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Salmo 127

1 Se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam; se o Senhor não guardar a cidade, em vão vigia a sentinela.

2 Inútil vos será levantar de madrugada, repousar tarde, comer o pão de dores, pois ele supre aos seus amados enquanto dormem.

3 Eis que os filhos são herança da parte do Senhor, e o fruto do ventre o seu galardão.

4 Como flechas na mão dum homem valente, assim os filhos da mocidade.

5 Bem-aventurado o homem que enche deles a sua aljava; não serão confundidos, quando falarem com os seus inimigos à porta.

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quarta-feira, 31 de março de 2010

Grupo rebelde da Tchetchênia assume autoria de atentados ao metrô de Moscou




O rebelde separatista da Tchetchênia Doku Umarov, que lidera o grupo islâmico Emirado do Cáucaso, reivindicou a autoria dos ataques suicidas de duas mulheres-bomba que deixaram ao menos 39 mortos no metrô de Moscou na segunda-feira (29). A informação foi divulgada em um vídeo postado em um site não-oficial, no qual ele aparece dizendo que ordenou pessoalmente as ações e que novos ataques ainda vão acontecer.

“Ambas as operações foram realizadas sob minhas ordens e não serão as últimas”, diz Umarov no vídeo de cerca de quatro minutos e meio (assista abaixo), referindo-se às bombas nas estações Park Kultury e Lubyanka do metrô de Moscou. Umarov já havia prometido, no mês passado, espalhar a insurgência caucasiana nas cidades russas.Inicialmente, o grupo islâmico separatista da Tchetchênia negou ter relações com os atentados de segunda-feira. "Nós não atacamos o metrô em Moscou e não sabemos quem está por trás do ataque", chegou a dizer Shemsettin Batukaev, porta-voz da organização Emirado Cáucaso, à agência de notícias Reuters. O porta-voz afirmou que o grupo planejava ataques a alvos econômicos na Rússia, mas não contra civis.

Atentado no Daguestão

Umarov não assumiu, entretanto, a autoria dos novos atentados desta quarta-feira (31), onde 12 pessoas morreram e outras 23 ficaram feridas na cidade de Kizlyar, no Daguestão, parte do norte do Cáucaso, sul na Rússia.

A primeira explosão da manhã de hoje foi de um carro-bomba. Fontes dizem que um homem detonou um veículo preto depois que um agente de trânsito tentou parar o veículo. Já o Comitê Federal de Investigação da Rússia diz que o carro estava estacionado quando a explosão ocorreu --o que indica que poderia ter sido acionado a distância.

Logo em seguida, um terrorista vestido com uniforme de policial entrou em uma multidão de policiais e curiosos que observavam a cena e detonou os explosivos que carregava consigo --uma tática considerada comum entre os insurgentes do Cáucaso Norte.

As imagens de televisão mostram dois carros destruídos e uma cratera profunda em uma rua repleta de árvores, perto de uma escola --que teve os vidros destruídos e parte do telhado arrancado pelas explosões. A imprensa russa relata que não havia crianças no local.Um porta-voz da polícia de Kizlyar disse que o chefe de polícia local, Vitaly Vedernikov, está entre as vítimas dos ataques. Outros nove policiais também estão entre as vítimas do atentado, segundo a agência de notícias Associated Press.

O ministro de Interior, Rashid Nurgaliev, ordenou o reforço das medidas de segurança nas principais infraestruturas e nos lugares mais movimentados do Daguestão.

Em janeiro, outros seis policiais morreram e 14 ficaram feridos em um atentado suicida em Mahatchkala, capital do Daguestão, um dos principais alvos da guerrilha islâmica no norte do Cáucaso.

Ligação entre as ações

O primeiro-ministro russo, Vladimir Putin, afirmou hoje que não descarta que os atentados que deixaram 51 mortos nesta semana em Moscou e no Daguestão (Cáucaso) possam ser obra do mesmo grupo.

O presidente do país, Dmitri Medvedev, concordou com Putin, dizendo que os atentados são "elos de uma mesma corrente". E acrescentou: "O objetivo dos terroristas é desestabilizar o país, destruir a sociedade civil, semear o pânico na população. Não permitiremos que isso ocorra", afirmou Medvedev, citado pela agência RIA-Novosti.

O primeiro-ministro da Rússia, Vladimir Putin, disse na terça-feira que capturar os responsáveis pelos atentados no metrô de Moscou é uma "questão de honra para as agências de segurança do país".

"Tenho certeza que conseguiremos - e os arrastaremos do fundo dos esgotos e os traremos para a luz do dia.(...) Ao mesmo tempo, tendo em mente os recentes atos terroristas não apenas na Rússia, mas também em outros países, devemos melhorar o sistema de segurança e também o sistema de prevenção", disse ele.

FONTE: Folha Online, AFP e EFE

Brasil preside conferência de doadores para o Haiti





O Brasil preside a Conferência dos Doadores por um Novo Futuro do Haiti que começa nesta quarta-feira na sede da ONU, em Nova York, com o objetivo de levantar US$ 3,8 bilhões para a reconstrução do país. A reunião foi convocada pela ONU e pelos Estados Unidos, ao lado de Canadá, França, Espanha e representantes da União Europeia.

O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, e o subsecretário geral para América do Sul, embaixador Antônio Simões, chegaram terça-feira a Nova York para participar da conferência e de reuniões bilaterais com os chanceleres de Japão e Canadá, com a diretora geral da Unesco, Irina Bokova, e a administradora do PNUD (Programa da ONU para o Desenvolvimento), Helen Clark, entre outros.

Na parte da manhã, além de depoimentos dos setores públicos, privados, não-governamentais e multilaterais, o primeiro-ministro haitiano, Jean-Max Bellerive, vai apresentar o Plano de Ação para a Recuperação e Desenvolvimento do Haiti. A partir desse documento, na parte da tarde, a comunidade internacional, inclusive o Brasil, vai anunciar com quanto deve contribuir.

A conferência marca a segunda fase da operação de auxílio ao país devastado por um terremoto que deixou mais de 200 mil mortos em 12 de janeiro. A primeira fase, de assistência emergencial, conseguiu arrecadar US$ 1,2 bilhão e, desse valor, boa parte já foi aportada.

Passo certo

A ONU e os Estados Unidos esperam que os doadores ofereçam recursos significativos, disse a correspondente da BBC na ONU, Barbara Plett.

O coordenador de ajuda humanitária da ONU, John Holmes, disse que é crucial acertar neste primeiro passo para a reconstrução do Haiti.

"Deve haver um plano claro de ação e uma visão clara de como o Haiti vai ser reconstruído, e que seja endossado pela comunidade internacional", afirmou.

"A promessa desses fundos para o futuro imediato é muito importante como sinal da disposição da comunidade internacional em realmente oferecê-los."

Todo mundo está ciente de que bilhões de dólares em ajuda não resolveram os problemas do Haiti no passado, disse Plett. Para que isso surta um efeito, há uma intenção de se fortalecer as instituições fracas e corruptas do governo.

Missão da ONU

Criada em 2004 pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas, a MINUSTAH contava com a participação de 47 países, dos quais o Brasil era o maior contribuinte de tropas (com 1.266 efetivos militares). Quinze dias após o terremoto, os Estados Unidos enviaram cerca de 10 mil militares – um número que surpreendeu as tropas brasileiras. Na época, Amorim negou que houvesse algum tipo de "disputa" entre Brasil e Estados Unidos quanto à liderança na recuperação haitiana. O Congresso Nacional aprovou então o envio de 900 novos efetivos militares e outros 400 de reserva.

No dia 11 de março, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, anunciou que o general brasileiro Luiz Guilherme Paul Cruz substituiria o general, também brasileiro, Floriano Peixoto, no comando da MINUSTAH.

O Brasil garantiu, por meio da Medida Provisória 480/2010, R$ 340 milhões em recursos suplementares e já transportou mais de mil toneladas de alimentos, água e remédios ao Haiti. Além disso, doou US$ 17 milhões a organizações internacionais presentes no Haiti como PNUD, FAO e UNESCO, entre outras.

Brasil doa US$ 172 milhões para a reconstrução do Haiti







O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, anunciou nesta quarta-feira na Conferência dos Doadores por um Novo Futuro do Haiti, em Nova York, que o Brasil vai doar US$ 172 milhões para a recuperação a longo prazo e reconstrução do país caribenho, atingido por um terremoto em janeiro.

O montante inclui US$ 9,45 milhões para projetos de saúde, US$ 40 milhões pelo programa Brasil-Unasul e uma bolsa de US$ 15 milhões em auxílio direto ao governo haitiano.

“Isso é consistente com nossa visão de que o governo do Haiti deve ser o líder do processo de reconstrução”, disse o chanceler na reunião, na sede da ONU.

Amorim lembrou que desde o terremoto de 12 de janeiro, que devastou o Haiti e deixou cerca de 200 mil mortos, o Brasil investiu US$ 167 milhões em assistência emergencial no país.

Além disso, a força aérea brasileira operou mais de 130 voos entre os dois países para levar mais de mil toneladas em alimentos, água e remédios.

Estados Unidos e Europa

Por sua vez, a secretária do Estado americana, Hillary Clinton, anunciou que os Estados Unidos irão doar US$ 1,15 bilhão para projetos de agricultura, energia, saúde, segurança e projetos envolvendo mulheres haitianas.

“Investir em mulheres é o melhor investimento em qualquer país, e temos que garantir a segurança das mulheres haitianas“, disse ela.

A União Europeia anunciou a doação de US$ 1,6 bilhão, a França, de US$ 180 milhões e a Espanha, de US$ 346 milhões.

O ex-presidente dos Estados Unidos Bill Clinton - enviado especial da ONU para o Haiti e responsável por supervisionar a aplicação do dinheiro - se comprometeu a “perturbar” os países a cumprir suas promessas - lembrando que antes do terremoto, apenas 30% do dinheiro prometido ao Haiti chegou ao país.

Conferência

A Conferência foi convocada com o objetivo de levantar US$ 3,8 bilhões para a reconstrução do Haiti.

Na manhã de quarta-feira, o primeiro-ministro haitiano, Jean-Max Bellerive, apresentou o Plano de Ação para a Recuperação e Desenvolvimento do Haiti. As contribuições foram anunciadas a partir deste documento.

"Deve haver um plano claro de ação e uma visão clara de como o Haiti vai ser reconstruído, e isso deve ser endossado pela comunidade internacional", afirmou o coordenador de ajuda humanitária da ONU, John Holmes.

"A promessa desses fundos para o futuro imediato é muito importante como sinal da disposição da comunidade internacional em realmente oferecê-los."

A reunião marca a segunda fase da operação de auxílio ao Haiti desde o terremoto.

Segundo uma porta-voz da ONU, as Nações Unidas não receberam nem metade dos US$ 1,4 bilhão pedidos à comunidade internacional em fevereiro para ajudar o país caribenho.

Clique Leia mais na BBC Brasil: ONU recebeu menos da metade dos recursos de ajuda ao Haiti

Militares angolanos conhecem o CIGS







No dia 23 de março, o Centro de Instrução de Guerra na Selva (CIGS) recebeu a visita da Delegação do Exército Angolano. Na ocasião, a comitiva, chefiada pelo General Nguto, assistiu a uma palestra do Comandante e participou de uma exposição com degustação de alimentos de origem vegetal típicos da região amazônica.



Subordinado ao Comando Militar da Amazônia, o Centro de Instrução de Guerra na Selva é um estabelecimento de ensino militar bélico que tem como missão especializar militares no combate na selva, realizando pesquisas e experimentação doutrinárias, para a defesa e proteção da Amazônia. A especialização de militares se dá por meio do Curso de Operações na Selva (COS), considerado como referência nacional e internacional na difusão da doutrina de operações na selva. Como pré-requisito para a matrícula, o militar voluntário é submetido a rigorosos testes físicos, intelectuais e psicotécnicos. Ao completar 50 anos, o Centro de Instrução de Guerra na Selva (CIGS) se orgulha de já ter formado um grande número de militares da Marinha, do Exército, da Força Aérea, da Polícia e dos Bombeiros Militares. Também passaram pelo COS militares estrangeiros de 28 nações amigas, tipo de cooperação que permite maior integração e intercâmbio de conhecimento, além de fortalecer os laços de amizade do Brasil com outros países. Atualmente, o CIGS está estruturado em Divisões de Ensino, de Doutrina e Pesquisa, de Alunos, Administrativa, de Saúde, de Veterinária, na Companhia de Comando e Serviço, e no Campo de Instrução. Para cumprir sua missão, o Centro dispõe de um campo de instrução com cerca de 1150 km² de área inteiramente preservada, onde coexistem em perfeita harmonia as instruções de selva juntamente com a fauna e a flora amazônica. O CIGS administra em Manaus um zoológico, que é o segundo ponto turístico mais visitado da cidade e que recebe em média 120 mil visitantes por ano. Conta com um acervo de 190 animais, muitos dos quais ameaçados de extinção no restante do Brasil, segundo o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Renováveis (IBAMA). Neste zoológico, são realizados estudos sobre a fauna e a flora da região, em apoio a órgãos de pesquisa, contribuindo para a preservação e a conservação das espécies, dentro de um plano de gestão ambiental. A primeira turma de Guerreiros de Selva foi formada em 1966, sob o comando do Coronel Jorge Teixeira, o “TEIXEIRÃO”, como era carinhosamente chamado pelos amazonenses. Sob sua orientação, “Os Pioneiros” superaram todas as dificuldades inerentes à época e deram ao Centro as melhores condições para o início de suas atividades, que, fruto do amor ao Exército, à Amazônia e ao Brasil, fizeram com que o CIGS fosse paulatinamente obtendo projeção no cenário nacional e internacional, tornando-se, hoje, a melhor escola de guerra na selva do mundo. Atualmente, alinhado com a Estratégia Nacional de Defesa e seguindo as diretrizes e orientações do Comandante do Exército e do Comandante Militar da Amazônia para a transformação da Força Terrestre, os integrantes do CIGS trabalham diuturnamente para atingir níveis operacionais cada vez mais elevados. Histórico O CIGS foi criado pelo Decreto Presidencial Nº 53.649, de 2 de março de 1964. A partir daquela data, tiveram início os trabalhos para a instalação desse estabelecimento de ensino na distante e inóspita cidade de Manaus, considerada por muitos militares como “local de castigo”. Nessa empreitada, destacou-se o Major de Artilharia Jorge Teixeira de Oliveira, estagiário de Estado-Maior no Quartel-General (QG) do Núcleo de Divisão Aeroterrestre, que se voluntariou para liderar os pioneiros daquele que se tornaria, em pouco tempo, um centro de referência em operações na selva em todo o mundo. Em 19 de setembro de 1966, o CIGS foi instalado, provisoriamente, no QG do Grupamento de Elementos de Fronteira (GEF), seu Grande Comando enquadrante, onde funciona hoje o Colégio Militar de Manaus. No dia 5 de outubro de 1966, foram inauguradas as instalações do Centro no antigo QG do GEF, na ilha de São Vicente, atualmente ocupada pelo 9º Distrito Naval. Somente em outubro de 1967, o CIGS mudou-se para o seu atual aquartelamento, localizado no bairro São Jorge, na zona oeste da capital amazonense. Segundo as palavras do pioneiro Coronel R/1 Francisco JANDER de Oliveira, quando da criação da Confraria das Velhas Onças de Fortaleza em 1997: “A criação do CIGS preencheu uma lacuna existente no Exército, pois 2/3 do território brasileiro coberto de vegetação tropical e fronteiriço a países da América do Sul, não possuíam uma Unidade de selva. Era um contrassenso a existência de unidades convencionais em terreno selvático e sem nenhuma capacidade de atuação.”


Memórias de um General Amazônida 

O precioso manto verde onde está a sede administrativa do CIGS, hoje localizado no coração da urbanizada capital amazonense, nos anos 1960, era um varadouro, segundo o General Thaumaturgo Sotero Vaz. “Isso aqui era só floresta. Uma pequena picada de terra”, recorda o general de 82 anos de idade. Considerado a história viva do CIGS, o General Thaumaturgo nasceu em 1932 e cedo ingressou na vida militar no Rio de Janeiro, para onde a família havia se transferido. Em suas memórias, passam capítulos da história do Exército Brasileiro na região norte. “Sou amazonense e meu pai foi tenente. Nasci de um susto que minha mãe teve quando meu pai anunciou que iria para a guerra em Tabatinga (extremo norte do País). Com sete meses me lancei na Amazônia”, conta bem humorado. Com relação à criação do CIGS, o general recorda os seguintes fatos: “em 1956, estava na Brigada Paraquedista, quando fui matriculado no Curso de Operações Especiais. O curso nasceu de uma necessidade do Exército Brasileiro. Na época, um Constellation havia caído no Brasil central e não tínhamos como resgatá-lo. A Brigada foi induzida a realizar esse trabalho. A par disso, um oficial general da época resolveu criar o Curso de Busca e Salvamento, mas sequer havia um quartel no Rio de Janeiro para a Brigada”. “Ainda nessa época, outro general visitou os EUA e lá conheceu as Forças Especiais. Na volta para o Brasil, transformou o Curso de Busca e Salvamento em Forças Especiais. Quinze militares entraram no Curso e assim começa a selva”. “Apesar da boa intenção, os primeiros estágios em Ribeirão das Lages (RJ) careciam de um componente fundamental, relembra com humor o General Thaumaturgo. Lá havia uma ‘matinha’ e de fato não era uma selva. Foi em uma missão com os irmãos Villas-Boas, no Xingu, que tivemos o primeiro contato com a selva de verdade. Com esse avanço, logo os norte-americanos enviaram um militar para acompanhar nosso Curso de Operações Especiais e assim nasce o intercâmbio. “Em 1964, o CIGS já estava no papel. Passei quatro semanas trabalhando nesse projeto e foi me dada a missão de selecionar oficiais para fazer o curso no Panamá. É nesse período que surge o nome Jorge Teixeira, que, naquela época, era major e foi fazer o curso. Dos mil pontos fez 970, ou seja, foi um aluno excelente”, diz com orgulho. “Com uma pequena equipe formada, era hora de tirar do papel o CIGS. Coube ao Coronel Jorge Teixeira a difícil missão, que desempenhou com maestria”. “Quando retornei, em janeiro de 1968, nesse período, Manaus ainda acordava de uma hibernação econômica de quase meio século. O aeroporto de Manaus, em Ponta Pelada, era um barracão de madeira. Hoje, quando vejo o CIGS, em forma, fico até assustado. Naquela época, éramos cinco instrutores com determinação e coragem”. Questionado sobre o papel desempenhado pelo Coronel Jorge Teixeira, Thaumaturgo não esconde a admiração e diz – “O Teixeira foi brilhante; com ele, o Exército reconheceu que tinha de existir uma doutrina para a selva”.

Fonte: DEFESANET

Colômbia agradece ao Brasil por resgate de refém das Farc




O presidente colombiano, Alvaro Uribe, comemorou nesta terça-feira a libertação do sargento do Exército Pablo Moncayo, refém da guerrilha Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc). O presidente agradeceu ao Brasil por seu papel de facilitador no resgate.

“Damos as boas-vindas ao sargento Moncayo. Nos alegramos por sua família. A Colômbia recebe de braços abertos aqueles que retornam do cativeiro e rejeita fortemente os sequestradores”, afirmou Uribe em um evento acadêmico na cidade de Cúcuta, fronteira com a Venezuela.

“Nossa gratidão ao governo do Brasil, ao Comitê da Cruz Vermelha Internacional, nossa gratidão à Igreja Católica, nossa gratidão ao Alto Comissariado (para os Direitos Humanos na Colômbia, da ONU), pela tarefa cumprida”, enfatizou o presidente.

Uribe não mencionou a ONG Colombianos e Colombianas pela Paz, liderada pela senadora de oposição Piedad Córdoba, que participou da libertação de Moncayo, 31 anos, sequestrado em 21 de dezembro de 1997 e que era um dos reféns mais antigos da Colômbia.

FONTE/FOTO: AFP/EFE

Componentes do KC-390 podem ser produzidos em Portugal





A OGMA – Indústria Aeronáutica de Portugal está a negociar o fabrico de componentes para o novo avião militar da Embraer, apurou o Diário Económico. O processo, que está a ser intermediado directamente pelo Ministério da Defesa e a quem cabe a decisão final, ainda se encontra numa fase embrionária, mas o Governo português e a fabricante brasileira têm trabalhado no sentido de integrar Portugal no programa do CK-390, que poderá substituir os actuais C-130H da Força Aérea Portuguesa.

Os contactos intensificaram-se desde o Verão passado, após o lançamento da primeira pedra da primeira fábrica da Embraer, em Évora. O argumento, do lado português, é a valência da OGMA no fabrico de materiais compósitos (peças em plástico e fibra, que são mais leves).

Para já, a possibilidade da montagem final do avião também ser feita em Portugal ainda não foi definida, mas também não está afastada, de acordo com as fontes contactadas pelo Diário Económico. Até porque, garantem, ainda é cedo para definir essas questões.

Atendado Russia: Número de mortos após novas explosões na Rússia chega a 12




Número de mortos após novas explosões na Rússia chega a 12

Explosões ocorreram em Kizlyar, localizada no Norte do Cáucaso.
Na última segunda (29), ataque ao metrô de Moscou deixou 39 mortos.

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Região atingida por uma da explosões na cidade russa de Kizlyar. (Foto: Zaur Halikov/AFP Photo)

Subiu para 12 o número de mortos após duas explosões no centro da cidade russa de Kizlyar, na república do Daguestão, região do Norte do Cáucaso, nesta quarta-feira (31), informou o Ministério do Interior local às agências internacionais de notícias. Os ataques ocorreram dois dias após os atentados no metrô de Moscou matarem 39 pessoas.

Segundo a polícia, uma das explosões parece ter sido detonada à distância, enquanto a outra teria sido provocada por um suicida.

As informações sobre vítimas ainda não são definitivas e o número de mortos pode aumentar. O índice de feridos ainda não foi oficialmente divulgado, mas as agências de notícias falam em ao menos 18 feridos.

De acordo com a polícia, há nove policiais das forças de segurança entres as vítimas fatais, um investigador e um civil.
Explosões

A primeira explosão ocorreu às 8h30 (1h30 em Brasília): um veículo estacionado a cerca de 300 metros de edifícios do Ministério do Interior, do Serviço Federal de Segurança e de um instituto de educação secundária explodiu no momento em que passava um carro da polícia.

Vinte minutos depois a segunda bomba explodiu, acionada por um suicida vestido de policial.

Na segunda-feira (29), duas mulheres-bomba mataram 39 pessoas no metrô de Moscou. O ataque elevou o temor da população quanto a uma suposta ofensiva de rebeldes baseados no Norte do Cáucaso.

Não vale a pena desconsiderar o Sukhoi Su-35







A empresa russa Rosoboronexport continuará no seu pleito pelo direito de participar na licitação no âmbito do Programa F-X2 e fornecer ao Brasil os caças multimissão Sukhoi Su-35. Moscou tem uma certeza absoluta de que o Sukhoi Su-35 é a melhor opção para a FAB. Não se trata, entretanto, apenas da superioridade técnica da aeronave russa sobre os concorrentes. É proposto ao Brasil uma oportunidade única de transferência de tecnologias para a montagem em série desses caças super-modernos por empresas brasileiras.

Superioridade total

Os concorrentes do caça multimissão russo Sukhoi Su-35 são: o Rafale francês, o F/A-18E/F “Super Hornet” norte-americano e o Gripen NG sueco. Quais são, então, as vantagens do Su-35 para a conquista da superioridade aérea e atacar alvos terrestres ou navais, independente da hora, do dia ou das condições meteorológicas?

Além de ser o mais veloz de todos (2.400 km/h à altitude de 11 km), o Su-35 possui a maior relação empuxo/peso. O seu raio de ação é impressionante, com 3.600 km atende perfeitamente às necessidades do Brasil, levando em consideração o tamanho do seu território e a extensão das fronteiras terrestres e navais do país.

Ademais, o Su-35 tem uma eficiência operacional mais alta que a dos seus concorrentes. O caça é capaz de carregar mais de 8 toneladas de diversas armas em 12 pontos sob as asas ou fuselagem, número maior do que os outros participantes da licitação. A aeronave é propulsionada por dois sofisticados motores 117C de empuxo vetorado, uma versão avançada do famoso AL-31F. Os motores são dotados de novos compressores, turbinas de alta e baixa pressão, sistema de controle digital. O empuxo dos dois motores foi aumentado para 29.000 kg, sendo igualmente aperfeiçoados certos indicadores de vida útil. Estas inovações associadas às excelentes qualidades aerodinâmicas proporcionam ao Su-35 sua conhecida supermanobrabilidade, invejável para outros caças, garantindo uma grande vantagem no combate aéreo.

A cabine de piloto apresenta novas soluções ergonômicas, sendo introduzidos novos meios de apresentação das informações segundo o princípio da cabine de vidro (Glass Cockpit), o que facilita o trabalho do piloto, permitindo a sua concentração máxima no cumprimento das missões de combate. Uma outra particularidade importante da aeronave são os seus aviônicos integrados ao sistema de informação operacional e ao controle digital responsável pela integração dos equipamentos embarcados. O radar de varredura eletrônica ativa, conhecido por sua sigla inglesa AESA (Active Electronically Scanned Array), quando comparado com os similares dos concorrentes, apresenta 1,5-2 vezes mais eficiência no alcance de detecção dos alvos aéreos e navais (até 400 km) e também superior em outras características técnicas. O radar é capaz de rastrear até 30 alvos aéreos simultaneamente, além de poder atacar 8 destes simultaneamente.

Os novos sistemas integram os equipamentos de rádio e navegação avançados, sistemas de operação dos caças em grupo e um sistema altamente eficiente de contramedidas eletrônicas. Cabe dar um destaque especial a que no Su-35 são empregadas as tecnologias de quinta geração, sendo deste modo garantida a superioridade sobre os caças concorrentes da mesma classe em toda uma série de aspectos técnicos e operacionais.

Convém notar que as características supracitadas permitem economizar recursos financeiros importantes. Primeiro, quanto maior for o raio de ação da aeronave, tanto menor será o número de Bases Aéreas a serem usadas no território do país. Segundo, quanto mais alta for a eficiência operacional de cada aeronave, tanto menor será o número de caças necessários para o cumprimento das missões atribuídas.





Ao parceiro estratégico – as melhores tecnologias

Segundo os peritos, a proposta da Rosoboronexport atende aos requisitos da licitação não só do ponto de vista técnico. Recentemente, no Brasil foi aprovada uma nova doutrina militar, a Estratégia Nacional de Defesa, conforme a qual a aquisição de novos sistemas de armamento obrigatoriamente requer a transferência simultânea de tecnologias, permitindo às empresas brasileiras, independentemente de outros países, procederem com garantia a manutenção e revisões de todos os níveis de complexidade, assim como a produção do armamento e material bélico ou dos seus componentes. Este requisito consta da documentação da licitação relativa ao Programa F-X2. Mais ainda, o volume e a profundidade das tecnologias transferidas são especificados como fatores decisivos.

Dado isso, em abril de 2009, foi entregue ao Ministério da Defesa brasileiro a Proposta Revisada integrando um extenso programa de transferência de tecnologias que prevê um ciclo completo de manutenção técnica, revisões, ou mesmo, a produção dos Su-35 no Brasil.

Convém notar que a amplitude da implantação deste programa pode ser limitada exclusivamente pela capacidade econômica ou tecnológica das empresas brasileiras. Mas, o mais importante é que Su-35 tem muitas das tecnologias de quinta geração, é de duvidar que o Brasil as receba dos Estados Unidos, que participam na licitação com um caça da geração mais antiga, ou da França ou da Suécia que não possuem tais tecnologias.

As negociações levadas a efeito evidenciaram que, mesmo hoje, se pode contar com a parceria das empresas brasileiras no equipamento do Su-35 com os aviônicos embarcados, integrados com os sistemas atuais e futuros das aeronaves da FAB (avionicos, sistemas de comunicações, sensores embarcados, computadores, etc.), assim como na integração do armamento aéreo de produção brasileira, inclusive mísseis e foguetes, que possibilite o seu emprego operacional no Su-35.

Uma vantagem incontestável da proposta da Rosoboronexport frente aos concorrentes é que somente a Rússia tem uma experiência real de transferência de tecnologias de produção de caças a outros países. Para a China foram transferidas as tecnologias relativas aos caças Su-27, à Índia - aos caças Su-30. Hoje, estão sendo implementados no Brasil os programas análogos no âmbito do projeto de fornecimento de helicópteros russos à FAB. Esta experiência verdadeiramente valiosa, com certeza, será aproveitada em caso do fornecimento dos Su-35.

***
A Rússia e o Brasil são parceiros estratégicos. Os Presidentes dos dois países declararam-no reiteradamente. Portanto, o projeto de fornecimento dos Su-35 poderia vir a ser uma etapa qualitativamente nova no desenvolvimento das relações russo-brasileiras, contribuindo para a ampliação e consolidação da cooperação técnico-militar. O Su-35 é um caça único e um dos melhores entre atualmente existentes, inclusive segundo o critério custo-eficiência. O Ministério da Defesa da Rússia já celebrou o contrato de fornecimento para a Força Aérea russa de 48 destas aeronaves que nos próximos quatro anos irão equipar as unidades aéreas. Talvez, a FAB seja a seguinte?

Uma referencia:

A Empresa Federal Estatal Unitária Rosoboronexport – é única na Rússia que está fornecendo toda a variedade de Material de Emprego Militar, Serviços e Tecnologias de Uso Militar e Uso Dual.Representando de fato o Governo da Federação Russa , está celebrando todo suporte governamental. A Rosoboronexport é uma das maiores empresas no mercado mundial de armamentos, com mais que 80 per cento do volume da exportação total de armamentos e equipamentos militares da Rússia. Tem relações de cooperação com mais de 70 paises do Mundo.

Estado-Maior da Aeronáutica tem novo chefe



FONTE: CECOMSAER

O Tenente-Brigadeiro-do-Ar Cleonilson Nicácio Silva assumiu dia 26 a chefia do Estado-Maior da Aeronáutica (EMAER). Ele substitui o Tenente-Brigadeiro-do-Ar Antonio Pinto Macêdo. O Ministro de Estado da Defesa, Nelson Jobim, presidiu a solenidade de passagem de comando realizada no Salão Nobre da Base Aérea de Brasília. Estiveram presentes à cerimônia o Comandante da Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro-do- Ar Juniti Saito; o Comandante do Exército, General-de-Exército Enzo Martins Peri; autoridades do Alto Comando da Força Aérea Brasileira (FAB), além de ministros do Superior Tribunal Militar. O Tenente- Brigadeiro-do-Ar Cleonilson Nicácio Silva ingressou na FAB em 20 de março de 1965. Declarado aspirante a oficial aviador em 18 de dezembro de 1970, assumiu diversos cargos de destaque ao longo de sua carreira, entre eles, o de Diretor do Departamento de Assuntos Internacionais do Ministério da Defesa, Chefe do Estado-Maior de Defesa e Presidente da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (INFRAERO).

“A Chefia do Estado-Maior é o último cargo para um oficial-general do quadro de oficiais aviadores da ativa e são poucos os que conseguem alcançá-lo. É o último degrau de uma carreira na qual a gente procurou trabalhar e fazer o melhor possível pela Força Aérea. Portanto, para mim, é um prazer enorme ter chegado a esse ponto e poder agora ajudar o Brigadeiro Saito ao longo dos próximos 12 meses. É sempre um novo desafio”, afirma o Tenente-Brigadeiro Nicácio.

Despedida

Em seu discurso de despedida do EMAER, o Tenente-Brigadeiro-do Ar- Antonio Pinto Macêdo salientou o aprendizado de vários preceitos desde o início de sua carreira quando ingressou na Escola Preparatória de Cadetes do Ar até chegar à Chefia do Estado-Maior da Aeronáutica.
“Aprendi que o oficial da força aérea é formado valorizando a ética, a justiça, a honestidade, a verdade, a coragem e o exemplo. Aprendi também que esta formação propicia as maiores riquezas do militar e que a melhor maneira de nos preparamos para o futuro é concentramos todo o nosso entusiasmo, motivação e tenacidade na execução perfeita do trabalho de cada dia”, ressaltou o Tenente-Brigadeiro Antonio Pinto Macedo. O Oficial-General deixa a FAB após 45 anos dedicados à Aeronáutica e certamente, segundo ele, faria tudo de novo se fosse necessário.
“Tudo começou aos 16 anos, numa madrugada de sábado para domingo de carnaval entrando na antiga escola de aeronáutica. De lá para cá, café da manhã, almoço, jantar, sonhos, insônia, foi tudo Aeronáutica. E com certeza, repetiria tudo de novo. Quando a gente sai com o sentimento do dever cumprido, com amizades conquistadas ao longo do tempo, não dá para ter tristeza. Pode ser até que ela chegue depois, mas, por enquanto, eu me sinto em casa, rodeado de amigos. A única coisa que eu lamento é hoje ser o dia da minha saída e não o da chegada na FAB”, disse o Tenente-Brigadeiro-do Ar- Antonio Pinto Macêdo.

terça-feira, 30 de março de 2010

Refém mais antigo das Farc é libertado com ajuda do Brasil






Depois de mais de doze anos de cativeiro, o oficial do Exército colombiano Pablo Emilio Moncayo foi libertado pelas Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) nesta terça-feira e entregue a uma missão humanitária que contou com o apoio do Brasil.

A informação foi confirmada na tarde desta terça-feira pelo pai de Pablo Emilio, Gustavo Moncayo, em declarações transmitidas ao vivo pela televisão.

"A emoção é muito grande, graças meu Deus (...), bem-vindo à liberdade Pablo Emilio, vamos romper essas correntes e lutar pela liberdade dos demais companheiros (reféns)", disse o professor Gustavo Moncayo, emocionado, ao mostrar as correntes que traz presas às mãos, símbolo de sua luta pela libertação do filho.

Moncayo pediu a ajuda dos governos latino-americanos, em especial dos presidentes do Brasil, Venezuela, Equador e Argentina, para mediar as negociações a favor de um acordo humanitário que prevê a libertação dos 22 reféns que ainda estão em poder das Farc em troca de centenas de guerrilheiros presos.

"Podemos formar uma equipe de trabalho para que se estabeleça diálogo entre governo e a guerrilha (...) há uma necessidade de dizer não à violência, sequestros e violação aos direitos humanos, queremos a paz, é isso o que estamos pedindo", afirmou Moncayo.

Segundo o porta-voz do Comitê Internacional da Cruz Vermelha, Adolfo Beteta, o retorno da aeronave com o refém ao aeroporto de Florência, onde a família o aguarda, pode ser atrasado devido ao mau tempo.

Caminhante pela Paz

O sequestro de Pablo Emilio ganhou projeção internacional em junho de 2007, quando seu pai, o professor Gustavo Moncayo, realizou uma caminhada de 46 dias do Departamento (Estado) colombiano de Nariño à capital Bogotá para exigir do governo Álvaro Uribe celeridade no processo de soltura de seu filho e dos demais reféns da guerrilha.

Desde então, Gustavo Moncayo passou a conhecido como o "Caminhante pela Paz".

Além de manifestações na Colômbia e em pelo menos cinco países europeus, no ano passado Moncayo caminhou 1,6 mil quilômetros até a capital da Venezuela, Caracas, para pedir a intervenção do presidente venezuelano, Hugo Chávez, na mediação entre o governo colombiano e a guerrilha para a libertação dos reféns.
Gustavo Moncayo durante coletiva em Florencia (AFP/29 de março)

Gustavo Moncayo ficou conhecido por protestar com correntes

O cabo Pablo Emilio Moncayo foi sequestrado em dezembro de 1997 - apenas 18 meses depois de ter ingressado no Exército – junto com outros 17 soldados, em um ataque da guerrilha a uma base de operações do Exército colombiano no Departamento de Nariño.

Dez militares morreram durante o enfrentamento com os rebeldes. Deste grupo de sequestrados, 16 militares já foram soltos.

Agenda eleitoral

Com a libertação de Moncayo pelas Farc, chega ao fim o processo de libertações unilaterais e incondicionais que vinham ocorrendo desde o ano passado, quando seis reféns foram soltos.

No domingo, foi libertado pela guerrilha o soldado Josué Daniel Calvo, depois de onze meses em cativeiro.

Clique Leia também na BBC Brasil: Soldado libertado pelas Farc é resgatado com ajuda do Brasil

A partir de agora, as Farc pretendem retomar o diálogo para concretizar um controvertido acordo humanitário que colocaria em liberdade os 22 militares que ainda estão em poder dos rebeldes, em troca da libertação de centenas de guerrilheiros presos.

Nos últimos dias, um possível acordo entre o governo e a guerrilha passou ser o centro da agenda político-eleitoral colombiana, a poucos meses das eleições presidenciais, previstas para maio.

Para a senadora Piedad Córdoba, que participou da operação de resgate e é a principal mediadora entre o governo e as Farc, o acordo humanitário deveria ocorrer antes do final do mandato do presidente colombiano, Álvaro Uribe.

Caso contrário, segundo a senadora afirmou na manhã desta terça-feira, um acordo "seria difícil" e poderia demorar "pelo menos outros dois ou três anos", durante a gestão de um novo governo.

"Temos que trabalhar governo, Farc e (o movimento) Colombianos pela Paz (que tenta mediar um acordo humanitário) para que o intercâmbio ocorra antes de 7 de agosto", escreveu a senadora no site Twitter.

Segundo a parlamentar, as Farc já têm uma proposta que deve ser entregue pelo movimento Colombianos pela Paz ao presidente colombiano.

Debates

No domingo, após a libertação do oficial Josué Daniel Calvo, Uribe disse estar disposto a negociar um acordo com a guerrilha, sob a condição de que os rebeldes soltos abandonem definitivamente a luta armada.

A negociação do acordo tem dividido a opinião dos candidatos que disputarão a Presidência em maio.

O debate entre os presidenciáveis gira em torno de aceitar o diálogo com a guerrilha, insistir no método de resgates militares forçados ou levar as Farc a darem continuidade às libertações incondicionais.

The Wall Street Journal: Corrupção ‘relativamente’ baixa ajuda Brasil,





O que se fala nas ruas do Brasil talvez não chegue a Wall Street. O artigo desta quinta-feira publicado na seção “Heard on the Street”, do diário norte-americano The Wall Street Journal, faz uma afirmação que vai de encontro a muitas das conversas que se ouvem no País.

Assinado por Liam Denning, o texto aponta a corrupção “relativamente” baixa como um dos fatores que explicam que “ainda há apetite” dos investidores estrangeiros pelo mercado brasileiro de ações.

“O Brasil se beneficia de uma reputação relativamente melhor em relação à corrupção”, diz o texto, ao comparar o mercado brasileiro com o russo. “Classificado em 75º no Índice de Percepção da Corrupção da Transparência Internacional, [o Brasil] não é uma Suíça. Mas é o mais bem classificado entre os Brics [grupo que reúne Brasil, Rússia, China e Índia]”, afirma o articulista.

Além da questão da corrupção, o texto aponta as projeções de capitalização da Petrobrás como outro fator para acreditar que há “apetite” pelo mercado brasileiro. A expectativa é de que a petrolífera levante US$ 25 bilhões.

Um terceiro sinal de que a bolsa brasileira ainda traz boa perspectiva, diz o artigo, foi a oferta de ações da Gafisa na quarta-feira (24), que movimentou US$ 520 milhões, além os papéis da empresa terem terminado o dia em alta.

O texto não deixa de citar os pontos negativos, entre eles o fato de “metade do mercado brasileiro estar exposto a matérias-primas e energia”.

Brasil tem peso para virar potência mundial, diz Wall Street Journal






O diário norte-americano The Wall Street Journal publica nesta segunda-feira um caderno especial sobre o Brasil abrangendo “da sua notável moeda forte e seu explosivo mercado de ações até o ardente debate sobre um astro do futebol [o Ronaldinho Gaúcho]”.

“Para o país do futuro, finalmente é amanhã”, diz a chamada da reportagem principal. “O Brasil virou a esquina e agora é uma nação de peso, ambição e fundamentos econômicos para se tornar uma potência mundial. Mas o país tem enormes desafios que precisa enfrentar até aproveitar integralmente esse potencial.”

Entre os obstáculos que o Brasil tem a encarar, o jornal cita a corrupção “cravejada” no País, o “crime galopante”, a “infraestrutura em mau estado” e o “ambiente de negócios restritivo (”com um código trabalhista arrancado das cartilhas econômicas de Benito Mussolini”). Ainda há ”trabalhos colossais” a serem feitos, diz a reportagem, assinada pelo correspondente Paulo Prada.

Uma das reportagens trata das eleições deste ano e conclui que os brasileiros “querem mais do mesmo”. No plano internacional, o jornal escreve que “de repente”, o que o Brasil fala passa a ter importância no exterior, mas afirma que o País “escorrega no palco global”.

O jornal traz textos, ainda, sobre o projeto de expansão do BTG Pactual (um dos maiores bancos de investimento do País), o crescimento e os desafios da Embraer, a tentativa do governo de resolver os problemas das conexões de internet no País, a dupla de artistas conhecida como Os Gêmeos (veja galeria de imagens), os restaurantes de São Paulo, eventos culturais e dados estatísticos.

O Brasil foi escolhido como o primeiro de uma série de países que serão objetos de reportagens do caderno “The Journal Report”. O objetivo do jornal, diz a “Nota do Editor”, é dar aos leitores “uma compreensão sobre um dos mais vibrantes e importantes lugares do mundo hoje”.

segunda-feira, 29 de março de 2010

Atentado em Moscou: Putin diz que responsáveis serão ‘destruídos’






O primeiro-ministro russo, Vladimir Putin, prometeu que os responsáveis pelos atentados que mataram 38 pessoas nesta segunda-feira no sistema de metrô de Moscou serão “destruídos”.

“Como se sabe, hoje foi cometido um crime com consequências horríveis e de natureza atroz contra os cidadãos pacíficos de Moscou”, disse Putin, que voltou às pressas de uma viagem à Sibéria depois de receber a notícia das explosões.

“Dezenas de pessoas morreram no metrô. Estou confiante de que as agências de cumprimento da lei vão fazer tudo para rastrear e punir os criminosos. Os terroristas serão destruídos.”

Segundo as autoridades russas, os atentados desta segunda-feira de manhã foram cometidos por duas mulheres-bomba, na hora do rush.

Vinte e quatro pessoas teriam morrido na primeira explosão, às 07h56 (hora local, 0h56 hora de Brasília), quando um trem parou na estação de Lubyanka, próximo aos escritórios do Serviço Federal de Segurança (FSB), no centro da cidade.

Cerca de 40 minutos depois, outra explosão destruiu um trem na estação de Park Kultury, causando a morte de outras 14 pessoas.

Mais de 60 pessoas ficaram feridas nas duas explosões, 30 delas gravemente, segundo as autoridades.

Chechênia

O FSB acredita que os atentados foram provavelmente planejados por rebeldes do Cáucaso, onde fica a Chechênia.

Segundo o correspondente da BBC em Moscou Richard Galpin, até agora nenhum grupo assumiu a autoria do atentado, mas no passado, outros ataques na capital foram realizados ou atribuídos a rebeldes islâmicos que lutam pela independência chechena.

Em Fevereiro, o líder rebelde checheno Doku Umarov havia declarado que “a zona de operações militares será estendida para o território da Rússia… a guerra está chegando à cidade deles”.

Nas últimas semanas, as forças de segurança russas realizaram algumas operações militares contra rebeldes do Norte do Cáucaso com sucesso. Em Fevereiro, pelo menos 20 insurgentes foram mortos em uma ação na Inguchétia.

Suspeitas

Em uma reunião com o presidente Dmitry Medvedev, o chefe do FSB, Alexander Bortnikov afirmou que seus investigadores acreditam que os atentados foram cometidos por “grupos terroristas relacionados ao Norte do Cáucaso”.

“Esta provavelmente será nossa principal conclusão, porque fragmentos dos corpos de duas mulheres-bomba foram encontrados mais cedo no local dos incidentes e os exames mostram que esses indivíduos vieram do Norte do Cáucaso”, disse ele.

Citando um relatório forense preliminar, Bortnikov acrescentou que as bombas foram fabricadas com um poderoso explosivo, hexogênio, comumente conhecido como RDX.

A bomba que explodiu na estação de Lubyanka tinha força equivalente a até quatro quilos de TNT, enquanto a bomba de Park Kultury tinha potência equivalente a 1,5 a dois quilos de TNT. Os artefatos estavam recheados com pedaços de metal, para aumentar o poder de destruição.

A promotoria federal já abriu investigação sobre o que chamou de “suspeitos atos de terrorismo”.

Crime

O metro de Moscou é um dos mais movimentados do mundo, transportando cerca de 5,5 milhões de passageiros por dia.

Partes do sistema foram fechadas como precaução depois das explosões e 700 soldados foram enviados para as ruas.

“A cidade toda está uma bagunça, as pessoas estão telefonando umas para as outras, as operadoras não conseguem lidar com tantas ligações ao mesmo tempo”, disse Olga, uma internauta da BBC em Moscou. “Aqueles que testemunharam a tragédia não conseguem superar o choque.”

O presidente Medvedev pediu às autoridades que aumentem a segurança no serviço de transporte em toda a Rússia. “O que estava sendo feito tem que ser substancialmente fortalecido”, disse ele. “Olhem este problema na escala do Estado, não apenas em relação a um único tipo de transporte em uma cidade em particular.”

O presidente americano Barack Obama condenou os atos e disse que os americanos estão unidos com os russos em oposição ao extremismo violento.A União Europeia também condenou os atentados e ofereceu “solidariedade às autoridades russas”. O secretário-geral da Otan, Andes Fogh Rasmussen reiterou seu compromisso de lutar junto à Rússia contra o terrorismo.

Histórico

Os ataques coordenados foram os que causaram mais vítimas em Moscou desde Fevereiro de 2004, quando 40 pessoas foram mortas em uma explosão num trem de metrô lotado que se aproximava da estação de Paveletskaya.

Seis meses depois, uma extremista suicida explodiu outra bomba do lado de fora de outra estação, matando dez pessoas. Os dois atentados foram atribuídos a rebeldes chechenos.

Em Novembro, o líder rebelde checheno Doku Umarov afirmou que sua milícia havia cometido um atentado a bomba causando a morte de 26 pessoas em um trem expresso que viajava entre Moscou e São Petersburgo, a segunda maior cidade russa.

O atentado ocorreu seis meses depois de o presidente Medvedev ter declarado o fim das “operações contra o terrorismo” na Chechênia, em uma tentativa de “normalizar a situação” depois de 15 anos do conflito que causou a morte de mais de 100 mil pessoas e deixou a região em ruínas.

Apesar disso, muitas repúblicas autônomas continuam sendo palco de violência na região e nos últimos dois anos, militantes islâmicos aumentaram o número de ataques nas vizinhas Inguchétia e Daguestão.

Com setor bélico deficiente, Rússia compra armas

Até pouco tempo atrás, as exportações militares da Rússia perdiam em volume apenas para as dos EUA. Na Rússia de hoje, porém, a indústria de equipamentos militares, que movimenta US$ 40 bilhões, está encolhendo, ao lado do setor de manufatura civil.

Armamentos russos antes legendários vêm sofrendo problemas constrangedores de controle de qualidade. Recentemente, por exemplo, a Argélia devolveu um carregamento de jatos MIG devido a defeitos nos aviões.

Uma reforma de porta-aviões encomendada pela Índia está com atraso de quatro anos e já superou seu orçamento previsto em centenas de milhões de dólares.

E, no que talvez seja o sinal mais claro de problemas, os próprios militares russos começaram a votar com seus rublos: Moscou está em negociações com a França para adquirir quatro navios de assalto anfíbios franceses.

A aquisição dos navios de classe Mistral será "o sinal mais evidente de deficiências na indústria de defesa russa", disse Dmitri Trenin, analista militar do Centro Carnegie Moscou, organização de pesquisas políticas.

Fora da Rússia, esse contrato potencial vem provocando preocupações geopolíticas. Críticos dizem que a França está prejudicando seus aliados europeus orientais da Otan, deixando o dinheiro falar mais alto.
Mas a oposição ao contrato tem sido quase tão feroz no interior da Rússia -e ela parte dos defensores da indústria armamentista.

Ao mesmo tempo em que o setor manufatureiro militar encolheu para 4,28% do PIB no ano passado -contra 20% na época do comunismo-, as Forças Armadas russas continuaram a depender de fornecedores domésticos para praticamente todo o seu arsenal.

Para alguns especialistas, o declínio começou com o fim da União Soviética. Quando a Rússia se tornou capitalista, afirmam, o mesmo aconteceu com sua indústria militar, privatizada de maneira aleatória.
Com o passar do tempo, isso afetou a qualidade. Grandes empresas que herdaram contratos de exportação com China, Índia e Oriente Médio lucraram com designs e componentes mais antigos, mas pouco fizeram no sentido de se modernizar.

O fim dos generosos orçamentos militares soviéticos foi outro fator que levou à paralisia nas fábricas de tanques e aviões. E muitos engenheiros emigraram, deixando uma força de trabalho que está perto de se aposentar.

Mais recentemente, o setor sofreu os efeitos de um problema econômico insidioso conhecido como a "doença holandesa" -quando um aumento da receita obtida com recursos naturais (no caso da Rússia, petróleo e gás natural) provoca a valorização da moeda de um país, encarecendo suas exportações.

Isso tem minado a competitividade dos exportadores de armas russas. O rublo se valorizou durante a maior parte da década, antes de mergulhar na crise. Mas já está voltando a se valorizar.
Mesmo com todos esses problemas, contudo, algumas empresas conseguiram abrir seu capital. A United Aircraft, a empresa que reúne os fabricantes dos aviões de combate MIG e Sukhoi, tem capitalização de mercado de mais de US$ 2 bilhões, segundo a analista industrial Marina Alekseyenkova, do banco de investimentos moscovita Renaissance Capital.

A pergunta é: será que Moscou vai comprar dessas empresas relativamente bem-sucedidas? Até agora, os gastos militares domésticos foram distribuídos pela gama inteira de fornecedores militares russos, para manter a ilusão de autossuficiência do país. Isso implicou no gasto de dinheiro com produtos de qualidade inferior, como os walkie-talkies fabricados na Rússia.

As vendas externas de armas russas caíram muito desde o início da crise global, em 2008, segundo relatórios. Nesse ano, a Rússia vendeu US$ 3,5 bilhões em armas em todo o mundo, contra US$ 10,8 bilhões em 2007. Foi um valor muito inferior ao dos EUA, cujas empresas venderam armas no valor de US$ 37,8 bilhões nesse ano -68% das vendas globais de armas.

No mundo em desenvolvimento, onde a Rússia superou até os EUA em exportações militares em 2004 e 2006, sua participação teve uma queda imensa -de 25,2% de todas as transações em 2007 para 7,8% em 2008, o último ano para o qual há cifras disponíveis.

Enquanto se esforça para conservar seus clientes, a Rússia não pode se dar ao luxo de continuar a investir em toda a enorme gama atual de armas produzidas no país, disse Trenin, do Centro Carnegie. Como mostram as negociações em torno do Mistral, a Rússia não tem outra opção senão tornar-se tanto vendedora quanto compradora. "Como a Alemanha ou qualquer outro país, a Rússia vai competir e colaborar no bazar global de armas", disse Trenin.

Fonte: Folha de São Paulo

As escolha do avião supersônico

Fonte: Correio Brasiliense

Entrevista

Entre 15 e 18 de março, chefiei, como prefeito de São Bernardo do Campo, delegação em visita à Suécia. Nossa cidade poderá acolher parte da produção do Gripen, avião de caça supersônico sueco.

Suécia, França e EUA estão na disputa pelo fornecimento dos aviões que servirão para a defesa do território do Brasil nas próximas décadas. A escolha é de competência do presidente da República, do Ministério da Defesa e das Forças Armadas, mas espero contribuir na tomada de decisão, passando minhas impressões sobre a proposta sueca.

O Gripen não tem nada de avião de papel, como se especulou no Brasil. Tive oportunidade de voar e conhecer in loco o processo de produção. O que está no papel é o desenvolvimento de nova geração de aeronaves, e é isso que a Suécia quer compartilhar com a engenharia brasileira, militar e civil.

A imprensa divulga que os custos por ano de vida útil do Gripen são bem inferiores aos dos concorrentes. Isso é importante. Não podemos desperdiçar divisas. Mas o que determina a escolha vai além do preço. Somos um país pacífico e assim continuaremos. Nosso desafio é combinar nossa diplomacia com uma estratégia de defesa e soberania nacional, bem como com uma industrialização avançada. Nesse ponto, a proposta sueca mostra-se bastante interessante ao Brasil.

Metade da aeronave será produzida no Brasil e metade na Suécia. O Brasil produzirá até 80% da estrutura mecânica e 40% da engenharia de projetos. Os componentes aqui fabricados não poderão ser produzidos na Suécia e em nenhum lugar do mundo. Será uma dependência recíproca. A Força Aérea Brasileira e o setor privado nacional participarão desde os estágios iniciais do projeto. Empresas brasileiras como a Embraer produzirão a fuselagem traseira e central, as asas, os displays e o trem de pouso e as portas para as unidades produzidas no Brasil, na Suécia e no resto do mundo.

O desenvolvimento de equipamentos de guerra tem impacto muito além da área militar. Muitos dos projetos da aviação civil, passando pela área de infraestrutura, até utensílios domésticos derivam de tecnologias militares. No caso do Gripen, a transferência tecnológica é clara. A primeira etapa é a familiarização do produto e treinamento de pilotos, engenheiros e técnicos brasileiros por meio de intercâmbios programados com a Suécia. A segunda é o que se denomina de treinamento on-the-job, que é o aprender na prática. A assistência técnica no Brasil e os pacotes específicos de tarefas são outras fases da transferência.

A formação de um cluster aeroespacial e de defesa contribuirá fortemente para a transferência tecnológica. Visitamos o Parque Tecnológico da Universidade de Linköping. Ali, pesquisa básica e aplicada transforma-se em inovações e empreendedorismo de pequenas empresas, que, por sua vez, se inserem nos projetos do governo e da grande empresa.

Ao optar pela fabricação dessa aeronave no Brasil, serão necessários 2.090 empregos por ano na fase do desenvolvimento; 2.770 no processo de fabricação e 1.000 na montagem. São 5.860 empregos por ano. Número que pode ser multiplicado, quando se considera também o impacto indireto. A maioria desses postos de trabalho terá elevada capacitação. Em função dos efeitos positivos do projeto, sindicalistas suecos deixaram claro o apoio à parceria com o Brasil. O que importa é a perspectiva de longo prazo.

Fomos recebidos pelo Ministério da Defesa, Ministério do Desenvolvimento, partidos políticos, universidades, prefeitos, empresários e sindicalistas. Fui convidado a uma audiência com o rei Carl Gustaf e a rainha Silvia. A deferência não representa benevolência com o Brasil. A Suécia é potência não alinhada e tem interesses em alcançar novos mercados de exportação. Os suecos veem o Brasil como potência em ascensão, com facilidade de penetração em mercados estratégicos. Para além dos US$ 4,5 bilhões envolvidos com a compra pelo Brasil de 36 supersônicos Gripen, o que está na mesa são valores bem superiores já que objetivo é a conquista de novos mercados internacionais.

O Brasil pode intensificar a negociação e melhorar a proposta. A decisão final caberá ao presidente da República. Mas é fundamental que toda a sociedade brasileira discuta os prós e os contras. Afinal, é o nosso voo rumo ao futuro que está em jogo.

Jobim isolado defende Rafale




Na semana que vem, o ministro Nelson Jobim irá à Câmara dos Deputados defender o seu relatório que justifica a escolha do caça francês Rafale para a FAB. Mesmo contra a opinião técnica da Aeronáutica e da opinião da FIESP, Jobim insiste na opção francesa que é, de longe, a pior das três.

Além de ser um avião caro, o Rafale é um fracasso retumbante de vendas. A própria força aérea francesa comprou metade dos aviões previstos. O Rafale é muito mais caro do que os demais. Tanto na aquisição quanto na operação. Especula-se que o fracasso na venda dos aviões para o Brasil poderá colocar a Dassault, fabricante do avião, em uma situação difícil. As expectativas são tão grandes que a imprensa francêsa chegou a dizer que seria um milagre a compra do avião para o Brasil.

Ao desprezar o relatório técnico da FAB, Jobim abre flanco para que o processo seja paralisado na justiça já que a aquisição deveria ser justificada por um amplo estudo. O relatório de Jobim foi iniciado em janeiro e levou pouco mais de dois meses para concluir o que a FAB não concluiu em anos de estudo.

Outro fator relevante que depõe contra a escolha é o evidente mal-estar da Embraer. Sem poder falar oficialmente, fontes ligadas à empresa afirmaram que a escolha do Rafale seria muito ruim. Tanto pelo aspecto tecnológico quanto pela difícil relação entre a Embraer e a Dassault. Os antigos executivos da Embrarer lembram como os franceses colocaram dificuldades para que a empresa entrasse no ramo da aviação executiva.

Hoje, a opção pelos franceses sofreu mais um golpe. Luiz Marinho, ex-presidente da CUT e prefeito de São Bernardo declarou à CBN que a escolha do caça sueco é a melhor opção para o Brasil. Na linha do que pensa a FAB, a FIESP, a indústria aeroespacial brasileira e, até mesmo, pilotos.

FONTE: Brasília em Tempo Real

domingo, 28 de março de 2010

País volta a ser oitava maior economia do mundo em 2009


A recente crise mundial alçou o Brasil à condição de oitava maior economia do mundo em 2009. É a primeira vez desde 1998 que o pais ocupa essa posição no ranking global com o PIB (Produto Interno Bruto) medido em dólares. A informação é de Érica Fraga, editora sênior da consultoria britânica EIU (Economist Intelligence Unit), em reportagem especial para a Folha deste domingo (íntegra disponível para assinantes do jornal e do UOL).

Segundo o texto, a crise econômica no mundo desenvolvido, a fortaleza do real e políticas anticíclicas bem sucedidas adotadas pelo governo contribuíram para esse resultado. "Mas por trás da performance brasileira há também deficiências, como uma economia ainda fechada, que se travestiram de vantagem durante a crise, mas que no longo prazo tendem a voltar a pesar negativamente na trajetória do país", detalha.

A matéria aponta ainda que o Brasil também passou a ser a segunda maior economia das Américas, atrás apenas dos Estados Unidos.

sábado, 27 de março de 2010

Helicópteros do Exército chegam à Colômbia para resgatar reféns das Farc

Aeronaves brasileiras saíram de Querari, no Amazonas. Objetivo da missão é salvar dois militares colombianos

Os dois helicópteros do Exército brasileiro, colocados a serviço da Cruz Vermelha Internacional para resgate de dois reféns das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), chegaram por volta de 15h20 (horário de Brasília) deste sábado (27) à Villavencio na Colômbia.As aeronaves saíram às 9h30 de São Gabriel da Cachoeira (AM) e fizeram uma parada em Querari (AM), por volta de 12h30. O trecho final da viagem até Villavencio é estimado em duas horas e meia.

Estão nos helicópteros 20 militares que farão parte da operação de resgate, a senadora colombiana Piedad Córdoba, dois representantes de um movimento pacifista da Colômbia, dois representantes da Cruz Vermelha e um representante da Igreja.

Segundo a Cruz Vermelha, a operação vai durar até terça-feira (30) e será dividida em duas partes. A primeira fase acontece neste domingo (28) e a segunda na terça. Em cada uma delas será resgatado um refém.

Os dois reféns que serão libertados são militares colombianos. Pablo Emilio Moncayo está sob poder das Farc há mais de 12 anos. Josué Calvo é refém desde abril do ano passado. Não foi divulgada qual a ordem dos resgates. A operação é toda comandada pela Cruz Vermelha e o Brasil dá apenas apoio logístico.

FONTE: GAZETA DO POVO

Rússia anuncia entrega dos primeiros três Mi-35M ao Brasil







A Rússia entregou o primeiro lote de helicópteros de ataque Mi-35M (Hind E) ao Brasil, segundo o porta-voz da Rosoboronexport. Sergei Svechnikov disse hoje no Chile, na FIDAE 2010, que um total de 12 helicópteros serão entregues sob o contrato assinado em 2008, no valor de US$ 150 milhões.

A versão de exportação do Mi-24 Hind é o Mi-35M, que foi usado extensivamente no Afeganistão. O Mi-24/35 tem uma capacidade única de ataque e de transporte de tropas.

O jornal paulista Valor Econômico informou que os Mi-35 serão usados na região Amazônica, em conjunto com os aviões de vigilância da Embraer.

A região Amazônica, nas fronteiras da Venezuela e da Colômbia, é a localização preferida de narcoterroristas e traficantes de drogas.

FONTE:RIA Novosti

Avião brasileiro é "o melhor do mundo hoje", diz dono da Azul

UOL NOTICIAS

O avião brasileiro é “o melhor do mundo hoje”, diz David Neeleman, fundador da Azul Linhas Aéreas, empresa de baixo custo. Sua companhia usa aeronaves da Embraer, que ele diz preferir à Boeing e à Airbus.

Em entrevista exclusiva ao UOL Economia, realizada na sede da Azul, em Alphaville, na Grande São Paulo, Neeleman conta, entre outros temas, como funciona a política de baixos preços e custos reduzidos da companhia aérea e revela o que a empresa leva em conta na hora de compor o preço da passagem. Veja a entrevista nos vídeos abaixo.

O alto custo das passagens aéreas no Brasil foi um dos principais atrativos para a criação da Azul Linhas Aéreas, diz o empresário. “Nos EUA, ninguém anda de ônibus, porque o avião é barato. Achamos que podíamos fazer isso aqui”, afirma.

Ele disse que a falta de concorrência evitava inovação entre as empresas, referindo-se às duas maiores companhias do mercado brasileiro –Gol e TAM.
Entre outros temas, Neeleman explica como funciona a política de baixos preços e custos reduzidos da companhia aérea e revela o que a empresa leva em conta na hora de compor o preço da passagem. O executivo também faz um balanço do primeiro ano da empresa, que tem 2,2 milhões de clientes, 1.600 funcionários e 15 aeronaves que voam para 20 cidades.

A entrega da primeira aeronave nova de fábrica ocorreu em 11 de dezembro de 2008 e foi batizada “Tudo Azul“. No dia 15 de dezembro daquele ano, dois voos inaugurais foram realizados.

O primeiro, AD 4064, decolou de Viracopos, Campinas, com destino a Salvador. O segundo, AD4062, voou de Campinas a Porto Alegre. Nas semanas seguintes, o número de voos entre essas cidades foi gradativamente aumentado, com a chegada de novas aeronaves.

Neeleman afirma que gosta de risco, mas não pensa em abrir o capital da empresa. Mesmo sem presença na Bolsa, a expectativa é fazer com que a Azul se torne ainda maior. Até o fim deste ano, a empresa deve atingir 40 municípios. Até 2012, a Azul espera servir as principais cidades brasileiras, com uma frota de jatos Embraer 190 e Embraer 195.

Neeleman, que também é fundador da Jet Blue, nasceu no Brasil. Ele morou em São Paulo até os cinco anos, quando voltou para os Estados Unidos com os pais e por lá ficou até os 18 anos. Veio novamente para o Brasil em missão religiosa, período de dois anos no qual trabalhou em função dos pobres, no Nordeste brasileiro.

Super Hornets chegam à Austrália







Nas fotos divulgadas pelo Departamento de Defesa da Austrália, os primeiros cinco F/A 18F Super Hornet da RAAF (Força Aérea Real Australiana) chegam ao país. O pouso da primeira aeronave, na Base Aérea de Amberley, deu-se às 13h34 (hora local) de sexta-feira, 26 de março. A chegada foi precedida de voos de formação junto a alguns F-111 que os novos aviões substituirão (na última foto, vê-se um deles, taxiando após um Super Hornet). A frota de F-111 tem 37 anos de uso na RAAF.

Na base, os aviões foram recepcionado por autoridades locais, além de representantes da Marinha dos EUA e da Boeing. O Ministro para Materiais e Pessoal de Defesa e Ciência, salientou na ocasião que o projeto Super Hornet está dentro do prazo e do orçamento, sendo um exemplo de aquisição acelerada e de parceria. A nova aeronave, da qual um total de 24 exemplares foram encomendados, será operada por dois esquadrões, o Número 1 e o Número 6, ambos de Amberley. Há 25 anos a RAAF não adquiria uma aeronave de combate nova. , e

Como diferenças entre os “clássicos” F/A-18A/B Hornets já operados pela RAAF, o informe do Departamento de Defesa destaca as características furtivas, o maior tamanho, os motores mais potentes, a maior carga de armas e combustível, além dos aviônicos avançados e o radar no estado-da-arte. Nos links abaixo, podem-se ver fotos e textos sobre os Super Hornets, os Hornets e os F-111 da RAAF.

FONTE / FOTOS: D0D Australia

Secretário de Defesa dos EUA vem ao país negociar parceria



Robert Gates desembarca em Brasília em meados de abril para tratar de política regional e da venda de armamentos; Compra de caças para a FAB deve ficar fora da pauta de discussões; Embraer quer vender 200 aviões para a Marinha norte-americana.





O secretário da Defesa dos Estados Unidos, Robert Gates, fará uma visita ao Brasil em meados de abril -a data final ainda está sendo negociada.

Segundo a Folha apurou, as discussões com o governo brasileiro deverão ter como foco as negociações militares, a política regional e a elaboração de um documento de parceria estratégica.

Gates deverá passar também por outros países da América do Sul que ainda não foram anunciados. A viagem ao Brasil ocorre após convite do ministro Nelson Jobim (Defesa), que se encontrou com o secretário americano em Nova York no mês de fevereiro.

Pelo menos um grande negócio será discutido. A Embraer quer fornecer aviões Super Tucano para a Marinha dos EUA, e já há tratativas para uma eventual compra, que pode chegar a 200 unidades.


Caças

Já a compra de caças pela FAB, negócio bilionário que se arrasta há uma década e tem um concorrente americano na disputa, não deverá ser discutida caso o cronograma anunciado por Jobim seja cumprido. Ele diz que a escolha ocorrerá até a Páscoa, e o F-18 americano é dado como descartado.

O temor em alguns setores do governo e da indústria é de que a quase certa escolha do caça francês Rafale pelo Brasil afete a compra dos Super Tucanos e outros negócios da empresa brasileira, que depende de fornecedores americanos. Para os EUA, mesmo se o F-18 não for escolhido, a seleção do preferido da FAB, o sueco Gripen, seria mais palatável.

Gates deverá também avançar na negociação de um acordo de parceria estratégica com o Brasil, mas sabe que há resistências no Itamaraty em torno de uma percepção de alinhamento a Washington. É mais provável que seja anunciada uma parceria mais genérica.


Tensão regional

O secretário americano deverá ainda manter conversas sobre um dos focos de tensão regional, o contencioso Venezuela-Colômbia. O antagonismo da pró-EUA Bogotá e a anti-EUA Caracas é uma das situações mais inflamáveis no subcontinente hoje. Alguns no lado brasileiro esperam que a Unasul (União das Nações Sul-Americanas) entre na pauta.

A questão do uso de sete bases em território colombiano pelos EUA, que gerou protestos brasileiros e uma crítica estridente de boa parte da Unasul ano passado, por ora é dada como resolvida.

No ano passado, a Unasul firmou um documento que diz que "os EUA se comprometem formalmente" a fazer com que pactos não sejam fonte de ameaça também à estabilidade e que não terão efeito sobre nem o território nem espaço de outros Estados.

A visita de Gates chega pouco após o Brasil receber a secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, no começo do mês. O presidente Barack Obama também poderá ir ao país ainda neste semestre. Para analistas, porém, existem poucas chances de haver uma aproximação prática real, devido à divergência de interesses.

sexta-feira, 26 de março de 2010

Brasil apoia resolução contra Coreia do Norte







O Brasil rompeu sua série de abstenções na ONU (Organização das Nações Unidas) sobre países acusados de violações e abusos e votou ontem no Conselho de Direitos Humanos, em Genebra, para renovar o mandato do relator especial para a Coreia do Norte.

A resolução, que critica Pyongyang por “abusos graves, sistemáticos e disseminados”, foi aprovada com 28 votos. China, Rússia, Cuba, Egito e Indonésia votaram contra, e houve 13 abstenções.

“Nosso voto foi consequente com a posição que vínhamos defendendo”, disse à Folha a embaixadora Maria Nazareth Azevedo. “Demos à Coreia do Norte uma janela de oportunidade, pois acreditamos no sistema. Achamos que ela seria adequada para mostrar seu engajamento no diálogo, e esse engajamento não aconteceu na medida que esperávamos.”

A Coreia do Norte anunciou na semana passada que não aceitaria nenhuma das mais de cem recomendações feitas pelo Conselho em sua revisão periódica universal (UPR). Embora não tenha usado o termo “rechaçar”, mais forte, o país disse que “tomava nota” do que foi dito –na prática, uma rejeição.

Os termos da resolução são dos mais duros na diplomacia, como “deplorar” e “exortar”. O Conselho renovou assim o mandato do relator especial por um ano e pediu que Pyongyang colabore com seu trabalho –o que não tem ocorrido.

No texto, os signatários se dizem “profundamente preocupados com relatos de violações graves de direitos políticos, econômicos, sociais e culturais”, além de citar tortura e campos de trabalhos forçados para prisioneiros políticos.

Desde 2008 o Itamaraty vinha se abstendo sobre a Coreia do Norte na ONU tanto em Genebra quanto em Nova York, alegando que a instância adequada era o UPR e que Pyongyang –um dos regimes mais fechados do mundo e que vem adquirindo capacidade nuclear– merecia “janela de oportunidade”.

Ontem a embaixadora brasileira voltou a dizer que Brasília ainda defende o diálogo com o governo norte-coreano e que o UPR é um mecanismo crível.

Mas em outras ocasiões, evocando sua posição de aceno ao diálogo como um incentivo à cooperação melhor do que a pressão, o país deixou de votar contra Irã, Mianmar, Sri Lanka e outros. Conforme aumenta seu protagonismo internacional, no entanto, o Itamaraty é mais cobrado para tomar uma posição firme a respeito.

A Folha apurou que a diplomacia brasileira ficou decepcionada com a atitude norte-coreana e que acredita que uma abstenção nesse caso fragilizaria não só sua posição como a credibilidade do Conselho.

O Itamaraty avalia ainda que, com o rechaço, Pyongyang se enfraquece ante seus críticos. Mesmo países na berlinda, como o Irã, aceitam parte das sugestões, ainda que anódinas.

Navio sul-coreano revida e dispara contra embarcação não identificada ao norte





Um navio da Marinha da Coreia do Sul abriu fogo contra uma embarcação não identificada ao norte depois de outro navio de guerra afundar perto da fronteira marítima com a Coreia do Norte, informou nesta sexta-feira, 26, a agência Yonhap.

O governo sul-coreano não sabe o que causou o naufrágio do navio, mas há suspeitas de que tenha sido causado por um torpedo disparado por uma embarcação do norte. Segundo o canal SBS, vários tripulantes podem ter morrido no episódio.

Nas últimas semanas a Coreia do Norte tem dito que está aumentando suas defesas em resposta a exercícios militares conjuntos da Coreia do Sul e dos EUA realizados neste mês.

Coréia do Norte ataca Navio Militar Coréia do Sul







Um navio da Marinha da Coreia do Sul com cerca de cem pessoas a bordo afundou na costa oeste do país, perto da fronteira com a Coreia do Norte, possivelmente devido a um ataque com torpedo, de acordo com informações da imprensa local.

A agência de notícias sul-coreana Yonhap, citando autoridades da Marinha do país, informou que o navio afundou perto da Ilha de Baengnyeong.

Segundo a Yonhap, o navio sul-coreano teria disparado tiros em direção a um navio não identificado. O incidente não foi confirmado por autoridades do governo.

Foi organizada uma operação de resgate para tentar salvar os marinheiros.

Reunião de emergência

O Ministério da Defesa da Coreia do Sul não confirmou as informações de envolvimento da Coreia do Norte no incidente.

Entretanto, o governo sul-coreano convocou uma reunião de emergência, de acordo com autoridades do país.

A fronteira marítima tem sido palco de tensão entre as duas Coreias. Na última década, ocorreram vários incidentes semelhantes ao desta sexta-feira.

No mais recente, em novembro de 2009, as Marinhas das duas Coreias tiveram uma curta batalha, que deixou um marinheiro norte-coreano morto e outros três feridos.

Ban comemora novo acordo de desarmamento nuclear entre Rússia e EUA




Nações Unidas, 26 mar (EFE).- O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, comemorou hoje o novo acordo de desarmamento alcançado por Rússia e Estados Unidos, que reduz o número de ogivas nucleares em posse de cada país para um máximo de 1.550.

O porta-voz da ONU, Martin Nesirky, disse que Ban felicita os presidentes da Rússia, Dmitri Medvedev, e dos Estados Unidos, Barack Obama, por sua "liderança" no campo da redução dos arsenais nucleares.

"É um marco importante nos esforços internacionais para aprofundar o desarmamento nuclear e conseguir um mundo sem armas nucleares", afirmou Nesirky.

Além disso, expressou o desejo do secretário-geral que este acordo sirva para dar "impulso" à Conferência de Revisão do Tratado de Não-Proliferação (TNP) de armas nucleares, que acontecerá em maio na sede das Nações Unidas.

Também manifestou o desejo de Ban que o novo acordo entre EUA e Rússia seja ratificado e implementado o mais rápido possível, que os dois países continuem reduzindo seus arsenais e que outras nações nucleares sigam o exemplo.

Treinamento militar comandado pelo Brasil terá presença dos caças Rafale



Governo estuda propostas de três países para compra de 36 caças. Opções são França, Suécia e EUA. Negócio pode chegar a US$10 bi.





O maior treinamento de guerra no ar da América do Sul já tem uma estrela este ano – os caças franceses Rafale. A França acaba de confirmar presença com o modelo militar na operação Cruzeiro do Sul, que acontece a cada dois anos a comando do Brasil. O Rafale é considerado favorito na disputa bilionária pela preferência do governo brasileiro para a compra de trinta e seis unidades. Os outros concorrentes são o sueco Gripen Ng e o americano F-18 Super Hornet. O negócio pode chegar a US$10 bilhões.

Cem aviões devem participar do treinamento militar marcado para começar no dia 28 de outubro, provavelmente depois que o Presidente Lula anunciar o escolhido para integrar a força do Brasil. Desses, oitenta são caças, vindos de países vizinhos: Chile, Argentina, Uruguai e Venezuela, que trará o russo Sukhoi, um dos primeiros eliminados na disputa pela compra dos caças.

A França é antiga colaboradora do treinamento contribuindo com os ensinamentos dentro da estrutura da Otan – Organização do Tratado do Atlântico Norte.

A guerra simulada será em Natal, base dos países da “coalizão”, formada por todos os participantes. Em Fortaleza, ficará o “inimigo”, representado apenas por aviões da Força Aérea Brasileira. A Cruzex 2010 está sendo mais prestigiada: os Estados Unidos, que eram apenas observadores, este ano prometem participar com um caça militar. Mas ainda não revelaram se trarão o concorrente do Rafale na disputa brasileira, o F-18 ou se usarão o F-16 – um modelo inferior.

Novos observadores já confirmaram presença - Bolívia, Peru, Colômbia, Paraguai, Equador, Canadá e Inglaterra – todos a postos para atestar o desempenho do Rafale - ganhador ou não da disputa.

Compra de caças para a FAB

O relatório final da Força Aérea Brasileira sobre os caças que disputam a compra afirma que em termos operacionais, os três satisfazem tecnicamente. Mas a Aeronáutica mudou de opinião e diz que, considerando a Estratégia de Defesa Nacional,os caças franceses Rafale representam "a proposta mais consistente". Inicialmente, a preferência da FAB era pelos caças suecos Gripen. Dentro de alguns dias, o ministro da Defesa vai apresentar seu próprio relatório ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que deverá escolher oficialmente o caça a ser comprado com base nos argumentos de Jobim. Jobim já afirmou que os franceses tem vantagem na disputa. “A FAB diz que os três são satisfatórios, então o que pesa é a transferência de tecnologia e a redução da dependência”. Questionado se este quesito daria vantagem para a França, Jobim concordou: “Neste sentido, sim”. A preferência do presidente Lula pelos caças franceses já é conhecida - foi declarada no dia 7 de setembro do ano passado durante uma visita do presidente francês, Nicolas Sarkozy, a Brasília.

Aernnova vai à Embraer e pleitea fatia do jato KC390







O grupo espanhol Aernnova, uma das principais companhias internacionais na fabricação de estruturas aeronáuticas, está pleiteando uma participação no programa de desenvolvimento do novo avião de transporte militar da Embraer, o KC-390. A conquista deste novo projeto, que conta com o apoio do governo do País Basco, é considerada estratégica pela empresa, para alavancar os negócios de sua filial brasileira, em meio a um período de recessão no mercado aeronáutico mundial.

No começo dessa semana, o presidente mundial da Aernnova, Iñaki López Gandásegui, esteve no Brasil e integrou a comitiva oficial do presidente do governo do País Basco, Patxi López, que visitou as instalações da Embraer, em São José dos Campos. Segundo Gandásegui, a fabricante brasileira de jatos regionais informou que a primeira fase de desenvolvimento de engenharia do KC-390 será feita internamente.

"Vamos aguardar o momento certo para fazer parte desse programa, mas temos grandes expectativas, tendo em vista o bom trabalho feito pela Aernnova no desenvolvimento das aeronaves das das famílias ERJ-145 e Embraer 170/190, dos quais participamos como parceiros de risco", disse o presidente da companhia basca. Instalada em São José dos Campos, a fábrica da Aernnova começou a operar em 2004, fornecendo as asas do ERJ-145 e a fuselagem traseira e a empenagem dos jatos da família 170/190.

A Embraer é o principal cliente da Aernnova no mundo e respondeu por cerca de 40% do faturamento do grupo em 2009, de 430 milhões. Gandásegui disse que a crise no setor aeronáutico, que vem afetando a Embraer, também teve seus reflexos na unidade fabril da Aernnova no Brasil. "Reduzimos um pouco o nosso ritmo de atividades, proporcionalmente ao de nossos clientes, mas para 2011 as previsões indicam que o mercado deve se recuperar com força".

A perspectiva de crescimento dos projetos aeronáuticos no setor de defesa no Brasil foi um dos principais motivos que levaram a companhia espanhola a instalar no Brasil um novo centro internacional de desenvolvimento de projetos de engenharia.

A empresa já opera dois centros de engenharia na Espanha e outro em Michigan, nos Estados Unidos, e o centro brasileiro foi criado para se tornar uma base de desenvolvimento de tecnologia para a região da América Latina. A Aernnova já contratou uma equipe de engenheiros e técnicos brasileiros que estão trabalhando em vários projetos. Um deles é o desenvolvimento do projeto estrutural de um veículo aéreo não-tripulado (vant) para a Avibrás Aeroespacial.

A nova aeronave da Avibrás, batizada de Falcão, será o primeiro vant de reconhecimento tático e de vigilância totalmente nacional. Segundo o gerente do vant na Avibrás, Renato Bastos Tovar, a primeira fase do projeto foi feita em conjunto com o Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA) e envolveu o desenvolvimento da eletrônica de bordo e software, que inclui o sistema de navegação e controle. A Avibrás conta com o apoio da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), que aportou R$ 19 milhões para o projeto. A contrapartida da empresa, de acordo com Tovar, foi de R$ 7 milhões. A estrutura do veículo, projetada pela Aernnova, é feita em fibra de carbono. A segunda fase do projeto, iniciada em fevereiro de 2009, envolve o desenvolvimento da plataforma aérea, onde serão integrados os sensores de missão, como os radares. "O desenvolvimento do veículo será concluído no final de 2011, mas os ensaios em voo com o protótipo serão iniciados em janeiro do ano que vem", comentou.

Além dos projetos com a Avibrás e Embraer, o grupo Aernnova também está de olho no programa de desenvolvimento dos 50 helicópteros Super Puma EC-725, que serão produzidos pela Helibrás, do grupo Eurocopter, para as Forças Armadas Brasileiras. A Aernnova, segundo seu presidente, Iñaki Gandásegui, acompanha de perto o processo de seleção dos fornecedores desse programa no Brasil.

A canadense Bombardier também é cliente da Aernnova no Brasil, que fornece projetos de engenharia para o setor ferroviário. No mundo, os principais clientes da Aeronnova são as empresas americanas Boeing e Sikorsky, e as europeias Airbus e Eurocopter. "Trabalhamos no projeto do A 350, fornecendo o estabilizador horizontal e a empenagem em fibra de carbono, um projeto de quatro anos". A Aernnova também atua nos segmentos de automação, transportes, naval e energia eólica.
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