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Salmo 127

1 Se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam; se o Senhor não guardar a cidade, em vão vigia a sentinela.

2 Inútil vos será levantar de madrugada, repousar tarde, comer o pão de dores, pois ele supre aos seus amados enquanto dormem.

3 Eis que os filhos são herança da parte do Senhor, e o fruto do ventre o seu galardão.

4 Como flechas na mão dum homem valente, assim os filhos da mocidade.

5 Bem-aventurado o homem que enche deles a sua aljava; não serão confundidos, quando falarem com os seus inimigos à porta.

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terça-feira, 28 de abril de 2009

Abin sugere que Centro de Lançamentos de Satélites foi espionado por franceses

Arapongagem na base de Alcântara

Abin sugere que Centro de Lançamentos de Satélites foi espionado por franceses


Boias de captação de dados sigilosos instaladas em locais suspeitos e comunidades de quilombolas com conhecimento técnico e específico sobre lançamento de foguetes espaciais. Num mercado que gira US$ 1 bilhão por ano e já foi expressão da corrida tecnológica na Guerra Fria entre Estados Unidos e Rússia, a sombra de espionagem é cada vez maior. Com esse roteiro na cabeça, a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) garante ter coletado indícios de que a Base de Alcântara, no Maranhão, foi espionada por franceses.

No Centro de Lançamentos de Alcântara (CLA), há uma base militar e uma área reservada à Alcântara Cyclone Space, uma empresa binacional Brasil-Ucrânia, comandada pelo ex-ministro da Ciência e Tecnologia Roberto Amaral, filiado ao PSB. Próximo da costa, foram encontradas, em outubro de 2008, as boias que carregavam equipamentos de telemetria capazes de captar e enviar dados à distância. Foi a terceira vez. Como a disputa entre os países é a cadacentímetro pela capacidade de possuir tecnologia própria para colocar satélites em órbita, os arapongas concluíram, preliminarmente, que esses equipamentos estavam sendo monitorados "possivelmente por um grupo de franceses", segundo fontes do setor que leram o documento da Abin.

As boias são de fabricação japonesa e espanhola. Elas transmitem dados via satélite e por ondas VHF e UHF. Uma das pessoas que teve acesso ao informe da Abin foi Roberto Amaral. Ele teve conhecimento dos dados da espionagem durante uma reunião no começo de março. Procurado pelo Correio Braziliense/ Diario de Pernambuco, Amaral negou o encontro e a informação recebida. Como há toda uma trama internacional, o governo brasileiro trata o assunto com a máxima delicadeza. O documento da Abin não faz qualquer menção a governos, mas a grupos.

Os militares brasileiros vendem a Base de Alcântara como o local mais adequado para se lançar um foguete, por estar mais próxima da Linha do Equador, mais ainda do que a Guiana Francesa, onde fica a Agência Espacial Europeia. A economia de combustível no Brasil é de 30%, por isso, o cuidado extra do setor de inteligência e dos militares.

A sombra da espionagem ronda o CLA desde a explosão, em agosto de 2003, do terceiro protótipo do Veículo Lançador de Satélites (VLS), que matou 21 pessoas. Jamais se provou nada e o episódio ficou creditado a uma fatalidade. O fracasso com o VLS foi um baque para o governo, que patina nas tentativas de retomar o programa espacial. A Cyclone espera lançar seu primeiro foguete em julho do ano que vem. O problema é que esse cronograma já foi atrasado diversas vezes por uma disputa de terras com os quilombolas.

No fim de 2008, o Incra reconheceu o direito dos quilombolas a 65% das terras do município de Alcântara, de 115 mil hectares. A suspeita apurada pelos arapongas é a de que ONGs que atuam na defesa dos direitos das comunidades negras venham recebendo nos últimos anos contribuições estrangeiras para emperrar o programa espacial. Os serviços de inteligência do Exército eda Aeronáutica também investigam a questão.

Indústria nacional de material bélico dá sinais de retomada


Uma série de lançamentos movimentou a indústria brasileira de defesa nos últimos dias, indicando que a ambiciosa Estratégia Nacional de Defesa, lançada pelos ministros Nelson Jobim e Mangabeira Unger no final do ano passado, começa a tirar o setor do atoleiro em que se encontrava. Prova disso é o recente e portentoso contrato de US$ 1,3 bilhão que a Embraer fechou com a Força Aérea para o desenvolvimento de uma nova aeronave de transporte militar, o KC-390, além de um pacote de modernização de 12 caças da Marinha, no valor de US$ 140 milhões. O novo cargueiro a ser produzido pela empresa de São José dos Campos é uma antiga reivindicação dos militares, que já viam os antigos Hércules defasados.

Bom para a Força Aérea, melhor para o setor. O contrato abrirá a possibilidade de a Embraer competir em um mercado estimado em US$ 18 bilhões e 700 aeronaves, num prazo de dez anos. E outros pacotes devem vir por aí. “É uma fase de mudanças que mostram que a Estratégia Nacional de Defesa não veio para ficar no papel”, disse Jobim, no encerramento da Feira Latino- Americana da Indústria Aeroespacial e de Defesa (Laad), realizada no Rio de Janeiro, há duas semanas.

Também em São José dos Campos, outra empresa aproveita a boa fase. A Avibras, única fabricante nacional de sistemas de artilharia e que já foi dada como falida, conseguiu ressurgir no setor com contratos internacionais, como um de R$ 500 milhões com a Malásia. Ainda às voltas com o processo judicial que poderá passar ao governo 30% do controle da empresa, a Avibras está investindo também em contratos nacionais. Há poucos dias, a empresa recebeu R$ 18 milhões para desenvolver um veículo aéreo não tripulado. Outros R$ 80 milhões deverão ser aplicados para tirar o projeto da prancheta e desbravar um mercado avaliado em US$ 8 bilhões por ano.

No setor de blindados a previsão também é auspiciosa. O desenvolvimento do novo Urutu – que nos anos 1970, produzido pela extinta Engesa, transformou-se num sucesso internacional de vendas -- pela Iveco, apresentado também na Laad, começa a atrair outros players para o setor. Apesar de não comentar oficialmente os valores da negociação, a Iveco, do Grupo Fiat, deve receber cerca de US$ 1,8 milhão por cada uma das 17 unidades que serão compradas pelo Exército. O primeiro protótipo já está sendo construído na fábrica de Sete Lagoas, em Minas Gerais, e deve ficar pronto em 2010, a tempo de participar da parada de 7 de setembro. Até 2011, os outros blindados serão entregues.

Em Caxias do Sul, no Rio Grande do Sul, a Agrale tem colocado a sua linha de jipes militares Marruá em grandes contratos. Cerca de 250 unidades foram vendidas à Marinha no ano passado e há negociações com a Argentina e o Equador. “Também estamos em estágio avançado com o Peru e a Colômbia”, afirma Flavio Crossa, diretor de vendas e marketing da Agrale.

domingo, 26 de abril de 2009

Lula está construindo um gigante regional único, diz ‘Newsweek’

O Brasil vem se transformando na última década em uma potência regional única, ao se tornar uma sólida democracia de livre mercado, uma rara ilha de estabilidade em uma região conturbada e governada pelo Estado de direito ao invés dos caprichos dos autocratas. A afirmação é feita em artigo publicado na última edição internacional da revista americana Newsweek.

“Contando com a cobertura da proteção de segurança americana, e um hemisfério sem nenhum inimigo crível, o Brasil tem ficado livre para utilizar sua vasta vantagem econômica de seu tamanho dentro da América do Sul para auxiliar, influenciar ou cooptar vizinhos, ao mesmo tempo conseguindo conter seu rival regional problemático, a Venezuela”, afirma o artigo.

Segundo a revista, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva “preside uma superpotência astuta como nenhum outro gigante emergente”.

O artigo foi publicado menos de um mês após Lula ter aparecido na capa da Newsweek, com uma entrevista exclusiva à revista após seu encontro com o presidente americano, Barack Obama, na Casa Branca.
Poderio militar

A Newsweek observa em seu último artigo que enquanto outros países emergentes e mesmo os Estados Unidos contam com seu poderio militar como forma de afirmação, o Brasil “expressou suas ambições internacionais sem agitar um sabre”.

A revista observa que quando há algum conflito na região, o Brasil envia “diplomatas e advogados para as zonas quentes ao invés de flotilhas ou tanques”.

O artigo também comenta que o Brasil tem se tornado uma voz mais assertiva para os países emergentes nos temas internacionais, contestando por exemplo os subsídios agrícolas dos países ricos.

“Nenhum governo foi tão determinado como o de Lula em estender o alcance internacional do Brasil. Apesar de ter começado sua carreira política na esquerda, Lula surpreendeu os investidores nacionais e estrangeiros ao preservar as políticas amigáveis ao mercado de Fernando Henrique Cardoso internamente, para a frustração dos militantes de seu Partido dos Trabalhadores. Para a esquerda, ele ofereceu uma política externa vitaminada”, diz a Newsweek.
Influência americana

A revista diz que os esforços brasileiros advêm da estratégia “não-declarada” de se contrapor à influência dos Estados Unidos e de dissipar as expectativas de que exerça um papel de representante de Washington”, mas que nem por isso o país embarcou na “revolução bolivariana”.

“Pelo contrário, Lula tem controlado a região ao cooptar os vizinhos com comércio, transformando todo o continente em um mercado cativo para os bens brasileiros”, diz o artigo. “No fim das contas, o poder do Brasil vem não de armas, mas de seu imenso estoque de recursos, incluindo petróleo e gás, metais, soja e carne.”

A revista afirma que isso também tem servido para conter a Venezuela e que a provável aprovação próxima da entrada do país de Hugo Chávez ao Mercosul não é “um endosso aos desejos imperiais de Chávez, mas uma forma de contê-lo por meio das obrigações do bloco comercial, como o respeito à democracia e a proteção à propriedade”.

“Isso pode ser política de risco. Mas as apostas estão nos brasileiros. Sem um manual para se tornar uma potência global, o Brasil de Lula parece estar escrevendo o seu próprio manual”, conclui a Newsweek.

Acidente com veículo de combate mata dois fuzileiros navais

Dois fuzileiros navais – um sargento e um cabo – morreram num acidente na noite deste sábado (25), em Valença, no Sul fluminense. Em comunicado oficial do 1º Distrito Naval, a Marinha informa que um terceiro militar ficou ferido durante um exercício com um veículo de combate leve.
Segundo a nota da Marinha, o veículo que participava de exercícios do 1º Esquadrão de Cavalaria Leve caiu de um barranco numa área alagada, parando virado para a água.

“Rapidamente, o veículo foi desvirado, tendo sido retirado um de seus tripulantes com ferimentos leves, que foi atendido no Hospital Geral de Valença. Todavia, infelizmente, vieram a falecer o terceiro-sargento fuzileiro naval Leandro Bacellar e o cabo fuzileiro naval Luis Paulo Pessanha Gonçalves”, diz o comunicado do 1º Distrito Naval.

A nota não identifica o militar ferido, diz que está sendo prestado apoio às famílias das vítimas e que será aberto um inquérito administrativo para apurar o acidente.

sábado, 18 de abril de 2009

Times: Exército israelense se prepara para eventual ataque ao Irã


LONDRES, Reino Unido, 18 Abr 2009 (AFP) - O Exército de Israel pretende estar preparado para executar ataques aéreos contra as instalações nucleares iranianas no caso do novo governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu assim determinar, informa o jornal britânico The Times.

"Israel quer ter a segurança de que se o seu Exército receber autorização, pode atacar o Irã em poucos dias, inclusive horas. Se prepara a todos os níveis para esta eventualidade. A mensagem ao Irã é que a ameaça não é apenas verbal", afirmou uma fonte do ministperio da Defesa israelense ao Times.

Entre as medidas planejadas está a compra de três aviões radares Awacs e exercícios em escala nacional para preparar a população para possíveis represálias.

As autoridades israelenses consideram que os alvos no Irã podem ser mais de uma dezena, incluindo comboios móveis. Entre eles estão Natanz (leste), onde milhares de centrífugas enriquecen urânio, Ispahan (centro) com túneis repletos de 250 toneladas de gás, e Arak (leste), onde o Irã monta um reator de água pesada para produzir plutônio.

"Não faríamos ameaças sem ter os meios para cumplir. Recentemente tivemos progressos, várias operações de preparação que indicam uma vontade por parte de Israel de atuar", afirmou ao Times uma fonte ligada aos serviços de inteligência.

No entanto, é pouco provável que Israel execute ataques sem receber ao menos uma aprovação tácita do governo dos Estados Unidos, que acaba de adotar um tom mais conciliador com Teerã, completou a mesma fonte.

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Brasil é 'potência econômica' e deve ter relação de parceria com EUA, diz Obama

Declaração foi feita em entrevista à TV CNN em Espanhol.
Americano afirmou que quer acabar com clima de 'guerra fria' com Cuba.


O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse nesta quinta-feira (16) que o Brasil é uma "potência econômica" e um "grande jogador" no palco mundial.

"Minha relação com o presidente Lula é a de dois líderes que têm, ambos, grandes países, que estão tentando resolver os problemas e criar oportunidades para nossos povo, e devemos ser parceiros", disse Obama em entrevista à rede de TV "CNN em Espanhol".

"Não há parceiro sênior ou parceiro júnior", finalizou Obama.

O presidente americano também disse que Cuba pode ser um elemento crucial do crescimento econômico regional e que espera que o governo cubano dê os passos necessários para melhorar as relações da ilha com os Estados Unidos.

Obama deu a entrevista antes de sua viagem ao México e à Cúpula das Américas. Ele lembrou que seu governo suspendeu esta semana as restrições para as viagens de cubano-americanos à ilha e para o envio de dinheiro a seus parentes em Cuba.

"Mas, ao mesmo tempo em que nós levantamos as restrições às viagens, o certo é que há cubanos que não podem viajar para fora de Cuba", acrescentou.

"Queremos nos separar da mentalidade da Guerra Fria que se perpetuou por 50 anos", disse Obama.

"Eu não espero que os cubanos venham implorar algo, mas que agora haja mudanças que permitam a liberdade de associação, que as pessoas possam se expressar, ir a suas igrejas, exercer os mesmos direitos que no resto da América".

O presidente dos Estados Unidos disse que ele não tem problemas com que o assunto de Cuba apareça nas conversas que manterá este fim de semana com os presidentes e chefes de governo na Cúpula das Américas, em Trinidad e Tobago.

O embargo que os Estados Unidos iniciou contra Cuba no final de 1960 se sustentou em decretos presidenciais até 1992, quando o Congresso aprovou leis que o codificaram.

O presidente dos EUA tem agora autoridade apenas para revogar as restrições impostas por decreto, mas é o Congresso que tem competências sobre as normas do embargo.

Helicóptero transporta avião na Rússia MI-26

Avião desativado vai ser usado para treinamento de emergências.
Operação foi realizada em São Petersburgo, nesta quinta-feira (16).


Um helicóptero Mi-26 transportou um avião Tu-134 para o Ministério de Situações de Emergência, situado no centro de treinamento de São Petersburgo, na Rússia, nesta quinta-feira (16). O avião, que está desativado, vai passar a ser usado exclusivamente para treinamento de operações de resgate e colisões. (Foto: AP)

64 anos da Tomada de Montese pela FEB

Há 64 anos, a Força Expedicionária Brasileira, enfrentaria o que ficou conhecido como a sua “batalha mais sangrenta” e sua principal vitória durante a Segunda Guerra Mundial.

A batalha

3º Pelotão da 2ª Companhia do 11º Regimento de Infantaria, ocupava, desde 10 de março de 1945, a posição defensiva da Região de Biccochi, Cota 930, quando, às 5h do dia 12 de abril, recebeu ordem, por via telefônica, para organizar uma patrulha de reconhecimento, que, sob o comando de um sargento, teria por missão reconhecer a elevação de Montaurigula e, caso não encontrasse resistência, chegar até Montese.
A patrulha, fortemente armada, com 21 homens, sendo três especialistas em minas, partiu às 9h da sua posição de combate (Biccochi), alcançando Montaurigula sem resistência. Galgou essa elevação e progrediu na encosta sul, rumo geral leste-oeste. Após atingir a metade da elevação, que possuía a forma de uma colina alongada, encontrou um campo de minas antipessoal; o esclarecedor da patrulha já havia caminhado alguns passos dentro do campo, quando percebeu, por sorte e felicidade, as minas, pois algumas achavam-se expostas. Passou, então, a atuar a equipe de minas, retirando 82 minas antipessoal.

“Na jomada de ontem, só os brasileiros mereceram as minhas irrestritas congratulações; com o brilho de seu feito e seu espírito ofensivo, a Divisão Brasileira está em condições de ensinar às outras como se conquista uma cidade”.
Gen Crittenberger - Cmt IV Corpo de Exército

Após cerca de 2 horas de espera, a patrulha transpôs o campo minado, prosseguindo na missão.
O moral da tropa atacante era alto; havia gana por parte de alguns soldados, o que levou o comandante do pelotão a conter aqueles que se expunham inutilmente.
Quando o comandante do pelotão realizava os reconhecimentos para assaltar algumas casas “suspeitas” no flanco direito do inimigo, recebeu ordem do comandante da companhia para se desengajar e afastar-se das casas, posto que o Batalhão iria bombardear as resistências inimigas com morteiros 81mm, visando facilitar a conquista do objetivo.
Ao ultimar o reconhecimento de outro flanco, o comandante da patrulha recebeu ordem para retrair, porque a Artilharia Divisionária iria atirar na região e a patrulha já havia ultrapassado, em muito, o tempo programado.
Fases do ataque

A conquista da cidade de Montese, que era a missão principal da 2ª Companhia, foi planejada para ser realizada em duas fases bem distintas:

1ª Fase: Missão secundária, às 9h - ataque com dois pelotões a dois postos avançados do inimigo.
2ª Fase: Missão principal, às 12h - ataque à cidade de Montese, também com dois pelotões.
Campo minado em Montese

Na hora prevista, para a 1ª fase, os dois pelotões atacaram seus objetivos. O primeiro teve, inicialmente, o seu avanço prejudicado pela reação do inimigo, que conseguiu mantê­lo à distância, pelos fogos. Assim, só conquistou o objetivo algumas horas depois.
Conquista de Montese - II Guerra Mundial - Tela de A. Martins
O 2º Pelotão ficou detido em frente a um campo minado, batido por fogos da Infantaria. Nessa oportunidade, seu bravo comandante foi mortalmente ferido com um tiro na cabeça. Esse pelotão sofreu mais baixas e não atingiu o objetivo.
Às 11:45h, o comandante da companhia confirmou a “hora H” do ataque principal como sendo a prevista - 12h.
Na hora aprazada, o pelotão do 1º escalão transpôs, em linha, a crista, sob o espocar de foguetes de estrelas vermelhas, anunciando o ataque. A tropa ultrapassou os pontos mais elevados com grande rapidez, apesar do terreno íngreme. Após o pelotão ter vencido um terço do percurso, sua retaguarda foi batida por densa e compacta barragem de artilharia, que cortou o fio telefônico em vários pontos e colocou fora de combate um soldado da equipe de minas e outro de Saúde.
O grupo ponta, após pequeno deslocamento, parou e assinalou a existência de minas. O comandante do pelotão, ao chegar ao ponto assinalado pelo sargento, constatou, com satisfação, que não se tratava de um campo minado e sim de armadilhas, feitas com fios de arame ligados a minas antipessoal.
Ao chegar ao topo das elevações de Montese, o pelotão tinha perdido o contato com a companhia; o telefone não funcionava por terem os cabos sido rompidos pelos tiros da artilharia inimiga; o rádio deixou de captar e transmitir mensagens, por causa da distância e ondulações do terreno.
O segundo grupo empregado teve o seu avanço sustado por fogos vindos do flanco direito, tendo de permeio um terreno limpo.
Quando se preparava para tomar o dispositivo de assalto, foi surpreendido por inesperado e denso bombardeio da nossa Artilharia, que o envolveu e ao inimigo. Em seguida, atingiu as posições inimigas, quando não havia ainda se dissipado a fumaça das granadas. Os alemães permaneciam no fundo de seus abrigos, e já os nossos ultrapassavam suas posições, perfeitamente camufladas. Os alemães tentaram, então, reagir, mas foram postos fora de combate.

Rompidas as defesas, os grupos foram levados para a frente e empregados na consolidação da posição conquistada e nos ataques aos flancos inimigos.
O 2° Grupo de Combate, logo após juntar-se ao 1°, foi empregado para dominar resistências que hostilizavam nosso flanco direito. Postado em situação favorável e atirando de curta distância sobre um abrigo onde havia sido localizada uma metralhadora inimiga, fez com que os seus ocupantes levantassem um lenço, para logo em seguida se entregarem e as resistências silenciarem.
Depois de demorada luta, em que se conquistou o terreno palmo a palmo, conseguiu-se, no final do dia, dominar as resistências inimigas, fazendo-as retrair após sofrerem algumas baixas.
Ao cair da noite de 14 de abril, estavam dominadas as encostas sudoeste da cidade e quebrada a capacidade defensiva da infantaria alemã, que, desnorteada, abandonou suas posições, deixando no campo de luta alguns mortos e oito prisioneiros. Do nosso lado, houve quatro baixas, sendo um morto e três feridos.
Na noite de 14 para 15 de abril, Montese, não obstante encontrar-se sob domínio das tropas brasileiras, abrigava ainda elevado número de soldados inimigos, o que não impediu a artilharia alemã de desencadear sobre a cidade, naquela noite, cerca de 2.800 tiros.
Na manhã do dia 15, ainda debaixo de maciço fogo da artilharia alemã, a tropa brasileira ultimou a limpeza da cidade.
A conquista de Montese repercutiu favoravelmente nos altos escalões e mereceu dos generais americanos os mais efusivos elogios. Essa batalha ficará marcada para sempre na memória dos soldados brasileiros, pelas lições de bravura e competência operacional dos “pracinhas”.

FONTE: Exército Brasileiro - Adaptação do texto de autoria do Cel Iporan Nunes de Oliveira

terça-feira, 14 de abril de 2009

Assinado contrato de desenvolvimento do C-390 e modernização dos AF-1


A Embraer acabou de assinar dois contratos com o Ministério da Defesa. O primeiro deles diz respeito ao desenvolvimento da aeronave de transporte tático C-390 e o segundo refere-se à modernização das aeronaves AF-1 da Marinha do Brasil. O evento ocorreu agora há pouco durante a LAAD 2009, no Rio de Janeiro, com grande participação da mídia nacional e internacional.

Durante o evento foram apresentadas maquetes das aeronaves (ver fotos), além de um poster do projeto. A assinatura do contrato veio num momento muito importante para a Embraer, pois a mesma enfrenta uma grande redução de suas encomentas civis no mercado internacional. Por outro lado, a cerimônia teve um grande caráter simbólico, pois o contrato foi assinado no ano que a empresa completa 40 nos.

Uma maquete do AF-1 foi entregue pelo presidente da Embraer Frederico Fleury Curado ao Minitro da Defesa Nelson Jobim e ao Comandante da Marinha, Almirante Julio Soares de Moura Neto.

“Este é o primeiro programa de vulto entre a Marinha e a Embraer”, afirmou Curado. Serão modernizadas 12 aeronaves AF-1, com a substituição de toda a aviônica, bem como a introdução de um radar de bordo.

Não foi especificado quais aeronaves serão modernizadas, mas o Poder Aéreo acredita que duas delas serão do modelo AF-1A (biplace) e as outras dez do modelo AF-1 (monoplace). Detalhes do projeto também não foram fornecidos, mas é razoável imaginar que o mesmo seguirá os mesmos passos da atualização dos F-5E da FAB.

Uma Era se Inicia com o Encerramento do F-22

“Nós apoiamos os quatro F-22 finais propostos no pedido suplementar orçamentário do ano fiscal de 2009, uma vez que isso ajudará na viabilidade a longo prazo da frota o F-22. Mas chegou a hora de fechar a produção. É por isso que não recomendamos que F-22s sejam incluídos no orçamento de defesa do ano fiscal de 2010.

“Não se engane: a dominação aérea permanece como uma capacidade essencial para o combate conjunto. O F-22 é uma ferramenta vital no arsenal militar e permanecerá em nosso inventário pelas próximas décadas. Mas chegou a hora de seguir em frente.”

Assim conclui uma peça no Washington Post escrita pelo Secretário da Força Aérea, Michael Donley, e o chefe de pessoal da Força Aérea, Gen. Norton Schwartz.

Uma semana após o secretário da Defesa, Robert Gates, ter recomendado cortar o F-22 e outros programas de alta tecnologia, Donley e Schwartz deram as suas razões para tal.

Este é um outro lembrete sobre as escolhas que mesmo o rico orçamento do Pentágono está tendo que fazer nestes dias. Apesar da pressão de lobby e campanhas publicitárias dos fabricantes Lockheed Martin e Boeing, parece que o fim da produção está próximo.

Nosso Comentário:

Tudo leva a crer que a situação do programa F-22 Raptor, formidável caça furtivo de 5ª Geração, único no mundo, está fadado a ser terminantemente encerrado.

Pudera, pois seu custo unitário chegou a US$ 400 milhões em 2009. Terá que ser uma decisão corajosa e, certamente, muito sofrida para os bolsos e o orgulho americanos em época de crise.

Mas o corte do F-22 seria apenas a ponta do imenso iceberg que se desenha em volta do orçamento de Defesa dos EUA para 2010.

Fontes afirmam que haverá ainda na USAF outros cortes profundos. Dos quase 120 bombardeiros estratégicos, a degola poderá recair sobre os B2 e os B52 das gerações mais antigas.

Poderão ir ainda para o deserto entre 300 e 400 caças da primeira linha de defesa (F-15 e F-16).

Na US Navy, a faca não será menor. Cerca de 20 dos mais de 56 destróieres Arleigh Burke poderão ir para a reserva de imediato.

Toda a frota de 22 cruzadores Ticonderoga de baseline 2, 3 e 4 poderá ser aposentada antes do tempo, e muitos deles vinham sendo modernizados há algum tempo.

Dos 74 submarinos em serviço, 24 serão desativados e substituídos por 16 submarinos convencionais, com propulsão diesel-elétrica, nos próximos 10 anos.

Os 2 NAes recém-chegados à reserva - Kitty Hawk e Enterprise - deverão ir para corte. O LCS só irá para a frente se o fabricante aceitar reduzir 25% do preço final.

O tempo do cheque em branco acabou. Toda a US Navy poderá ser reduzida em 25% e obviamente não perderá a sua capacidade de dissuasão. A USAF também será bastante reduzida e o corte do F-22 é um desastre.

Ambas acabarão dando a volta por cima, mas fica mais que claro que toda uma era está para terminar.

Urutu III Terá Torre Não Tripulada


Em 13 de abril de 2009, a Elbit Systems anunciou ter sido selecionada pelo Exército Brasileiro para o fornecimento de torres não tripuladas, a serem instaladas no futuro Urutu III, ou Viatura Blindada de Transporte de Pessoal - Médio de Rodas (VBTP-MR). A empresa israelense disputou o contrato com importantes indústrias de defesa do mundo.

Como parte da primeira fase do Programa Multi-anual das Forças Terrestres Brasileiras, a Elbit Systems foi selecionada com o primeiro contrato para fornecer as torres não tripuladas.

Trata-se de um sistema de armamento completo e de alto nível tecnológico, que incorpora um canhão automático de 30 mm, uma metralhadora coaxial de 7.62 mm, um Alerta de Incidência de Laser (LWS), miras panorâmicas para o comandante, e lançadores de granadas fumígenas, além de outros equipamentos.

A Torre ORCWS 7.62 possui ainda a combinação de sistemas de estabilização em dois eixos e um rastreador automático de alvo. Por não ser tripulada, a torre funciona remota e eletricamente, sendo operada inteiramente de dentro do VBTP-MR. Dessa forma, a tripulação não fica exposta ao meio externo.

Este projeto único é baseado na larga experiência acumulada no campo de batalha em conflitos de alta e baixa intensidade e no constante surgimento de novas ameaças e desafios não convencionais.

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Executivo da Lockheed diz que FX-2 será postergado

‘Caça tampão’ seria escolhido no seu lugar e empresa sinaliza com a possibilidade de oferecer F-35

Em entrevista ao site britânico flight global, o presidente da Lockheed Martin para as Americas, Ron Covais, afirmou que a situação econômica mundial forçará uma redefinição do projeto FX-2 pelas autoridades brasileiras. Assim sendo, haveria espaço para a participação do F-35, produto em desenvolvimento da Lockheed, numa etapa posterior.

“Na minha opinião o FX-2 vai voltar para a gaveta” disse o executivo da Lockheed. ” E desta forma retomaremos as discussões com o Brasil durante a LAAD”, completou.

A Lockheed participou da concorrência com o F-16, mas foi eliminada junto com o Eurofighter Typhoon e o Sukhoi Su-35.

Os integrantes da Lockheed que virão para o Brasil para participar da LAAD acreditam que o FX-2 ser´anovamente adiado e que um “caça-tampão” será escolhido neste meio tempo.

A opinião do executivo da Lockheed segue na mesma direção da posição adotada pelos russos. Após a eliminação do Su-35 da concorrência do FX-2, eles já ofereceram participação da Embraer no projeto de um caça de quinta geração, e apresentaram uma nova proposta para ser reexaminada.

Pelo cronograma da FAB, a decisão do vencedor será em setembro deste ano e a disputa está entre o Boeing F/A-18E/F Super Hornet, o Dassault Rafale e o Saab Gripen.

A Lockheed não tem mais o interesse de divulgar o F-16 na América Latina, mas está apostando fortemente na venda de alguns exemplares do C-130J na região.

domingo, 12 de abril de 2009

Capitão sequestrado fugiu de bote durante operação de resgate, diz CNN

Richard Phillips pulou na água, e marinheiros atiraram contra piratas.
Informação foi passada à CNN por oficial norte-americano.




O capitão norte-americano Richard Phillips, 53, pulou do bote salva-vidas onde era mantido refém por quatro piratas neste domingo (12). Em seguida, marinheiros dos EUA que estavam em uma embarcação próxima atiraram contra o bote, matando três de seus ocupantes, segundo um oficial ouvido pela rede “CNN”.



O quarto pirata estava no navio de guerra USS Bainbridge, negociando com a Marinha dos EUA, e foi levado sob custódia.

Após se jogar nas águas da costa da Somália, Phillips foi resgatado por oficiais norte-americanos. Ele já havia tentado a mesma estratégia na sexta-feira (10), mas foi recapturado. Nas últimas horas, três navios de guerra americanos vigiaram de perto o pequeno bote salva-vidas.

Phillips foi resgatado por forças navais dos EUA às 19h19 (13h19 de Brasília), informou a Quinta Frota da Marinha americana em comunicado. O capitão foi, inicialmente, levado a bordo do navio USS Bainbridge, antes de ser transferido para o navio anfíbio de assalto USS Boxer, "onde contatou sua família, recebeu avaliação médica de rotina e está descansando confortavelmente", acrescentou a nota. A foto abaixo, divulgada neste domingo, mostra o capitão após a operação de resgate.
Phillips estava refém dos piratas desde quarta-feira (8) e era mantido a bordo do bote estreitamente vigiado pelo Exército dos Estados Unidos. O navio de transporte de contêineres Maersk Alabama, com 20 tripulantes americanos a bordo, foi atacado por piratas no litoral da Somália, no Oceano Índico. A embarcação de propriedade dinamarquesa, com bandeira americana, foi tomado quando se dirigia ao Quênia levando ajuda humanitária destinada à Somália e a Uganda.

Durante o ataque de quarta, o capitão norte-americano se ofereceu como refém. Na ocasião, Phillips falou para toda a tripulação se trancar em uma cabine e então se rendeu, protegendo a equipe. A tripulação conseguiu dominar alguns dos piratas, mas eles escaparam, levando o capitão. Os sequestradores teriam pedido resgate de US$ 2 milhões por sua libertação.

A embarcação e a tripulação -- com exceção do capitão -- chegaram sábado (11) a seu destino inicial, o porto queniano de Mombassa. Quando foi informada sobre o resgate deste domingo, a tripulação, que ainda está no porto, comemorou e sacudiu uma bandeira dos Estados Unidos em comemoração.
Segundo a agência de notícias Reuters, esse é o primeiro norte-americano feito refém pelas gangues de piratas somalis, que tem saqueado o movimentado Golfo de Aden e o Oceano Índico, locais de embarques há anos.
Pai de dois filhos, Phillips cresceu em uma família de oito irmãos e foi motorista de táxi para pagar seus estudos na academia marítima.


Tensão

As negociações para seu resgate atravessaram momentos de grande tensão nas últimas horas, depois de um grupo que intermediava as conversas em nome dos piratas ter interrompido o diálogo por causa de uma ação dos EUA para prender os sequestradores.


A suspensão das conversas aconteceu após um breve tiroteio no sábado, quando os piratas tentaram afastar um pequeno bote da Marinha americana que tentou se aproximar para fazer contato direto com eles. Os piratas chegaram inclusive a ameaçar matar Phillips depois de serem atacados.

Muito ativos em 2008, os piratas somalis voltaram a atacar na semana passada, apesar dos navios de guerra de todo o mundo mobilizados na área.
Na última sexta-feira, o Exército da França conduziu uma operação de resgate no veleiro francês Tanit, capturado por piratas no golfo de Aden. Um refém e dois piratas morreram durante a ação. Os quatro reféns libertados devem chegar a Paris neste domingo.

* Com informações da AFP, AP, Efe e Reuters

Obama está decidido a impedir pirataria na costa somali

WASHINGTON, EUA, 12 Abr 2009 (AFP) - O presidente americano, Barack Obama, garantiu, neste domingo, que os Estados Unidos estão "decididos" a combater a pirataria na costa da Somália, após o resgate de um capitão que estava nas mãos de quatro sequestradores.

"Continuamos decididos a deter o aumento da pirataria nessa região", frisou Obama, de acordo com nota divulgada pela Casa Branca.

"Para atingir essa meta, devemos continuar trabalhando junto com nossos sócios para prevenir futuros ataques, estar preparados para impedir atos de pirataria e nos assegurar de que aqueles que cometerem atos de pirataria sejam julgados por esses crimes", acrescentou.

Libertado capitão americano sequestrado por piratas

MOGADÍSCIO, Somália, 12 Abr 2009 (AFP) - O capitão americano Richard Phillips, retido há cinco dias por piratas somalis em um bote salva-vidas no Oceano Índico, foi libertado e está "são e salvo", anunciou neste domingo à AFP Laura Tischler, uma porta-voz do departamento de Estado.
"Posso confirmar que o capitão Phillips foi recuperado são e salvo", declarou Tischler, sem especificar se a libertação do refém ocorreu após uma intervenção das forças americanas.

Citando responsáveis americanos, a rede CNN informou que três piratas foram mortos e um quarto, preso.

Segundo a CNN, Phillips, que não foi ferido, se encontra neste momento a bordo do cruzador USS Bainbridge, um dos dois navios americanos presentes no local. A rede de TV afirmou que a libertação aconteceu quando um dos quatro piratas estava em negociações no Bainbridge.

Nos Estados Unidos, no estado de Vermont (nordeste), onde vive a família de Phillips, vizinhos que participavam de uma missa expressaram seu alívio com a libertação.

"Estou muito feliz, não consigo acreditar que ele esteja são e salvo. Ele é realmente um herói", declarou à CNN Stephen Herrera, vizinho do capitão.

O Maersk Alabama, um navio de transporte de contêineres da filial americana Maersk Line com 20 tripulantes americanos a bordo, foi atacado quarta-feira às 05H00 GMT (02H00 de Brasília) por piratas a cerca de 500 km das costas da Somália, no Oceano Índico.

Em circunstâncias ainda não esclarecidas, a tripulação conseguiu recuperar o controle do navio na noite de quarta-feira. Somente o capitão Richard Phillips ficou em poder dos piratas.

Desde quarta-feira, o capitão estava sendo retido por quatro piratas em um bote salva-vidas em pleno oceano. Na madrugada de sexta-feira, ele tentou fugir nadando, mas foi recuperado por seus captores.

Sexta-feira, os piratas pediram o pagamento de um resgate para libertá-lo.

Sábado, o Maersk Alabama e o restante da tripulação chegaram a seu destino inicial, o porto queniano de Mombassa.

Na manhã deste domingo, chefes tribais somalis reiniciaram sua mediação para obter a libertação do capitão.

"Sábado, os piratas exigiram de ser libertados depois de soltarem o capitão, mas os americanos disseram que os entregariam às autoridades de Puntland. É por isso que as negociações fracassaram", explicou à AFP um chefe tribal, Mohamud Jamad.

Nos Estados Unidos, senadores afirmaram neste domingo, antes da libertação de Phillips, que Washington devia ser "mais agressivo" e não ceder à "chantagem".

Muito ativos em 2008, os piratas somalis voltaram a atacar na semana passada, apesar dos navios de guerra de todo o mundo mobilizados na área.

Esta recrudescência dos ataques, após um início de 2009 relativamente calmo, se deve às condições meteorológicas favoráveis e à aquisição pelos piratas de equipamentos mais modernos, graças ao dinheiro dos resgates de 2008.

O Buccaneer, um rebocador italiano com 16 tripulantes a bordo - 10 italianos, cinco romenos e um croata - foi capturado sábado no golfo de Aden. Em apenas uma semana, os piratas também sequestraram um barco britânico, um taiwanês, um alemão e um iemenita.

Os piratas em poder do Buccaneer se dirigiam neste domingo para a aldeia de Lasqorey, no golfo de Aden.

"O rebocador está seguindo para Lasqorey com mais de dez piratas a bordo. Ele é escoltado por três lanchas", declarou à AFP um dos líderes dos piratas, que não quis ser identificado, em Eyl, o principal feudo dos piratas em Puntland.

A informação foi confirmada à AFP por um comerciante que vendeu combustível a este grupo de piratas.

Sexta-feira, o Exército da França conduziu uma operação de resgate no veleiro francês Tanit, capturado por piratas no golfo de Aden. Um refém e dois piratas morreram durante a ação. Os quatro reféns libertados chegaram a Paris na tarde deste domingo.

Forças Armadas têm 2,2 mil vagas com inscrições abertas

Governo autorizou outros 382 cargos; concursos saem em breve.
Saiba como é a carreira na Aeronáutica, Exército e Marinha.

As Forças Armadas - Aeronáutica, Exército e Marinha - têm 2,2 mil vagas em oito concursos públicos com inscrições abertas. Há cargos para todos os níveis de escolaridade. Os salários não foram informados.

Além dos concursos com inscrições abertas, há 382 vagas autorizadas pelo governo, para concursos que devem sair nos próximos meses - após a autorização, o órgão deve publicar o edital de abertura em até seis meses.

LISTA DE CONCURSOS ABERTOS NAS FORÇAS ARMADAS

INSTITUIÇÃO TOTAL DE VAGAS CARGOS ESCOLARIDADE
Aeronáutica 455 sargentos nível médio
Marinha 1.520 fuzileiros navais nível fundamental
Marinha 233 área técnica, administrativa e médica nível superior

LISTA DE CONCURSOS AUTORIZADOS NAS FORÇAS ARMADAS

INSTITUIÇÃO TOTAL DE VAGAS CARGOS ESCOLARIDADE
Aeronáutica 95 professor nível superior
Hospital das Forças Armadas 287 assistente e analista administrativo nível médio e superior

Saiba como ingressar

Os requisitos para ingresso nas três instituições variam de acordo com os cargos. Para a maioria das funções, há restrição de faixa etária. As exigências para cada curso constam nos editais dos concursos. Os candidatos aprovados passam por prova escrita, teste físico, avaliação psicológica e fazem curso de formação remunerado. Em alguns casos, o ingresso se dá por meio de escolas preparatórias.



Embora os militares tenham benefícios por trabalhar nas Forças Armadas, as instituições destacam que a carreira militar exige dedicação exclusiva, disponibilidade para mudar de cidade e exige disciplina. Veja abaixo detalhes de cada instituição.

Aeronáutica

Para ser soldado, é preciso ingressar por meio do serviço militar obrigatório. É possível entrar na Força Aérea como militar dos 14 anos aos 42 anos por meio de escolas preparatórias.
Os civis podem entrar por concursos para oficiais e sargentos
Quem ingressa na Aeronáutica com ensino médio e conclui nível superior não tem promoção automática, deve se inscrever em processos seletivos assim como os civis. Há também promoção por tempo de serviço.

Exército

O ingresso na carreira militar do Exército só é possível por concurso por meio das escolas preparatórias - veja o site do Exército.
De acordo com o Exército, as escolas de formação exigem disciplina e a maioria tem regime de internato.
Na instituição, as promoções ocorrem conforme o tempo de serviço e merecimento. No caso de conclusão de cursos, o militar tem um pequeno acréscimo nos vencimentos.
A profissão tem riscos, conforme o Exército: risco de vida, sujeição a preceitos rígidos de disciplina, dedicação exclusiva e disponibilidade permanente, proibição de participar de atividades políticas, e restrições de direitos trabalhistas.
O militar não tem direito à remuneração do trabalho noturno e pode ter jornada superior a oito horas diárias.

Marinha

Para ingressar na instituição, é possível ter qualquer nível de escolaridade. Os concursos de nível superior selecionam formados para a área administrativa. Para Quadros de Praças, é possível ter nível médio ou fundamental. Para seguir carreira e assumir funções de comando e direção, é preciso entrar pelo Colégio Naval e a Escola Naval - veja o site da Marinha.

A remuneração inicial varia entre R$ 570 para nível fundamental e R$ 4.870 para nível superior. A remuneração final chega a R$ 13 mil.

A instituição tem um plano de carreira e oferece promoções por mérito ou tempo de serviço. É possível obter promoção realizando processos seletivos internos. Quem trabalha na Marinha têm direito a assistência médica para si e para os dependentes, férias e moradia em alojamentos da União.

sábado, 11 de abril de 2009

Supercargueiros Aéreos – Mobilidade Global ao Brasil

Edilson Moura Pinto para o Defesa BR

Os boatos estão se espalhando, mas até agora a Fab ainda não confirmou a intenção sobre uma aeronave supercargueira. Agora, a Aircraft Monthly de abril de 2009 publicou uma extensa seção dando conta de que a FAB teria a intenção de adquirir entre 6 e 12 cargueiros pesados e que os favoritos seriam o C-17 e o Il-96.

O artigo diz que isso está previsto na END, a qual prevê a capacidade de mobilidade global às forças armadas brasileiras. Não se confirma se as “pretendidas” aquisições serão de aeronaves usadas e/ou novas, mas, segundo alguns entendidos, poderiam ser mistas.

O fato interessante é que a pretensão de se operar esse tipo de aeronave mostra um pouco do que se pretende para as forças armadas brasileiras nos próximos anos. Uma força com capacidade de ação global e ainda que limitada, comparativamente à Rússia e EUA, seria nesse quesito superior, por exemplo, à Europa inteira.

Afirma-se que o Ministério da Defesa pretende criar um Comando Conjunto de Transporte e Logística Aéreo - CCTLA, nos moldes do Air Mobility Command AmC das Forças Armadas americanas.

Isso tudo foi dito por mim há 3 anos, no artigo ATLAS aqui no site DEFESA BR, em que considerava o ANT-124. Este também é candidato, segundo a revista (mas com poucas chances devido a pendenga entre Rússia e Ucrânia).

Na altura, muitos achavam a idéia demasiadamente suntuosa para o Brasil, mas como podemos ver, como os castelos nascem dos sonhos, faltam sonhadores e pessoas determinadas a transformar o Brasil numa nação digna do título.

Estes aviões seriam muito bem-vindos e são muito necessários para a integração e para prover a capacidade de mobilização de forças de reação rápida. Esperemos que sejam concretas as pretensões e que se efetivem.

sexta-feira, 10 de abril de 2009

Capitão refém de piratas tentou fugir de madrugada; EUA enviam reforços para região

O capitão americano que é mantido como refém por piratas da Somália tentou fugir dos sequestradores durante a madrugada desta sexta-feira. De acordo com meios de comunicação nos Estados Unidos, Richard Phillips, que está em um bote salva-vidas com os piratas na costa somali, conseguiu lançar-se ao mar mas foi recapturado.

A tentativa de fuga foi observada de um navio da Marinha americana que está nas proximidades mas a recaptura foi rápida demais para que seus tripulantes resgatassem Phillips. Ele foi capturado quarta-feira por piratas que tentaram sequestrar o cargueiro que ele comandava , o Maersk Alabama. Os piratas chegaram a assumir o controle do navio por algumas horas, mas enfrentaram resistência da tripulação e fugiram levando Phillips como refém.
A Marinha dos Estados Unidos anunciou na manhã desta sexta-feira que está enviando reforços da sua frota naval para a região na tentativa de tentar libertar Phillips. Segundo o chefe do Comando Central militar dos Estados Unidos, general David Petraeus, os reforços - que seriam dois navios de guerra - devem chegar à região em um prazo de 24 a 48 horas. Segundo ele, já há um destróier bem próximo do bote salva-vidas onde está o capitão Richard Phillips.

Agentes do FBI, a polícia federal americana, estão envolvidos nas negociações para a libertação do capitão. Analistas dizem que as negociações podem ser longas e é possível que os piratas exijam uma grande quantia de resgate, além de indenização por um outro barco que foi afundado durante o ataque. Calcula-se também que o bote esteja equipado com mantimentos para uma semana, embora marinheiros do Maersk Alabama digam que os sequestradores estariam sem combustível.

Segundo o último contato via rádio com os piratas, "o capitão está ileso", enquanto que o resto dos tripulantes segue para um porto.

"Todos os membros da tripulação exceto o capitão se encontram a salvo, a bordo do 'Maersk Alabama', e podemos confirmar que o navio já abandonou a área", disse a companhia dinamarquesa Maersk, proprietária do navio sequestrado no litoral da Somália.

A empresa não esclareceu o que aconteceu com a carga do navio, que quando foi sequestrado transportava 232 contêineres de comida do Programa Mundial de Alimentos da ONU (Quiz: teste os seus conhecimentos sobre piratas) .

"Por razões de segurança, não podemos fornecer detalhes sobre a carga da embarcação", declarou a companhia.

Especialistas em negociação de reféns do FBI foram chamados para apoiar as negociações pela libertação do capitão americano em poder dos piratas somalis.

"A Marinha chamou negociadores do FBI para a ajudar nas negociações com os piratas somalis e eles estão plenamente concentrados nesta tarefa", explicou em nota o porta-voz da polícia federal americana, Richard Kolko.

O secretário da Defesa dos Estados Unidos, Robert Gates, disse em Washington que a libertação do capitão "é uma prioridade". A secretária de Estado americana, Hillary Clinton, qualificou os piratas como "nada mais do que criminosos". Segundo ela, o bote que transporta os piratas e o refém americano estaria ficando sem combustível. O vice-presidente dos EUA, Joe Biden, afirmou que o país está trabalhando "contra o relógio" para resolver o sequestro de Richard Phillips. As declarações foram feitas horas depois de o presidente Barack Obama se negar a fazer qualquer comentário sobre o assunto.

O navio foi capturado a cerca de 500 quilômetros da costa da Somália, região onde a pirataria é disseminada. Essa foi a primeira vez que piratas somalis fizeram cidadãos dos EUA como reféns.

- Há uma força tarefa presente na região para deter qualquer tipo de pirataria, mas o desafio é muito grande. É difícil de monitorar o tempo todo - afirmou o porta-voz, tenente Nathan Christensen.

De acordo com especialistas, os piratas, que costumavam atacar mais perto do litoral, estão mudando sua estratégia e atuando em mar aberto, para tirar vantagem de dezenas de milhares de milhas quadradas não patrulhadas.

O Maersk Alabama é o sexto navio sequestrado na região em uma semana. Autoridades explicaram que, por causa do mau tempo, os ataques dos piratas diminuíram no início do ano, mas agora, com a melhora, voltaram com força.

terça-feira, 7 de abril de 2009

Brasil poderia produzir nova geração de caças russos sob licença


MOSCOU, 7 abr (RIA Novosti) – A Rússia pode permitir que o Brasil produza seus caças de quinta geração no futuro sob licença, disse um oficial sênior do governo russo em uma entrevista à RIA Novosti.

“Estamos discutindo com a renomada empresa brasileira Embraer a transferência de tecnologia e construção de instalações para a futura produção licenciada de aviões, incluindo os caças de quinta geração”, disse Alexander Fomin, diretor adjunto do Serviço Federal de Cooperação Técnico-Militar.

O avançado caça multitarefa russo está sendo desenvolvido pela fabricante de aeronaves Sukhoi, parte da United Aircraft Corporation (UAC) russa, juntamente com a indiana Hindustan Aeronautics Limited (HAL), ao abrigo de um acordo intergovernamental preliminar assinado em outubro de 2007.

O primeiro protótipo está programado para fazer o seu vôo inaugural antes do final de 2009.

Em novembro passado, Rússia e Brasil assinaram uma série de acordos em matéria de cooperação em tecnologia militar, que enfatizam a proteção dos direitos de propriedade intelectual e segredos tecnológicos.

Os acordos vão facilitar a transferência de tecnologia e de produção autorizada de aeronaves russas no Brasil, se Moscou decidir assinar um contrato com o país sul-americano.

Enquanto isso, o caça russo Su-35 participa de uma presente licitação para a entrega de mais de 100 caças para a Força Aérea Brasileira.

“Estamos participando ativamente da disputa brasileira, que foi reaberta. Ela envolve mais de 100 caças. A Rússia fez uma proposta com os seus caças multitarefa Su-35.

A concorrência tem rígidos requisitos, que envolvem não só a venda, mas também a transferência de tecnologia. Trata-se de uma condição essencial do negócio e a Rússia está pronta para satisfazê-la “, disse Fomin.

O Brasil quer um caça multitarefa para proteger o seu espaço aéreo nacional, bem como acompanhar os contrabandistas na bacia amazônica e guardar as plataformas petrolíferas ao largo da costa do país.

No entanto, ele também quer que o contrato multi-bilionário reenergize a indústria nacional de defesa através de uma crescente produção doméstica, além de tanta transferência de tecnologia quanto possa lhe ser concedida.

Nosso Comentário:

Essa notícia da RIA Novosti nos deixa cientes de que muito do que está acontecendo nas altas esferas sequer chega ao nosso leigo conhecimento.

O russos estariam mesmo discutindo com a Embraer a transferência de tecnologia e construção de instalações para a futura produção licenciada de aviões, incluindo os caças de quinta geração?

Entendemos que estão falando do PAK-FA e/ou do Su-35BM também. Afinal, um viria sem o outro? No Brasil, tudo será negado até a morte por nossas autoridades, e com razão.

O Su-35BM não está passando pela atual fase em que equipes de pilotos brasileiros estão verificando in loco os aparelhos oferecidos. Seria por que o Su-35BM Super Flanker já teria sido estudado exaustivamente no FX-1?

Este poderia ser um argumento levantado mais à frente, a fim de explicar alguma mudança radical na decisão do FX-2. Rafale, Super Hornet e Gripen NG não participaram daquela contenda, lembram-se? Muito estranho tudo isso…

Na mesma edição, há a infomação de que os helicópteros Mil Mi-35 começarão a ser entregues ainda este ano.

sexta-feira, 3 de abril de 2009

”Esse é o cara”, afirma Obama, sobre Lula

“É o mais popular político do mundo”, diz americano

Andrei Netto - Londres

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, revelou ao mundo ter um brother (irmão) no G-20: Luiz Inácio Lula da Silva. A confidência veio à público na tarde de ontem, quando uma conversa informal entre os líderes reunidos na Cúpula de Londres foi captada pela rede de TV britânica BBC: “Eu adoro esse cara!”, disse o americano a colegas, após um íntimo aperto de mão com o brasileiro.

Obama, ao lado do secretário do Tesouro, Timothy Geithner, e do primeiro-ministro da Austrália, Kevin Rudd, inclinou o corpo e fez amplo, jovial e informal gesto para apertar a mão de Lula. Voltando-se aos colegas, disse: “Esse é o cara! Eu adoro esse cara! É o mais popular político do mundo!”

Sem a mesma desinibição, Rudd entrou na brincadeira: “É o mais popular político veterano do mundo”. Obama, então, completou: “É porque ele é boa pinta”.

Durante o diálogo, Lula - que ouviu a tradução pelo intérprete da presidência, Sérgio Ferreira - sorriu. Veiculado nos canais britânicos e internacionais de TV, o diálogo confirmou os rumores que circulavam em Londres: entre os líderes do G-20, Lula foi uma celebridade pop.

Os sinais de seu carisma internacional se multiplicaram ao longo da semana. Antes de chegar a Londres, ele foi recebido pelo presidente da França, Nicolas Sarkozy, no Palácio do Eliseu. Juntos, almoçaram e fizeram uma declaração à imprensa em Paris repleta de afagos mútuos. Depois, Lula seguiu para a capital britânica.

Sua opção de percorrer os 455 quilômetros que separam Paris de Londres em trem-bala, e não no avião presidencial, provocou elogios do The Guardian, impressionado pela consciência ambiental da delegação brasileira.

A reportagem ignorou que o aerolula voou só com a tripulação para pegar a delegação hoje. A badalação em torno de Lula continuou na Inglaterra. Na foto oficial, no Palácio de Buckingham, ele se sentou à esquerda da rainha Elizabeth II. A distinção lhe foi oferecida por ser o mais antigo líder entre os membros do G-20.

A série de afagos não deslumbrou Lula, ao menos publicamente. Questionado por jornalistas sobre a intimidade com Obama, minimizou: “A frase do Obama deve ter sido um gesto de gentileza, uma brincadeira. Tenho consciência do meu tamanho, da minha importância e tenho consciência de cada companheiro também.”

Lula retribuiu as carícias. “O Obama, eu disse a ele, é o primeiro presidente dos EUA que têm a cara da gente. Se você encontra ele, vai pensar que é baiano. Se o encontrar no Rio, vai pensar que é carioca. É o primeiro que é parecido com todo mundo”.

Nosso Comentário:

Lula Vira Celebridade Pop entre os Líderes Mundiais

Na foto oficial com a rainha Elizabeth II, houve uma distinção a Lula por ser o mais antigo líder entre os membros do G-20. O Brasil teve a presidência rotativa do grupo em 2008. Já em 2009, a liderança pertence ao Reino Unido.

Havia rumores circulando em Londres de que, entre os líderes do G-20, Lula tornara-se uma espécie de celebridade pop. A brincadeira de Obama com ele só serviu para comprovar isso. Faltam agora os autógrafos e as fotos.

Gastos militares do Brasil estão muito abaixo dos demais Brics

Se no lado econômico os Brics –Brasil, Rússia, Índia e China– têm semelhanças e potenciais de crescimento comparáveis, quando o assunto é defesa o Brasil tem “outra realidade”.

A avaliação de militares e especialistas ouvidos pela BBC Brasil é que os investimentos militares estão abaixo do necessário para um país com o tamanho e com as pretensões do Brasil.

“Não precisamos nos tornar uma potência militar, capazes de conquistas. É apenas uma questão de termos forças compatíveis com a ambição estratégica do país”, diz o general Augusto Heleno Ribeiro, que chefiou as tropas brasileiras em missão no Haiti.

Os historiadores costumam classificar o Brasil como um país de caráter pacifista, ou seja, que evita utilizar recursos militares em situações de conflito com outros países.

O Brasil, por exemplo, está vetado pela constituição de produzir armas nucleares. Já os outros três emergentes do grupo têm esse tipo de arma.

“Não temos a necessidade, felizmente, de ter o aparato que esses países possuem. Mas ainda assim estamos longe do ideal”, diz o general Heleno.

O pesquisador Thomas Costa, da National Defense University, em Washington, diz que o país não precisa necessariamente abrir mão da característica pacifista, mas que essa cultura precisará ser “repensada”, se o país quiser atingir certos objetivos.

“O fato de um país ter uma força bem estrutura não significa que terá de usá-la. Mas a partir do momento em que o Brasil demonstra interesse em participar de questões relativas à segurança mundial, terá de estar preparado para o custo”, diz Costa.

Influência

O Brasil vem pleiteando uma vaga permanente no Conselho de Segurança da ONU, demanda que se tornou uma das marcas da diplomacia atual.

Ainda que a reforma no Conselho fosse aprovada –o que os especialistas acham improvável, mesmo nos próximos dez anos –a avaliação é de que o país, hoje, não estaria preparado para assumir essa função.

“Se entrarmos no Conselho de Segurança com as forças militares que temos hoje, seríamos apenas enfeite”, diz o especialista em Ciências Políticas e consultor da MCM, Amaury de Souza.

Segundo ele, a diversificação dos polos de poder, uma tendência para os próximos anos, exige que países de média influência, como o Brasil, tenham um arsenal militar relativamente maior. “Um mundo multipolar é também um mundo mais instável”, diz.

Mesmo fora do Conselho de Segurança, o Brasil vem demonstrando interesse em ampliar sua participação em questões internacionais. Recentemente, o Itamaraty tentou contribuir na intermediação entre palestinos e israelenses.

“É o tipo de questão da qual só participa quem tem algum poderio militar. A influência brasileira cresceu muito, mas ainda está restrita a assuntos econômicos”, diz Souza.

Diretrizes

Em novembro passado, o governo brasileiro divulgou sua Estratégia Nacional de Defesa, um conjunto de diretrizes que pretende reformular a questão militar no país.

Mesmo vago, o plano foi bem recebido por especialistas. O texto de quase cem páginas prevê a readequação das três forças armadas de acordo com os “interesses estratégicos” do país.

O texto traça os objetivos de médio e longo prazo para o setor, como por exemplo, a modernização das três forças e o incentivo à indústria bélica nacional.

Falta agora o governo discutir como essas tarefas serão colocadas em prática. O plano não fala, por exemplo, de orçamento e prioridades nos gastos - principal alvo de críticas por especialistas.

O Brasil é 12º país que mais investe em defesa no mundo, de acordo com o Instituto Internacional de Pesquisa da Paz de Estocolmo (Sipri, na sigla em inglês). É também o campeão na América Latina. A previsão, para este ano, é de um gasto de R$ 50 bilhões.

Desse montante, 80% é destinado ao pagamento de salários e pensões. Outros 12% vão para despesas administrativas (custeio) e 8% para investimentos.

“Esse desequilíbrio compromete a modernização das forças armadas”, diz Souza.

Tabu

Além da questão orçamentária, os especialistas apontam ainda outro fator que pode atrapalhar o desenvolvimento militar brasileiro: a memória da ditadura.

“Em diversos setores da sociedade, sobretudo nas camadas decisórias, existe uma forte rejeição aos militares”, diz o historiador Carlos Fico, da UFRJ. Segundo ele, essa rejeição “não permite nem que o assunto da defesa seja debatido”.

Na avaliação do professor, os militares, por sua vez, “são prisioneiros de velhos hábitos corporativistas”, o que também prejudica o debate.

“O país vai ter de amadurecer para esse debate. As forças armadas precisam acompanhar a maior proeminência do país”, diz.

Nosso Comentário:

Quando o assunto é defesa, o Brasil está a milhares de anos-luz dos outros BRICs, pois Rússia, Índia e China tratam o assunto muito a sério. Eles não se deixam levar por corrupção e não se espelham em revanchismos internos estúpidos. E acima de tudo, não atiram no próprio pé, deixando seus países totalmente desprotegidos.

Mesmo que os russos tenham reduzido bastante seu poderio militar desde o colapso da URSS, seus políticos não deixaram de lado o tema. Pelo contrário, há poucos dias foi divulgado um plano de retorno aos fortes investimentos em suas forças armadas.

O problema brasileiro não é tanto revanchismo ou tabus, é de falta de responsabilidade e de leis de verdade, aquelas que punem de fato seus governantes em todos os níveis.

Em defesa, os investimentos acontecem como em saúde, educação e segurança, onde as coisas hoje parecem que funcionam, mas é tudo ilusão. Todos sabem disso e ninguém reclama. O povo sofre, mas tem é medo dessas chamadas “camadas decisórias”.

As verbas nas mãos dos nossos políticos e seus tecnocratas só existem mesmo para financiar seus interesses. Revanchismo e preconceitos do passado passam longe de suas mentes atarefadas.

Por ainda haver uma grande ausência de planejamento de estado em nível adequado, que governo algum poderia modificar para menos, os investimentos militares continuarão abaixo do necessário para um país com o tamanho e com as pretensões do Brasil.

Mas o que será que pretendem o Brasil e seu povo? Ninguém sabe!

Ex-ministro da Defesa de Chávez é preso na Venezuela

O general de reserva Raúl Isaías Baduel, ex-ministro da Defesa de Hugo Chávez, foi preso nesta quinta-feira por agentes da Justiça Militar da Venezuela, acusado de enriquecimento ilícito. Um dos fundadores do "movimento bolivariano", Baduel rompeu com o governo e passou à oposição em 2007.

O procurador-geral militar, general Ernesto Cedeño, afirmou ter encontrado novas evidências de corrupção durante a gestão de Baduel como funcionário do governo e que, por este motivo, foi solicitada uma ordem de prisão contra o ex-ministro.

"Apareceram elementos de credibilidade suficiente (...) que presumem uma alta quantidade subtraída das Forças Armadas (...)", afirmou Cedeño em entrevista ao canal estatal de televisão.

De acordo com o general, Baduel poderá permanecer preso por 45 dias, até que a acusação seja formalizada no Tribunal Militar.

Pouco antes, a mulher de Baduel, Cruz de Baduel, afirmou em entrevista ao canal privado Globovisión que agentes da inteligência militar apontaram armas para a cabeça do ex-ministro no momento da detenção.

Investigação

No início de 2008, foi iniciada uma investigação sobre suposta corrupção durante gestão de Baduel no Comando do Exército e no Ministério da Defesa.

A Corregedoria Militar afirma ter encontrado indícios de desvio de 31 milhões de bolívares (equivalente a US$ 15 milhões) na época em que Baduel esteve à frente desses gabinetes.

O advogado de Baduel, Omar Mora Tosta, alega que não há "razões jurídicas" para a detenção, porque o ex-ministro teria comparecido às audiências convocadas pelo Tribunal Militar.

"Ele tem o direito de permanecer em liberdade enquanto o processo está em curso", afirmou Tosta.

De aliado a opositor

Junto com Chávez e outros militares, Baduel foi um dos fundadores de um movimento dentro das Forças Armadas que tentou dar um golpe militar em 1992, durante o governo de Carlos Andrés Pérez.

Mesmo com o fracasso do golpe, Chávez e seu "movimento bolivariano" acabaram se tornando uma força política alternativa no país, o que fez com que ele ganhasse as eleições presidenciais de 1998.

Baduel tinha papel-chave no governo e, em abril de 2002, passou a ser considerado pelos simpatizantes do presidente como um "herói da revolução bolivariana", por ter ajudado a neutralizar o golpe de Estado que tirou Chávez do poder durante dois dias.

Em julho de 2007, no entanto, Baduel foi destituído do cargo de ministro da Defesa e, meses depois, rompeu formalmente com o governo, após classificar como "autoritário" um projeto de reforma constitucional que, entre outros temas, promovia a reeleição ilimitada à Presidência.

Na ocasião, o ex-ministro acusou o presidente venezuelano de pretender "perpetuar-se no poder".

Desde então, Chávez e seus simpatizantes passaram a classificá-lo como um "traidor".

Itaipu: Uma fonte de riqueza e problemas para Brasil e Paraguai

Avaliada atualmente em 60 bilhões de dólares, ela é vista como um elefante-branco pela esquerda brasileira por ser a maior e mais importante obra construída no Regime Militar. A Usina Hidrelétrica de Itaipu conserva ainda hoje seu status de obra-prima da engenharia sul-americana, sendo também, a mais importante instalação estratégica a ser defendida na região sul do Brasil. E a mais vulnerável.

Ninguém espera que o Paraguai vá “atacá-la ou conquistá-la”. Isso é e sempre será uma discussão absurda e que foge da realidade militar do país vizinho. O perigo vem de dentro do território dos dois sócios, com a presença massiva de movimentos irregulares - ditos sociais e amparados discursiva e financeiramente por governos populistas - que a exemplo do que foi realizado em Tucuruí, estão preparados para empreender ações terroristas dentro destas instalações vitais ao Estado.

Esse é o grande dilema de Itaipu: as questões históricas, políticas, sociais e os tratados binacionais. No que hoje é o leito do Lago de Itaipu já existiu uma séria discussão territorial. Da Guiana ao Rio Grande do Sul o Barão do Rio Branco havia, já no início do século XX resolvido os conflitos fronteiriços. Restava dar atenção à fronteira com o Paraguai, que ainda na década de 60 possuía questões pendentes e que quase colocaram os dois países numa segunda guerra.

Itaipu é a única obra do Sistema Elétrico Brasileiro que não foi concebida nem pela Eletrobrás nem pelo Ministério de Minas e Energia, mas pelo Ministério das Relações Exteriores. Uma das razões para isso era uma pequena faixa de terra, uma zona de litígio de 62 mil km² na região das “Sete Quedas”, conhecida no Paraguai como “Salto del Guairá”. Essa delimitação de fronteira nunca foi aceita pelo país vizinho e sobre ela houve a inundação que formou o Lago de Itaipu. A partir daí, criava-se um problema que poderia provocar sérias discussões no futuro.

Sobre a construção da usina, são verdadeiras as alegações de que o Paraguai só contribuiu com parte de sua margem e metade das águas. Os recursos financeiros, o brilhantismo do projeto e a execução desta mega-obra de engenharia ficaram ao “encargo” do Brasil. Para dirimir quaisquer questões, foram assinados a Ata de Iguaçú (1966) e o Tratado de Itaipu (1973), acordos internacionais que regulamentavam a utilização das águas e todas as questões referentes à administração da Usina Hidrelétrica Binacional de Itaipu.

Quatro décadas depois, o governo paraguaio decide que quer renegociar o Tratado. Juridicamente, um tratado é muito mais que uma lei, e só está abaixo da Constituição. Portanto, para modificá-lo seria necessário renegociá-lo inteiramente e depois submetê-lo à aprovação dos Congressos dos dois países.

Se já não bastasse à sensibilidade histórica dos paraguaios em relação ao Brasil devido à guerra por eles provocada e da qual saíram derrotados, seu governo utiliza uma política perigosa quando aborda a questão de Itaipu, denunciando o que chama de “espoliação imperial brasileira” sobre o pobre povo paraguaio.

A exemplo de outros líderes latino americanos o presidente Fernando Lugo prometeu ganhar a questão no grito. Embora estando tão perto, ele foi um pouquinho mais longe que seus pares, e impôs um ultimato para que o assunto seja resolvido: agosto de 2009. Resta esperar e saber qual será a posição do governo brasileiro sobre o assunto assim que o prazo final de Lugo acabar

A derradeira fase de seleção do caça que a Força Aérea Brasileira (FAB) pretende adquirir

COSME DEGENAR DRUMOND
degenar@terra.com.br
Diretor de Jornalismo da Editora de Cultura Ltda.

Nas últimas semanas de março, a Gerência do Projeto F-X2 (GPF-X2) promoveu reuniões (face-to-face meeting) com a Boeing, SAAB e Dassault, nessa ordem, determinada por sorteio, para discussão do conteúdo das propostas que apresentaram originalmente em 2 de fevereiro último. Durante uma semana, cada empresa foi sabatinada, ocasião em que dúvidas foram sanadas e o aprimoramento das ofertas sugerido, inclusive com elementos novos, em logística, compensação comercial (Offset), aspectos técnico-operacionais e industriais e de transferência de tecnologia.

A fase seguinte, de visitas técnicas às três empresas, será centrada em dois objetivos: avaliação de instalações industriais, logística, oficinas de manutenção, laboratórios e esquadrões operacionais; e avaliação em vôo das aeronaves F-18 E/F, Rafale e Gripen NG. Três equipes de engenheiros e pilotos de teste cuidarão dessa fase, com cada uma seguindo para os EUA, Suécia e França. Enquanto os pilotos voam os aviões, os engenheiros verificam as competências dos fabricantes.

No F-X1 uma só equipe operou os aviões finalistas. Desta vez, contudo, o Comando da Aeronáutica inovou. Um só piloto avaliando mais de um avião pode ser traído na sua avaliação pelo gosto pessoal. Já três pilotos cumprindo esse papel, com cada um avaliando uma aeronave, o resultado é melhor. A partir de seus relatórios, a GPF-X2 quantificará, entre outros fatores, razão de subida, velocidade, operação de pouso e decolagem, qualidade de vôo e sensibilidade dos aparelhos.

No período das avaliações, as empresas complementarão suas propostas entregues originalmente em 2 de fevereiro, devolvendo-as devidamente revisadas no início de maio. Com base nos relatórios finais, serão classificadas em ordem de preferência (Best and Final Offer – BAFO).

O relatório conclusivo será submetido ao Alto-Comando da Aeronáutica. Aprovado, seguirá para o Ministério da Defesa na última semana de junho, de onde será encaminhado à Presidência da República.

A partir daí, a decisão poderá ser política, considerando-se, entretanto, o parecer técnico da Aeronáutica. O futuro caça multifunção da FAB deverá ser conhecido no início de julho próximo. A expectativa é geral.

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Lula deixa almoço e evita líder sudanês

Presidente se sentaria ao lado de indiciado por crimes de guerra

Jamil Chade

A cúpula entre países árabes e sul-americanos terminou ontem em Doha, Catar, em meio a uma série de constrangimentos para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que deixou o evento sem dizer se apoia ou não o indiciamento do presidente do Sudão, Omar al- Bashir, por crimes de guerra. Lula abandonou um almoço oficial com mais de 30 líderes ao perceber que teria de sentar-se ao lado de Bashir.

O evento acabou marcado pela divisão entre os países sul-americanos em relação ao presidente sudanês, indiciado pelo Tribunal Penal Internacional (TPI) por apoiar milícias acusadas de massacres na região de Darfur que deixaram 300 mil mortos.

A cúpula teve outro momento constrangedor: assim que Lula iniciou seu discurso, o presidente da Líbia, Muamar Kadafi, levantou-se e abandonou Doha sem dar explicações.

Se Lula evitou Bashir, o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, convidou o sudanês a visitar Caracas: “O TPI é um resquício do imperialismo”, disse. Os países árabes haviam adotado na segunda-feira uma resolução rejeitando o mandado de prisão contra Bashir. O passo seguinte seria buscar respaldo dos países sul-americanos. Mas Bashir não chegou a pedir apoio.

Ao chegar para o almoço oficial, o presidente brasileiro deu-se conta de que ficaria ao lado do sudanês. Como Bashir estava atrasado, Lula não perdeu tempo: saboreou apenas a entrada e, com a chegada do presidente do Sudão, levantou-se, cumprimentou-o e alegou que precisava sair para atender a uma ligação. Não voltou mais.

Oficialmente, o Itamaraty alega que Lula queria descansar para poder enfrentar as reuniões da tarde. Lula também evitou a imprensa - que só soube depois que o presidente havia deixado o centro de conferências. O Brasil ratificou o TPI, mas até hoje não se pronunciou sobre Bashir, pois quer apoio dos árabes para obter uma vaga permanente no Conselho de Segurança da ONU.

O chanceler Celso Amorim afirmou que o tema não estava na agenda. A presidente do Chile, Michelle Bachelet, porém, disse que não compartilhava da posição de Chávez e dos árabes. O vice-presidente da Colômbia, Francisco Santos, avisou que não aceitaria posar para a foto oficial se Bashir estivesse nela. Sem explicações, o sudanês não apareceu para a foto.

O encontro terminou com uma declaração que apenas pede que o processo de paz em Darfur seja mantido e fortalecido. Diante da oposição de alguns governos sul-americanos, o TPI nem sequer foi mencionado.

Nosso Comentário:

Vejam que saia justa é sair por aí andando com tipos como Chávez, Muamar Kadafi e o sudanês Omar al-Bashir. Aconteceu de tudo na tal cúpula entre países árabes e sul-americanos, voltada a justos fins comerciais.

Assim que Lula iniciou seu discurso, o líbio Muamar Kadafi levantou-se e abandonou Doha. Aposto que Chávez discursara antes.

Em seguida, os brasileiros viram que Omar al-Bashir sentaria ao lado de Lula. Este saboreou sua entrada e, quando o acusado por crimes de guerra adentrou o salão, Lula levantou-se, cumprimentou-o e alegou que precisava sair para atender a uma ligação, dando uma típica despedida à francesa. Já Chávez, claro, convidou o sudanês a visitar Caracas.

Lula agiu bem. Compareceu à cúpula, mas não se queimou frente ao mundo conversando animadamente à mesa com tal entidade. Só falta virem comentar aqui o quanto Omar al-Bashir é um anjinho sofredor, rs
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