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Salmo 127

1 Se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam; se o Senhor não guardar a cidade, em vão vigia a sentinela.

2 Inútil vos será levantar de madrugada, repousar tarde, comer o pão de dores, pois ele supre aos seus amados enquanto dormem.

3 Eis que os filhos são herança da parte do Senhor, e o fruto do ventre o seu galardão.

4 Como flechas na mão dum homem valente, assim os filhos da mocidade.

5 Bem-aventurado o homem que enche deles a sua aljava; não serão confundidos, quando falarem com os seus inimigos à porta.

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segunda-feira, 31 de maio de 2010

Programa nuclear do Brasil é investigado após acordo com o Irã

A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), órgão de auditoria da Organização das Nações Unidas, iniciou em segredo neste mês uma força-tarefa para avaliar as atividades nucleares do Brasil. A operação ocorre após o acordo firmado entre os governos brasileiro e iraniano sobre a transferência de urânio do Irã para a Turquia. A AIEA reclama de áreas secretas no programa nuclear do Brasil. As informações são do jornal Le Monde.

Segundo o diretor da Agência de Energia Atômica, Yukiya Amano, que visitou o Brasil em março, é "frustrante" que seus inspetores não possam acessar todas as atividades de enriquecimento de urânio realizadas no país. O governo brasileiro justifica a parte secreta de suas centrífugas por razões de concorrência comercial. O importante papel desempenhado pelo Exército - em especial a Marinha - no programa nuclear brasileiro reforça as preocupações apresentadas pela AIEA. Algumas fontes do Le Monde consideram que o Brasil é um país "em risco" porque tem garantias suficientes e nunca mencionou a posse da bomba como um elemento crucial do poder por sua própria conta.



Fonte: Jornal do Brasil

Odebrecht cria joint venture com gigante europeu no campo da Defesa



Trata-se de um acordo de gigantes, a Odebrecht é um dos três maiores grupos empresariais do País e a EADS é a segunda maior corporação do mundo no campo de Defesa.


Roberto Godoy


A organização Odebrecht e o conglomerado europeu EADS DS - Defence & Security, anunciaram esta manhã, em Munique, na Alemanha, a criação de uma joint venture destinada a operar junto às Forças Armadas, organizações governamentais e indústrias nacionais, além de mercado exportador. A nova empresa será instalada em São Paulo.

É um acordo de gigantes - a Odebrecht é um dos três maiores grupos empresariais do País e a EADS é a segunda maior corporação do mundo no campo de Defesa, produtos e serviços militares. De acordo com o superintendente da Odebrecht Industrial, Roberto Simões, "a EADS DS é um parceiro com amplo interesse em transferência de tecnologia avançada".

Simões destacou as capacidades da Odebrecht em projeção geopolítica, marketing internacional e ações comerciais de grande porte."É também uma plataforma de exportações de olho no futuro", disse, lembrando que a EADS pretende ter uma forte atuação - inclusive de produção - fora da Europa até 2020.

O valor do investimento inicial da joint venture será definido até o dia 15 de julho, da mesma forma que a nova marca.

O presidente da EADS DS, Stefan Zoller, disse que o negócio "é a comprovação de nosso compromisso com o Brasil no sentido de criar uma base industrial local por meio de uma cooperação de longo prazo que inclui a transferência de tecnologias".

Os dois parceiros mantém importantes contratos no Brasil no campo da Defesa. A EADS vai fornecer 51 helicópteros pesados para a Marinha, o Exército e a Aeronáutica. Todos serão produzidos na fábrica da Helibrás, em Itajubá (MG). O contrato é da ordem de R$ 1,8 bilhão. A Odebrecht é a parceira dos armadores franceses DCNS no programa Pro Sub, do qual resultarão um estaleiro, uma base naval, quatro submarinos Scorpéne, de propulsão diesel-elétrica e um submarino nuclear - um pacote de cerca de 6,7 bilhões de euros.

Visão de Serra sobre Bolívia


Itamaraty enviou relatório à Câmara que revela crescimento na produção de cocaína sob a gestão de Morales

Aumento é resultado de política que combate o tráfico, mas valoriza a produção da folha de coca, afirma ministério


"Você acha que a Bolívia iria exportar 90% da cocaína consumida no Brasil sem que o governo de lá fosse cúmplice? Impossível"
JOSÉ SERRA
pré-candidato do PSDB à Presidência, em entrevista na quarta-feira

Para tucano, país é "cúmplice" do narcotráfico
DE SÃO PAULO
O pré-candidato à Presidência, José Serra (PSDB), disse, na quarta-feira, que a Bolívia é "cúmplice" do narcotráfico e faz "corpo mole" na fiscalização. Em reação, o governo boliviano atribuiu às críticas intenções eleitoreiras.

Documentos oficiais produzidos pelo governo durante a gestão do presidente Lula reforçam a acusação de José Serra (PSDB) contra o governo da Bolívia.

O pré-candidato acusou o governo boliviano, na última quarta-feira, de ser "cúmplice" dos traficantes que enviam cocaína para o Brasil. Em reação, a rival petista Dilma Rousseff disse que Serra "demoniza" a Bolívia.

Dados colecionados pelo governo, porém, avalizam a versão do tucano.

Sob condição de anonimato, uma autoridade da Divisão de Controle de Produtos Químicos da Polícia Federal falou à Folha que, segundo relatórios oficiais da PF, 80% da cocaína distribuída no país vem da Bolívia -a maior parte na forma de "pasta". O refino é feito no Brasil.

Para a PF, a evolução do tráfico revela que há "leniência" do país vizinho. Serra usara uma expressão análoga: "corpo mole".

A PF atribui o fenômeno a aspectos culturais, pois o cultivo da folha de coca é legal na Bolívia. O produto é usado de rituais indígenas à produção de medicamentos. Seu excedente abastece o tráfico.

ITAMARATY

Num documento endereçado à Comissão de Relações Exteriores da Câmara, em 2007, o Itamaraty disse que, "entre 2005 e 2006, a área de produção de folha de coca na Bolívia cresceu de 24.400 para 27.500 hectares".

Também informa que, sob o governo de Evo Morales, adotou-se tanto uma política de combate ao narcotráfico quanto de "valorização" da folha de coca.

Segundo o Itamaraty, uma delegação de brasileiros e chilenos foi à Bolívia, em junho de 2007, para reunião com autoridades locais. "Sem resultado", diz o texto.
Sob Lula, realizou-se um esforço para reativar, sem sucesso, as comissões mistas antidrogas Brasil-Bolívia.

Em setembro de 2008, o Itamaraty enviou à Câmara uma atualização do relatório assinado pelo chanceler Celso Amorim. No tópico sobre drogas, ele afirma que a ONU "divulgou relatório que indica aumento na produção de coca na Bolívia pelo quinto ano consecutivo".

Em outubro de 2008, Morales expulsou da Bolívia cerca de 20 agentes do departamento antidrogas dos EUA que ajudavam no combate ao tráfico. O pretexto foi a acusação de que a DEA (agência americana antidrogas) realizava espionagem.

A Bolívia firmaria, dois meses depois, um acordo com o Brasil, segundo o qual a PF passaria a atuar na Bolívia no combate ao tráfico de cocaína e armas. Diz a PF que o acordo esbarra até hoje em entraves financeiros. La Paz deseja que Brasília arque com os custos.

sábado, 29 de maio de 2010

BBC leva ao ar série em inglês sobre ascensão do Brasil



FONTE BBC BRASIL

A rápida recuperação do Brasil após a crise financeira internacional, o crescimento econômico e a ascensão do país no cenário global são temas de uma série de reportagens especiais que a BBC leva ao ar nesta semana em seu canal internacional de notícias, BBC World News, e no site de notícias em inglês BBC News.

As reportagens, transmitidas em inglês, devem abordar temas que vão da economia à cultura, passando pelo futebol e questões como a violência e a discussão sobre cotas raciais.

Os programas de transferência de renda do governo, como o Bolsa Família, e as críticas a este tipo de assistência serão abordados em uma das reportagens, assim como o problema do turismo sexual no país.

Outra reportagem discutirá a modernização da agricultura e a ascensão do Brasil como um grande exportador de alimentos.

O crescimento do setor aéreo brasileiro, assim como os gargalos que impedem uma maior expansão serão tema de outra matéria da série, assim como a ascensão de uma nova classe média no país.

Na quinta-feira, o âncora da BBC Matt Frei apresentará o programa BBC World News America ao vivo, direto de São Paulo. Ele deve apresentar reportagens sobre a ascensão do Brasil como um ator global e os desafios que o país ainda precisa superar.

Frei estará novamente ao vivo na sexta-feira, transmitindo a partir do Rio de Janeiro. Neste programa, um dos temas abordados deve ser o impacto do crescimento econômico no futebol, e a volta de jogadores brasileiros que jogavam no exterior.

O programa vai ao ar de segunda a sexta-feira, às 20h, horário de Brasília.

Leia abaixo as reportagens em inglês que já foram publicadas como parte da série.

Viewpoint: Brazil's growing international presence (Ponto de vista: A crescente presença internacional do Brasil)

Clique 'Brazil has arrived on the world stage' ('Brasil chegou ao palco mundial') - vídeo

Clique Brazil's air industry takes off (Indústria aérea do Brasil decola) – vídeo


Clique Will Brazil's economy keep growing? (A economia do Brasil vai continuar crescendo?) - vídeo


Clique Brazil's development spurs economic equality hopes (Desenvolvimento do Brasil alimenta esperanças de igualdade econômica) - vídeo


Clique 'Our growth quality is better than China' ('A qualidade de nosso crescimento é melhor do que a da China') - vídeo


Clique Brazilian economy poised to overtake UK's (Economia brasileira caminha para superar a britânica) - áudio


Clique 'Unaccustomed' debate on race sparked in Brazil (Debate 'incomum' sobre raça surge no Brasil) - vídeo


Clique Brazil's bid to be 'world's breadbasket' (Brasil busca ser 'celeiro do mundo') - vídeo

Amorim: Brasil não será submisso por vaga na ONU

Para chanceler, acordo com o Irã não deve atrapalhar campanha do país por cadeira permanente no Conselho de Segurança da ONU



O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, afirmou nesta sexta-feira que o Brasil prefere não obter uma cadeira no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) do que assumir uma posição submissa para conseguir a vaga.

“Se para ser membro permanente do Conselho de Segurança da ONU você tiver que ter uma posição subserviente, é preferível não ser”, afirmou Amorim, durante o Fórum da Aliança de Civilizações das Nações Unidas, no Rio de Janeiro.

O chanceler disse considerar improvável que o acordo firmado entre o Brasil e a Turquia com o Irã possa atrapalhar a campanha do governo Lula pela vaga.

Durante o encontro, o chanceler fez críticas a parte da imprensa brasileira. De acordo com ele, alguns jornalistas sempre trataram a questão da vaga no Conselho de Segurança da ONU como algo irrelevante. Com a parceira fechada com o Irã, o tema teria voltado à tona com novo enfoque.

“A maior parte da mídia brasileira sempre tratou criticamente essa questão do Conselho de Segurança. Diziam que o Brasil tinha essa obsessão e que isso prejudicava outros interesses. Agora, quando fazemos um ato correto com a Turquia, de acordo com a nossa consciência, as pessoas perguntam se isso não irá prejudicar a aspiração brasileira”, alfinetou o ministro.

Questionado se o acordo feito com o Irã poderia atrapalhar as relações comerciais históricas do Brasil com os EUA, Amorim foi taxativo. “Não creio. Acho que seria uma atitude infantil. O Brasil tem excelentes e intensas relações com os Estados Unidos”, avaliou. “Você não pode adotar uma política de que quem não está comigo é contra mim. Isso não existe”, finalizou.

FONTE: Último Segundo

Terceirização da violencia

Senhor da guerra somali contrata mercenários alemães

Os políticos reagiram com indignação aos relatos de que uma empresa alemã assinou um contrato com um “senhor da guerra” somali de prestação de serviços de segurança. Ex-integrantes das Forças Especiais alemãs (KSK) e uma unidade de elite da polícia (GSG-9) poderiam em breve estar trabalhando como guarda-costas e instrutores no país sem lei.




Durante anos, os políticos alemães e especialistas têm levantado suspeitas e críticas sobre as atividades da empresa de segurança privada americana Blackwater, agora conhecida como Xe Services, em lugares como o Iraque. "O governo americano permitiu às empresas de segurança privada tornarem-se onipresentes, criando unidades privadas incontrolável nas zonas de guerra do mundo", escreveu um jornal alemão em 2007.

Essa indignação está agora desgastada, à luz das revelações de que uma empresa de segurança alemã está fornecendo mercenários para um “senhor da guerra” somali. Na segunda-feira, Thomas Kaltegärtner, CEO do Grupo de Segurança Asgaard Alemão, confirmou uma notícia da empresa pública de televisão alemã ARD, que alega que a Asgaard planeja enviar ex-soldados alemães à Somália.

Num comunicado à imprensa em dezembro de 2009, a Asgaard anunciou que tinha assinado um "acordo de exclusividade sobre os serviços de segurança" com Abdinur Ahmed Darman. Darman, um “senhor da guerra” somali, que pretende assumir a presidência do país, e não reconhece a legitimidade do governo de transição apoiado pelas Nações Unidas do presidente da Somália, Sheikh Sharif Sheikh Ahmed. O acordo, segundo a empresa, abrange "todas as medidas necessárias para restabelecer a segurança e a paz para a Somália." O país não tem um governo central em funcionamento desde 1991.

De acordo com Kaltegärtner, ele próprio um ex-soldado da Bundeswehr, funcionários da Asgaard proporcionariam segurança para Darman e treinariam policiais e forças militares. Ele ressaltou, no entanto, que as operações de combate não foram planejadas. Ele disse que mais de 100 mercenários poderiam estar envolvidos nas operações. Embora as negociações ainda não estejam completas, é possível que os funcionários da Asgaard já estejam operando na Somália, Kaltegärtner também disse a um jornal que sua empresa empregava ex-membros das Forças Especiais do exército alemão, a KSK, e da unidade de elite GSG-9 da polícia alemã.





Privatização da violência do Estado

Vários políticos alemães reagiram com indignação à notícia de que ex-soldados poderão em breve estar em ação no Chifre da África. "Em minha opinião, não é aceitável", diz Rainer Arnold, especialista em defesa dos sociais-democratas de centro-esquerda, em declaração na edição de terça-feira do jornal Frankfurter Rundschau. Ele pediu uma nova legislação para "claramente" limitar essas operações, acrescentando: "Não se pode privatizar o estado de violência".

Falando ao mesmo jornal, Omid Nouripour do Partido Verde acusou o governo alemão de não fazer o suficiente no passado para regular empresas de segurança privada. Paul Schäfer do Partido da Esquerda e Stinner Rainer do Partido Liberal Democrata, que governa em coalizão com os conservadores de Merkel, também criticou o acordo, com Schäfer falando de uma política de “sombras” em operações no estrangeiro.


Observadores alertam que os funcionários alemães da empresa poderiam ser mortos ou alvo de seqüestros na Somália. A milícia islâmica Al-Shabab, que controla várias regiões do país e partes da capital Mogadíscio, se aliou com a Al-Qaeda, que quer que a Alemanha retire suas tropas do Afeganistão. Os grupos islâmicos adorariam colocar suas mãos sobre reféns alemães, dizem especialistas.

"Se uma empresa alemã estiver a formar e apoiar uma milícia somali, isto certamente vai contra os interesses da Alemanha", disse Annette Weber, do Instituto Alemão de Assuntos Internacionais e Segurança (SWP), em declarações à ARD. O Ministério alemão das Relações Exteriores e Ministério da Defesa querem agora examinar de perto o que Asgaard está planejando fazer na Somália, segundo o jornal Süddeutsche Zeitung.

A própria empresa tentou minimizar a importância da operação. "Queremos trabalhar em estreita colaboração com o governo alemão e de nenhuma maneira agir contra seus interesses", disse um porta-voz da Asgaard em um comunicado publicado em seu site no domingo. "No momento não há cidadãos alemães trabalhando em nome do Asgaard na Somália." A empresa salientou que só iniciará suas operações na Somália, uma vez que Darman assuma o controle dos assuntos do Estado com a aprovação da ONU." ou seja, depois que derrube o presidente atual.

FONTE: DEFESANET

sexta-feira, 28 de maio de 2010

2° Guerra Mundial - 27 de maio de 1941: Data Histórica

27 de maio de 1941: Afundem o Bismarck!!!



O couraçado 'Bismarck' é afundado pelos britânicos após caçada feroz no Atlântico - Marinha Real comemora vingança de seu velho 'Hood' - A 'Kriegsmarine', de cristabaixa, mantém luta por supremacia no mar


O golpe crucial: o torpedo britânico deu início à noite de agonia do gigante ferido do Reich


Aquela tênue linha que separa os extraordinários triunfos das caudalosas humilhações militares voltou a aparecer nesta guerra, agora nas águas do Atlântico - e foi atravessada com sucesso pelos britânicos, no final de maio. Após ver o Hood, maior navio de guerra do mundo, ser facilmente afundado pelos alemães, a Marinha Real já se resignava com a fuga de seu carrasco, o impetuoso couraçado Bismarck, quando um vôo despretensioso de um Catalina localizou novamente o temível touro de aço tedesco. Em seguida, ao colocar a pique o Bismarck, os britânicos não só vingaram o Hood como também impingiram uma dolorosa perda moral à Kriegsmarine, que certamente a enfraquecerá no conceito de Adolf Hitler.

Considerado o navio de guerra mais bem equipado do planeta, o moderno e rápido Bismarck era a menina dos olhos da Marinha germânica. Só sucumbiu, em 27 de maio, após ser caçado por mais de 100 embarcações britânicas ao longo de sete dias de operações no Atlântico - operações essas que começaram após o Bismarck deixar Gotenhafen, nas primeiras horas do dia 19 de maio, ao lado do Prinz Eugen e outros navios, com a missão de destruir a escolta do estoque de suprimento dos aliados. O cruzadores-irmãos Norfolk e Suffolk, que patrulhavam o Estreito da Dinamarca, avistaram o Bismarck e o Prinz Eugen no dia 23 de maio, informando a localização do inimigo para o comandante da frota britânica, almirante John Tovey. Sem delongas, este enviou o Hood e o Prince of Wales para o cerco ao Bismarck.

Na madrugada de 24 de maio, ambos já estavam na costa da Groenlândia, e, às 5h53, dispararam contra o couraçado tedesco, cujos canhões responderam em eco ao ataque. A terceira salva do Bismarck atingiu o Hood, fazendo crepitar labaredas na chaminé; alguns segundos depois, uma explosão decretou o óbito do cruzador, que afundou em poucos minutos e deixou apenas três sobreviventes de sua tripulação de 1.416 - o timoneiro Ted Briggs, o marinheiro Robert Ernest Tilburn e o aspirante William Dundas.

Entretanto, o Bismarck também não sairia ileso da batalha: um obus disparado pelo Prince of Wales acertou seu flanco e causou sério vazamento de óleo, esgotando seu suprimento e contaminando os outros tanques de combustível. O almirante alemão Gunther Lütjens percebeu que isso significaria o fim da jornada do couraçado pelo Atlântico e dirigiu-se para reparos em Saint-Nazaire, sentido Sul - ainda que a prudência o recomendasse a seguir sentido Norte, para as altas latitudes norueguesas. Lütjens nunca pôde justificar essa decisão, ele que em breve encontraria seu túmulo marinho.
...
Amargo aniversário - O Norfolk e o Suffolk continuavam escoltando, a uma distância segura, o Bismarck e o Prinz Eugen. Por volta das 18 horas do mesmo dia 24, os navios teutônicos se separaram, com o Bismarck dobrando a Sudeste; o Suffolk seguiu em seu encalço, mas acabou o perdendo de vista às 3 horas do dia 25. O sol nasceu e se pôs sem que o alvo fosse novamente localizado. O Almirantado, então, determinou que todas as embarcações convocadas para a caçada retornassem aos portos mais próximos - entre elas, o Revenge, o Victorious, o Prince of Wales, o Repulse, o King George V e o Rodney. Os oficiais britânicos, humilhados, já davam como certa a chegada do Bismarck em segurança ao círculo polar, fora de seu alcance. Entretanto, como que por desencargo de consciência, enviaram uma patrulha de Catalinas para fazer uma última varrição dos mares, entre a Bretanha e a Islândia.

Houve regozijo no Almirantado quando uma das aeronaves anunciou ter localizado o Bismarck a 160 quilômetros de Brest, na França - muito próximo não apenas da defesa dos submarinos U-boat como também dos aviões da Luftwaffe ali baseados. Entretanto, a Marinha Real agiu rápido. Do porta-aviões Ark Royal, partiram 14 caças Swordfish, que atingiram, por volta das 21h, o golpe crucial: um torpedo que atropelou as hélices e arrancou o leme. A velocidade, que no início da retirada era de 28 nós, caiu para 3 nós. Além disso, sem direção, o couraçado começou a andar em círculos. O comandante Lütjens, pouco antes da meia-noite, transmitiu uma funesta mensagem a seus superiores. "Sem condições de manobrar o navio. Lutaremos até o último cartucho. Vida longa ao führer!"

Era o início da noite de agonia do gigante ferido do Reich. Na madrugada, cinco contratorpedeiros assediaram o Bismarck, atingindo-o por duas vezes; ao amanhecer, apresentaram-se para a pugna o King George V e o Rodney, atirando com canhões de 14 e 16 polegadas de uma distância cada vez menor. Após a saraivada, o Almirantado convocou de volta a dupla de navios de guerra, cujo combustível começava a faltar, e deixou a finalização do trabalho para o cruzador Dorsetshire e seus torpedos. Padecendo em chamas, com a totalidade de seus canhões mudos, mas ainda em sua imponência taurina, o Bismarck afundou às 10h36. Mais de 2.200 tripulantes morreram, incluindo o almirante Lütjens, que completava 52 anos naquela data. Pouco mais de uma centena de germânicos foram salvos pelas embarcações britânicas presentes na área - autoridades alemãs reclamam de vingança pelo baixo número de sobreviventes no desaparecimento do Hood.



A Grande Anfíbia - Desde que o homem colocou o primeiro barco para navegar, a estratégia de dominação marítima é a mesma: negar as águas para seu inimigo, controlando-as de forma total e irrestrita. Nesse sentido, a perda do Bismarck é duplamente daninha para os alemães: não apenas tira da Kriegsmarine sua maior arma como também planta na cabeça de Hitler dúvidas e questionamentos sobre suas próximas ações navais. É nessa hesitação que a Grã-Bretanha pode fazer sua armada novamente dominante nas águas européias - como fora no período de 1805, quando derrotou as frotas de França e Espanha na Batalha de Trafalgar, até o início da Grande Guerra, em 1914. Ninguém ousa discutir a importância do controle dos mares no desfecho de um combate prolongado.

Winston Churchill, veterano da Grande Guerra e hoje primeiro-ministro britânico, conta, em suas memórias, que pensou em intitular a batalha da década de 1910 como "A Grande Anfíbia". Se os aliados souberem tirar proveito desse momento positivo nas águas, Churchill pode reciclar o título para esta presente refrega.


Fonte: VEJA

EUA admite peso do Brasil no mundo

A Nova Estratégia de Segurança dos Estados Unidos, anunciada nesta quarta-feira (27) pela Casa Branca, elogia as políticas econômicas e sociais do Brasil, reconhece o país como guardião de “patrimônio ambiental único” e dá as “boas-vindas” à influência de Brasília no mundo. A Nova Estratégia de Segurança dos Estados Unidos, anunciada nesta quarta-feira (27) pela Casa Branca, elogia as políticas econômicas e sociais do Brasil, reconhece o país como guardião de “patrimônio ambiental único” e dá as “boas-vindas” à influência de Brasília no mundo.






O documento de 60 páginas é a primeira atualização do governo de Barack Obama sobre as linhas gerais da estratégia internacional dos EUA, sucedendo os relatórios de 2002 e 2006, assinados por George W. Bush, que consagraram a expressão “guerra ao terror”.

Em contraste com os anteriores, que citavam o Brasil de modo direto apenas uma vez cada um, o relatório de Obama dedica mais atenção ao país, que aparece dentro do tópico “Ordem internacional”.

“Nós estamos trabalhando para construir parcerias mais profundas e mais efetivas com outros centros de influência fundamentais – incluindo China, Índia e Rússia, assim como nações de crescente influência como Brasil, África do Sul e Indonésia – de modo que possamos cooperar em questões de preocupação bilateral e global, com o reconhecimento de que poder, em um mundo interconectado, não é mais um jogo de soma zero”, afirma o documento.

Na sequência, o relatório trata da Ásia e da Rússia, e depois se detém nos “centros de influência emergentes”, momento em que o Brasil aparece com detalhamento.

"Nas Américas, estamos unidos por proximidade, mercados integrados, interdependência energética, um amplamente compartilhado compromisso com a democracia, e a autoridade da lei", anuncia. "Trabalharemos em parceira de igualdade para avançar na inclusão econômica e social, proteger a segurança do cidadão, promover energia limpa e defender os valores universais dos povos do hemisfério".

“Nós damos as boas-vindas à liderança do Brasil e procuramos ultrapassar as datadas divisões Norte-Sul para perseguir um progresso em questões bilaterais, hemisféricas e globais”, declara.

“O sucesso macroeconômico do Brasil, aliado com seus passos para diminuir as desigualdades socioeconômicas, fornece importantes lições para os países em toda América e África”, prossegue o texto. “Incentivamos os esforços do Brasil contra redes transnacionais ilegais”.

“Enquanto guardião de um patrimônio ambiental nacional único e líder em combustíveis renováveis, o Brasil é um parceiro importante para enfrentar a mudança climática global e para promover a segurança energética”, afirma.

“E no contexto do G-20 e da rodada de Doha, trabalharemos junto com o Brasil para garantir que o desenvolvimento econômico e a prosperidade seja amplamente compartilhada”, conclui.

Além do Brasil, outro país sul-americano que aparece na estratégia é a Argentina, mencionada uma vez, no contexto do crescimento do G-20: “As nações que compõem o G-20 – da Coreia do Sul à África do Sul, da Arábia Saudita à Argentina – representam pelo menos 80% do PIB mundial, fazendo com que esse grupo seja um elemento influente no cenário mundial”.

A Venezuela de Hugo Chávez, adversário declarado da Casa Branca, assim como Colômbia e Chile, aliados tradicionais da política norte-americana, não são explicitamente mencionados em nenhuma parte.

Acesse o documento na integra - PDF - Inglês 1.8M

quinta-feira, 27 de maio de 2010

EUA testam míssil Que Supera em 6 x a Velocidade do Som

A Força Aérea dos Estados Unidos anunciou na noite de quarta-feira que testou no Oceano Pacífico um míssil de cruzeiro "hipersônico", que superou 7 mil km/h, seis vezes a velocidade do som.





A Força Aérea anunciou DOS ESTADOS UNIDOS NA Noite de Quarta-feira não testou Que Oceano Pacífico UM míssil de cruzeiro "hipersônico", superou Que 7 mil km / h, Seis Vezes Velocidade fazer um som.

O teste do mais Durou X-15A Waverider de 200 segundos. scramjet O Recorde de voo hipersónico motor propulsado UM COM '(estatorreator de combustão supersônica) era de 12 segundos, alcançado Pelo X-43 da Nasa, Avião UM tripulado Não experimental.

"Estamos Muito Felizes de ter completado uma maioria de Nossos testes na primeira Missão Hipersônica do" X-51A, Disse Charlie Brink, Diretor do Programa do Laboratório de Pesquisas da Força Aérea nd base de Wright-Patterson em Ohio.

Os mísseis tipo Deste Usados São parágrafo atacar alvos distantes em Menos de Uma Hora e podem substituir OS ATUAIS mísseis balísticos.

Os voos hipersônicos em Começam Mach 5 (cinco Vezes uma Velocidade do Som).



O teste do X-15A Waverider (foto acima) durou mais de 200 segundos.



O recorde de voo hipersónico propulsado com um motor 'scramjet' (estatorreator de combustão supersônica) era de 12 segundos, alcançado pelo X-43 da Nasa (foto acima), um avião experimental não tripulado.

O Waverider partir da Base Aérea de Edwards, na Califórnia, sob a asa de um avião B-52, que o lançou a uma altitude de 50.000 pés ao largo da costa do Pacífico.






"Estamos muito felizes de ter completado a maioria de nossos testes na primeira missão hipersônica do X-51A", disse Charlie Brink, diretor do programa do Laboratório de Pesquisas da Força Aérea na base Wright-Patterson de Ohio.

Os mísseis deste tipo são usados para atacar alvos distantes em menos de uma hora e podem substituir os atuais mísseis balísticos.

Os voos hipersônicos começam em Mach 5 (cinco vezes a velocidade do som).

Fonte: France Press via Correio Braziliense - Fotos: Wright-Patterson Air Force Base / AFP / Mike Cassidy/US Air Force - Noticias Sobre Aviação





O Gripen NG Demo abandona seu ninho e alça voo





Nesta semana, o Gripen NG Demo faz sua estréia internacional ao participar da última fase dos testes de avaliação realizados na Índia como parte do processo de licitação para a aquisição de aeronaves de combate multiemprego de porte médio para o país.





Até o momento, a aeronave efetuou cerca de 135 voos de teste na Suécia. Agora, sendo testada no exterior, demonstra para a comunidade internacional que o desenvolvimento do caça Gripen de última geração está no caminho certo.

“Essa conquista comprova o conhecimento, a experiência e a avançada tecnologia que a Suécia tem na área de desenvolvimento e fabricação de aeronaves de combate deste calibre. Vários pilotos internacionais já voaram e avaliaram o Gripen NG Demo na Suécia, inclusive do Brasil e da Índia. Temos a certeza de que esta aeronave atende, ou até mesmo supera, todos os requisitos operacionais definidos pela Força Aérea da Índia”, afirma Eddy de la Motte, Diretor da Campanha Gripen na Índia.

O ambiente hostil da base aérea de Leh, situada a uma altitude de 3.300 metros no Himalaia, provou que não era páreo para o caça sueco quando este ganhou os céus durante os testes de grandes altitudes.

O Gripen NG Demo é a plataforma de voo utilizada no treinamento e desenvolvimento de novas tecnologias e recursos incorporados no Gripen NG.

O Gripen NG foi especificamente desenvolvido para atender às exigências operacionais de países como a Índia e o Brasil, que demandam uma nova geração de caças com alcance de combate e autonomia de voo consideravelmente maiores, além de maior capacidade de carga e possibilidade de voo na modalidade supercruise.

Haiti aprova hidrelétrica brasileira

Esta é considerada a mais alta cartada do Palácio do Planalto para assumir a liderança da reconstrução após o terremoto.




Depois de mais de um ano de indecisão, o presidente haitiano, René Préval, revelou ontem ao "Estado" que aceita a proposta de construção de uma hidrelétrica brasileira orçada em pelo menos US$ 150 milhões. A usina será capaz de atender 600 mil haitianos que vivem sem eletricidade nos arredores da capital, Porto Príncipe.

A proposta é considerada a cartada mais alta do governo brasileiro para assumir a liderança na reconstrução do Haiti depois do terremoto de 12 de janeiro. Seu valor estimado representa três vezes mais do que o Brasil depositou até agora no Fundo de Reconstrução do Haiti.

"Nós passamos muito tempo discutindo a realocação das famílias que hoje vivem na área que será inundada pela hidrelétrica. Mas a decisão foi tomada e eu gostaria de anunciar em primeira mão ao Brasil que pretendo fazer com que as obras tenham início em julho", disse Préval.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez dessa hidrelétrica um de seus principais trunfos, em fevereiro, quando desembarcou em Porto Príncipe, em sua primeira visita oficial ao Haiti desde o desastre que deixou 230 mil mortos e 1,5 milhão de desabrigados.

A usina de 36 megawatts de potência deve ocupar uma área de 330 hectares no principal rio do Haiti, o Artibonite, a 60 quilômetros da capital. A obra é considerada pequena para os padrões brasileiros, mas resolveria a maior parte dos problemas de irrigação e energia em Porto Príncipe, onde a eletricidade é racionada e o padrão de consumo é considerado muito baixo.

A medida é fundamental para a estratégica de reconstrução, que pretende converter a tragédia numa oportunidade de, daqui para frente, assentar milhares de sobreviventes fora da capital haitiana, reduzindo a violência, a superlotação e a saturação dos serviços públicos em Porto Príncipe.

A indecisão de Préval já vinha provocando irritação em Brasília. "A demora já está custando caro ao Brasil, que mantém equipes paradas em função disso", disse há três meses o chefe do Instituto de Engenharia do Exército, José Rosalvo Leitão de Almeida. Para ele, o silêncio do Haiti era "decepcionante".

Fonte: O Estado de São Paulo

Embraer prevê venda de 180 unidades do KC-390 em dez anos

Porém, a demanda estimada gira em torno de 700 aeronaves, sendo 100 só na América do Sul.




A Embraer planejou produzir 180 unidades do seu novo avião de transporte militar, o KC-390, nos primeiros dez anos de comercialização da aeronave. Segundo o diretor do programa KC-390 na Embraer, Paulo Gastão Silva, a empresa identificou uma demanda potencial de 700 aeronaves na classe do novo avião, um negócio estimado em cerca de US$ 50 bilhões, sendo que 100 delas na América do Sul. "Esse é o mercado que a Embraer estará disputando e a nossa visão é de que existe uma demanda bem distribuída pelo mundo, envolvendo um total de 77 países", afirmou.

De acordo com estudo feito pela fabricante nacional, a frota mundial de aviões de transporte é de 2.802 cargueiros, sendo que 1.613 aviões têm idade superior a 25 anos, o que significa que estão próximos de serem substituídos por aeronaves novas. O mercado potencial de vendas do KC-390, segundo o executivo, não inclui países como os Estados Unidos, Rússia e Ucrânia, onde existe uma frota de 1.008 aviões cargueiros em final de vida útil. "Esses países, em princípio, não são compradores do KC-390, pois têm projetos próprios de novas aeronaves cargueiras", comentou.

As estimativas de mercado para o novo avião de transporte militar da Embraer foram apresentadas na terça-feira, em São José dos Campos, durante um evento sobre "offset" (contrapartida comercial, industrial e tecnológica) do KC-390. Organizado pelo Instituto de Fomento e Coordenação Industrial (IFI), órgão vinculado ao Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), o encontro reuniu 16 empresas estrangeiras e 180 nacionais interessadas no programa de desenvolvimento do cargueiro, seja como parceiros estratégicos ou como fornecedoras da Embraer.

O KC-390 está sendo desenvolvido a pedido da Força Aérea Brasileira (FAB), a um custo de US$ 1,3 bilhão. A FAB, segundo o gerente-executivo do projeto na Aeronáutica, coronel Adalberto Zavaroni, tem uma necessidade inicial de 22 aviões para substituir a frota nacional de C-130, que já tem mais de 30 anos de operação. "A demanda por esse tipo de aeronave no Brasil, no entanto, deverá exigir, pelo menos, o dobro desse número, se levarmos em conta o número de operações realizadas atualmente pelo C-130", disse o coronel.

Nas missões de ajuda humanitária no Haiti, por exemplo, segundo Zavaroni, o C-130 realizou um total de 200 voos. O gerente do KC-390 explica que a nova aeronave atenderá às necessidades da FAB, principalmente nas áreas de transporte logístico pesado, busca e resgate, ressuprimento aéreo, evacuação médica, combate a incêndio florestal e reabastecimento em voo.

"A frota de C-130 da FAB tem baixa disponibilidade hoje em função do envelhecimento das aeronaves. Muitos dos seus componentes necessitam de revisões no exterior, o que aumenta os custos e os prazos de devolução, sem contar as frequentes panes, devido ao desgaste". Zavaroni cita ainda as dificuldades de obtenção de peças para estoque, o que obriga muitas trocas de itens entre aeronaves.

A Embraer acaba de terminar a fase de estudos preliminares do KC-390, que durou 12 meses e começa agora o processo de definição de parceiros estratégicos e fornecedores do projeto, além de novos testes em túnel de vento de alta velocidade, dos modelos em escala reduzida. O voo do primeiro protótipo do modelo é previsto para 2014.

Segundo o diretor do programa na Embraer, a aeronave deve contar com um total de 80 fornecedores. O fornecimento de sistemas considerados estratégicos na aeronave, como os motores, por exemplo, é disputado por dois grandes consórcios: a CFM, que envolve a empresa americana General Electric e a francesa Snecma e o consórcio IAE , que reúne Pratt & Whitney, Rolls Royce, MTU e JAEC.

Todos os fornecedores estrangeiros terão que fazer acordos de offset com a FAB. "Temos 170 encontros agendados para hoje (terça-feira) entre empresas nacionais e estrangeiras, potenciais fornecedoras do KC-390", revelou um dos organizadores do encontro de São José dos Campos.
África do Sul, Portugal, Chile, Colômbia e Argentina são alguns dos países que estão mais próximos de fechar um acordo de parceria estratégica para o programa de desenvolvimento da aeronave KC-390, conta o gerente-executivo do projeto na Aeronáutica, coronel Adalberto Zavaroni. A conclusão dos acordos de parceria para o cargueiro, segundo o gerente, está prevista para daqui a um ano, em maio de 2011.

"A parceria com esses países não significa que o KC-390 será um projeto multinacional. Trata-se de um programa nacional, com requisitos técnicos e operacionais definidos pela FAB. Podemos aceitar algumas modificações sugeridas pelos parceiros, desde que não sejam radicais", afirmou o gerente-executivo. Zavaroni comenta que já existem várias intenções de compra para a aeronave, principalmente dos parceiros, que naturalmente já são potenciais compradores .

O processo de aquisição dos caças de combate F-X2, pela FAB, também deverá trazer encomendas importantes para o KC-390, conforme anunciou essa semana ao Valor, o ministro da Defesa, Nelson Jobim. Segundo ele, um dos requisitos para que o contrato de compra dos caças seja concluído é que haja a encomenda simultânea de 12 cargueiros.

Como o projeto será desenvolvido pelo sistema de parcerias estratégicas, haverá o compartilhamento de custos e riscos, a criação de laços de longo prazo entre as indústrias, as forças armadas e os governos dos países envolvidos, além do estabelecimento de cotas de participação nas vendas dos aviões.

O preço da aeronave, segundo o coronel da Aeronáutica, deve ser mais barato que o C-130, que custa na faixa de US$ 80 milhões a US$ 90 milhões. "Além de um custo de aquisição mais baixo, temos como objetivo fazer com que o custo operacional do KC-390 também seja inferior ao do C-130", disse Zavaroni.

O programa de desenvolvimento e industrialização da aeronave deverá receber este ano, segundo a FAB, cerca de R$ 100 milhões. Para 2011 o desembolso previsto para o projeto é estimado em R$ 200 milhões. A maior parte dos recursos, R$ 600 milhões, será liberada em 2013. No ano passado o projeto recebeu um aporte de R$ 40 milhões para iniciar as atividades relacionadas aos requisitos técnicos e à configuração da aeronave.

Fonte: Valor Econômico

quarta-feira, 26 de maio de 2010

O acordo com o Irã e o desafio à tutela de Washington

Brasil e Turquia decidiram fazer um contrapeso aos 30 anos de tolice americana na relação com Teerã


GRAHAM E. FULLER, GLOBAL VIEWPOINT


Se Washington acredita que agora enfrenta complicações para obter a aprovação de sanções contra o Irã no Conselho de Segurança das ONU, essa não é nem a metade do problema. Muito mais importante do que isso é a sutil mudança nas relações internacionais introduzida pelos gestos de Brasil e Turquia.

Essas duas potências de médias proporções acabam de desafiar a tutela de Washington na definição da estratégia nuclear em relação ao Irã e seguiram uma iniciativa própria para persuadir o país a aceitar um acordo. Além de inteiramente independente, a iniciativa avançou mesmo diante dos alertas consideravelmente grosseiros feitos pelos americanos, que pediam aos países o abandono das tentativas de negociação – apesar de seus termos serem muito semelhantes aos da proposta feita ao Irã pelos EUA no ano passado. Para piorar, o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, e o premiê turco, Recep Tayyip Erdogan, ousaram obter sucesso em suas negociações com o Irã, enquanto Washington previa publicamente seu fracasso certo (e tão esperado).

Será que os iranianos estão simplesmente envolvendo-se em outra trapaça, com o objetivo de ganhar tempo (manobra na qual são especialistas)? Ou será que ocorreu algo mais profundo? Em primeiro lugar, são importantes não apenas os termos do acordo, mas também seus mensageiros e o clima político no qual ele é celebrado.

Durante décadas, Washington relacionou-se com o Irã – quase sempre de maneira indireta – com truculência e beligerância consideráveis como trilha sonora das “negociações”. Isso era considerado normal – nada mais do que a única superpotência mundial exigindo dos demais países que atendam aos seus interesses estratégicos.

Quando Lula e Erdogan foram a Teerã, o jogo foi completamente diferente. A mudança não estava no conteúdo, mas principalmente nos negociadores, no local da reunião e no clima. Desta vez, Teerã não sentiu como se estivesse fazendo concessões à pressão exercida por uma superpotência, e sim aceitando um pedido razoável feito por dois Estados considerados seus pares sem nenhum histórico de imperialismo no Irã.

Num certo sentido, o acordo estava quase destinado a dar certo. O que o Irã mais deseja é frustrar o domínio americano sobre a ordem internacional, e principalmente sua capacidade de ditar seus termos ao Oriente Médio. Se o Irã aceitasse fazer alguma concessão nas questões nucleares, não haveria melhor forma de fazê-lo do que aceitar a proposta de dois Estados bem sucedidos e respeitados. Caso Teerã recusasse a oferta, poderia devastar o próprio conceito de iniciativas independentes, alternativas e desvinculadas dos EUA na estratégia internacional. Para o Irã, uma resposta positiva a esta abordagem conjunta fazia todo o sentido.

O mesmo vale para China e Rússia. Após o sucesso obtido por Lula e Erdogan, a secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, proclamou imediatamente seu sucesso na consolidação do apoio de Pequim e Moscou a sanções mais rigorosas contra o Irã – uma resposta surpreendentemente insultante aos notáveis resultados das negociações promovidas por brasileiros e turcos. Afinal, estes países são extremamente importantes para os interesses regionais e globais dos EUA. Esnobá-los desta forma foi um imenso erro.

Mas será que realmente acreditamos que Hillary tenha conquistado o apoio de Rússia e China? Assim como a Teerã não faltaram incentivos para aceitar uma proposta feita por “iguais”, Rússia e China também encontram motivos de sobra para aprovar esta iniciativa de Brasil e Turquia. É verdade que os termos do acordo não são sem importância, mas, para esses países, é muito mais relevante a lenta e inexorável decadência da capacidade americana de ditar os termos da política internacional e de satisfazer seus próprios objetivos. É exatamente essa a meta principal da estratégia russa e chinesa na política externa. No fim, esses países não permitirão que a abordagem de linha dura dos EUA prevaleça sobre a iniciativa brasileira e turca no Conselho de Segurança da ONU, mesmo que sejam necessários alguns ajustes do acordo obtido por Brasil e Turquia.

Polaridade. É claro que China e Rússia representam a polaridade alternativa na luta emergente para pôr fim à hegemonia americana. Mas é mais importante o fato de agora esses países testemunharem o afastamento do centro da política internacional em relação aos EUA.

Os dois países que desafiaram os desejos americanos não são meros agitadores do terceiro mundo tentando ganhar fama à custa dos EUA. Trata-se de dois grandes países considerados amigos próximos dos EUA. Isso torna sua afronta ainda mais cruel. Esses acontecimentos são profundos sinais dos tempos. O problema do poder unilateral está no fato de ele se tornar invariavelmente sujeito a tolices ocasionais na ausência de freios e contrapesos.

Os americanos acreditam em freios e contrapesos quando se trata de sua Constituição. Quando Washington entrou em sua quarta década de paralisia e incompetência no relacionamento com o Irã, ainda incapaz de nem sequer conversar com o país, essa abordagem exacerbou o problema, fortaleceu o Irã e as forças do radicalismo no Oriente Médio, polarizou as emoções e, pior, fracassou em todos os sentidos. Será que o mundo não deveria dar as boas-vindas aos gestos de dois países importantes, responsáveis, democráticos e racionais que decidiram intervir e estabelecer um contrapeso para décadas de tolice na política externa americana? É por isso que freios e contrapesos são importantes, e é por isso que o centro está se deslocando.

Talvez os “Estados renegados” – termo na moda em Washington para designar países recalcitrantes que não se submetem à linha ditada pelos EUA – possam responder melhor a novas abordagens livres das antigas técnicas imperialistas do intervencionismo e dos ultimatos. Enquanto isso, os EUA correm o risco de tornar-se seu próprio “Estado fracassado” em termos de ser capazes de exercer uma liderança internacional competente e eficaz após a queda da União Soviética. / TRADUÇÃO DE AUGUSTO CALIL

FONTE: Estadão

Tropas na fronteira

Preocupado com a presença da guerrilha das Farc no território brasileiro, governo prorroga por 90 dias a missão da Força Nacional de Segurança em postos no Amazonas. Exército planeja instalar mais 38 pelotões em áreas fronteiriças da Região Norte.




O governo brasileiro decidiu manter a Força Nacional de Segurança Pública na fronteira com a Colômbia enquanto houver risco de aproximação do narcotráfico. Há quase 20 dias, a Polícia Federal prendeu um traficante ligado às Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), que têm uma rede logística instalada no Amazonas, e as autoridades não descartam a presença de mais guerrilheiros em território brasileiro. A maior preocupação da PF quanto à presença das Farc no país é a atuação da guerrilha colombiana no tráfico de cocaína.

A Força Nacional estava auxiliando a polícia amazonense e a PF na fiscalização da fronteira Tabatinga, no extremo sul da divisa, até São Gabriel da Cachoeira, no extremo norte, na área conhecida como Cabeça do Cachorro. Na semana passada, após a prisão de José Samuel Sanchez, responsável pela logística das Farc, o governo do estado pediu a manutenção dos militares por mais 90 dias, e foi atendido pelo governo federal.

“Coma presença da Força Nacional, a criminalidade se reduziu na fronteira. Por isso, a comunidade solicitou a permanência por pelo menos 90 dias”, afirma o deputado Lupércio Ramos (PMDB-AM), um dos políticos que intercederam com o ministro da Justiça, Luiz Paulo Barreto, pela permanência dos militares.

Segundo o deputado, a presença da organização guerrilheira no país é recorrente na região de fronteira. “Falam bastante sobre a entrada das Farc no Brasil. Esse é um assunto que perdura há anos”, afirma Ramos.

O parlamentar explica que a ausência de uma atividade econômica nas regiões mais remotas do estado faz com que o narcotráfico e a guerrilha recrutem pessoas inocentes para a criminalidade. “Pode ser até que não haja presença (das Farc) em território nacional, mas com certeza há influência na população local”, diz o deputado.

A Força Nacional deverá manter sua área de atuação, que são cidades ao longo do Rio Solimões, concentrando um contigente de 100 militares em Tabatinga, Benjamin Constant, Atalaia do Norte, Santo Antônio do Içá, São Paulo de Olivença, Amaturá, Jutaí e São Gabriel da Cachoeira. Os municípios são considerados vulneráveis, devido a sua localização estratégica, entre o rio e a floresta.


Reforço

A presença do narcotráfico aliado à guerrilha na fronteira não preocupa apenas as autoridades de segurança pública, mas também as Forças Armadas. Além de transferir brigadas do Rio Grande do Sul e do Rio de Janeiro para a Amazônia, o Exército pretende criar 38 pelotões especiais de fronteira em todos os estados da Região Norte. Quatro deles já estão em andamento, em Vila Contão (RR), Tunuí (AM), Tiriós (PA) e Marechal Thaumaturgo (AC). A medida faz parte do Projeto Amazônia Protegida, que reforçará militarmente a região até 2030.

As informações sobre a presença das Farc no Amazonas foram confirmadas com a prisão de Sanchez, no último dia 8, mas a movimentação da organização na região é um fato antigo. A Polícia Federal chegou a montar um posto na vila de Melo Franco, na Cabeça do Cachorro, em 2004, já que havia suspeita de que integrantes da guerrilha colombiana estavam atraindo índios brasileiros para a organização. Depois, a PF apreendeu no Rio Solimões um barco de bandeira nacional que estava levando remédios e munição para as Farc. O medicamento tinha sido desviado de postos médicos em cidades do Amazonas.

Fonte: Correio Braziliense

Energia nuclear, meio ambiente e soberania




Para entender o Protocolo Adicional ao Acordo de Salvaguardas com a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) é indispensável vê-lo no contexto da questão nuclear em seus três aspectos fundamentais: a guerra nuclear, a não-proliferação e o desenvolvimento tecnológico.

O centro da questão nuclear é o Tratado de Não-Proliferação (TNP). O principal objetivo desse tratado é evitar uma guerra nuclear. A principal possibilidade de guerra nuclear não pode estar, logicamente, nos países que não detêm armas nucleares, mas sim naqueles que detêm armas nucleares. Portanto, o principal objetivo do TNP tem de ser o desarmamento, a eliminação dos estoques de armas nucleares de posse dos países nuclearmente armados: os Estados Unidos, a Rússia, a China, a França e a Inglaterra.

Os países nucleares se comprometeram solenemente a eliminar (e não apenas reduzir) os seus estoques nucleares. Há 42 anos não cumprem esse compromisso e, ao contrário, praticaram a proliferação vertical, aumentando a eficiência das armas nucleares, sua precisão, sua miniaturização.

Apesar de não terem cumprido o seu compromisso de desarmamento nuclear e de desarmamento total, os países nucleares insistiram e insistem apenas em forçar os países não-nucleares a aceitar obrigações crescentes, criando cada vez maiores restrições à difusão de tecnologia nuclear, inclusive para fins pacíficos, a pretexto de evitar a proliferação.
A questão real é que os países nucleares, ao continuarem a desenvolver suas armas e a ampliar sua eficácia ? e, portanto, a intimidar os países não-nucleares em determinadas situações ?, estimulam esses países a procurar se capacitar. Isso ocorreu historicamente com a então União Soviética (1949), a França (1960) e a China (1964), que acharam fundamental desenvolver sua capacidade militar nuclear para servir de instrumento de dissuasão ? e não de ataque, em razão do enorme desequilíbrio dos estoques. Os Estados Unidos têm, atualmente, 10 mil ogivas; a Rússia, 13 mil; a França, 300; a China, 200; e a Inglaterra, 150.

Hoje em dia, até mesmo por causa da menor possibilidade de conflito nuclear que existe entre a Rússia e os Estados Unidos, o novo argumento dos países nucleares é a possibilidade de grupos terroristas adquirirem o conhecimento tecnológico nuclear ou armas nucleares.

Esse conhecimento já existe e é disponível. A questão é a capacidade de desenvolver industrialmente as armas e os vetores para atingir os alvos. Nenhum grupo terrorista detém os vetores (mísseis, plataformas, aviões), nem a estrutura industrial para produzir o urânio enriquecido, nem a técnica para fabricar detonadores.

Finalmente, a questão essencial do Protocolo Adicional. O Tratado de Não-Proliferação prevê que todos os países membros assinem Acordos de Salvaguardas com a AIEA. Os Estados nucleares assinaram "acordos voluntários", em que submetem a inspeções poucas instalações nucleares civis e nenhuma militar. Os demais Estados têm de submeter à inspeção todas as suas instalações nucleares. O objetivo do Acordo de Salvaguardas é verificar se há desvio de material nuclear da instalação (reatores, fábricas de enriquecimento, etc.) para outros fins, em especial militares.

O Brasil tem atividades nucleares exclusivamente para fins pacíficos, como determina a Constituição federal. O País tem também um Acordo de Salvaguardas com a AIEA, juntamente com a Argentina, que permite aos inspetores da agência verificar as atividades das instalações nucleares brasileiras. Tudo, naturalmente, com o devido respeito à soberania nacional e aos nossos interesses econômicos.

Nos anos 1990, a AIEA, por proposta dos Estados Unidos, elaborou um modelo de Protocolo Adicional aos Acordos de Salvaguarda bilaterais, a ser assinado pelos países-membros, permitindo a visita de inspetores da AIEA, sem aviso prévio, a qualquer local do território nacional dos países não-nucleares, para verificar a existência de qualquer atividade nuclear, desde a pesquisa, usinas nucleares até a produção de equipamentos, como ultracentrífugas e reatores.

Ora, esse Protocolo Adicional tem dois aspectos: uma violação inaceitável da nossa soberania, em especial diante da natureza notoriamente pacífica das atividades nucleares no Brasil, uma suspeita injustificada sobre os nossos compromissos constitucionais e internacionais; e uma prejudicial intromissão em atividades brasileiras na área nuclear, com graves danos econômicos.

Essa intromissão causa graves danos econômicos em razão das perspectivas que se abrem para o Brasil na produção de combustível nuclear, que estará em forte demanda no mundo nos próximos anos, dada a necessidade de enfrentar a crise ambiental.

A solução da crise ambiental no mundo passa pela reformulação da matriz energética, tanto nos países grandes emissores tradicionais, como os Estados Unidos, quanto nos de rápido desenvolvimento, como a China e a Índia. Uma das mais importantes fontes de energia, não geradora de gases de efeito estufa, é a nuclear.

O Brasil tem grandes reservas de urânio, tem o conhecimento tecnológico do ciclo completo de enriquecimento do urânio e a capacidade industrial para produzir reatores, ultracentrífugas, pastilhas, etc.

Ora, as ultracentrífugas brasileiras, desenvolvidas com tecnologia brasileira, são as mais eficientes do mundo e há fortes interesses de certos países em ter acesso às suas características, o que seria possível caso viessem a assinar o Protocolo Adicional ao Acordo de Salvaguardas: desnecessário, intrusivo e humilhante.

MINISTRO DA SECRETARIA DE ASSUNTOS ESTRATÉGICOS DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA

Fonte: O Estado de São Paulo

terça-feira, 25 de maio de 2010

Brasil reivindica condição de porta-voz dos emergentes

Aos olhos de diplomatas brasileiros, o maior - e mais improvável - afago à atuação do País no Irã veio do jornal britânico Financial Times. Em editorial, o prestigiado diário liberal defendeu que o acordo nuclear turco-brasileiro com Teerã, independentemente de seu resultado, prova que o Brasil tornou-se uma "ponte" entre o Ocidente e "os emergentes". A Turquia, do outro lado, serviu de elo entre os ocidentais e "o mundo islâmico".

O diagnóstico do jornal foi uma boa notícia para o Itamaraty. Entrar na seara iraniana, acreditam os diplomatas, é apenas mais uma maneira de reafirmar que o Brasil de hoje é um ator global pleno, cuja influência pode determinar rumos em todo o mundo. Críticos do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, porém, definem esse raciocínio com uma palavra: megalomania.

No diálogo da semana passada com o Irã, a diplomacia brasileira fez questão de exaltar sua condição de potência emergente - "aliada ao Ocidente, mas com uma agenda semiautônoma", segundo a definição do Financial Times. Pelo discurso oficial em Teerã, teria sido essa qualidade socioeconômica - e agora política - a chave para "arrancar" um acordo do governo iraniano.

"Foi uma negociação respeitosa entre países em desenvolvimento, que compreendem os problemas uns dos outros", disse, satisfeito, o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, momentos após a assinatura do acordo, na segunda-feira.

O chanceler alfinetou o grupo formado pelos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU (EUA, Rússia, China, Grã-Bretanha e França) e a Alemanha, que falam "exclusivamente a linguagem da pressão". Por isso, teriam sido incapazes de emplacar o acordo de troca de urânio por material nuclear, proposto em outubro pela Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA).

Público interno. Já os emergentes Brasil e Turquia tiveram "maior capacidade de persuasão" e acabaram provando ser "mais eficazes" na mesa de negociação, de acordo com o chanceler brasileiro.

O cientista político Hossein Seifzadeh, da Universidade de Teerã, tem outra explicação. "Para o governo iraniano, é mais fácil vender internamente uma proposta feita por Lula e pelo (primeiro-ministro turco, Recep Tayyip) Erdogan", afirmou Seifzadeh ao Estado.

Em Teerã, representantes do Brasil deram de cara com o labirinto de poder por trás da República Islâmica. Para traduzir o sonhado "protagonismo global" em um acordo nuclear concreto, a delegação brasileira viveu na pele a dificuldade do diálogo com o Irã de que tanto falam americanos e europeus.

"É muito cacique para pouco índio", resumiu uma importante figura da delegação brasileira, ao tentar explicar a jornalistas quem eram exatamente os interlocutores iranianos na barganha nuclear. Embora seja o Ministério da Defesa o principal responsável pelo programa atômico, o poder de decisão sobre o tema está pulverizado pelo sistema político iraniano.

Além dos militares, o presidente Mahmoud Ahmadinejad, o líder supremo iraniano, o aiatolá Ali Khamenei, e o Parlamento têm voz sobre a questão e não há uma organização hierárquica clara, como nas burocracias ocidentais.

"E olha que eles vendem tapetes há milhares de anos", lembrou um diplomata, explicando as dificuldades que brasileiros encontraram para negociar.

O governo brasileiro também deixou claro, em Teerã, que não atuava como mediador entre o Irã e as potências ocidentais. "Não negociei em nome de ninguém nem pendi mandato", disse Amorim. O objetivo era discutir com os iranianos, ao lado dos turcos, o plano proposto em outubro e definir zonas que permaneciam sombrias da proposta.

Exigências das potências foram levadas em conta, admite o Itamaraty. A principal delas foi a reclamação americana da mudança constante de discurso por parte dos iranianos. Para sanar o problema, o acordo prevê que a posição de Teerã seja submetida, por escrito, à AIEA.

Resistência americana. A medida, porém, não convenceu o governo Barack Obama. Os EUA acusam o regime dos aiatolás de usar o acordo firmado com turcos e brasileiros para ganhar tempo e evitar novas sanções que poderiam ser impostas pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas a partir de junho.

E o que é ainda pior: as pontes com os "emergentes" e o "mundo islâmico", que o Financial Times viu no Brasil e na Turquia, não impediram a Casa Branca de anunciar que os votos necessários para aprovar uma quarta rodada de sanções contra o programa nuclear iraniano já foram angariados.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Em confronto com a Marinha, FARC matam nove fuzileiros colombianos




Um confronto entre os guerrilheiros das Forças Revolucionárias da Colômbia (Farc) e a Marinha colombiana provocou a morte de nove militares. O embate ocorreu ontem (23), na área de Puerto Tejada, município de Solano, em Caquetá. A Marinha informou, em nota oficial, que ainda há dois feridos e um desaparecido.

O conflito ocorreu no momento em que a Marinha fazia operações ofensivas em uma região dominada pelos guerrilheiros por suspeitar que reservavam armamentos para um eventual ataque no dia das eleições presidenciais – 30 de maio.

De acordo com a nota, o incidente ocorreu quando as tropas entraram em uma área que é dominada pelas Farc. O objetivo, segundo a Marinha, era localizar o esconderijo onde supostamente estavam guardados explosivos e armamentos.

Apesar das vítimas, o Ministério da Defesa informou que a Força Sul Naval que integra a 6ª Divisão do Exército Nacional, apoiado pela Força Aérea, vai manter as operações na área. A meta é encontrar o militar desaparecido da Marinha e retomar a ofensiva contra as Farc.

Segundo a nota oficial, os nove corpos de fuzileiros navais mortos pelo grupo Farc já foram transferidos para as cerimônias de velório e enterro. Os feridos, de acordo com as informações do ministério, estão sob cuidados médicos.

FONTE: Agência Brasil

segunda-feira, 24 de maio de 2010

24 de maio, Dia da Infantaria

“Soldados rastejavam, me seguiam; baionetas cruzavam, tiniam, espetando a morte, furando o vento; várias vezes fui ferido, levantei, prossegui, mas um dia fiquei caído, nos campos de Tuiuti. Era maio, mesmo dia em que nasci, parti, mas não morri, porque a morte, por mais que tente, por mais que dura, valente, não mata nunca a audácia, a bravura, a vida… um infante.”



No longínquo 24 de maio de 1810, duzentos anos atrás, nascia Antônio de Sampaio. Num outro 24 de maio, 56 anos mais tarde, o mesmo Sampaio, Brigadeiro, no Comando da Divisão Encouraçada, em franco combate, receberia os três ferimentos graves que lhe tiraram a vida.

Era 24 de maio! Eis a efeméride consagrada como legenda eterna para a Infantaria Brasileira. Antônio de Sampaio, filho de sertanejos simples, nasceu na Fazenda Vitor, povoado de Tamboril, Capitania do Ceará-Grande.

Aos 20 anos, assentou praça como voluntário no 22º Batalhão de Caçadores, sediado na atual cidade de Fortaleza. Seu batismo de fogo não tardaria. Em 1832, no que ficou
conhecido como Encontro de Icó, lutou contra a rebelião que se opunha à abdicação de D. Pedro I. Sampaio combateu no Pará, na Cabanada; no Maranhão, na Balaiada; no Rio Grande do Sul, na Guerra dos Farrapos; e em Pernambuco, na Revolução Praieira. Em
todas essas ocasiões, com extraordinária atuação.

Em 1852, o então Major Sampaio tomou parte na gloriosa campanha de Monte Caseros. Em 1861, já coronel, assumiu a 5ª Brigada, comandando-a nas campanhas do Prata. Em 1865, ascendeu ao posto de Brigadeiro, por merecimento, como foram todas as suas promoções, em reconhecimento às demonstrações de bravura, coragem e engenhosidade.

Mas foi na Campanha da Tríplice Aliança que o sertanejo de Tamboril cobriu-se definitivamente de glória. Em 1866, Sampaio rumou para o teatro de operações. À frente da Divisão Encouraçada, combateu nas operações de transposição do Rio Paraná e nas
batalhas da Confluência e do Estero Bellaco. Na marcha para Tuiuti, coube-lhe o comando da vanguarda. Na véspera da batalha, conduziu o perigoso reconhecimento na Linha Negra, de onde vieram preciosas informações de combate e grande número de
prisioneiros.

Tuiuti foi a maior batalha campal da história da América do Sul. Com manobras ousadas e engenhosas do Comandante e graças à tenacidade e valentia dos combatentes sob seu comando, a Encouraçada derrogara o ataque inimigo. Tuiuti estava vencida
antes do cair da tarde.

Em suma, nos tumultuados dias da Regência e nos primeiros anos do II Império, Sampaio participou das campanhas contra as revoltas internas e os inimigos externos, destacando-se pela bravura e pela liderança em combate. No comando de sucessivos
escalões, transformou-se num condutor de homens, conhecedor profundo do terreno e mestre em adestrar, empregar e conduzir tropas de Infantaria.

Recebeu de D. Pedro II seis condecorações, entre 1852 e 1865, em reconhecimento aos excelentes serviços prestados à Nação, na paz e na guerra.

A história registra que Sampaio recebeu três ferimentos no dia do seu aniversário. O primeiro, por granada, comprometeu-lhe a coxa direita; os outros dois foram nas costas. Em consequência desses ferimentos, faleceu em 06 de julho de 1866 a bordo do
navio-hospital que o transportava para Buenos Aires.

Homem com pureza de propósitos e sentimento patriótico radicado em seu coração, o Brigadeiro dedicou-se inteiramente ao ofício militar. Exemplo da noção de denodo, foi consagrado Patrono da Arma de Infantaria do Exército Brasileiro em 1962, por
meio de decreto presidencial.

Em 1969, os restos mortais do insigne Patrono foram transladados para o Cemitério São João Batista, em Fortaleza, e, desde 24 de maio de 1996, repousam no mausoléu erigido em sua homenagem no Quartel-General do Comando da 10ª Região
Militar, na capital cearense.

Sampaio legou, com o sangue de seus três ferimentos, um ideário de liderança, coragem e patriotismo. Eternizou-se na História do Exército Brasileiro como o mais distinto dos
Infantes.

Em Tuiuti

No vasto espaço de TUIUTI, uma atmosfera vibrante contagiava todos naquele 24 de
maio de 1866. Travou-se ali, a maior batalha campal do continente sul-americano – cerca de 50.000 homens em armas.

O Brigadeiro SAMPAIO largou de suas posições com a 3ª Divisão, conhecida como
“Divisão Encouraçada”, para atacar o adversário. Três vezes atingido, impulsionou seus aguerridos infantes até a certeza da vitória.




FONTE: Exército Brasileiro

Reator da Marinha será muito mais eficiente qua a atual geração




Os dez prédios em construção no complexo militar de Aramar, em Iperó (SP), vão abrigar o Laboratório de Geração Nucleoelétrica (Labgen), de onde sairá o primeiro reator nuclear 100% brasileiro – os de Angra 1 e 2 são, respectivamente, norte-americano e alemão.

A principal aplicação do reator será equipar o primeiro submarino nuclear brasileiro, que deverá entrar em operação por volta de 2020. No prédio principal será montada uma réplica em escala real do submarino, para testar cada detalhe do reator, do motor e de todos os sistemas da embarcação, além de treinar a tripulação.

O reator será de uma nova família, bem mais eficiente energeticamente do que os anteriores, podendo usar combustível menos enriquecido e prolongando em muito a troca por uma nova carga.

“Inicialmente vamos trabalhar em torno de 5% [de enriquecimento].À medida que houver as evoluções, tende-se a ir a 20%. O gerenciamento do combustível hoje é mais inteligente. Consegue-se que o urânio fique mais tempo gerando energia”, explicou o coordenador do Programa de Propulsão Nuclear da Marinha, capitão de mar e guerra André Luís Ferreira Marques, em entrevista à Agência Brasil.

“Nos primeiros navios, tirava-se o urânio ainda com muita energia para queimar, porque eles não conseguiam gerenciar isso direito”, lembrou Marques.

Ele destacou que, além de proporcionar um ganho na área da Defesa, a construção do reator vai beneficiar a sociedade como um todo, já que, extrapolando a escala, o mesmo tipo de projeto poderá mover uma usina nuclear.

“As próximas usinas nucleares usarão tecnologia brasileira, se não em tudo, em uma graduação, chegando futuramente a 100%. O Labgene é o preâmbulo das futuras usinas nacionais. Nós desenvolvemos os fornecedores, que já estão acostumados com as normas técnicas, os cuidados e as inspeções de controle de qualidade, para fazer equipamentos maiores”.

Para Ferreira Marques, “é o início do big bang [uma alusão à teoria da chamada grande explosão que resultou na criação do universo, aceita por parte dos cientistas]. A gênese dos reatores de potência”.

FONTE: Correio Brasiliense

Jobim vincula compra de caças a venda simultânea de cargueiros



O Ministério da Defesa fará, nos próximos dias, uma exposição de motivos ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva onde indicará tanto um claro favorito no processo de aquisição de caças para renovação da frota da Força Aérea Brasileira (FAB) como requisitos mínimos para que o contrato bilionário seja concluído.

Um desses requisitos vincula a assinatura do contrato da compra inicial de 36 jatos à encomenda simultânea de 12 cargueiros KC-390, da Embraer, pelo vencedor da concorrência. "Queremos a assinatura ao mesmo tempo", afirmou o ministro Nelson Jobim ao Valor.

O ministro disse que já escreveu 76 páginas da exposição de motivos sobre a aquisição, que tem um custo estimado em cerca de US$ 6 bilhões. O texto será divulgado logo depois de entregue ao presidente Lula e depois debatido no Conselho de Defesa Nacional. E mais tarde voltará para a FAB e ao Ministério da Fazenda, para a fase da negociação do contrato.

Estão na disputa o caça francês Rafale, da Dassault, o sueco Gripen NG, da Saab, e o F-18, fabricado pela americana Boeing. A preferência pelo jato francês parece clara em Brasilia. Jobim diz apenas que o importante para o Brasil, "se for o jato francês", é que o cargueiro da Embraer poderá entrar no mercado europeu e competir na substituição da frota de C-130 Hércules, da americana Lockheed. Segundo Jobim, existe no mundo uma frota de 300 a 400 cargueiros Hércules, que vão precisar ser substituídos. Aí entra a possibilidade para o KC-190, da Embraer, que poderá estar voando a partir de 2014. O governo brasileiro está atento também a uma provável encomenda do Rafale pelos Emirados Árabes Unidos. Se a aquisição for confirmada, o Brasil poderá barganhar por um pacote conjunto que barateia o preço de cada jato.

Jobim negou que a França tenha feito uma oferta final para garantir a venda dos Rafale durante o encontro do presidente Nicolas Sarkozy com o presidente Lula em Madri, na semana passada, contrariando informações publicadas pela imprensa francesa. O ministro acha que dá para concluir a negociação do contrato de aquisição antes da transferência de poder, em janeiro, sinalização que pode acalmar a inquietação entre os franceses, que já perderam encomendas em certos países quando o novo governante assumiu. Um porta-voz indicou que Sarkozy saiu do encontro com Lula com o sentimento de que, em breve será confirmada a preferência pelo Rafale.

O presidente francês revelou ao presidente Lula, na mesma conversa, que vai propor, durante o encontro de cúpula do G-20 no mês que vem, em Toronto, que a reforma do Conselho de Segurança da ONU seja acelerada e mesmo decidida até o fim do ano. E que o Brasil tenha assento permanente, como potência emergente e líder regional.

Fonte: Valor Econômico

Avião de transporte militar da Embraer estará no mercado até o fim deste ano




Avaliado em cerca de US$ 1,3 bilhão, o programa de desenvolvimento e industrialização do novo avião de transporte militar da Embraer, o KC-390, encontra-se em fase de definição de configuração e dos parceiros estratégicos. A expectativa da empresa é a de que até o fim deste ano já esteja pronta para iniciar a comercialização do cargueiro, que nos próximos dez anos disputará um mercado de 700 aeronaves, um negócio estimado em US$ 13 bilhões.

A Força Aérea Brasileira (FAB), que contratou à Embraer o desenvolvimento da aeronave, será a cliente lançadora do cargueiro no mercado. O primeiro voo do protótipo do KC-390, segundo a FAB, está previsto para acontecer em 2014. O cronograma de desembolsos para o projeto prevê o repasse de R$ 100 milhões em 2010 e de R$ 200 milhões em 2011. O preço da aeronave ainda não está definido, mas de acordo com estimativas feitas por fontes ligadas ao projeto, o valor deve ficar em torno de US$ 60 milhões a US$ 70 milhões.

O KC-390 será o maior avião já produzido pela Embraer e substituirá o Hércules C-130, em operação na FAB desde a década de 60. Embora ainda não tenha formalizado nenhum contrato de aquisição, a previsão é que a FAB faça uma encomenda inicial de 20 aeronaves para a Embraer.

Com 20 toneladas de peso, o KC-390 é um avião de transporte, que apoiará as Forças Armadas brasileiras e de outros países interessados no produto, em missões de transporte de tropa, de carga, veículos militares, busca e resgate, lançamento de paraquedistas e carga e reabastecimento em voo.

O projeto será desenvolvido pelo sistema de parcerias estratégicas, que prevê o compartilhamento de custos e riscos, a criação de laços de longo prazo entre as indústrias, as forças armadas e os governos dos países envolvidos, além do estabelecimento de cotas de participação nas vendas dos aviões. A lista de parceiros do projeto já inclui Chile, Colômbia, África do Sul e Portugal.

Na Embraer o projeto do novo cargueiro é visto como o carro-chefe da estratégia de crescimento dos negócios da empresa na área de defesa. A companhia espera capturar 10% da frota de cerca de 2 mil aviões cargueiros em fase final de vida útil no mercado, sendo que a maior parte deles é de aeronaves C-130.

Fonte: Valor Econômico

domingo, 23 de maio de 2010

O Brasil, a revolução Cubana, e a Revolução Bolivariana.



Para aqueles que defendem a revolução Bolivariana como sendo uma alternativa para o Brasil.
Chega de Revolucionários no Poder, Chega de Terrorista no Poder.

sábado, 22 de maio de 2010

BRASIL COPIA O ESTILO DE CUBA E DA VENEZUELA: DIPLOMACIA DE SLOGANS!

1. Cuba e Venezuela usam a política externa como instrumento de propaganda para inventar um inimigo externo e, com isso, ampliar o apoio interno, e para multiplicar a percepção da importância de seus países. A política externa deles é marcada por slogans e frases de efeito, na luta retórica contra o imperialismo e coisas tais.

2. Brasil de Lula segue com rigor a Diplomacia de Slogans. E amplia, com presença internacional como 'evangelista' do etanol numa fase, de camisas da seleção em outra, e com acordos políticos e comerciais "fakes", que nada mais produzem que "barrigas" na imprensa. Nessa última tentativa de 'barriga nuclear', a imprensa brasileira esteve atenta e não deu a Lula, no dia seguinte, as manchetes que esperava.

3. A diplomacia brasileira construiu, por décadas, o respeito internacional, pela capacidade e conhecimento de nossos diplomatas, nas instituições, tratados e acordos internacionais. Cesar Maia lembra a este Ex-Blog, que ouviu da ministra de relações exteriores do México, e do vice-ministro de relações exteriores da França para América Latina, no início dos anos 2000, enormes elogios ao Itamarati. As reclamações da ministra mexicana eram quanto à impermeabilidade à manipulação política, da diplomacia brasileira.

4. Um ou outro empreiteiro brasileiro se encanta com a “venezuelo-cubanização” da política comercial externa, na medida em que conseguem grandes projetos com financiamento brasileiro e sem nenhuma licitação. Se somarmos as linhas de crédito anunciadas por Lula para exportações brasileiras, de bens e serviços, vamos chegar a quase 10 bilhões de dólares. Na prática, talvez uns 5% disso tenham sido realizados. Lula anuncia o perdão de dívidas de países pobres para exaltar suas viagens e minimizar a importância desses países em relação ao Brasil, em atos desrespeitosos.

5. Mas quando um país confronta, como Bolívia e Paraguai, Lula recua, e sequer defende contratos assinados pelo Brasil anos atrás e direitos de nossas estatais. Reclama do FMI e, para parecer grande, transfere reservas ao mesmo FMI. Na crise grega atual, anunciou que estava ajudando a Grécia. Na verdade era a participação do Brasil no capital do FMI, ou 250 milhões de dólares, ou 2,5% das reservas transferidas ao FMI, ou 0,003333% da ajuda internacional. No Haiti, seu imobilismo, expôs o exército brasileiro ao constrangimento de ter que abrir alas para a passagem de militares dos EUA, até que Lula se recompusesse.

6. O Unasul virou um palanque para o exibicionismo de Lula, Chávez, Kirchner, et caterva. O Mercosul foi demolido pelo governo Lula. A presença de Lula nos fóruns internacionais é apenas midiática. Obama impulsionou a sua vaidade ao apontá-lo como 'o cara'. Com isso, amaciou-o no G-20. Em todos os pódios duplos, quando da visita a outro país, o presidente/chefe de governo desses países tem que ouvir, com um sorriso amarelo, as metáforas e gracinhas futebolísticas de Lula. De tudo isso o que se vê de resultados é o Brasil ter virado uma economia primário-exportadora do século 19, e boa parte do século 20, para o estremecimento cepalino, em seus túmulos, de Raul Prebish e Celso Furtado. Isso tudo, para não falar nas cumplicidades nem tão ocultas com Farc e congêneres. Ai..., quando o laptop de Raul Reyes 'falar'.

7. E o Senado do Brasil -responsável constitucional pela aprovação dos tratados, acordo, convênios internacionais- a tudo assiste, impávido colosso, passivamente, com Lula tomando decisões que são de outro Poder, ignorando as atribuições do Senado, certo de que a "base aliada" coonestará o que decidiu sem ouvir e sem debater.

8. Esse é o melancólico fim de oito anos dessa Diplomacia de Slogans, que deixa a tradição do Itamarati num quadro de humilhação e constrangimento. E Lula feliz por seu histrionismo diplomático.

FONTE: Ex-Blog Cesar Maia

Boeing Destaca Oportunidades de Parceria com o Brasil durante 1º Fórum Nacional de Defesa Aérea






ST. LOUIS, EUA, 20 de maio de 2010 – A Boeing irá focar em sua contínua oportunidade de parceria com o Brasil durante o 1º Fórum Nacional de Defesa Aérea 2010, que começa no próximo dia 24 de maio, em Brasília. Representantes do Ministério da Defesa, da Força Aérea Brasileira e do governo brasileiro também participarão do encontro que discutirá a nova Estratégia Nacional de Defesa do Brasil.

Michael Coggins, gerente sênior de Desenvolvimento de Negócios Internacionais da Boeing Military Aircraft, será um dos palestrantes do Fórum e fará uma apresentação sobre como a Boeing, em parceria com o Governo dos EUA, pode atender diretamente todos os aspectos da nova Estratégia Nacional de Defesa do Brasil.

“Como a maior empresa aeroespacial do mundo, a Boeing está melhor posicionada para ajudar o Brasil a fortalecer sua indústria de defesa e conquistar a liderança no quesito tecnologia”, afirma Coggins. “Através da transferência de tecnologia dos EUA, a indústria aeroespacial brasileira poderá prover capacidades-chave ao Brasil, tornar-se parte da rede mundial de fornecedores da Boeing, além de obter acesso ao mercado aeroespacial e de defesa dos Estados Unidos”.

O F/A-18E/F Super Hornet é um dos três finalistas da licitação F-X2. O governo brasileiro planeja adquirir 36 aeronaves para modernizar sua frota de caças de combate. As ofertas finais foram entregues em outubro de 2009.

Uma unidade da Boeing Company, a Boeing Defense, Space & Security é uma das maiores empresas do mundo no setor espacial, defesa e segurança, especializada em soluções inovadoras, desenvolvidas sob medida para as necessidades dos seus clientes. É ainda a maior e mais versátil fabricante de aviões militares do mundo. Sediada em Saint Louis, nos Estados Unidos, a Boeing Defense, Space & Security é uma empresa com negócios que totalizam US$ 34 bilhões, empregando 68 mil pessoas em todo o mundo.

Sanções contra Irã não impedirão venda de mísseis, diz senador russo







O chefe de uma comissão parlamentar de relações exteriores disse nesta sexta-feira que sanções contra o Irã que estão sendo discutidas pelas potências mundiais não impediriam a Rússia de entregar mísseis S-300 a Teerã.

Israel e os Estados Unidos pediram à Rússia que não cumprisse com o contrato de entregar os mísseis, ato que poderia atrapalhar qualquer ataque aéreo contra instalações iranianas. Diplomatas dizem que Moscou está disposto a manter o pedido de entrega como forma de barganhar com Teerã.

Perguntado se as sanções iriam bloquear a entrega dos S-300s, Mikhail Margelov, chefe da Comissão de Relações Exteriores do Conselho Federal, disse: “O esboço não atingirá os atuais contratos entre Rússia e Irã”, segundo a agência de notícias Interfax.

“Deve ser lembrado que a Rússia é uma vendedora responsável de seus produtos nos mercados estrangeiros e não estamos interessados na militarização do Oriente Médio.”

A Rússia é um dos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU que aprovaram o esboço da resolução por uma nova rodada de sanções contra o Irã. O rascunho da resolução foi apresentado por Washington nas Nações Unidas na terça-feira.

Diplomatas nas Nações Unidas disseram nesta semana que as sanções sendo discutidas poderiam impedir a venda dos mísseis S-300.

Washington investiu considerável esforço diplomático para persuadir a Rússia e a China, também membro permanente do Conselho de Segurança, para que apoiassem sanções mais rígidas contra Teerã. Os dois países querem manter as relações comerciais com o Irã, importante produtor de energia.

Autoridades do Ocidente também estão preocupados com um projeto russo-iraniano para construir a primeira usina nuclear no Irã em Bushehr.
Uma autoridade russa disse na terça-feira que o primeiro reator da usina poderia começar operações em agosto.
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