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Salmo 127

1 Se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam; se o Senhor não guardar a cidade, em vão vigia a sentinela.

2 Inútil vos será levantar de madrugada, repousar tarde, comer o pão de dores, pois ele supre aos seus amados enquanto dormem.

3 Eis que os filhos são herança da parte do Senhor, e o fruto do ventre o seu galardão.

4 Como flechas na mão dum homem valente, assim os filhos da mocidade.

5 Bem-aventurado o homem que enche deles a sua aljava; não serão confundidos, quando falarem com os seus inimigos à porta.

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quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

F-X2: uma visão europeia sobre o assunto

O artigo a seguir foi publicado pelo site português Área Militar em 28 de novembro passado e representa uma visão externa do processo de escolha do novo caça da FAB. O Poder Aéreo não concorda nem discorda (muito pelo contrário) da opinião apresentada.

Rafale é escolhido contra qualquer argumentação

O presidente da República, Luís Inácio da Silva, através de seu ministro da defesa, determinou que a Força Aérea Brasileira não apresentasse um favorito em seu relatório de análise que faz parte do processo de aquisição de caças para a força aérea brasileira, conhecido como programa FX (ou F-X2).

A ordem teve como objetivo evitar o mal-estar entre o governo e a força aérea, por causa das opções políticas tomadas pelo governo Lula, que levaram à escolha do caça francês, contra qualquer análise técnica que possa ser apresentada pela Força Aérea.

A determinação presidencial é vista por setores próximos da FAB como no mínimo estranha, já que a razão para apresentar um relatório, era a de justificar a compra de um equipamento caríssimo que servirá o país durante muitos anos. «Se é pra não saber qual a opção da FAB, pra quê um relatório extenso com 25.000 páginas de estudos técnicos ?» perguntam.
Transferência de tecnologia

O presidente brasileiro ficou impressionado com as promessas políticas do presidente da França durante sua visita ao Brasil, para participar nas cerimônias do 7 de Setembro. Lula ficou especialmente impressionado com a garantia dada por Sarkozy, de que a França podia transferir toda a tecnologia de fabricação de seu caça Rafale.

Muito bem recebidas por Lula da Silva, as declarações de Sarkozy levaram parte da industria francesa e dos sindicatos do país a entrar em pânico.
A afirmação de Sarkozy sobre a transferência de tecnologia teve que ser explicada na Europa, mas a informação aparentemente não chegou ao Brasil, onde continua a passar na imprensa a ideia de que o país poderá fabricar o Rafale.
Os franceses explicaram para sua opinião pública, que não é necessário transferir grande parte da tecnologia, pois o Brasil já possui uma indústria aeronáutica e aeroespacial, que concorre em todo o mundo, e que poderia ocorrer transferência de tecnologia em casos pontuais onde o Brasil precisasse dela.

O problema para a FAB, na questão da transferência de tecnologia, é a enorme diferença entre as afirmações políticas de Sarkozy, e o que a indústria francesa «de fato» tem disponível para ceder ao Brasil. Até ao momento não há nada de claro sobre transferência de tecnologia, Lula não faz a mínima ideia de que tecnologias podem ser transferidas, Jobim também não e Sarkozy não tem ideia nenhuma sobre o que prometeu ao presidente brasileiro.
Tudo não passou de um aperto de mão entre cavalheiros.
O brasileiro não sabia o que lhe estava sendo oferecido.
O francês não tinha a mínima ideia se podia oferecer o que não lhe pertencia.
Promessa de boca, não vale nada

O «abacaxi» ficou nas mãos dos negociadores e é provável que seja tomada uma decisão política favorável ao Rafale, sem que tenham sido tomadas as devidas precauções sobre que tecnologias terão e poderão ser transferidas, em que condições e com que direitos de fabricação e custos. Nada disso foi discutido entre Lula e Sarkozy.

A decisão política de Lula, colocou a força aérea numa situação meio estranha. Os militares têm obrigação de produzir um relatório técnico que possa ajudar o presidente a escolher, mas esse relatório não serve de nada se o presidente já tiver escolhido.

Sabendo que a opção de Lula não será a mais adequada aos interesses da FAB, os militares têm que fazer uma enorme ginástica para não entrar num conflito com implicações políticas. A FAB terá que aceitar sempre a opção do presidente, mesmo que a opção seja contrária aos interesses da força, e terá que gerir seus recursos em conformidade.

O problema principal, é que a FAB pode se ver no futuro com o problema de desenvolver toda a estrutura de suporte e apoio e mesmo de coordenar a produção de uma aeronave, sem que esteja escrito preto no branco que tecnologia pode ou não pode ser transferida.
A opção de Lula é tão «em cima do joelho» que qualquer presidente da França dentro de alguns anos pode dizer que nem sabe que promessas foram feitas.
«Transferimos tudo o que for preciso», é uma promessa muito vistosa, mas sem nenhum efeito prático.
Rafale: raízes de discórdia

A opção de Lula pelo Rafale é acima de tudo uma opção política.
O caça francês não é exatamente antiquado ou desadequado. Embora não tenha sido vendido a nenhum país, o Rafale é aparentemente uma aeronave sofisticada que já vai em sua terceira geração de desenvolvimento.

Além do problema de não se saber exatamente o que as indústrias privadas francesas querem disponibilizar (o governo da França não pode obrigar empresas privadas francesas a revelar seus segredos industriais) um problema gravíssimo coloca o Rafale numa posição desconfortável:
A alta da moeda europeia, o Euro, coloca o caça francês num altíssimo patamar de preço, ultrapassando de longe seus concorrentes.

O relatório da FAB, que já foi apontado como extremamente completo e tecnicamente irrepreensível, deverá apontar fatores favoráveis ao caça norte-americano F/A-18.
Mais barato que o Rafale; Acesso mais rápido e integração mais rápida com os sistemas AEW brasileiros; Acesso mais rápido a tecnologias e armamentos, que aumentam a capacidade da força num menos período de tempo.
A diferença de preço, poderia permitir ao Brasil a aquisição de mais meios, mais sistemas de apoio, mais armamentos ou armamentos mais sofisticados, que se poderiam traduzir em maior eficácia operacional.

Os norte-americanos também são normalmente muito mais precisos em suas afirmações sobre o que podem ceder, disponibilizar e autorizar e o que não podem.
A administração norte-americana fez já declarações que poderiam em princípio reduzir os receios brasileiros.
Além das declarações, há o precedente já estabelecido pelo Chile, que recebeu os sofisticados caças F-16C/D equipados com os mísseis ar-ar AIM-120.
Ao contrário do que era prática corrente do governo norte-americano, o Chile recebeu os mísseis em seu território. A força aérea chilena, é presentemente a mais poderosa de todo o continente sul-americano. Do outro lado da escala está a força sul-americana que mais caças de origem francesa possuiu: A força aérea e a marinha da Argentina.

A decisão porém, sendo política, estará já tomada pelo governo brasileiro. O comandante da Força Aérea, brig. Juniti Saito chegou a ameaçar com demissão, quando Lula afirmou que o vencedor seria o Rafale, mesmo sem saber o que a FAB aconselhava.

Senador lamenta oposição de parlamentares norte-americanos à compra de aviões da Embraer

O senador Roberto Cavalcanti (PRB-PB) lamentou nesta terça-feira (1º) as notícias de que parlamentares norte-americanos teriam pressionado o governo dos Estados Unidos para que não compre os aviões Super Tucanos produzidos pela Embraer. O senador disse que ficou “absolutamente perplexo” com essa informação, veiculada pelo jornal Correio Braziliense.

- A reportagem dizia que parlamentares dos Estados Unidos estavam tentando impedir que o governo norte-americano negociasse com a Embraer a compra de aeronaves de ataque leve – resumiu.

Ele explicou que os aviões Super Tucanos são fabricados em São José dos Campos (SP) pela empresa brasileira e a negociação com o governo dos Estados Unidos poderia envolver cerca de cem aeronaves, que seriam compradas ou arrendadas.

Roberto Cavalcanti disse que a empresa norte-americana Boeing participa, de forma livre, de concorrência aberta pela Força Aérea Brasileira para aquisição de 36 caças de alta tecnologia, e era de se esperar o mesmo tratamento para a empresa brasileira naquele país.

- Não achamos que seja uma conduta adequada do governo norte-americano ceder às pressões desse grupo de parlamentares, totalmente desvinculados do cenário político atual – afirmou.

Para o senador, se a sugestão dos parlamentares for acatada pelo governo dos Estados Unidos, significará um retrocesso para as relações entre ambos os países.

Em aparte, o senador Cristovam Buarque (PDT-DF) elogiou o pronunciamento do colega e concordou com seus argumentos.

FONTE: Agência Senado

Rússia Constrói Fábricas de Armas na Venezuela




Rússia constrói fábricas de armas na Venezuela

Walker Simon – Reuters

CARACAS – A Rússia está construindo fábricas de armas na Venezuela para produzir cartuchos e rifles AK-103, além de finalizar contratos para o envio de 53 helicópteros militares para o governo de Hugo Chávez, disse na segunda-feira a jornalistas o embaixador russo em Caracas, Vladmir Zaemskiy.

De acordo com ele, engenheiros russos e empreiteiras locais participam da construção das fábricas de armas, que no futuro empregarão mais de 1.500 funcionários.

As obras ocorrem no Estado central de Aragua e ainda não têm data prevista para a conclusão.

Chávez começou a assinar acordos militares com a Rússia em 2001, e até agora os detalhes eram escassos. Sabe-se, no entanto, que nos últimos anos Caracas adquiriu mais de 4 bilhões de dólares em equipamentos militares russos, o que inclui 24 caças Sukhoi.

Críticos dizem que Chávez está promovendo uma corrida armamentista na América Latina, mas o presidente alega que está apenas modernizando suas forças para fins defensivos.

Ao voltar em setembro da sua última viagem à Rússia, Chávez disse que Moscou havia aceitado conceder à Venezuela um empréstimo de 2,2 bilhões de dólares para a compra de 92 tanques e de um sistema de mísseis antiaéreos S-300.

Há dois anos, a Rússia havia aceitado vender o S-300 ao Irã, mas retardou a entrega devido a restrições dos EUA e de Israel à transação.

Zaemskiy não quis detalhar datas para a entrega dos tanques e do sistema de mísseis, nem informou se Moscou já desembolsou parte do empréstimo de 2,2 bilhões de dólares.

Acrescentou, no entanto, que “grandes contratos” estão sendo finalizados para entrega de 53 helicópteros modelo “Mil,” que podem ser usados pelas Forças Armadas locais ou em missões humanitárias.

Entre 2006 e 2008, Moscou entregou à Venezuela 59 helicópteros militares, segundo dados do Instituto Internacional Estocolmo de Pesquisa da Paz.

O embaixador disse ainda que a Rússia está fornecendo uma ‘linha completa” de peças de reposição para equipamentos militares à Venezuela, além de transferir tecnologia e construir centros de manutenção técnica.

“Como resultado dessa cooperação, a capacidade de defesa da Venezuela aumentou consideravelmente, bem como seu nível de independência tecnológica”, disse o embaixador.

Cargueiro militar vira problema para Airbus

A Airbus quer tirar do chao pela primeira vez seu problemático avião de transporte militar A400M ja na semana que vem, mas problemas politicos e financeiros podem impedir o voo do avião pan-europeu.

Patrick McGroarty

O A400M é um dos projetos de defesa mais ambicioso da Europa. A controladora da Airbus, a European Aeronautics Defence & Space Co., fechou acordo com mais sete paises da Organizacao do Tratado do Atlantico Norte para construir 180 avioes por 20 bilhoes de euros (US$ 30 bilhoes). Ambos os lados comemoraram o acordo como um modelo de integração européia e prova da expertise do continente no concorrido setor aeroespacial.

A EADS prometeu entregar o primeiro A400M este ano e absorver qualquer estouro do orçamento. Mas quando os atrasos se multiplicaram nos últimos anos a EADS tentou renegociar o contrato.

O programa já passou uns três anos do cronograma. O diretor presidente da EADS, Louis Gallois, ja disse que a empresa vai perder pelo menos 2,4 bilh6es com o acordo, e que esse valor pode subir ainda mais.

Autoridades de defesa congelaram o contrato este ano e prometeram fechar um novo acordo até o fim do ano. O tempo esta se esgotando, dizem ambos os lados, porque é preciso se preparar para o futuro com ou sem o A400M.

Autoridades de defesa de seis governos europeus e da Turquia planejam se reunir hoje em Berlim para determinar um posicionamento conjunto para as negociações com a EADS. Elas tem que decidir se ainda querem que a EADS construa o avião, com quanto do estouro do orçamento vão arcar e qual será o novo cronograma de entrega dos aviões se aceitarem manter o projeto.

A agencia pan—europeia de compras de material de defesa, a Occar, contratou a Price Waterhouse Cooperi para auditar o programa e permitir que as autoridades compreendam melhor os custos e a situacao do programa.

Fonte: Valor Econômico

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Diplomacia de Lula Deixa Brasil Isolado Na Crise Em Honduras

Continente dividido – Cúpula Iberoamericana vive impasse sobre reconhecimento de eleições, e Brasil já ensaia recuo

A eleição de Honduras concentrou as atenções ontem na Cúpula Iberoamericana em Estoril, Portugal, expondo a enorme divisão no continente americano sobre como reagir, agora que a eleição de Porfirio “Pepe” Lobo em Honduras é um fato consumado.

Diante do racha, a cúpula poderá acabar hoje sem uma declaração sobre Honduras. Alguns países que se alinhavam à posição do Brasil – de não reconhecer os golpistas — começaram a caminhar na direção do diálogo com o presidente eleito.

A Espanha defendeu abertamente o diálogo, dizendo que a resolução do impasse político em Honduras tem que passar, necessariamente, por um “grande acordo” que envolva América do Sul, América Central e Europa.

No final do dia, depois uma verdadeira ginástica retórica, até o Brasil, pela primeira vez, admitiu que poderá mudar de posição, dependendo de gestos do presidente eleito e do índice de participação eleitoral.

- Se o Brasil considerar que tem que mudar de posição, mudará. Vamos ter que ver concretamente como isso evolui – disse Marco Aurélio Garcia, assessor especial da Presidência, que repetia, ao mesmo tempo, que “o Brasil não mudou de posição”.

Quando repórteres insistiram em perguntar se isso não era uma contradição – repetir que a eleição é ilegítima, mas aceitar reavaliar o quadro se ficar comprovada forte participação popular -, Garcia respondeu :

- Consideramos que esta eleição é ilegítima. Mas se evidentemente tivesse tido uma fortíssima participação popular, não poderíamos ficar indiferentes a este dado. Uma coisa é repudiarmos a eleição como procedimento. Outra é considerarmos como um fato político. Para quem faz política, como fazemos, são elementos que devem ser considerados – disse.

A divisão entre os países ficou óbvia com a troca de farpas ontem entre o presidente da Costa Rica, Óscar Arias, e Marco Aurélio Garcia. Na crise de Honduras, Garcia bateu de frente com dois Prêmio Nobel da Paz: Barack Obama, o presidente dos EUA, e agora Arias.

Este disse que não reconhecer as eleições hondurenhas significa “castigar o povo hondurenho”. Sem citar nominalmente o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que apoiou abertamente a contestada reeleição do presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, ele disse que “o pior seria atuar com moral dupla”.

- Há muitos países na comunidade internacional que aceitam a eleição do Irã, que foi questionada e que se sabe que não foram limpas e que todos sabem que não foram transparentes – atacou.

Garcia defende eleições iranianas

Marco Aurélio reagiu mal às declarações de Arias:

- Esta comparação, além de indelicada, é absolutamente improcedente. As eleições do Irã foram convocadas pelo governo do Irã, sobre o qual não havia nenhuma contestação. As eleições de Honduras foram convocadas por um governo golpista.

Garcia insistiu que, para o Brasil, as eleições hondurenhas servem para legitimar o golpe. Mas listou algumas condições para o governo reavaliar sua posição. O Brasil quer saber o que pensa o presidente deposto, Manuel Zelaya.

Depois, o que Lobo está pensando sobre o futuro de seu país, e se ele vai trabalhar com a Organização dos Estados Americanos para uma saída para a crise.

Ontem, a chanceler deposta de Honduras, Patricia Rodas, admitiu que o governo eleito precisa fazer parte do diálogo para pôr fim à crise.
Fonte: O Globo

Autor de polêmica sobre Lula é diretor da TVE e vive no Rio




O cientista político e editor carioca César Benjamin, envolvido em recente polêmica com o presidente Lula, é funcionário comissionado do governo do Paraná. Apesar de viver na cidade no Rio de Janeiro, Benjamin ocupa o cargo de diretor-presidente da Rádio e Televisão Paraná Educativa (RTVE), com salário de cerca de R$ 5 mil, de acordo com lista dos servidores estaduais divulgada no site da Secretaria Estadual da Administração. Já Marcos Batista, que é quem responde formalmente pela direção da emissora, figura como secretário de Estado.

Benjamin ganhou destaque no noticiário nacional depois da publicação, na última sexta-feira, de um artigo no jornal Folha de S.Paulo no qual afirmou que, em uma co nversa durante os preparativos para a eleição presidencial de 1994, Lula teria revelado que tentou “subjugar” sexualmente um colega de cela quando esteve preso em 1980. O presidente classificou o artigo como “loucura”. Pessoas que estiveram presas junto com Lula ne­­­garam a veracidade das de­­­clarações de Benjamin.

O atual diretor-presidente da RTVE ajudou a fundar o PT, mas se afastou do partido em 1995. Na última eleição presidencial, Benjamin foi candidato a vice na chapa de Heloísa Helena (PSol).

Antes da nomeação para a direção da RTVE, Benjamin já havia sido contratado, de acordo com o Diário Oficial de 8 de dezembro de 2005, para prestar “serviços profissionais especializados” ao governo estadual. Ele foi contratado para a produção de dez documentários de “caráter histórico-cultural e educativo sobre o Brasil”. Pro­­curado pela reportagem durante toda a tarde de ontem, ele não retornou as ligações.

Em Londrina, o governador Roberto Requião (PMDB) disse que Benjamin é funcionário da RTVE. “Ele é funcionário, um comentarista político da emissora”, disse.

Marcos Batista confirmou as declarações de Requião. Segundo ele, Benjamin trabalha como comentarista de política, economia e história na RTVE, e atua em projetos de programas especiais. Em relação ao cargo ocupado por Benjamin, Batista alegou que a única vaga disponível era a de diretor-presidente, já que o próprio (Batista) exerce a presidência da emissora, mas está nomeado como secretário.

Repúdio

Apesar das explicações sobre o cargo de Benjamin, o governo do estado, por meio de sua assessoria de imprensa, declarou o “total repúdio e indignação às insinuações feitas por um funcionário do governo (Benjamin)” no artigo sobre Lula.

Fonte: Gazeta do Povo

Obama vai enviar mais 30.000 soldados ao Afeganistão em 6 meses

A Casa Branca diz que Obama já deu ordens a seus comandantes para o aumento das tropas

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, vai anunciar nesta terça-feira o envio de mais 30 mil soldados ao Afeganistão, numa longamente aguardada mudança na estratégia de guerra com a qual ele espera derrotar o Taliban e permitir a saída dos EUA do Afeganistão, disse uma fonte do governo à Reuters.

Após três meses de deliberações vistas por alguns críticos como atraso e indecisão, Obama deve apresentar seu plano em um discurso para cadetes da Academia Militar dos EUA em West Point, Nova York.O decisivo discurso televisionado acontecerá às 20h00, horário local (23h de Brasília). A Casa Branca diz que Obama já deu ordens a seus comandantes para o aumento das tropas.

Uma importante autoridade do governo disse à Reuters, sob condição de anonimato, que o presidente vai anunciar o envio de mais 30.000 soldados pelos próximos seis meses em seu pronunciamento.

Antes do discurso, Obama falou por uma hora por videofone com o presidente afegão Hamid Karzai, disse o gabinete deste.

Washington vem tendo uma relação tensa com Karzai desde que Obama chegou ao poder. A tensão se agravou nos últimos três meses em função da eleição presidencial afegã marcada por acusações de fraudes.

O aumento das tropas representa uma aposta importante de Obama. Ele chegou ao poder prometendo um foco maior sobre o Afeganistão, mas vem enfrentando ceticismo de alguns assessores chaves em relação à conveniência de apostar mais vidas e dinheiro para ajudar um governo em Cabul amplamente visto como sendo corrupto e inepto.

Em seu discurso, Obama pretende enfatizar que os EUA não assumiram um "compromisso por tempo indeterminado" no Afeganistão, mas querem entregar o poder a forças afegãs novamente treinadas e começar a retirar suas forças assim que isso for praticável.

Seu desafio é inverter o que os comandantes militares americanos descrevem como situação em deterioração, devido à ressurgência do Taliban.

Obama também pretende persuadir Karzai, que deve escolher os integrantes de seu novo gabinete nos próximos dias, a reprimir a corrupção e melhorar a governança, em troca do apoio americano.

Plano de saída

Na posse do líder afegão, no mês passado, os dois lados minimizaram suas diferenças. Karzai prometeu combater a corrupção, e a secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, elogiou as medidas que ele anunciou.

Também se prevê que Obama enfatize a necessidade de o Paquistão fazer mais para combater militantes que atravessaram a fronteira do Afeganistão. A administração já disse que acertar a política em Islamabad é tão importante quanto em Cabul.

Autoridades americanas disseram que Obama vai anunciar que autorizou o envio de 30 mil soldados adicionais ao Afeganistão. Atualmente há aproximadamente 58 mil soldados americanos e 42 mil soldados aliados nesse país.

Obama não deverá fixar uma data específica para a retirada americana. A estratégia prevê um aumento das tropas em várias etapas, seguida por uma retirada gradual e a entrega da responsabilidade pela segurança às forças afegãs nos próximos três a cinco anos, disseram assessores.

O presidente pode enfrentar dificuldade para persuadir o público americano de sua estratégia. Muitos americanos já estão cansados da guerra iniciada após os ataques de 11 de setembro de 2001 e querem que mais atenção seja voltada à economia nacional enfraquecida.
Fonte: Gazeta do Povo

Irã detêm velejadores ingleses em iate de competição e promete "medidas duras"

A prisão dos velejadores veio à tona na segunda-feira e gerou temores de uma crise diplomática, elevando a cotação do petróleo em mais de 1 dólar

A Guarda Revolucionária iraniana informou na terça-feira que suas forças navais detiveram cinco britânicos na região do Golfo Pérsico, informou a agência de notícias semioficial Fars.

O secretário britânico do Exterior, David Miliband, disse na segunda-feira que cinco britânicos haviam sido detidos no Irã e disse que o iate de competição em que estavam pode ter entrado inadvertidamente em águas iranianas.

O Irã anunciou que tomará medidas duras contra os cinco velejadores, caso constate que eles tinham "más intenções" ,disse na terça-feira um assessor do presidente Mahmoud Ahmadinejad.

As relações anglo-iranianas estão abaladas nos últimos anos por diversos motivos, como o programa nuclear iraniano e as acusações de Teerã de que Londres teria insuflado os protestos após as eleições iranianas de junho.

A prisão dos velejadores veio à tona na segunda-feira e gerou temores de uma crise diplomática, elevando a cotação do petróleo em mais de 1 dólar.

O chefe de gabinete da Presidência iraniana, Esfandiar Rahim-Mashaie, disse à agência semioficial de notícias Fars que "o Judiciário irá decidir sobre os cinco, (e) naturalmente nossas medidas serão duras e sérias se concluirmos que eles tinham más intenções."

A Grã-Bretanha salientou que os velejadores são civis, e rejeitou paralelos com um incidente de 2007, quando o Irã prendeu 15 membros das suas forças navais na costa do golfo Pérsico.

"Certamente não há confronto nem discussão. Até onde sabemos, essa gente está sendo bem tratada, o que é certo e é o que esperaríamos de um país como o Irã", disse o chanceler britânico, David Miliband, à rádio BBC 4.

Ele acrescentou que aguarda para terça-feira uma declaração da chancelaria iraniana. "Entendemos que o governo iraniano está investigando o incidente, o que é perfeitamente razoável, e então esperamos que seja prontamente resolvido", afirmou Miliband.

Miliband disse que os velejadores entraram "inadvertidamente" em águas iranianas e foram abordados por embarcações militares do Irã em 25 de novembro.

Organizadores de uma regata da qual os velejadores participariam disseram que o barco deles apresentou um problema com um motor no trajeto entre Barein e Dubai.

Por intermédio da agência Fars, a Guarda Revolucionária do Irã confirmou na terça-feira a prisão dos britânicos. "Confrontar forças estrangeiras e detê-las no Golfo é o dever da Guarda Revolucionária", disse o comandante da força naval da Guarda, Ali Reza Tangsiri.

Um novo estudo de inteligência dos EUA diz que o Irã estruturou suas forças navais para que um braço da Guarda Revolucionária se torne responsável pelas operações no Golfo.

Fonte: Gazeta do Povo

Índia perde segundo Su-30MKI este ano

Um caça Sukhoi Su-30MKI da Força Aérea da Índia acidentou-se no último dia 30 de novembro no estado de Rajasthan, noroeste do país. Ambos os tripulantes ejetaram-se em segurança.

Este é o segundo acidente com um Su-30MKI neste ano. O primeiro deles ocorreu em 30 de abril

FONTE: Flightglobal

Acidente entre um Typhoon e um VC-10 sobre as Malvinas

Um acidente entre um caça Eurofighter Typhoon e uma aeronave de reabastecimento aéreo Vickers VC10, ambos pertencentes à RAF, ocorreu no último dia 26 de novembro sobre as ilhas Falklands.

A informação foi divulgada pelo Minsitério da Defesa do Reino Unido e ambas as aeronaves sobrefam danos leves após uma missão de transferência de combustível em voo (ReVo). O caso continua sob investigação.

Os Typhoon assuniram a defesa aérea e a patrulha do arquipélago das Falklands/Malvinas a partir do último mês de setembro, quando os mesmos substituíram quatro Panavia Tornado F3 que executavam a mesma função.
Fonte: Poder aéreo

A FAB sempre preferiu caças ‘made in USA’

Levantamento histórico mostra que a primeira opção foi por caças de procedência dos EUA

A Força Aérea Brasileira (FAB) busca atualmente renovar sua frota de aeronaves de combate de alta performance. Este processo, largamente conhecido com F-X2, nada mais é do que a versão mais atual de outras escolhas que Ministério da Aeronáutica (atual Comando da Aeronáutica) fez ao longo de sua história.

A FAB é hoje uma instituição madura que se aproxima dos seus 70 anos e já passou por outros dois “F-X”, se assim podemos chamar os processos de escolha de caças que ocorreram no passado. Tanto no primeiro como no segundo houve preferência por caças de origem norte-americana. Porém, os motivos que levaram a estas preferências possuem características um pouco distintas e cada processo de escolha deve ser avaliado dentro do seu contexto histórico.

Quando a FAB foi criada ela agregou uma série de equipamentos de origens distintas que pertenciam tanto ao Exército ( Aviação Militar) como à Marinha (Aviação Naval). Muitos historiadores citam que estas aeronaves eram obsoletas e tinham pouca validade para o conflito que batia às portas do Brasil (a II Guerra Mundial).

Na verdade eram equipamentos típicos de Forças Armadas modestas daquela época como era o próprio Brasil. É injusto comparar também este “acervo” herdado com os modernos equipamentos fornecidos pelos EUA durante a guerra. Estes novos equipamentos foram fornecidos ao Brasil diante de uma situação especial e a FAB beneficiou-se disso.

Quando a guerra acabou o suprimento de equipamentos modernos com preços simbólicos (programa “Lend Lease”) também foi perdendo força. Por outro lado, a aviação de combate continuou evoluindo de forma espantosa no exterior.
Fonte: Poder aéreo

Veteranos da guerra soviética veem os Estados Unidos cometendo os mesmos erros no Afeganistão

Foi em maio de 1985 que o general Igor Rodionov desembarcou de uma aeronave militar de transporte no aeroporto de Cabul, assumindo o comando do 40º Exército da União Soviética, que combatia no Afeganistão.

A face dele, agora enrugada, conta melhor do que as palavras a história que se seguiu. Ele foi o quinto de um total de sete comandantes soviéticos, compartilhando um lugar na história com um grupo de indivíduos que desempenharam uma tarefa similar: generais estrangeiros enviados para conquistar o Afeganistão. Os integrantes desse grupo, que teve início com Alexandre, o Grande e continua até os dias de hoje, são notáveis por uma característica evidente – todos acabaram fracassando.

Um conselho não muito otimista que ele gostaria de fornecer àqueles que estão seguindo as suas pegadas no Afeganistão: “Tudo já foi tentado”.

Às vésperas de uma aguardada decisão por parte do governo dos Estados Unidos de enviar mais milhares de soldados para lutarem contra o Taleban, o general Rodionov e outros veteranos soviéticos sentem uma mistura de Schadenfreude e simpatia pelos mais recentes invasores estrangeiros das terras montanhosas das quais eles se retiraram em 1989, após uma sangrenta luta de contra-insurgência que durou dez anos.

Na sua base no suntuoso Palácio Tajbeg, em uma colina elevada nos arredores de Cabul, o general Rodionov descobriu algo rapidamente: “Não havia um front. As balas podiam vir de qualquer lugar”.

O 40º Exército soviético era composto de 120 mil soldados no auge da guerra, e as operações focavam-se no envio de soldados transportados por helicópteros para as montanhas, no controle dos terrenos elevados e, depois, na movimentação de tanques pelos vales.

Em um período de uma década quase 15 mil soldados soviéticos – e centenas de milhares de afegãos – foram mortos em vários dos mesmos lugares que as forças dos Estados Unidos e dos seus aliados lutam atualmente para controlar: as regiões fronteiriças no sudeste do país, perto do Paquistão, e as províncias de Kandahar e Helmand, no sul.

“A guerra, no decorrer dos dez anos, transcorreu em círculos. Nós chegávamos, e eles (os insurgentes) partiam. Depois, nós partíamos, e eles retornavam”, conta o general Rodionov.

Outros ex-oficiais militares soviéticos enxergam uma futilidade similar nos esforços dos Estados Unidos no Afeganistão.

“Mais soldados simplesmente significará mais mortes”, adverte Gennady Zaitsev, ex-comandante da tropa de elite Alfa, da KGB, que participou da maioria das operações mais críticas da guerra.

“Os cidadãos norte-americanos e britânicos perguntarão, com muita razão, ‘Por que os nossos filhos estão morrendo?’ , e a resposta será, ‘Para manter o presidente afegão, Hamid Karzai, no poder’. Eu não creio que eles ficarão satisfeitos com isso”.

Para o general Rodionov, as notícias que chegam do atual conflito são perturbadoramente familiares. “Os Estados Unidos e os seus aliados precisam entender que não existe nenhuma forma de se alcançar o sucesso militarmente. A única solução é política. E Karzai não goza de popularidade junto ao povo, ele simplesmente administra uma máfia”.
As relações entre o povo afegão e os soviéticos determinaram o resultado da guerra, acredita o general Rodionov. “Aquilo era um problema social e político, que nós deixamos grosseiramente de perceber com a nossa mentalidade militar”, diz ele.

Assim como as forças da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), os soviéticos tiveram uma lua de mel que durou um ou dois anos após a invasão do Afeganistão, em 1979. Projetos de infraestrutura foram implementados – os prédios altos de Cabul foram em sua maioria construídos pelos soviéticos. Mas o general Rodionov recorda-se que por volta de 1982 a situação piorou drasticamente.

“É claro que o problema era o mesmo – o 40º Exército era uma força militar altamente armada e treinada. Respondíamos a cada tiro disparado contra nós com dez tiros de volta. Os nossos soldados provocaram muitas baixas entre a população civil”.

“Nós bombardeávamos uma aldeia porque havia um ou dois mujahadeens no local. Mulheres e crianças morriam, e isso criou o movimento insurgente. Foi uma clássica guerra de guerrilha”.
Os veteranos russos do Afeganistão dizem que os Estados Unidos estão correndo o risco de vencerem militarmente, mas perderem politicamente, ecoando a própria experiência soviética.

Pyotr Suslov, um ex-membro da unidade de operações especiais da KGB no Afeganistão, diz que o principal erro da Otan é não prestar a atenção necessária no equilíbrio entre as tribos afegãs, especialmente as de etnia pashtun, que compõem pouco menos da metade da população.

Em vez disso, os Estados Unidos concentraram a sua atenção inicial na Aliança do Norte, o movimento guerrilheiro liderado por indivíduos de etnia tajique, que enxotaram o Taleban do poder em 2001 com o auxílio dos Estados Unidos.

“Eles ignoraram os pashtuns”, explica Suslov. “A Aliança do Norte assumiu o poder após a queda do Taleban, e havia um punhado de comandantes diferentes, de diferentes tribos e etnias. Os pashtuns foram ignorados. Foi daí que veio o problema. É importante que os Estados Unidos concordem com as tribos pashtuns”.

O general Rodionov conta que chegou Afeganistão como um crítico duro da guerra, e as suas críticas só aumentaram durante o período em que foi comandante naquele país.

Naquela época, as autoridades graduadas soviéticas, percebendo a futilidade dos seus métodos, começaram a discutir abertamente a retirada. “No início era um círculo bem pequeno de autoridades, mas que foi crescendo gradativamente. O pensamento predominante na época da retirada era: ‘Nós deveríamos ter feito isso antes’”.

FONTE: Financial Times / UOL

Unasul se compromete a impedir presença de bases militares estrangeiras na América do Sul

Países não pertencentes a Unasul que instalarem bases estrangeiras terão que garantir que operações não violem fronteiras.

Os ministros das Relações Exteriores e da Defesa da União de Nações Sul-Americanas (Unasul) aprovaram uma resolução pela qual todos os seus membros são obrigados a adotar medidas que impeçam a presença de bases militares estrangeiras em território sul-americano. A decisão é uma resposta ao acordo firmado entre a Colômbia e os Estados Unidos para instalação de até sete bases militares norte-americanas em área colombiana.

Na prática, isso significa que os países que decidirem por acordos militares com governos que não integram a Unasul terão de garantir que não haverá invasão de áreas vizinhas.

A Unasul tem 12 países-membros: Argentina, Bolívia, Brasil, Colômbia, Chile, Equador, Guiana, Paraguai, Peru, Suriname, Uruguai e Venezuela. Somente os governos do Brasil e do Equador enviaram ministros de Estado à reunião da Unasul realizada na última sexta-feira (27) em Quito, capital equatoriana.

Os ministros das Relações Exteriores, Celso Amorim, e da Defesa, Nelson Jobim, participaram das reuniões em Quito. A Colômbia, que estava no foco das discussões, não enviou chanceler nem ministro da Defesa ao encontro.

Pela resolução, a Unasul afirma que os países que integram o grupo devem se comprometer a garantir que pessoal militar ou civil, armas e equipamentos extras não serão usados para violar a soberania, a segurança, a estabilidade e a integridade territorial sul-americana.

O documento determina que os integrantes da Unasul se responsabilizem pelo “respeito à integridade territorial e à soberania dos países-membros do grupo, assegurando a não intervenção nos assuntos internos e a resolução de qualquer disputa por meio pacífico, entre outros”.

A expectativa da Unasul é que a resolução funcione como um meio para minimizar o mal-estar na América do Sul, depois do acordo entre colombianos e norte-americanos sobre as bases militares. A Colômbia foi criticada pelos países vizinhos, mas defendeu-se afirmando que o objetivo das bases é conter o tráfico de drogas e de armas, além da eventual ação de grupos ilegais. É permanente o estado de tensão entre o governo colombiano e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc).

O acordo entre colombianos e norte-americanos fez com que o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, afirmasse que havia ameaça de conflitos armados entre os países vizinhos. O Brasil também reagiu ao acordo sobre as bases ao levantar dúvidas sobre a ingerência dos Estados Unidos na América do Sul.

Por meio de um comunicado à Unasul, o governo da Colômbia informou aceitar os termos da resolução e assegurar o cumprimento das garantias formais pedidas pelo grupo.

Fonte: Portal Terra

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Defesa Nacional não é política

Leia o artigo do deputado federal William Woo sobre o Programa F-X2

O Comando da Aeronáutica (COMAER) do Brasil deu início, em maio de 2008, ao Projeto F-X2, que visa a substituição de aeronaves de combate da Força Aérea Brasileira (FAB). O objetivo do trabalho é dotar a FAB de uma frota padronizada de aeronaves de caça de múltiplo emprego. O planejamento prevê a substituição gradual das frotas de Mirage-2000, F-5M e A-1M, iniciando as operações no Brasil em 2015, sendo utilizadas por aproximadamente 30 anos.

Desde o princípio do projeto, a Aeronáutica tem dado transparência a todos os atos referentes ao assunto. Logo de início, o Comando deixou claro que o processo visaria buscar o melhor produto e que seria levado em consideração, principalmente, o atendimento aos requisitos operacionais estipulados pela FAB. A avaliação também consideraria a logística, os custos, as condições das ofertas de compensação comercial e o grau de transferência de tecnologia para a indústria aeronáutica brasileira.

Durante o processo, seis empresas foram pré-selecionadas e receberam, em junho de 2008, solicitação para apresentarem informações: as norte-americanas Boeing e Lockheed Martin, a francesa Dassault, a russa Rosoboronexport (Sukhoi), a sueca Saab e o consórcio europeu Eurofigther. Todas com capacidade de fornecer aeronaves de caça que serviriam aos anseios da FAB. Após primeira avaliação de propostas, em novembro, a Comissão Gerencial do Projeto F-X2 escolheu as aeronaves da Boeing (F-18 E/F Super Hornet), a Dassault (Rafale) e a Saab (Gripen NG) e enviou às empresas o Pedido de Oferta.

A partir de fevereiro de 2009 o COMAER, após receber as ofertas das empresas, realizou visitas técnicas e voos de avaliação, inspeções às instalações industriais e logísticas, às oficinas de manutenção, aos laboratórios de desenvolvimento de sistemas e aos esquadrões operacionais.

O projeto seguiu para a análise de mais de 60 especialistas em diversas áreas, que procederão à elaboração do relatório final técnico das aeronaves concorrentes, sendo também apresentado aos oficiais-generais integrantes do Alto Comando da Aeronáutica. De lá, será encaminhado ao Ministério da Defesa, que terá a palavra final do presidente Luis Inácio Lula da Silva sobre a aquisição dos 36 novos caças para a esquadra brasileira.

Em consonância com o processo realizado no âmbito do Comando Aéreo, o projeto também foi amplamente discutido nas Comissões de Relações Exteriores e de Defesa Nacional, da qual faço parte, e de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática da Câmara dos Deputados. Isso porque sentimo-nos no dever de participar da discussão sobre a melhor oferta de transferência de tecnologia para o Brasil, entre outros assuntos pertinentes.

Estamos confiantes que o Alto Comando da Aeronáutica, sobretudo sob a chefia do tenente-brigadeiro do ar Juniti Saito, fará a melhor escolha. Temos a consciência que o comandante Saito, experiente aviador com mais de 6.000 horas de vôo, terá sensibilidade e sabedoria para encaminhar o que for melhor para a Defesa Nacional.

Ultimamente o assunto da aquisição das aeronaves tem tomado um foco político, encontro entre lideres e autoridades políticas, deixando de lado os técnicos, aqueles que realmente têm capacidade e preparo para discutir o assunto. É importante ressaltar que todo o processo representa um importante avanço para a indústria de defesa do País, o que possibilitará parcerias estratégicas de longa duração e trará condições ao Brasil de produzir ou participar da produção de caças de 5ª geração.

A empresa escolhida pela Aeronáutica, por meio da Comissão Gerencial do Projeto F-X2, será, sem sombra de dúvida, a mais competente, em termos técnicos, para atender à demanda proposta. Por isso, é importante ter em mente que a escolha da Aeronáutica deve ser respeitada por todas as instâncias a quem ela é subordinada, independentemente de posições pessoais, apelos políticos ou outro motivo que venha a manchar o excelente trabalho feito pelo COMAER até hoje.

*William Woo é deputado federal pelo PPS de São Paulo e membro titular da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional da Câmara dos Deputados

Indústria Naval Renasce e Já É 6ª do Mundo


Indústria naval renasce e já é 6ª do mundo

Setor tem R$ 55 bilhões em investimento e encomendas, segundo o BNDES; com pré-sal, futuro é ainda mais promissor

Em nove anos, empregos sobem de 2.000 para 45 mil; 5 estaleiros se somarão aos 25 já existentes e cada um pode ter até 3.500 funcionários

Pedro Soares – Da Sucursal Rio

Impulsionada pelas encomendas crescentes da Petrobras desde 2001 e especialmente pela exigência de compras de fornecedores locais introduzidas pelo governo Lula em 2003, a indústria naval brasileira renasceu nesta década e já é a sexta maior do mundo.

As encomendas aos estaleiros e os novos investimentos somam R$ 55 bilhões, pelos cálculos do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). São 195 embarcações já contratadas ou com a construção anunciada.

A cifra coloca o país atrás de China, Coreia, Japão, União Europeia e Índia, mas à frente dos Estados Unidos.

Em 2000, a indústria tinha menos de 2.000 empregados. Hoje, são 45 mil soldadores, mecânicos, entre outros trabalhadores. O número deve aumentar nos próximos anos com a instalação prevista de cinco novos estaleiros – cada um pode ter até 3.500 funcionários. Existem 25 estaleiros no país – todos privados, mas 2 foram arrendados à Petrobras.

Cada nova unidade receberá investimentos de até R$ 1 bilhão e serão erguidas nos Estados de Alagoas, Bahia (duas, possivelmente), Espírito Santo e Rio – polo histórico da indústria naval e onde está a maior parte dos estaleiros do país.

Diferentemente da China – que se especializou e investiu pesado nos últimos cinco anos-, o motor da indústria naval brasileira não é o transporte marítimo de commodities, mas sim a exploração marítima de petróleo.

Esse segmento produz um volume menor de embarcações, mas faz unidades mais sofisticadas e caras. Nele, a liderança global é de Cingapura e da Coreia – líderes mundiais em tecnologia e com altos subsídios governamentais.

Tempo e dinheiro

Cada plataforma de produção de petróleo pode custar mais de US$ 2 bilhões e consumir até dois anos de trabalho. Uma sonda de perfuração – usada na exploração dos campos marítimos – não sai por menos de US$ 1 bilhão. Já um petroleiro varia de US$ 60 milhões a US$ 100 milhões, de acordo com o porte da embarcação, e leva pelo menos oito meses para ficar pronto.

No Brasil, a indústria ressurgiu na esteira das encomendas da Petrobras e tem um estímulo adicional graças à descoberta do pré-sal. Mas começam a aparecer também novos clientes: a estatal Venezuelana PDSVA encomendou dez petroleiros ao estaleiro Eisa – já recebeu o primeiro-, e a Vale vai fazer uma concorrência para a construção de quatro navios de grande porte para o transporte de minério de ferro.

Com o advento do pré-sal, grupos nacionais – como o Sinergy (estaleiros Eisa e Mauá); Camargo Corrêa e Queiroz Galvão; OAS e Setal – e internacionais – STX (Coreia) e Jurong (Cingapura) – já decidiram ou estudam instalar novos estaleiros. Outros três farão ampliações de suas instalações.

Waldemiro Arantes Filho, presidente do STX no Brasil, diz que a unidade será construída no Ceará em duas etapas: a primeira com investimento de US$ 100 milhões (barcos menores de apoio à exploração de petróleo); a segunda custará US$ 500 milhões (plataformas e petroleiros).

Localizado em Pernambuco, no porto de Suape, o estaleiro Atlântico Sul é hoje o mais moderno do país e conta com uma área em seu entorno que permite ampliação para deixá-lo do porte dos estaleiros gigantes sul-coreanos Hyundai, STX e Samsung. Os demais precisam de atualização tecnológica.

Fernando Tourinho, conselheiro do Atlântico Sul, diz que o grupo negocia uma participação acionária minoritária da coreana Samsung e estuda instalar um novo estaleiro, além de ampliar as instalações em Suape. “Com o pré-sal, temos um horizonte promissor.”

Líbano bombardeando insurgentes com o Huey

Para nós ocidentais, usar helicópteros para lançar bombas soa meio estranho. Nunca foi um papel comum dos helicópteros e as poucas vezes que isso ocorreu provavelmente foram no início da era dos helicópteros armados no Vietnã, onde tudo que atirava foi pendurado do lado de fora de um Huey.



Por outro lado, os soviéticos usaram com bastante eficácia os seus Mi-24 para lançar bombas durante a campanha do Afeganistão na década de 1980. Os vales onde a guerrilha se entocava não permitiam o emprego eficaz dos Su-25 e os helicópteros assumiram o papel de bombardeiros. De maneira geral, o resultado foi bom pela baixa velocidade do helicóptero, que permitia um lançamento mais preciso que o dos aviões.

Mas, mesmo para os russos, esse arranjo não é mais tão comum. Nas campanhas da Chechênia, o míssil substituiu as bombas com excelentes resultados.






FOnte: Vôo Tatico

FX-2: Lula manda calar a FAB

O presidente da República, Luís Inácio da Silva, através de seu ministro da defesa, determinou que a Força Aérea Brasileira não apresentasse um favorito em seu relatório de análise que faz parte do processo de aquisição de caças para a força aérea brasileira, conhecido como programa FX (ou F-X2).

A ordem teve como objetivo evitar o mal-estar entre o governo e a força aérea, por causa das opções políticas tomadas pelo governo Lula, que levaram à escolha do caça francês, contra qualquer análise técnica que possa ser apresentada pela Força Aérea.

A determinação presidencial é vista por setores próximos da FAB como no mínimo estranha, já que a razão para apresentar um relatório, era a de justificar a compra de um equipamento caríssimo que servirá o país durante muitos anos. «Se é pra não saber qual a opção da FAB, pra quê um relatório extenso com 25.000 páginas de estudos técnicos ?» perguntam.

Transferência de tecnologia

O presidente brasileiro ficou impressionado com as promessas políticas do presidente da França durante sua visita ao Brasil, para participar nas cerimônias do 7 de Setembro. Lula ficou especialmente impressionado com a garantia dada por Sarkozy, de que a França podia transferir toda a tecnologia de fabricação de seu caça Rafale.

Muito bem recebidas por Lula da Silva, as declarações de Sarkozy levaram parte da industria francesa e dos sindicatos do país a entrar em pânico.
A afirmação de Sarkozy sobre a transferência de tecnologia teve que ser explicada na Europa, mas a informação aparentemente não chegou ao Brasil, onde continua a passar na imprensa a ideia de que o país poderá fabricar o Rafale.
Os franceses explicaram para sua opinião pública, que não é necessário transferir grande parte da tecnologia, pois o Brasil já possui uma indústria aeronáutica e aeroespacial, que concorre em todo o mundo, e que poderia ocorrer transferência de tecnologia em casos pontuais onde o Brasil precisasse dela.

O problema para a FAB, na questão da transferência de tecnologia, é a enorme diferença entre as afirmações políticas de Sarkozy, e o que a indústria francesa «de fato» tem disponível para ceder ao Brasil. Até ao momento não há nada de claro sobre transferência de tecnologia, Lula não faz a mínima ideia de que tecnologias podem ser transferidas, Jobim também não e Sarkozy não tem ideia nenhuma sobre o que prometeu ao presidente brasileiro.
Tudo não passou de um aperto de mão entre cavalheiros.
O brasileiro não sabia o que lhe estava sendo oferecido.
O francês não tinha a mínima ideia se podia oferecer o que não lhe pertencia.

Promessa de boca, não vale nada

O «abacaxi» ficou nas mãos dos negociadores e é provável que seja tomada uma decisão política favorável ao Rafale, sem que tenham sido tomadas as devidas precauções sobre que tecnologias terão e poderão ser transferidas, em que condições e com que direitos de fabricação e custos. Nada disso foi discutido entre Lula e Sarkozy.

A decisão política de Lula, colocou a força aérea numa situação meio estranha. Os militares têm obrigação de produzir um relatório técnico que possa ajudar o presidente a escolher, mas esse relatório não serve de nada se o presidente já tiver escolhido.

Sabendo que a opção de Lula não será a mais adequada aos interesses da FAB, os militares têm que fazer uma enorme ginástica para não entrar num conflito com implicações políticas. A FAB terá que aceitar sempre a opção do presidente, mesmo que a opção seja contrária aos interesses da força, e terá que gerir seus recursos em conformidade.

O problema principal, é que a FAB pode se ver no futuro com o problema de desenvolver toda a estrutura de suporte e apoio e mesmo de coordenar a produção de uma aeronave, sem que esteja escrito preto no branco que tecnologia pode ou não pode ser transferida.
A opção de Lula é tão «em cima do joelho» que qualquer presidente da França dentro de alguns anos pode dizer que nem sabe que promessas foram feitas.
«Transferimos tudo o que for preciso», é uma promessa muito vistosa, mas sem nenhum efeito prático.

Rafale: raízes de discórdia

A opção de Lula pelo Rafale é acima de tudo uma opção política.
O caça francês não é exatamente antiquado ou desadequado. Embora não tenha sido vendido a nenhum país, o Rafale é aparentemente uma aeronave sofisticada que já vai em sua terceira geração de desenvolvimento.

Além do problema de não se saber exatamente o que as indústrias privadas francesas querem disponibilizar (o governo da França não pode obrigar empresas privadas francesas a revelar seus segredos industriais) um problema gravíssimo coloca o Rafale numa posição desconfortável:
A alta da moeda europeia, o Euro, coloca o caça francês num altíssimo patamar de preço, ultrapassando de longe seus concorrentes.

O relatório da FAB, que já foi apontado como extremamente completo e tecnicamente irrepreensível, deverá apontar fatores favoráveis ao caça norte-americano F/A-18.

Mais barato que o Rafale; Acesso mais rápido e integração mais rápida com os sistemas AEW brasileiros; Acesso mais rápido a tecnologias e armamentos, que aumentam a capacidade da força num menos período de tempo.
A diferença de preço, poderia permitir ao Brasil a aquisição de mais meios, mais sistemas de apoio, mais armamentos ou armamentos mais sofisticados, que se poderiam traduzir em maior eficácia operacional.

Os norte-americanos também são normalmente muito mais precisos em suas afirmações sobre o que podem ceder, disponibilizar e autorizar e o que não podem.

A administração norte-americana fez já declarações que poderiam em princípio reduzir os receios brasileiros.

Além das declarações, há o precedente já estabelecido pelo Chile, que recebeu os sofisticados caças F-16C/D equipados com os mísseis ar-ar AIM-120.

Ao contrário do que era prática corrente do governo norte-americano, o Chile recebeu os mísseis em seu território. A força aérea chilena, é presentemente a mais poderosa de todo o continente sul-americano. Do outro lado da escala está a força sul-americana que mais caças de origem francesa possuiu: A força aérea e a marinha da Argentina.

A decisão porém, sendo política, estará já tomada pelo governo brasileiro. O comandante da Força Aérea, brig. Juniti Saito chegou a ameaçar com demissão, quando Lula afirmou que o vencedor seria o Rafale, mesmo sem saber o que a FAB aconselhava.
FONTE: Area Militar

Ameaça à Amazônia causa divergência na região




Os militares dos outros sete países sul-americanos da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica compartilham com os colegas brasileiros o temor em relação à cobiça estrangeira sobre a floresta, mas há divergências sobre a natureza dessa ameaça -o que se traduz em ceticismo sobre o papel de coordenação do Conselho de Defesa Sul-Americano, proposto pelo Brasil.

Embora a fonte da suposta cobiça esteja sempre nos EUA e na Europa, os militares do Peru -e obviamente os colombianos- não veem risco à soberania regional na presença americana na Colômbia, ao contrário do que ocorre com venezuelanos e equatorianos.

Enquanto os dois últimos grupos -e também os brasileiros- trabalham com a possibilidade de invasão da Amazônia por países ricos que pretenderiam tomar posse das riquezas naturais, entre colombianos, peruanos e bolivianos as ameaças mais citadas são a biopirataria e outros crimes transnacionais, como o narcotráfico.

As conclusões são parte de "Guardiães do Eldorado", estudo feita pela pesquisadora de temas militares Adriana A. Marques em pós-doutorado na FGV do Rio.

"Os colombianos interpretam a parceria com os EUA como meio de fortalecer a soberania nacional. Para eles, é a única maneira de estabelecerem controle sobre o próprio território", diz Adriana, que entrevistou oficiais estrangeiros da ativa que estudaram no Centro de Instrução de Guerra na Selva (CIGS) do Exército, em Manaus, e comparou textos sobre o tema em publicações militares dos oito países.

Ela aponta uma unanimidade no rol das desconfianças: as ONGs estrangeiras, que "manipulariam" a população nativa. O governo de Hugo Chávez expulsou grupos que atuavam em sua porção da selva; Equador, com governo de esquerda, e Peru, com governo conservador, têm entreveros com a Amazon Watch, ONG dos EUA que fica ao lado dos indígenas em disputas sobre recursos naturais.

Outro dado comum: apesar das várias disputas territoriais ainda existentes na região, nenhuma envolvendo o Brasil, os militares em geral não veem os vizinhos como ameaça.

Eles tampouco citaram Rússia, China, Índia e França, apesar de os russos terem realizado manobras com a Venezuela; militares chineses e indianos cooperarem com Guiana e Suriname (ambos com grandes populações dessas duas origens); e os franceses possuírem um território ultramarino na Amazônia e o histórico de relações com as Forças Armadas brasileiras.

Mesmo no caso de tensão entre governos, como a que envolve Colômbia, Venezuela e Equador, a posição dos militares pareceu menos confrontacionista à pesquisadora: "Quer motivados pelo ideal bolivariano de união sul-americana ou pelo sentido de autopreservação, os militares preferem a cooperação ao conflito".

Unasul apresenta ''nova doutrina''




Documento adotado em Quito proíbe a instalação de bases militares estrangeiras nos países da América do Sul

QUITO

Os 12 países-membros da União de Nações Sul-Americanas (Unasul) adotaram ontem em reunião em Quito, no Equador, uma "nova doutrina de segurança" que proíbe a instalação de bases militares estrangeiras na América do Sul, disse o chanceler equatoriano, Fander Falconí, ao final do encontro.

"Os resultados são ótimos. Temos um documento de consenso regional e marcamos uma nova visão e uma nova doutrina de segurança em termos regionais", disse Falconí.

Apenas 2 dos 12 países-membros enviaram tanto seus titulares de Defesa e quanto o de Relações Exteriores ao encontro - um deles foi o Brasil, idealizador do grupo, o outro foi o anfitrião, Equador.

O restante dos países enviou apenas um dos ministros ou funcionários de segundo escalão, temendo insucesso semelhante ao da reunião de setembro, em Bariloche. A Unasul é formada por Argentina, Bolívia, Brasil, Colômbia, Chile, Equador, Guiana, Paraguai, Peru, Suriname, Uruguai e Venezuela.

Apesar do esvaziamento, o chanceler brasileiro, Celso Amorim, saiu satisfeito com o fato de a Colômbia ter dado garantias de que os EUA não lançarão operações militares na América do Sul usando como base o território colombiano. Bogotá e Washington assinaram recentemente um acordo que prevê o uso de até sete bases colombianas por forças dos EUA.

"Houve avanços sobretudo numa questão que nos preocupava muito que era a das garantias formais" dadas pela Colômbia, disse Amorim. "Mas é claro que ainda temos de analisar", acrescentou.

A Colômbia - acuada pelos demais 11 membros do bloco - foi a primeira a esvaziar a reunião. Bogotá esperou até a noite anterior para anunciar que enviaria apenas uma "missão técnica" para "evitar insultos que ferissem sua dignidade nacional".

ATAQUES

Sua ausência, entretanto, não evitou as críticas. "É um vazio inexplicável, um erro gigantesco, um desprezo pela Unasul", atacou o chanceler venezuelano, Nicolás Maduro, sobre a ausência colombiana. "Temos de exigir que acabem com as bases militares estrangeiras em nosso território."

Há duas semanas, o presidente venezuelano, Hugo Chávez, chegou a acusar a Colômbia e os EUA de planejar um ataque à Venezuela e pediu que sua população e suas Forças Armadas se preparassem para a guerra.

Na quinta-feira, o assessor especial do Planalto para Assuntos Internacionais, Marco Aurélio Garcia, chegou a prever que os dois países chegariam pelo menos a um "armistício verbal" em Quito que desfizesse o clima de confronto. No entanto, nem isso foi possível. "Não podemos dedicar energias, recursos e pessoal a leviandades internacionais criadas por uma retórica inaceitável", disse, em Bogotá, o ministro da Defesa colombiano, Gabriel Silva.

Já o chanceler colombiano, Jaime Bermúdez, enviou, segundo Amorim, uma carta aos países-membros da Unasul, aceitando dar as garantias formais pedidas pelo bloco. A carta de Bermúdez "era o próprio texto (do acordo) no aspecto de declaração de garantias", disse o chanceler brasileiro. Ele considerou o documento de ontem "um avanço em relação ao que havia antes".

A incômoda abertura do Brasil para o Irã Um abraço de Lula



Por que o presidente do Brasil ofereceu um tapete vermelho para Mahmoud Ahmadinejad

Tradução de João Silva

Durante vários anos, a política dos EE.UU. na América Latina foi direcionada a criação de uma parceria com o Brasil. Da mesma forma que o governo Bush anteriormente, a administração de Obama vê o maior país da América Latina como uma superpotência emergente cujo dinamismo econômico e democracia relativamente estável o torna um aliado natural. Mas o potencial do Brasil tem sido freqüentemente superestimado no passado, um velho ditado diz que vai ser sempre o país do futuro. E esta semana o seu presidente popular, mas errático, Luiz Inácio Lula da Silva, está fazendo o seu melhor para provar a afirmação dos cínicos.

Na segunda-feira Lula literalmente deu um abraço de urso ao presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, que assim registrou um grande avanço em seu esforço para impulsionar sua posição instável nas relações domésticas e internacionais. Liderando um regime extremista que é rejeitado pela maioria dos iranianos - e que acabou rejeitando a um acordo sobre o seu programa nuclear ilegal - O presidente iraniano saiu ao exterior em busca de amigos. Ele encontrou alguns: Gâmbia e Senegal, na África, e a Venezuela de Hugo Chávez, junto com dois de seus satélites, Bolívia e Nicarágua.

A turnê de Ahmadinejad no mundo teria siso vista como patética e serviria para sublinhar a crescente isolamento de seu grupinho linha-dura, se não fosse a acolhida calorosa do Sr. Lula. Quando até mesmo a Rússia está discutindo publicamente novas sanções contra Teerã, o governo brasileiro assinou 13 acordos de cooperação com o regime, o que levou o Sr. Ahmadinejad, a prever que o comércio bilateral iria crescer quinze vezes.

Lula não tinha nada a dizer sobre a sangrenta repressão do movimento pró-iraniano de reforma da democracia, ou a negação de Ahmadinejad sobre o Holocausto e o direito de Israel a existir. Em vez disso, ele declarou que o Irã tem o direito ao seu programa nuclear. Ahmadinejad, por sua vez, endossou a proposta do Brasil a um assento permanente no Conselho de Segurança da ONU.

Lula mostrou ao Ocidente porque seria prudente manter essa cadeira em espera. Seus defensores dizem que ele convidou o presidente iraniano, porque ele aspira a paz no Oriente Médio. Se assim for, o presidente brasileiro simplesmente demonstrou a sua ignorância sobre a região. A facção da Guarda Revolucionária que Ahmadinejad representa, é a força mais implacável na oposição a um acordo árabe- israelense, é por isso que defende o terrorismo do Hamas e do Hezbollah. O abraço do Sr. Lula em Ahmadinejad não irá mudar seu fanatismo, mas pode torná-lo mais forte. Ele também irá assegurar que qualquer tentativa do Brasil para intervir no Médio Oriente vai ser dispensada por Israel e os principais governos árabes.

O Brasil já pode ter se tornado uma potência regional, as políticas nacionais sensíveis do Sr. Lula o tornaram mais forte. Mas se for para adquirir influência global, o Brasil terá que reformar o anacrônico terceiro-mundismo que demonstra a sua política externa. Ao abraçar párias, como Ahmadinejad ou a tentativa de se posicionar entre o Ocidente democrático e os Estados mais detestáveis e desonestos do mundo, o Brasil vai simplesmente garantir que continua ainda a ser o país do futuro.

Política externa brasileira vive semana de derrotas


Depois de atrito com EUA, Itamaraty experimentou fiascos na Cúpula Amazônica e na reunião da Unasul

Até o momento, a diplomacia brasileira em Honduras colecionou derrotas. Ao aderir à causa do presidente deposto, Manuel Zelaya, e abrigá-lo na Embaixada do Brasil em Tegucigalpa, o Itamaraty perdeu a oportunidade de liderar um processo que pusesse fim à crise política criada com o golpe que depôs o presidente em junho passado.

Na semana passada, o Brasil virou espectador de um processo erosão no apoio à ideia de que Honduras não deveria fazer eleições antes de devolver o poder a Zelaya. Como revelou o Estado na terça-feira, o Itamaraty enviou no dia 17 uma emissária a Washington para convencer a Casa Branca a apoiar uma proposta de adiamento das eleições. A proposta não teve resposta.

No mesmo dia, Marco Aurélio Garcia, assessor especial da Presidência da República, critica a política diplomática do governo Barack Obama. Na quarta-feira, o chanceler Celso Amorim foi obrigado a vir a público para atenuar as críticas que Garcia fizera à diplomacia dos Estados Unidos.

"GOLPE PREVENTIVO"

Diante da falta de apoio da Casa Branca e do crescimento do número de países-membros da Organização dos Estados Americanos (OEA) que aceitam a legitimidade das eleições como solução para a crise hondurenha, Garcia disse que o governo Obama está "equivocado" e transformou-se em uma "decepção" pela forma como está se relacionando com os países latino-americanos.

Apesar da sessão panos quentes promovida pelo chanceler Amorim, Garcia voltou à carga no dia seguinte, afirmando que a política americana para Honduras sinaliza que os EUA querem introduzir na América Latina o princípio do "golpe preventivo".

Para encerrar uma semana desastrosa, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva contabilizou ainda o fiasco da Cúpula Amazônica, em Manaus, e do encontro da Unasul, em Quito. As duas reuniões foram esvaziadas pela ausência de chefes de Estado.

Na essência, lembra o cientista político americano David Fleischer, professor da Universidade de Brasília (UnB), a política externa do governo Lula tem sido coerente com a diplomacia de todos os outros governos anteriores. De acordo com ele, a diferença agora está "no fator Chávez".

"Por causa da agressiva atuação do presidente venezuelano, o Brasil, às vezes, é levado a reboque e obrigado a entrar onde não pretendia estar", disse Fleischer. A crise de Honduras expôs também as mudanças na condução da diplomacia brasileira, que agora fala em "atenuação do princípio da não-intervenção".

Um ministro da equipe do Planalto admitiu ao Estado que a orientação do Itamaraty é mesmo neutralizar as ações de Chávez quando elas levam a "um indesejável radicalismo". No caso de Honduras, o Brasil estaria assumindo a posição de "país moderado". O problema é que Zelaya é próximo de Chávez.

PARAGUAI

O Brasil já funcionou anteriormente como fator de conciliação política em crises internas de países latino-americanos, mas sempre a partir de uma evidente neutralidade. Em abril de 1996, durante o governo Fernando Henrique Cardoso, o País ajudou a abortar um golpe de Estado contra o presidente paraguaio Juan Carlos Wasmosy.

A ação conjunta ameaçou expulsar o Paraguai do Mercosul caso o golpe fosse consumado. O gesto foi o primeiro passo para a inclusão da cláusula democrática, feita por meio do Protocolo de Ushuaia, dois anos depois.

Batimento de quilha do Navio-Patrulha “Maracanã”


Projeto do NPa de 500 toneladas


No dia 25 de novembro, no EISA – Estaleiro Ilha S/A, ocorreu a cerimônia de batimento de quilha do Navio-Patrulha (NPa) de 500 toneladas que receberá o nome de “Maracanã” e que, após sua incorporação, ficará sediado no 4º Distrito Naval, em Belém/PA.

Esse é o primeiro de uma série de quatro Navios-Patrulha de 500 toneladas contratados pela Diretoria de Engenharia Naval ao EISA. Sua entrega está prevista para ocorrer em março de 2012 e os demais navios serão entregues em sequência, um a cada seis meses.

Os navios se destinam ao patrulhamento das Águas Jurisdicionais Brasileiras (AJB), devendo executar diversas tarefas, dentre elas:

- em situação de conflito, efetuar patrulha para a vigilância e defesa do litoral, de áreas marítimas costeiras e das plataformas de exploração/explotação de petróleo no mar e contribuir para defesa de porto; e
- em situação de paz, promover a fiscalização que vise ao resguardo dos recursos do mar territorial, zona contígua e zona econômica exclusiva (ZEE), de repressão às atividades ilícitas (pesca ilegal, contrabando, narcotráfico e poluição do meio ambiente marinho), contribuir para a segurança das instalações costeiras e das plataformas marítimas contra ações de sabotagem e realizar operações de busca e salvamento na área de responsabilidade do Brasil.

A decisão pela construção em estaleiro privado nacional se coaduna com a política governamental de incentivo à construção naval e de geração de empregos, bem como da necessidade estratégica da capacitação e fortalecimento do parque industrial de tecnologia militar.

O EISA foi selecionado para a execução dessa obra por meio de Concorrência Pública pautada estritamente nos ditames da Lei nº 8.666/1993, que institui normas para licitações e contratos da Administração Pública. A construção está sendo realizada nas instalações do estaleiro, na cidade do Rio de Janeiro – RJ, e fiscalizada pela Diretoria de Engenharia Naval segundo mecanismos gerenciais e técnicos estabelecidos no Contrato de Construção, vinculados ao Edital de Licitação, baseados na boa prática da engenharia e conduzidos por uma equipe formada por profissionais com vasta experiência em construção naval militar.

Os navios em questão fazem parte de uma série de 27 navios, cujos dois primeiros se encontram em construção no estaleiro Indústria Naval do Ceará S/A – INACE, a partir de um projeto desenvolvido pela empresa francesa “Constructions Mécaniques de Normandie” – CMN, e possuem as seguintes características:

Comprimento total: 54,20 m;
Boca moldada: 8,00 m;
Calado máximo: 2,48 m;
Deslocamento carregado: 500 t;
Velocidade máxima mantida: 21 nós;
Tripulação: 35 + acomodações extras para 8; e
Armamento: 1 canhão de 40 mm e 2 metralhadoras de 20 mm.

O primeiro navio em construção no INACE — NPa “Macaé” —, deverá ser batizado e incorporado à ARMADA no próximo dia 9 de dezembro.

FONTE: MB

VANTs começam a operar no sul do país a partir de dezembro.

as guerras do Iraque e do Afeganistão, ganharam fama os aviões americanos sem piloto encarregados de vigiar territórios e bombardear alvos inimigos. O uso dos “drones”, como são conhecidos (o termo técnico correto é vant, “veículo aéreo não tripulado”, ou UAV em inglês), valeu críticas a Barack Obama pelos danos colaterais – entenda-se: baixas civis – que provoca. Essa tecnologia que parece saída de um filme de ficção científica já está entre nós. Em dezembro, começam a voar nas fronteiras do sul do país 15 aeronaves da Polícia Federal equipadas com tecnologia similar à dos drones de Obama. Os vants Heron TP, fabricados pela israelense IAI (Israel Aerospace Industries), ajudarão a combater o tráfico de drogas sem colocar em risco a vida de policiais. No começo de 2010, os vants vão sobrevoar São Paulo e Rio de Janeiro.

Com autonomia de voo de quase 40 horas, um vant pode voar a uma altura de até 13.000 metros, acima da altitude da aviação comercial. Apesar da altitude, suas câmeras especiais conseguem mostrar “um nome num crachá a 5.000 metros de altura”, diz o delegado responsável pelo projeto, Alessandro Moretti, diretor do Centro de Inteligência Policial da PF. “Ela envia as imagens em tempo real, com ótima definição e referências geográficas.” O custo? Cerca de R$ 345 milhões pela frota de 15 aparelhos.

O poder invasivo dessa tecnologia pôde ser confirmado em agosto, quando agentes da CIA, nos Estados Unidos, viram de sua base em Langley, na Virgínia, a imagem de Baitullah Mehsud, líder do Taleban no Paquistão, aplicar uma injeção de insulina. Em uma semana, a aeronave pode escanear todo o território brasileiro. Com seu sistema infravermelho, detecta túneis a até 7 metros de profundidade e identifica embarcações submersas usadas pelos traficantes para transportar drogas a profundidades de até 5 metros. A base de controle e recepção de imagens do avião é móvel, uma espécie de contêiner. O aparelho atua com um plano de voo pré-traçado, guiado por satélite e programado numa “memória” na parte dianteira do avião.


As primeiras 15 unidades custaram US$ 200 milhões. A estreia da operação será em dezembro, no sul do país.

A Polícia Federal diz que o objetivo prioritário é melhorar a vigilância na maior porta de entrada de contrabando, armas ilegais e drogas do país: a “tríplice fronteira” de Brasil, Paraguai e Argentina, na região de Foz do Iguaçu, no Paraná. Outros alvos são as divisas com Colômbia, Bolívia, Peru e Paraguai, territórios livres para o tráfico e o contrabando. A PF afirma não haver risco de violação de fronteiras com países vizinhos porque o avião permite filmar e monitorar ações humanas a 30 quilômetros de distância.

O combate aos traficantes em favelas do Rio de Janeiro e em São Paulo será uma extensão desse trabalho. A aeronave terá condições de identificar traficantes e possibilitar prisões em flagrante, além de fiscalizar a rota da droga. “Sem dúvida poderemos trabalhar em conjunto com outras forças policiais para combater o tráfico”, diz Moretti. E, mesmo que os traficantes se irritem com a fiscalização, será difícil derrubar a aeronave como fizeram com um helicóptero da Polícia Militar do Rio, em outubro. “A aeronave vai operar a 7.000 metros de altura. Apenas armamento de guerra, como um canhão antiaéreo, poderia derrubá-lo”, afirma Moretti.

Além de funcionar como um Big Brother do céu, o vant pode atirar para matar. Os Estados Unidos têm um modelo próprio, o MQ-1 Predator, usado em programas de combate ao terrorismo. Os militares americanos chamam essas operações de “3D”: “dull” (enfadonhas), “dangerous” (perigosas) e “dirty” (sujas). O Predator identifica áreas de risco potencial para os soldados no Iraque e no Afeganistão. A inteligência dos EUA se nega a fornecer dados sobre os alvos e as baixas que o Predator já tenha causado. Recentemente, um deles teve de ser abatido no ar por estar fora de controle. Pelo menos por enquanto, a Polícia Federal afirma não ter a intenção de equipar os vants com armas.

Os críticos da robotização das armas de guerra dizem que a ideia de um combate a distância e “sem custo humano” só para um dos lados é perigosa. Em entrevista à revista New Yorker, o ex-procurador da CIA Jeffrey Smith disse que o Predator “pode sugerir que assassinar pessoas é aceitável”. Como a batalha virtual não exige coragem nem heroísmo, a linha entre ação de guerra legítima e assassinato é tênue.

Fonte: Época

Venezuela irá receber 6 aviões da China em 2010

Acordo com China, Rússia e Bielorrússia visa substituir todos os equipamentos de origem norte-americana.

Venezuela irá receber em 2010 6 das 18 aeronaves de treinamento e ataque leve modelo K-8 Karakorum comprados da China, disse o comandante chefe da Força Aérea Venezuelana no último dia 27.

"Um total de 18 aeronaves K-8 serão entregues, em conjunto com radares que irão nos ajudar a garantir a segurança nacional," disse a agência ABC News o General Jorge Arevalo.

Ele disse que a China irá fazer três entregas da aeronave no próximo ano, a primeira irá consistir de seis unidades.

Os jatos biplace K-8 irão ser voados por pilotos venezuelanos na China antes de serem embarcados para a Venezuela, disse um oficial.

O acordo para os 18 jatos foi assinado pela Venezuela e China no fim de 2008. As aeronaves fazem parte do esforço venezuelano de modernizar suas forças armadas e substituir gradualmente seus equipamentos de origem americana.

Arevalo ressaltou que os aviões e radares chineses deverão incrementar a capacidade de defesa da Venezuela, acrescentando que "Nós não vamos atacar ninguém."

Forças militares Venezuelanas e Colombianas estão em alerta após o presidente venezuelano Hugo Chavez ter reclamado recentemente da presença americana nas bases militares colombianas, que ele considera ameaçadora para a Paz da região.

Rússia, China e Bielorrússia são os principais fornecedores militares da Venezuela.

Em setembro, Caracas disse que obteve um crédito de $ 2.2 Bilhões da Rússia para a compra de cerca de 100 blindados T27 e uma série de mísseis antiaéreos.

Fonte: Defence News

Lobo declara vitória em Honduras e fala de 'governo de integração'


Com 61% das mesas apuradas, opositor de Zelaya tem 55,9% dos votos.
Dia de eleição para presidente foi tranquilo.


O candidato opositor de Manuel Zelaya nas eleições presidenciais hondurenhas, Porfírio Lobo, declarou vitória nesta segunda-feira (30). Seu concorrente do Partido Liberal, Elvin Santos, já reconheceu a derrota. Após apuração de 61% das mesas, Lobo tem 55,9% dos votos.



Lobo se declarou novo presidente eleito e falou que fará um 'governo de integração e de diálogo'. O presidente interino de Honduras, Roberto Micheletti, assegurou que entregará o poder sem resistência ao vencedor. "Sem temor a ameaças, sem deixar-se levar por presságios negros, hoje Honduras decidiu seu próprio futuro para terminar de uma vez por todas a crise que tanto nos afetou e prejudicou os mais necessitados", disse Lobo a simpatizantes após declarar vitória.

Candidato do Partido Nacional, Porfirio já vinha sendo apontado como vencedor em pesquisa de boca-de-urna realizada pela Televicentro, principal TV privada do país. A informação foi repassada ao G1 por telefone pelo enviado da TV Globo a Honduras, José Roberto Burnier. Segundo a pesquisa, Lobo teria 51% dos votos, enquanto o candidato governista Elvin Santos ficaria com 34% dos votos.
Honduras vive uma crise política desde junho deste ano, quando o presidente Manuel Zelaya foi expulso do país após um golpe de Estado. Em setembro, ele retornou 'de surpresa' e se instalou na Ebaixada do Brasil, onde permanece até hoje.



Eleições

A votação em Honduras transcorreu de forma tranquila e terminou na tarde deste domingo (à noite, no Brasil). A previsão era de que as urnas fechassem às 16h do horário local, mas Tribunal Supremo Eleitoral (TSE) decidiu prorrogar o pleito por mais uma hora.

Burnier informou que o movimento de eleitores às urnas estava pequeno na primeira parte do dia, aumentando um pouco à tarde. Em um dos redutos de Zelaya, na periferia de Tegucigalpa, algumas pessoas foram aos locais de votação para dizer que não iriam votar. Mesmo no reduto de Micheletti o movimento era pequeno.

Os candidatos temem que o índice de abstenção seja alto. Isso seria um problema grave, já que grande parte da comunidade internacional declarou que não vai aceitar o resultado do pleito.
Segundo o deputado brasileiro Raul Jungmann, que é um dos 300 observadores internacionais a acompanhar a eleição hondurenha, tanto Porfírio Lobo quanto Elvin Santos – o candidato governista – já declararam que, caso eleitos, irão procurar o presidente Lula para que o Brasil reconheça as eleições.Segundo a Constituição de Honduras, o voto é obrigatório, mas não há nenhuma penalidade para quem não vai até as urnas. O índice de abstenção no país costuma ser alto. Em 2005, quando Zelaya chegou à presidência, 45% dos eleitores deixaram de votar.

sábado, 28 de novembro de 2009

Colômbia estranha silêncio de países amigos perante ameaças da Venezuela

Bogotá, 23 nov (EFE).- A Comissão Assessora de Relações Exteriores da Colômbia manifestou hoje sua estranheza pelo silêncio dos "países amigos" frente às ameaças de agressão militar da Venezuela, informaram fontes oficiais.

"Em relação com nossos problemas com a irmã República Bolivariana da Venezuela, a Comissão quer expressar sua estranheza porque muitos países amigos guardaram silêncio perante as ameaças de agressão militar por parte da Venezuela", assinalou o porta-voz da Comissão, o ex-presidente colombiano César Gaviria Trujillo (Liberal, 1990-1994).

Gaviria, que também foi secretário-geral da OEA, acrescentou que a Comissão também estranha "o silêncio perante o bloqueio econômico que a Venezuela está praticando com a Colômbia" porque viola os acordos comerciais regionais e da Organização Mundial do Comércio.

Historicamente, Caracas e Bogotá tiveram diferenças, mas jamais as relações diplomáticas tinham chegado a ser tão tensas, sobretudo após a assinatura de um acordo de cooperação militar entre Colômbia e Estados Unidos, que permite a este último utilizar sete bases colombianas para teoricamente lutar contra o narcotráfico e o terrorismo.

Segundo o presidente venezuelano, Hugo Chávez, essa iniciativa é desestabilizadora para a região e exortou ao Exército venezuelano e à população que se preparem para a guerra.

Ao tenso clima também se somaram situações como o assassinato na Venezuela de nove colombianos nos últimos meses, assim como a destruição por parte da guarda venezuelana de duas pontes artesanais alegando que eram utilizadas por narcotraficantes.

Uribe, que não respondeu aos insultos de Chávez, qualificou de "grave a destruição das duas passagens" e deu instruções para transmitir uma queixa formal na ONU e na OEA.

Por outra parte, a Comissão Assessora se mostrou satisfeita pelos avanços conseguidos para restabelecer as relações diplomáticas com o Equador, quebradas desde março de 2008, após um bombardeio de militares colombianos a um acampamento das Farc no país.

Neste sentido, ressaltou a nomeação dos encarregados de negócios pelos dois países como um gesto positivo para restabelecer a normalidade entre ambos países.

A Comissão Assessora, formada, entre outros, por ex-presidentes e ex-chanceleres, avaliou o relatório apresentado pela Missão de Política Externa que entregou como recomendação primordial a abertura da Colômbia em direção à região da Ásia Pacífico.

Brasil quer autosuficiência na produção de urânio até 2014

A mina de Caetité, no interior da Bahia, quebrou o recorde de extração de urânio em setembro. Foram 51 toneladas produzidas, cinco a mais que a antiga marca atingida em maio último. A expectativa é a de que até dezembro a produção anual também seja superada. Faltam cerca 46 toneladas para chegar à marca de 400 toneladas extraídas em 2008.

Segundo o presidente do Conselho Nacional de Energia Nuclear (Cnen/MCT), Odair Gonçalves, o Programa Nuclear Brasileiro (PNB) avança em um ótimo ritmo. “Estamos investindo muito na exploração do urânio e também em tecnologias para que o Brasil se torne auto-suficiente em produção e enriquecimento até 2014”.

Hoje, duas etapas do ciclo do combustível nuclear ainda não são feitas em território nacional. O minério extraído é enviado ao Canadá, onde é convertido para o estado gasoso, depois segue para a Europa para ser enriquecido e retornar ao Brasil. (Entenda o processo de fabricação do combustível nuclear *) Apesar de ser desenvolvido por mão-de-obra estrangeira, o Brasil detém a tecnologia para o ciclo do combustível nuclear, mas faltam equipamentos para atender a demanda industrial. “É um processo que sabemos e podemos executar, mas ainda não é rentável ao País”, explica Gonçalves.

A Fábrica de Combustível Nuclear (FCN), em Resende (RJ), conta com dois conjuntos de centrífugas, conhecidos como cascatas, para enriquecer o urânio. A terceira cascata deve entrar em funcionamento em final de janeiro de 2010. Todas as cascatas de enriquecimento foram construídas pela Marinha do Brasil. *Os minérios que contêm o urânio são extraídos em Caetité, sudoeste da Bahia. Depois de passar por um processo de purificação, o urânio é separado do minério e concentrado sob a forma de um sal amarelo, conhecido como yellowcake. Depois desta primeira fase, duas etapas são realizadas fora do Brasil.

A primeira é no Canadá, o yellowcake é dissolvido e mais uma vez purificado, obtendo-se o urânio nuclear puro que será convertido para o estado gasoso (hexafluoreto de urânio). A segunda fase é feita em países da Europa, o urânio em gás é enriquecido e enviado em containeres à FCN. Já em solo nacional, o urânio enriquecido é reconvertido para a forma sólida e depois transformado em pequenas pastilhas. Com pouco menos de um centímetro de comprimento e de diâmetro, as pastilhas são colocadas em um conjunto de 235 tubos metálicos (varetas), formando o elemento combustível. Para ter idéia da capacidade desse combustível, duas pastilhas geram energia para manter funcionando por um mês uma residência média onde moram quatro pessoas.

O conjunto de varetas gera energia para 42 mil residências do mesmo porte. As varetas são enviadas às usinas Angra 1 e 2, em Angra dos Reis (RJ), que funcionam como centrais termoelétricas. O elemento combustível é aquecido, o calor liberado pelas pastilhas ferve a água de uma caldeira transformando-a em vapor que movimenta uma turbina. O movimento das hélices dá partida a um gerador que produz a eletricidade. Reservas de Urânio A extração anual de urânio ainda não alcança escala industrial. O volume produzido na mina de Caetité é suficiente para atender a demanda de Angra 1 e 2. O Programa Nuclear Brasileiro propõe que até 2030 de quatro a oito usinas nucleares, além de Angra 1, 2, e 3, sejam construídas.

Segundo o gerente da Indústrias Nucleares do Brasil (INB) no nordeste, Hilton Mantovanni, a mina de Caetité, a única que extrai urânio na América Latina, tem capacidade para ser explorada por pelo menos 30 anos. Para atender a demanda das novas usinas do PNB, Caetité poderá extrair 1,2 mil toneladas de urânio a partir de 2017. “A mina tem um potencial muito grande. A cada dia encontramos novas anomalias que podem ser exploradas”, diz. Mesmo com a garantia de mais três décadas de produção, outra mina está em preparação em Santa Quitéria , no Ceará. Como se trata de uma jazida com predominância de fosfato, mineral que não faz parte do monopólio da União, a INB fez uma parceria com a empresa Galvani.

Ela será responsável por explorar o local. A empresa fica com o fosfato e repassa o urânio a INB. A expectativa é a de que a extração comece em janeiro de 2012. Nos primeiros anos, a produção anual da nova jazida vai girar em torno de 1,1 toneladas. Em 2017, esse número deve subir para 1,6 mil toneladas por ano. Com isso, a produção nacional de urânio pode aumentar 600% em oito anos. Novas usinas do PNB As novas usinas nucleares ainda não têm local definido para serem construídas, exceto Angra 3, que ficará no Rio de Janeiro.


O presidente do Cnen adianta que pelo menos uma usina será construída no Nordeste. “É preciso ter uma alternativa energética na região. Quando houve o apagão elétrico o Sudeste foi muito beneficiado. Angra 1 e 2 foram acionadas e ajudaram a suprir a demanda.”, explica Gonçalves. Juntas, Angra 1 e 2 geram cerca de dois mil megawatts de energia elétrica, quase metade do consumo do estado de Rio de Janeiro. “É muito melhor para o meio ambiente e mais barato usar a energia nuclear do que gás ou carvão. Em 2008, por exemplo, a segunda energia mais fornecida no Brasil foi a nuclear”, lembrou.

O presidente da Indústrias Nucleares do Brasil (INB), Alfredo Trajan Filho, estima que Angra 3 entre em operação em 2015. “A partir de 2019 a primeira usina do Programa Nuclear Brasileiro deve ser ativada, em 2022 a segunda, três anos depois a terceira usina e em 2027 a quarta usina. Se houver necessidade este período pode diminuir”, analisa Trajan. Segundo ele, o Brasil tem capacidade para atender toda a demanda de urânio do PNB, inclusive com sobra. O excedente pode ser exportado, mas a decisão política, a princípio, é não vender as reservas. Rejeito nuclear Com o aumento da produção e enriquecimento de urânio pelo PNB o volume de rejeito nuclear também deve aumentar.

O Brasil projeta um grande depósito para armazenar esse lixo nuclear. “Estima-se que o repositório definitivo construído pela Cnen armazene 60 mil m³ de rejeitos até 2060, uma quantidade muito pequena para um prazo muito grande”, diz o diretor do Centro Regional de Ciências Nucleares (CRCN/MCT), em Recife (PE), Ricardo Lima. O depósito definitivo está na fase de definição de conceitos e deve começar a receber os materiais nucleares até 2016. O local onde será construído ainda não foi definido. Segundo Lima, a escolha será técnica. “Muitos municípios já se ofereceram para receber o depósito, isso porque será pago royalts à cidade que receber a instalação. Mas, a escolha será técnica. Temos que avaliar as condições de cada município”, explica. Enquanto o depósito não entra em operação, o lixo nuclear produzido por Angra 1 e 2 é estocado em depósitos da Central Nuclear de Angra dos Reis.


“Todo rejeito nuclear produzido no Brasil tem “DNA, endereço e telefone”. Sabemos onde estão estocados e quanto tempo deve permanecer lá. É tudo muito seguro”, garante Lima. Existem três tipos de lixo nuclear. O lixo de baixa atividade é gerado na mineração e na fabricação do combustível – inclui papéis, panos, ferramentas, roupas, filtros e outros objetos que contêm pequenas quantidades de radioatividade. O lixo de média atividade inclui resinas, revestimento de metal do reator e outros materiais que contêm irradiação que levam um período um pouco maior para se descontaminar. Esses dois tipos representam 95% do rejeito nuclear que depois de um determinado período pode ser reaproveitado. O lixo nuclear de alta atividade produzido no Brasil é o elemento combustível usado. Ele contém cerca de 1/3 do urânio que sofreu a fissão nas usinas.


O rejeito nuclear de alta atividade também pode ser reaproveitado, mas ainda não é rentável. “Para reaproveitar este material é preciso ter demanda para isso. Hoje, produzimos este tipo de lixo nuclear em baixa escala por isso nem pensamos em reprocessar. Quando as outras usinas estiverem prontas vamos pensar nisso. Mas a decisão será do governo Federal”, diz o presidente da INB, Trajan Filho. Proteção ambiental Em Caetité, diversos programas ambientais e sociais estão em andamento para diminuir os impactos da extração. Há uma série de ações como a manutenção de um horto florestal com viveiro de mudas nativas e medicinais e reflorestamento. Uma área de 800 hectares está em fase de recomposição – a previsão é a de que sejam plantadas cinco milhões de mudas nativas da região. Além disso, os alunos de escolas da região participam de programas de educação ambiental, apoio a reciclagem e aproveitamento de materiais alternativos.

Resolução da AIEA condena Irã por programa nuclear; Brasil se abstém

A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) aprovou nesta sexta-feira (27) em Viena, por ampla maioria, uma resolução condenatória ao Irã, informaram diplomatas em Viena. Essa é a primeira vez desde 2006 que a junta de governadores da AIEA condena o Irã por seu programa nuclear e a sua falta de cooperação com os investigadores internacionais.

Dos 35 países membros da agência nuclear da ONU, 25 votaram a favor da resolução, três (Cuba, Venezuela e Malásia) contra e seis, entre eles o Brasil, se abstiveram. O representante do Azerbaijão não compareceu à votação.

Mas não ficou claro se a medida, patrocinada por seis potências mundiais, poderia se traduzir em apoio da Rússia e da China para sanções que os líderes ocidentais possam aplicar ao Irã caso o país não comece a dispersar as suspeitas sobre sua ambição nuclear.

O documento aprovado foi apresentado pelas seis potências que negociam a questão nuclear com o Irã (os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU, Estados Unidos, Reino Unido, França, Rússia e China, além da Alemanha).

O texto intima a República Islâmica a "suspender imediatamente" a construção da nova central de enriquecimento de urânio em uma montanha perto da cidade sagrada de Qom, que teve a existência ocultada até setembro. A resolução expressa a "séria preocupação" de que Teerã siga "desafiando as exigências "da comunidade internacional".

Também exige que Teerã informe os objetivos da central e o calendário de realização, além de confirmar que não adotou nenhuma decisão sobre a construção ou autorização de qualquer instalação que não tenha sido informada à AIEA.

O texto, elaborado pela Alemanha em coordenação com as cinco potências do Conselho de Segurança, vinha sendo redigido enquanto a AIEA esperava uma resposta iraniana para sua proposta de transferir a maior parte do urânio enriquecido no Irã ao exterior.

No marco desta medida de criação de confiança, França e Rússia se comprometeram a transformar esse material em combustível nuclear para um reator científico em Teerã.

Por outro lado, a resolução de hoje critica a construção sem aviso prévio de uma nova fábrica de enriquecimento de urânio na cidade de Qom, a sudoeste de Teerã.

O fato de que o Irã não tenha informado a tempo à AIEA da existência dessa instalação "não contribui para a criação de confiança", diz o documento.

A fábrica de Qom "reduz o nível de confiança sobre a ausência de outras instalações" e cria dúvidas sobre se "existem outras instalações nucleares no Irã que não foram declaradas", adverte a resolução.

O Irã reconheceu em setembro passado que está construindo em Qom uma segunda usina de enriquecimento de urânio, muito menor que o centro de Natanz, o que causou inquietação na comunidade internacional.

O mal-estar aconteceu porque muitos especialistas consideram que o tamanho da instalação, que entrará em funcionamento em 2011, não é compatível com um programa nuclear civil.

Estados Unidos e União Europeia suspeitam que o Irã esteja trabalhando em um programa nuclear militar clandestino, algo que o país nega, alegando necessidades médicas e energéticas para seu programa atômico.

A resolução será transmitida ao Conselho de Segurança da ONU.

Repercussões

Após o anúncio, o Irã afirmou que irá reduzir o nível de sua cooperação com a AIEA como reação à resolução adotada. O embaixador do Irã na AIEA, Ali Asghar Soltanieh, disse que seu país irá eliminar qualquer cooperação voluntária com os inspetores da ONU. "Vamos tentar nos restringir aos limites do acordo de salvaguarda (controles)", disse o diplomata.

Soltanieh também afirmou que o Irã estuda "outras opções" para enriquecer o seu urânio. O diplomata iraniano disse que a resolução "não irá deter" o programa nuclear do Irã e que seu governo "não aplicará" o conteúdo do documento, pois se trata de uma "resolução política".

"Este é um sinal de que a paciência está acabando. Nós não podemos continuar o diálogo por amor ao diálogo", disse o enviado dos EUA à AIEA, Glyn Davies. "Não podemos ter rodadas e rodadas de negociações infrutíferas, negociações circulares que não nos levam onde queremos chegar", acrescentou.

Davies disse que é "imperativo para o Irã cumprir suas obrigações internacionais e oferecer transparência em seu programa nuclerar, do que apresentar mais evasivas e reinterpretações unilaterais de suas obrigações".

No Reino Unido, o ministro de Relações Exteriores, David Miliband, afirmou em uma nota divulgada à imprensa que "a resolução aprovada hoje pela junta de governadores da AIEA envia um sinal mais forte possível ao Irã de que suas ações e intenções seguem sendo um assunto de grave preocupação internacional".
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