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Salmo 127

1 Se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam; se o Senhor não guardar a cidade, em vão vigia a sentinela.

2 Inútil vos será levantar de madrugada, repousar tarde, comer o pão de dores, pois ele supre aos seus amados enquanto dormem.

3 Eis que os filhos são herança da parte do Senhor, e o fruto do ventre o seu galardão.

4 Como flechas na mão dum homem valente, assim os filhos da mocidade.

5 Bem-aventurado o homem que enche deles a sua aljava; não serão confundidos, quando falarem com os seus inimigos à porta.

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sábado, 13 de dezembro de 2008

Desperta Brasil!

Artigo do leitor Luiz Eduardo Rocha Paiva

Saber como agem os países que conduzem os destinos do mundo permite identificar suas aspirações e interesses vitais e constatar que não hesitam em optar pelo conflito armado para concretizá-los, caso outros meios de pressão sejam insuficientes. Existe um Eixo de Poder, unindo e atritando EUA, França, Inglaterra, Alemanha, Rússia, China e Japão.

As sociedades do Eixo Ocidental (EUA e aliados) atingiram um extraordinário nível de bem-estar e influenciam o Estado na condução de seus destinos. Para manter este status (aspiração), consomem imensa quantidade de recursos, principalmente energéticos, que seus países são incapazes de prover a partir de seus próprios territórios ou precisam mantê-los como reserva estratégica. Assim, é um interesse vital assegurar o acesso às regiões do mundo onde existam as matérias-primas necessárias para satisfazer aquela aspiração. A presença militar em regiões de importância estratégica, que signifique uma vantagem sobre atores rivais é, também, um interesse vital.

O motivo da guerra contra o Iraque, em 1991, não foi o anunciado "libertar o Kuwait". O verdadeiro propósito era neutralizar aquela potência regional emergente adversa aos interesses ocidentais, particularmente, aos dos EUA. O Iraque, ao invadir o Kuwait, controlou um dos maiores produtores de petróleo do mundo e ameaçava a Arábia Saudita, aliada e maior fornecedora de petróleo aos EUA. Por outro lado, a região tem grande valor estratégico-militar como ligação ou bloqueio entre a Europa e a Ásia e o Mediterrâneo e o Índico.

Houve perfeito alinhamento da aspiração e do interesse vital, já mencionados, bem como de um objetivo político - projetar poder no Oriente Médio para assegurar o abastecimento de petróleo - com o objetivo de guerra - neutralizar o Iraque como potência emergente e antagônica -; o objetivo operacional - destruir o poder militar do Iraque -; e a manobra estratégica - cercar e destruir as forças iraquianas, particularmente, a Guarda Republicana. O bloqueio econômico imposto, a seguir, impediu o Iraque de recuperar seu poder militar.

Em 2003, a guerra não foi para implantar a democracia no Iraque, desativar o "arsenal de armas de destruição em massa" e eliminar um "ponto de apoio ao terrorismo internacional". Permaneciam, pois são duradouros, a aspiração, o interesse vital e o objetivo político, sendo, agora, o objetivo de guerra - derrubar Saddam e implantar um governo favorável aos EUA, a fim de ampliar o controle sobre a região e proteger a Arábia Saudita. Lideranças islâmicas fundamentalistas, com o apoio da Al Qaeda, antagonizam aquela monarquia e o Irã é uma lembrança amarga para os EUA.

Nos Balcãs, na década passada, a intenção dos EUA e da UE foi desmembrar a Sérvia, neutralizando a antiga aliada russa. A finalidade não foi defender direitos de nações artificialmente incorporadas à ex-Iugoslávia e sim afastar a Rússia dos Balcãs, facilitando a expansão da UE e da OTAN para a Europa Oriental e, assim, o cerco estratégico à Rússia pelo oeste, como está, hoje, concretizado.

A queda da URSS criou um vazio de poder na Ásia Central. Os EUA e aliados, em oposição a interesses russos e chineses, projetaram-se naquela região com apoio da Turquia. Na década dos 90, os objetivos eram as fontes de petróleo e gás, o controle de importantes gasodutos e oleodutos e o cerco estratégico à Rússia e à China. Hoje pretendem, também, impedir o estabelecimento de "santuários" do terrorismo em países de regimes instáveis, e combatê-lo no Afeganistão, com o apoio paquistanês. Os EUA têm bases militares em algumas ex-repúblicas soviéticas e multinacionais, suas e inglesas, já se instalaram na área. O conflito entre Rússia e Geórgia insere-se nesta disputa, em episódio muito similar ao da perda do Kosovo pela Sérvia, exceto pelo fato de, agora, os EUA e aliados serem contrários à separação das províncias rebeldes - Ossétia do Sul e Abcássia - pertencente à aliada Geórgia.

No cerco à China, os EUA contam, de leste a sul, com Coréia do Sul, Japão, Formosa, Austrália, Filipinas e Índia. Na Ásia Central, passam a dispor de uma base continental a oeste da China, ameaçando-a onde é menos poderosa e tem problemas de coesão interna.

Os EUA, potência marítima e continental, venceram a Guerra Fria contra a URSS, potência mais continental do que naval. O século XXI assistirá à disputa entre duas potências de perfil marítimo e continental, pois a China desenvolverá um forte poder naval. Daí a importância do cerco com os aliados no Pacífico e no Índico, a fim de evitar a expansão de bases chinesas além do seu litoral, onde estão sob "vistas e fogos" que limitam o fortalecimento de seu poder naval.

A África, rica em gás e petróleo, é um novo palco do conflito entre a China e os EUA. Em dez anos, a potência asiática ampliou seu comércio com a África de U$ 1 bilhão para U$ 50 bilhões. No início de 2008, os EUA criaram o AFRICOM, um comando estratégico militar-civil com missões de segurança, desenvolvimento e ajuda humanitária. No fundo, o propósito é neutralizar a crescente influência chinesa, seu possível controle de áreas ricas em recursos estratégicos e a projeção de seu poder militar.

A Amazônia e o Atlântico Sul têm alto valor político, econômico e militar e já estão sob o impacto de estratégias de projeção de poder e controle territorial por parte do Eixo Ocidental. O propósito é impor-nos a soberania compartilhada na Amazônia e impedir-nos a exploração autônoma de nossas riquezas na Hiléia e no Atlântico. O Eixo fará o possível para impedir a ascensão de uma nova potência global, particularmente, os EUA em sua tradicional área de influência. O Brasil, com uma política suicida na Amazônia, precisa reaprender a antever ameaças, pois entrará no eixo dos conflitos para defender a soberania e a integridade territorial. Se esperar "ver para crer" será tarde demais e não estará preparado. Desperta Brasil!

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