autoriza agora o governo a destruir todo foguete norte-coreano ou destroços que ameaçarem seu território.

Segundo os norte-coreanos, alguns fragmentos do foguete podem cair no mar, perto de Akita e Iwate, no norte do Japão. Assim, os mísseis terra-ar japoneses já estão sendo posicionados na costa norte e destróieres com mísseis anti-aéreos serão enviados à região.

A preocupação dos EUA, Japão, Coreia do Sul é evidente, pois qualquer reação será tomada pela Coreia do Norte como ato de guerra.

A Coreia do Norte afirma que o projétil visa colocar um satélite de comunicação em órbita. Os EUA dizem tratar-se de míssil de longo alcance. Se o Conselho de Segurança da ONU aprovar qualquer medida punitiva ao lançamento do foguete também será recebida como ato hostil. Até a ONU é ameaçada por eles.

Mal comparando, o que o brasileiro sentiria se a Venezuela fizesse um lançamento desses sobre nosso território com a desculpa de testar sua trajetória até o Oceano Atlântico?

O que sentiria se Chávez dissesse que qualquer tentativa de abatê-lo seria entendida como ato de guerra nosso? Quem estaria cometendo um ato de guerra em primeiro lugar, lançando tal míssil em nossa direção, caindo aqui ou não? Quem garante não haver uma ogiva atômica a bordo?

O próximo Sábado, dia 4 de abril, promete ser quente para o mundo inteiro. Podendo o lançamento acontecer antes ou até o dia 8 de abril.

Brasil: Depois dos Submarinos, as Fragatas?

Será em setembro próximo que França e Brasil deverão implementar os acordos assinados em dezembro de 2008, armas em torno de importantes contratos de armamentos.

O principal projeto franco-brasileiro é naval, com a realização de quatro submarinos convencionais e a assistência técnica francesa para ajudar os brasileiros a construírem seu primeiro submarino nuclear de ataque.

Além disso, a DCNS proporcionará sua especialização na concepção e construção de uma nova base e um novo estaleiro (onde serão feitos os submarinos).

O conjunto desses contratos, que será conduzido por uma sociedade comum criada pela DCNS e o grupo brasileiro Odebrecht, representa cerca de 7 bilhões de euros.

Após ver prevalecer a sua oferta na matéria de submarinos, que foi enormemente beneficiada pela parceria estratégica assinada entre os presidentes Sarkozy e Lula, a DCNS espera, na sequência, se posicionar a respeito da renovação da frota da superfície brasileira.

As fragatas mais antigas dessa Marinha começam, efetivamente, a se ressentir a idade. O Brasil possui 6 fragatas de 3.800 toneladas da classe britânica Mk 10 VT, entregues entre 1976 e 1980. Juntam-se a elas três ex-Type 22 da Royal Navy, navios de 4.400 toneladas, comissionadas originalmente entre 1979 e 1982, e transferidas em 1995, 1996 e 1997.

Fragatas FREMM para substituir as mais antigas

Muito rapidamente, o Brasil terá de considerar a substituição dessas unidades, com idades variando de 27 a 33 anos. É nesse mercado que a DCNS oferece a sua Fragata Multi-Missão (FREMM).

Encomendada pela França e Marrocos e, muito provavelmente, pela Grécia, essa fragata polivalente de 6.000 toneladas representa uma das melhores (se não a melhor) relação qualidade/preço do mercado.

Altamente automatizada, o que permite uma redução da sua tripulação, a FREMM é conhecida por ter sido projetada para reduzir os tempos de manutenção e melhorar a acessibilidade ao mar.

Com o comprimento de 142 metros, ela pode implementar uma ampla gama de mísseis (Exocet, Scalp Naval, Aster 30, Aster 15, Mica VL…) e torpedos de nova geração MU90, além de equipamentos de detecção e guerra eletrônica no estado da arte.

Para dar uma primeira ideia sobre o que a FREMM terá uma semelhança, os brasileiros têm, esta semana, a ocasião de subir a bordo da fragata de defesa aérea Forbin (Classe Horizon).

Como parte de sua travessia de longa duração, a FDA chegou quarta-feira no Rio de Janeiro, em uma escala que durará até segunda-feira, e é especialmente colocada sob o signo do apoio à exportação.

Nosso Comentário:

Como vemos, os franceses estão excitados com o F-X Naval, sendo que, dessa vez, o “F” é de Fragata, não de Fighter (caça) do eterno FX-2 da FAB.

O mesmo ocorre com os coreanos, com as suas famosas KDX, que são destróieres de 5.200 ton na versão 2, a oferecida ao Brasil. A nova KDX3 tem 7.000 ton e é muito bem equipada. Muitos a consideram a melhor belonave do mundo atual.

A fragata francesa Forbin esteve esta semana no Rio para um esforço de demonstração tecnológica ao pessoal da MB. O desfile ainda está só começando.

sexta-feira, 27 de março de 2009

Sudão atribui ataque aéreo a Israel

EUA eram suspeitos. Ataque ocorreu em Fevereiro
O governo do Sudão revelou ontem ter sofrido dois bombardeios aéreos em sua fronteira com o Egito, em fevereiro, que atingiram comboios com armas e imigrantes. Cartum a princípio atribuiu o ataque à Força Aérea dos EUA, mas depois as suspeitas recaíram sobre Israel, que vê a região como uma rota de contrabando de armas para o grupo palestino Hamas -que não reconhece o Estado israelense e controla a faixa de Gaza.

O premiê Ehud Olmert não confirmou a ação, mas disse que Israel "opera em qualquer lugar onde possa atacar infraestrutura terrorista -perto ou longe". "Não há por que entrar em detalhes. Quem precisa saber, sabe que não há lugar onde Israel não possa operar."
Segundo o ministro sudanês dos Transportes, Mabrouk Mubarak Saleem, o primeiro ataque aéreo, no começo de fevereiro, atingiu 16 veículos, que levavam armas e 200 sudaneses, eritreus e etíopes, num deserto ao noroeste da cidade Porto Sudão. Todos teriam morrido. Dias depois, o segundo bombardeio teria alvejado 18 caminhões, só com imigrantes, matando "centenas" deles.

Pouco antes, em janeiro, Israel havia encerrado uma ofensiva de 22 dias contra o Hamas em Gaza -cujo saldo foi de mais de 1.400 palestinos e 13 israelenses mortos. Na negociação para um cessar-fogo, Israel e EUA assinaram um memorando de cooperação no combate a armas contrabandeadas para Gaza.

Irã

Ontem, Washington negou a autoria dos ataques em solo sudanês. E blog da rede americana CBS News divulgou que a Inteligência de Israel descobrira que contrabandistas levam armas do Sudão a Gaza, via Egito e deserto do Sinai.

“Se os israelenses promoveram o ataque no Sudão, isso sugere que a guerra secreta contra o Hamas e suas fontes de armas é mais ampla do que Israel ou EUA admitem”, escreveu o correspondente da CBS, Dan Raviv. Uma análise do jornal israelense “Haaretz” diz que a ação, se confirmada, seria uma mensagem ao Irã de que Israel “se dispõe a correr enormes riscos e é hábil para agir além de sua fronteira”.

O Hamas negou ontem que os comboios carregassem armas suas e disse que as ações foram um “pretexto” para Israel atacar o Sudão.
Uma autoridade israelense disse à Reuters, sob anonimato, que Israel tem “problemas com o Sudão como fonte de armas e não confia no Egito para patrulhar a fronteira porosa”.

FONTE: Folha de São Paulo

quinta-feira, 26 de março de 2009

Brasil terá seu veículo aéreo não tripulado

São José dos Campos - O Brasil prepara-se para atingir o domínio tecnológico na área de veículos aéreos não tripulados (VANT). A empresa Avibrás recebeu R$ 18 milhões da Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP) para desenvolver um VANT com aplicação civil e militar nas áreas de reconhecimento, monitoramento ambiental, inspeção de linhas de transmissão de energia elétrica, tubulação de gás, tráfego urbano, entre outras.

A parte eletrônica do VANT brasileiro, envolvendo o seu sistema de navegação e controle, foi testada com sucesso em seis voos, realizados em dezembro, em uma plataforma de pequeno porte, de propriedade da Força aérea Brasileira (FAB). Iniciado em 2005, o VANT é um projeto desenvolvido pelo Comando-geral de Tecnologia Aeroespacial (CTA), Centro Tecnológico do Exército (CTEx), Instituto de Pesquisas da Marinha (IPqM) e a Avibrás como parceira industrial.
VANT Acauã. Foto: 1 Ten Eduardo Bento Guerra
VANT Acauã. Foto: 1 Ten Eduardo Bento Guerra

A primeira fase do projeto, que envolveu o domínio tecnológico das partes mais sensíveis do veículo, foi coordenada pelo CTA. A FINEP destinou R$ 9 milhões para essa etapa. Foram realizadas quatro campanhas de ensaios dos sistemas e um total de 27 voos, na aeronave Acauã, desenvolvida pelo CTA na década de 80, com três metros de envergadura. "A aeronave conseguiu fazer o acompanhamento do traçado do Rio Mogi-Guaçu em voo totalmente autônomo", disse o coordenador do projeto VANT no CTA, Flávio Araripe D´Oliveira.

Para a última campanha de testes em voo foram contratadas as empresas Flight Technologies (piloto automático), BCC- Bossan Computação Científica (software embarcado) e Johansen Engenharia (engenharia de sistemas). Todos os voos tiveram ainda o acompanhamento de um helicóptero CH-55 Equilo, do Grupo Especial de Ensaios em voo, do CTA.

"Caberá a Avibrás o desenvolvimento de um VANT operacional, de média altitude e 15 horas de autonomia de voo", explicou. A fase de certificação do VANT, segundo o CTA, tem uma previsão de absorver mais R$ 80 milhões, mas os recursos ainda estão sendo negociados. O desenvolvimento de veículos aéreos não tripulados no Brasil conta com o apoio da FINEP, através do programa de subvenção econômica, que liberou R$ 80 milhões para 31 projetos considerados estratégicos. Dentre esses projetos, foram selecionadas seis propostas relacionadas a veículos aéreos não tripulados.

Os projetos de VANTs no Brasil ganharam impulso tendo em vista um mercado que movimenta cerca de US$ 8 bilhões por ano, segundo Oliveira. "Até 11 de setembro de 2001, o Departamento de Defesa dos Estados Unidos investia uma média de US$ 200 milhões a US$ 300 milhões por ano na área de UAV (unmanned aerial vehicle). Atualmente esses valores ultrapassam os US$ 3 bilhões anuais."

No Brasil existem mais de 10 iniciativas públicas e privadas na área de VANT. Entre elas está a da Flight Solutions, que desenvolve um VANT de curto alcance, com aplicação em reconhecimento para o Exército brasileiro. A empresa, que iniciou suas atividades em uma incubadora de tecnologia aeroespacial, hoje está instalada no Parque Tecnológico de São José dos Campos. A empresa AGX, em parceria com a Universidade de São Carlos e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) está desenvolvendo um VANT para aplicações agrícolas, como por exemplo, observação de safras.
Navegação Autônoma - Acompanhamento do Rio Mogi-Guaçu. Foto: CTA/IAE
Navegação Autônoma - Acompanhamento do Rio Mogi-Guaçu. Foto: CTA/IAE

Nos Estados Unidos os veículos aéreos não tripulados ou UAVs recebem a denominação 3D, como referência ao tipo de missão desempenhada por este tipo de aeronave: dull (enfadonha), dangerous (perigosa) e durty (suja). No próprio nome já é possível identificar as vantagens operacionais das aeronaves sem piloto: voos longos, sem restrição (algumas aeronaves VANT, como o americano Global Hawk, realizam missões de até 40 horas); acesso a locais com risco de contaminação ou próximas a áreas vulcânicas, por exemplo; e regiões em situação de guerra, com alto risco de abate pelo inimigo.

O desenvolvimento de VANT também integra a lista de prioridades da nova política de defesa nacional do governo. A Polícia Federal, de acordo com Oliveira, lançou recentemente uma procura internacional de VANT com aplicação em reconhecimento e equipados com sensores de infra-vermelho e radar capaz de enxergar alvos em condições atmosféricas adversas. "Num prazo de dois a três anos teremos no Brasil um sistema completo de VANT de reconhecimento, desenvolvido com tecnologia brasileira e industrializado por uma empresa nacional", disse.

A Avibrás, segundo ele, tem grande potencial de exportação do VANT para os clientes que utilizam seu sistema de lançamento de foguetes Astros II. "Os usuários do sistema Astros querem saber, com precisão, onde estão caindo os foguetes depois de lançados. Isso normalmente é feito hoje com soldados em terra e aeronaves". O VANT, de acordo com Oliveira, é quase um complemento de imagens de satélites, com a vantagem de ter um custo bem mais baixo.

Fonte: Valor Econômico (Texto)

quarta-feira, 25 de março de 2009

Brasil desmente Chávez sobre "decepção" com Obama

Celso Amorim diz que Lula, ao contrário, ficou satisfeito com resultado do encontro

Brasileiro relatou ao colega suas próprias dificuldades com vizinhos e saiu certo de que americano adotará "nova atitude" na região
Clóvis Rossi

O chanceler Celso Amorim desmentiu ontem o comentário feito pelo presidente venezuelano, Hugo Chávez, no último sábado, de que seu colega Luiz Inácio Lula da Silva ficara desapontado com a reunião com Barack Obama em Washington, faz 10 dias.

Amorim afirma que, ao contrário, Lula ficou é animado com a conversa, porque saiu dela com a certeza de que Obama adotará "uma nova atitude em relação à América Latina e ao Caribe".

Uma nova atitude que, na expectativa do chanceler brasileiro, terá pelo menos algum parentesco com a do próprio Lula em relação aos países vizinhos e, em especial, a presidentes com os quais tinha uma identificação ideológica antes de guinar para o centro.

Ocorre que Lula abordou com Obama as dificuldades que enfrentou com os vizinhos. Amorim não especificou à Folha a que vizinhos o presidente se referiu, mas é óbvio que só podem ser Bolívia e Equador, os únicos com os quais o Brasil teve problemas concretos.

Com a Bolívia, em virtude da nacionalização do gás e a consequente ocupação manu militari de uma refinaria da Petrobras. Com o Equador, pela ameaça (não efetivada) de calote em um financiamento do BNDES, único momento em que o governo brasileiro reagiu com dureza, chamando o embaixador em Quito.

Lula fez questão de dizer a Obama que entendia os seus colegas governantes porque estavam em um processo de reforma de suas economias ou instituições e as estavam fazendo de maneira democrática.

Fica óbvia a sugestão implícita para que Obama encare da mesma maneira casos como a expulsão de diplomatas norte-americanos tanto por Evo Morales, na Bolívia, como por Rafael Correa, no Equador.

"Obama ouviu com muito interesse as dificuldades que tivemos", relatou Amorim.
Cúpula das Américas

Se Chávez entrou ou não nessa conversa, a Folha não pôde saber, até porque Amorim diz que o encontro com Obama não tinha por objetivo "obter uma definição sobre esse ou aquele problema".

É uma alusão à expectativa, levantada pelo próprio Hugo Chávez, de que o presidente brasileiro levantaria com Obama o tema Venezuela e a péssima relação com Washington.

Se não o fez, como tudo indica, joga o "problema" para o mês que vem, durante a Cúpula das Américas em Trinidad e Tobago, no que será a primeira oportunidade para Obama formalizar a "nova atitude" que o governo brasileiro espera dele em relação à América Latina.

O problema é que Chávez tende a repetir a sua velha atitude de criticar duramente as autoridades norte-americanas, as anteriores e as atuais, como vem fazendo com Obama.

É até fácil imaginar uma situação como a acontecida durante uma cúpula ibero-americana em Santiago, em que Chávez desandou a criticar governos espanhóis, forçando o rei Juan Carlos a uma interrupção que ficou famosa, o "por que no te callas?"

Fonte: Folha de São Paulo

quinta-feira, 19 de março de 2009

Estudo argentino coloca Brasil no 12º lugar em gastos de defesa no mundo

O Brasil é o 12º país do mundo que mais investe na área de defesa, segundo uma pesquisa realizada pelo instituto argentino CENM (Centro de Estudos Nova Maioria), à qual a “BBC Brasil” teve acesso nesta quarta-feira. Os dados do documento, chamado “Balanço Militar da América do Sul 2008″, mostram que o Brasil gastou US$ 20,7 bilhões na área de defesa durante o ano de 2007.

Este montante representa mais da metade (53%) do total gasto no setor pelos 12 países-membros da Unasul (União dos Países da América do Sul) no mesmo período. Em 2007, o gasto total na área de defesa dos países da Unasul foi de quase US$ 40 bilhões.”O Brasil é o único país da Unasul que está entre os 15 países do mundo que mais gastaram em defesa em 2007″, diz o estudo.

Ator global

Os gastos do Brasil no setor de defesa representam a metade do que a Alemanha investiu no mesmo período, mas são superiores aos investimentos feitos por Austrália, Canadá e Espanha. De acordo com a pesquisa, os Estados Unidos são o país que mais investe em defesa no mundo, com cerca de 41% do gasto mundial, que foi de US$ 1,3 trilhão em 2007.

Já os investimentos do Brasil representam somente 1,5% do total global. Segundo o diretor do CENM, Rosendo Fraga, é natural que o Brasil invista mais que os outros países da América do Sul no setor militar, devido às suas dimensões geográficas e ao seu PIB (Produto Interno Bruto), também muito superior aos dos demais.

“O Brasil é o único país da América Latina que tem vocação para ator global. Seu projeto de longo prazo não é ser um líder regional, mas uma potência global, como são os outros países que formam o grupo dos Brics [Rússia, China e Índia]“, afirma Fraga.

“Os gastos militares do Brasil respondem a dois objetivos: segurança regional –que inclui Amazônia e regiões de fronteira– e se tornar uma potência global”, completa. Segundo ele, o objetivo de se tornar uma “potência global” justifica projetos brasileiros como o do submarino nuclear e o recente acordo militar com a França.

Dados preliminares referentes ao ano de 2008 mostram que o Brasil teria aumentado seus investimentos militares, desembolsando US$ 27,5 bilhões no setor. O estudo mostra ainda que houve um salto nos investimentos do Brasil na área da defesa. Em 2004, estes investimentos somavam apenas US$ 9,5 bilhões.

América do Sul

Segundo a pesquisa, em 2007, o Chile foi o segundo país sul-americano que mais gastou em defesa, com cerca de US$ 5,3 bilhões em investimentos. Depois, aparecem a Colômbia, com US$ 4,5 bilhões, e a Venezuela, com US$ 2,5 bilhões em gastos militares. Dados preliminares referentes ao ano de 2008, no entanto, informam que a Colômbia teria ultrapassado o Chile, gastando US$ 6,7 bilhões em defesa contra US$ 6,3 bilhões do atual segundo colocado na região. Ao mesmo tempo, estima-se que a região como um todo gastou US$ 51,1 bilhões em defesa no ano passado.

PIB

Outra comparação feita no estudo mostra que os gastos militares do Brasil em 2007 representaram 87% do orçamento de defesa total dos países do Mercosul - Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai - e são quase o triplo do que foi desembolsado pela Comunidade Andina de Nações [Bolívia, Colômbia, Equador e Peru].

Mas a posição do Brasil muda na comparação dos gastos militares de cada país da América do Sul em relação ao PIB. O gasto militar do Brasil em 2007 foi de 1,58% do PIB. Esta relação é menor do que o que país destinava para o setor em 1985 (3% do PIB) e 2002 (2,3% do PIB), segundo uma pesquisa publicada pelo CENM em 2004.

Na comparação investimentos em defesa versus o PIB, o Brasil ficou em sexto lugar na região, junto com a Bolívia. A pesquisa aponta que Equador foi o país da América do Sul que mais dirigiu recursos do PIB para defesa (3,38%) em 2007. Logo depois, aparecem Chile (3,27%) e Colômbia (2,63%). A Venezuela, de acordo com o estudo, destinou 1,09% do PIB para defesa em 2007.

A Argentina é o país que menor porcentagem de seu PIB destinou, naquele ano, a esta área e ficou junto com o Suriname, com 0,92%. O estudo da CENM é baseado em dados próprios, números oficiais de cada país e informações de organismos internacionais.

Fonte: BBC Brasil, via Folha de São Paulo

PF COMBATE USO CLANDESTINO DE SATÉLITES MILITARES AMERICANOS

BELO HORIZONTE /MG - A Polícia Federal deflagra nesta quarta-feira, dia 18 de março, a operação “Satélite” que visa interromper o uso ilícito de satélites militares americanos para comunicação a partir de pontos do território nacional.

A investigação contou com a participação da ANATEL que ratificou as coordenadas geográficas dos pontos indicados pelo Departamento de Defesa Americana, controlador dos satélites FLEETSAT-8 e UFO.O sistema utilizado é resultado da fabricação caseira de transceptores e antenas que trabalham na freqüência e direção dos indigitados Satélites.

Ao todo serão cumpridos 20 mandados de busca e apreensão nas cidades abaixo relacionadas que foram expedidos pela 2ª Vara Federal de Florianópolis/SC.

Os infratores identificados responderão pelo crime inscrito no artigo 183 da Lei 9472/97, a Lei Geral das Telecomunicações, e estarão sujeitos às penas que variam de 02 a 04 anos de detenção e multa.

Relação de cidades onde há cumprimento de mandados:

Minas Gerais: Caratinga (06), Uberlândia (1), Governador Valadares (2) e Ubaporanga (1)

Goiás: Goiânia (3)

Mato Grosso: Barra do Garça (1)

Tocantins: Palmas (1) e Araguaina (2)

Mato Grosso do Sul: Campo Grande (2)

Santa Catarina: São José (1)

sábado, 14 de março de 2009

terça-feira, 10 de março de 2009

Obama quer petróleo do Brasil, diz jornal espanhol

‘El País’ afirma que presidente dos EUA já deixou clara vontade de aumentar importações do petróleo brasileiro

CYNTHIA DECLOEDT - Agencia Estado

SÃO PAULO - O Brasil e os Estados Unidos mantêm contatos informais com intenção de fechar no futuro um acordo comercial para elevar o fluxo de importação de petróleo e derivados brasileiros pelos norte-americanos, informa o jornal espanhol El País em sua edição desta segunda-feira, 9, citando fontes do governo brasileiro.

O jornal diz que a administração do presidente norte-americano Barack Obama já deixou clara sua vontade de aumentar consideravelmente as importações do petróleo brasileiro.

Se concretizado um acordo comercial, algo que hoje parece muito provável e depende unicamente do Brasil, diz o El País, a consequência direta seria o deslocamento da Venezuela do mercado de energia norte-americano.

“Washington vê as reservas do pré-sal como uma salvação para sua dependência da Venezuela”, afirmaram fontes em Brasília, segundo o jornal espanhol.

O El País diz ter recebido informações de várias fontes diplomáticas e governamentais em Brasília sobre o interesse do governo Lula em aumentar a presença brasileira no mercado norte-americano de hidrocarbonetos, mesmo que isso implique uma colisão frontal com os interesses da Venezuela.

Diante das frequentes ameaças que recebe da Venezuela e da dependência do petróleo exportado pelo país, os Estados Unidos colocaram seus olhos há meses nas recentes descobertas de petróleo brasileiro, afirma o El País.

“Agora, mais do que nunca, estamos no radar dos norte-americanos, já que existe uma certa preocupação com alguns setores deste governo com o que acontece nesta zona de produção petrolífera”, disse uma fonte próxima ao presidente Lula, segundo o El País.

A fonte referiu-se à reativação em julho do ano passado pelos Estados Unidos da Quarta Frota da Marinha norte-americana para o Caribe e a América do Sul, comando naval responsável por todas as embarcações militares dos EUA em atividade nas águas da região e do Caribe.

De acordo com o El País, as fontes disseram ainda que o Obama vê o Brasil como um aliado natural na América do Sul.

Nosso Comentário:

A imprensa brasileira trouxe hoje esta notícia do jornal espanhol ‘El País’. O interessante é a ligação que se faz entre o Pré-Sal brasileiro e a recriação da IV Frota da US Navy.

Já a Venezuela de Hugo Chávez tem hoje 11% de suas exportações de petróleo voltadas para os EUA. Barack Obama quer acabar com isso, entende-se, e costura com Lula um acordo. Fontes teriam dito que o Brasil estaria sendo visto como aliado natural dos EUA na América do Sul.

Que os EUA participem do financiamento de nossas futuras refinarias, pois lhes venderemos gasolina com etanol, nada de petróleo cru. Será um ponto e tanto para o presidente Lula se fechar esse tipo de acordo.

Há quem diga que o Brasil está sendo preparado pelos EUA para ser o novo sheriff na América do Sul. Seu futuro domínio cobriria ainda o Atlântico Sul em mais que simplesmente o nosso litoral, iria até a África Ocidental.

Viria daí o motivo da criação de uma base naval no Nordeste e outra no Norte. A futura base do Nordeste ficaria melhor posicionada em Natal, voltada para fechar o caminho do Atlântico até a África para marinhas indesejáveis vindas de alhures. A IV Frota faria a cobertura.

Começa a parecer que os F-18 montados ou produzidos aqui e a vinda do recentemente desativado NAe Kitty Hawk seriam meras agulhas neste palheiro.

Isso levaria a uma encomenda de algo como 150 F/A-18 E/F para a FAB e a MB. O NAe A-12 São Paulo poderia operar melhor alguns F-35 de decolagem em pista curta junto com os poucos A-4 que serão modernizados.

No próximo Sábado, dia 14, os presidentes Lula e Obama terão seu promeiro encontro em Washington. Quem não deve estar gostando nada de toda essa aproximação é o presidente venezuelano Hugo Chávez que, não tardará muito, dará suas sempre muito aguardadas quentes declarações a respeito.

quinta-feira, 5 de março de 2009

Jobim afirma que Brasil quer ser potência na América Latina

O ministro da Defesa, Nelson Jobim, ressaltou ontem, em Manaus, a importância militar do Brasil para as Américas.

Ao receber a visita do chefe do Estado-Maior de Defesa das Forças Armadas dos Estados Unidos, Mike Mullen, Jobim declarou que o estreitamento das relações militares entre Brasil e Estados Unidos representa a consolidação de um patamar de relações Norte-Sul.

Segundo o ministro, um dos maiores compromissos do Brasil com o mundo é cuidar da Amazônia.

“A visita de Mullen ao Brasil mostra a importância do nosso país e o nível de relacionamento que passamos a ter, ou seja, de relacionamento olho-no-olho, com posições claras e definidas. Temos exatamente a intenção de sermos uma potência, participando na América Latina e lembrando sempre que a Amazônia brasileira é cuidada pelos brasileiros em favor do Brasil e do mundo. Ou seja, não há tutela possível sobre a Amazônia que não seja a brasileira”, afirmou o ministro.

Mullen e Jobim se encontraram pela manhã no Comando Militar da Amazônia para avaliar a importância do trabalho desenvolvido pelos militares brasileiros na Região Amazônica. Depois de participarem de cerimônia militar com cerca de 800 homens da Marinha, Exército e Aeronáutica brasileiros, eles sobrevoaram o Centro de Instrução de Guerra na Selva (Cigs), na capital amazonense.

À tarde, visitaram o 8º Batalhão de Infantaria de Selva, em Tabatinga – fronteira com Peru e Colômbia – e o 2º Pelotão Especial de Fronteira na cidade de Ipiranga. Também participaram da cerimônia militar, em Manaus, o General-de-Exército Augusto Heleno Pereira e o governador do Amazonas, Eduardo Braga.

Mullen ressaltou a importância da sua primeira viagem ao Brasil e disse que, do ponto de vista militar, a parceria entre os dois países é extremamente importante para ambos e para o restante do mundo.

“É uma parceria muito significativa que as Forças Armadas Norte-Americanas tem o privilégio e a honra de ter. O Brasil está no coração de uma região que é vital não apenas para a América do Sul, mas para outros países do mundo. Nós dependemos muito da liderança do Brasil na América do Sul e também temos um grande respeito por esta liderança.

Do ponto de vista militar, esse relacionamento é absolutamente viável”, considerou Mullen, que é atualmente o mais graduado assessor militar do presidente norte-americano, Barack Obama.

Também participaram da cerimônia militar, em Manaus, o General-de-Exército Augusto Heleno Pereira e o governador do Amazonas, Eduardo Braga.

Para o governador amazonense, a visita de Mike Mullen aponta a importância do Brasil na política internacional. Na avaliação de Braga, o Brasil desempenha atualmente um papel estratégico na segurança do hemisfério Sul e na interlocução do eixo Norte-Sul na geopolítica mundial.

“A presença do maior assessor militar do presidente Barack Obama na Amazônia para discutir estratégias com nossas grandes autoridades é uma demonstração da maturidade e crescimento do Brasil enquanto nação e da sua soberania sobre a Floresta Amazônica”, afirmou Braga.

(Com informações da Agência Brasil)

Nosso Comentário:

Brasil Cada Dia Mais Próximo dos EUA

A grande mídia deixou passar desapercebida a visita ontem à Amazônia do chefe do Estado-Maior de Defesa das Forças Armadas dos EUA, Mike Mullen.

O ministro da Defesa, Nélson Jobim, acompanhou o senhor Mullen e enfatizou de um lado que:

1 - um dos maiores compromissos do Brasil com o mundo é cuidar da Amazônia; e

2 - a Amazônia brasileira é cuidada pelos brasileiros em favor do Brasil e do mundo, ou seja, não há tutela possível sobre a Amazônia que não seja a brasileira.

Por outro lado, Jobim declarou que:

1 - o estreitamento das relações militares entre o Brasil e os EUA representa a consolidação de um patamar de relações Norte-Sul; e

2 - os dois países passaram a ter um relacionamento tipo olho-no-olho, com posições claras e definidas.

Bom, vejamos quais serão os próximos capítulos desse “romance cigano” e ressaltemos que somente olho-no-olho não nos garantirá nada.

Será melhor o Brasil dispor de um exército de advogados especializados, para negociarem as implacáveis entrelinhas dos contratos que parecem estar por vir aí.

Não sejamos cegos e intolerantes a novos tempos, mas jamais confiemos novamente neles de graça.

Seremos aliados? Sim, mas que ocupemos logo a Amazônia. Afinal, tudo tem seu preço, inclusive a despreocupação e a traição.

EUA classificam como "vital" cooperação militar com Brasil

Washington - O chefe do Estado-Maior Conjunto dos Estados Unidos, o almirante Michael Mullen, afirmou que a cooperação militar com o Brasil é "vital" como parte das relações bilaterais, informou nesta terça-feira o Pentágono.

Mullen se reuniu na segunda-feira com o ministro da Defesa, Nelson Jobim, e dirigentes das Forças Armadas do Brasil no Comando Militar da Amazônia, em Manaus.

O almirante, que como chefe do Estado-Maior é o principal assessor em matéria militar do presidente americano, Barack Obama, disse que o Brasil é um país "vital" não só para a América do Sul, mas para os Estados Unidos e o resto do mundo.

Ele ressaltou a importância destes contatos para o conjunto da conjuntura bilateral, e assegurou que do ponto de vista militar "esta relação é absolutamente vital".

Jobim e Mullen visitaram o 8º Batalhão de Infantaria de Selva, em Tabatinga, município que faz divisa com Colômbia e Peru, e o posto especial de fronteira na cidade de Ipiranga.
Cooperação

O Brasil estabeleceu um posto avançado nessa região fronteiriça em 1980 para lutar contra o contrabando e o narcotráfico.

Mullen afirmou que "se aprende muito mais no terreno que na capital", e ressaltou a disciplina e profissionalismo dos militares brasileiros, informou o Pentágono em comunicado.

Jobim enfatizou que a confiança é algo essencial na relação bilateral, e disse confiar no almirante Mullen.

O Exército brasileiro e o americano trabalharam conjuntamente nas operações de manutenção de paz das Nações Unidas no Haiti e em outros lugares.

Além disso, realizaram manobras conjuntas e sua cooperação inclui um amplo programa de troca no qual suboficiais americanos frequentam a Escola do Amazonas e os cadetes brasileiros vão à Academia Militar de West Point, no Estado de Nova York.

A visita ao Brasil faz parte de uma viagem que Mullen começou pela América Latina e que o levará ainda a Chile, Peru, Colômbia e México.

A próxima escala de seu giro pela América Latina é o Chile, onde deve se reunir com o ministro da Defesa, José Goñi, e com o chefe do Estado-Maior da Defesa Nacional, o general Alfredo Ewing.

Fonte: EFE

Críticas de generais a plano de Defesa preocupam Jobim

BRASÍLIA - Informado de resistências à Estratégia Nacional de Defesa na alta cúpula do Exército, o ministro da Defesa, Nelson Jobim, telefonou ontem ao comandante da Força, general Enzo Martins Peri, que participava da reunião com o generalato, no Quartel-General, para saber da extensão das críticas e do nível de contaminação delas na caserna.

Na conversa, o general Enzo tranquilizou Jobim e disse que os documentos com críticas apresentados por três generais de Exército, o mais alto posto na hierarquia militar, eram pessoais Segundo ele, as críticas eram pontuais e foram apresentadas aos demais generais com objetivo de deixar registrados seus pontos de vista. Dois dos três generais que apresentaram suas críticas à Estratégia de Defesa, formulada pelo próprio Jobim, estão deixando o serviço ativo no próximo dia 31 de março.

Algumas das críticas dos generais passam pelo que chamam de temor de politização das Forças Armadas. Eles protestam contra o fato de que os militares poderão ser ainda "mais afastados dos círculos decisórios".

Nos documentos, os generais deixam claro ainda a insatisfação com a parte que coube ao Exército no plano de Defesa, que "evidencia uma desproporção no que tange aos objetivos das Forças Armadas", não prevendo para o Exército "nenhum projeto de modernidade, ao contrário do que ocorre em relação à Marinha e à Força Aérea".

Os militares condenam ainda o artigo do plano de Defesa que unifica as compras pelo Ministério. Não usam esta expressão, mas temem que seja instaurada "a política do empurrômetro", como alegam que ocorreu agora com a aquisição de 12 helicópteros de ataque russos para a FAB e 50 franceses, divididos pelas três Forças, fruto de acordos comerciais e políticos.

A maior crítica é aos helicópteros russos considerados de "não prioritários" e "impróprios". Um dos documentos cita que essa centralização de compras permite "a introdução de idiossincrasias típicas da administração civil, como a corrupção e o tráfico de influência", e lembra que a "a manutenção das referidas aeronaves terão um custo logístico que não estava programado no orçamento da Força".

Os autores dos três documentos apresentados são os generais-de-Exército Luiz Cesário da Silveira Filho, que deixou o comando Militar do Leste; Paulo César de Castro, que também está indo para a reserva e deixa o Departamento de Ensino e Cultura do Exército, no final do mês; e Maynard Marques de Santa Rosa, que fica até 2010 na chefia do Departamento Geral de Pessoal. Os generais Cesário e Santa Rosa já haviam se desentendido anteriormente com o ministro Nelson Jobim. Procurado, o ministro da Defesa não se pronunciou.

Fonte: Tribuna da Imprensa
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