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Salmo 127

1 Se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam; se o Senhor não guardar a cidade, em vão vigia a sentinela.

2 Inútil vos será levantar de madrugada, repousar tarde, comer o pão de dores, pois ele supre aos seus amados enquanto dormem.

3 Eis que os filhos são herança da parte do Senhor, e o fruto do ventre o seu galardão.

4 Como flechas na mão dum homem valente, assim os filhos da mocidade.

5 Bem-aventurado o homem que enche deles a sua aljava; não serão confundidos, quando falarem com os seus inimigos à porta.

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terça-feira, 31 de maio de 2011

Chile alerta Bolívia que está pronto para defender soberania

O Chile advertiu à Bolívia na segunda-feira que suas Forças Armadas estão preparadas para defender a soberania do país, depois que o governo boliviano manifestou sua intenção de buscar uma entidade internacional para iniciar uma negociação para conseguir uma saída para o mar.

O ministro da Defesa chileno, Andrés Allamand, disse que seu país está de olho nas pretensões do presidente boliviano, Evo Morales, que citou recentemente diversas resoluções da Organização dos Estados Americanos (OEA) que afirmam, desde 1979, que a exigência marítima da Bolívia é de interesse continental.

"Quero mostrar que os cidadãos e os chilenos, em particular, devem encarar estas iniciativas bolivianas com total tranquilidade", assegurou o ministro de Defesa chileno.

Falando na capital chilena, Santiago, o ministro afirmou que essa discussão já foi resolvida por um tratado em 1904, que delimitou as fronteiras atuais entre os dois países, após uma guerra em 1879, na qual a Bolívia perdeu parte de seu território, incluindo seu acesso soberano ao mar.

"(O Chile) é um país que tem do seu lado todo o amparo do direito internacional e, por último, tem Forças Armadas prestigiadas, profissionais e preparadas, que estão em condições de defender os tratados internacionais e proteger adequadamente a soberania e a integridade territorial", afirmou Allamand.

Alguns dias atrás, Morales pediu para que o Chile apresente uma proposta concreta baseada nas resoluções da OEA para iniciar formalmente um processo de negociação, já que, pelo contrário, advertiu, apresentará "oportunamente" uma demanda no Tribunal de Haia.

Os dois países não têm relações diplomáticas desde 1978, quando uma negociação sobre a reivindicação boliviana pelo acesso marítimo fracassou.

FONTE: REUTERS

China age para vetar o Brasil no Conselho de Segurança da ONU




A China, o mais poderoso país do Brics, grupo que o Brasil integra, ampliou ofensiva diplomática contra tentativas de ampliação do Conselho de Segurança das Nações Unidas, uma das reivindicações da política externa brasileira. O Valor apurou que o governo chinês tenta agora torpedear um projeto de resolução que o G-4 – Brasil, Índia, Alemanha e Japão, todos candidatos a um assento permanente no Conselho de Segurança – planeja apresentar em breve à Assembleia Geral da ONU.

O projeto, que tem 71 apoios firmes, procura fazer com que a Assembleia sancione a necessidade de expandir as duas categorias de membros do Conselho de Segurança, os permanentes e os não permanentes. É uma tentativa de dar fôlego politico à discussão e obter o reconhecimento de que o mundo mudou e que as mudanças têm de ser incorporadas na estrutura das instituições de governança global.

O governo chinês mandou seus representantes advertirem as delegações diplomáticas africanas na sede da ONU, em Nova York, a não apoiarem nenhuma resolução por reforma do Conselho de Segurança. Para ter a certeza de que a mensagem foi bem recebida, Pequim também despachou emissários a capitais na África.

Nos círculos do G-8, dos países industrializados, fontes confirmaram também a existência de um telegrama diplomático atribuído à missão americana na ONU, que teria sido divulgado pelo Wikileaks, relatando antiga demanda da China para os Estados Unidos não levarem adiante uma reforma na organização.

No plano bilateral, Pequim tem dito ao Brasil que no momento adequado não vai complicar o pleito brasileiro. No entanto, o sentimento é de que os chineses fazem tudo para que esse momento nunca chegue.

A pressão chinesa visa bloquear a entrada do Japão e garantir para si a posição de único emergente com assento permanente no Conselho, o que lhe dá a aura de representante dos países em desenvolvimento. Se entram Brasil e Índia, os chineses tem reduzido seu poder.

A China não tem sido especialmente solidária com os países em desenvolvimento na cena multilateral. Na reforma das quotas para dar mais poder aos emergentes no Fundo Monetário Internacional, em 2010, Pequim não ajudou o Brasil a lutar por um resultado mais amplo e equilibrado. Agora, tampouco quer brigar por um representante emergente para dirigir o Fundo, preferindo apostar na conquista para um chinês do cargo de número dois.

FONTE: Jornal Valor

Projeto Sistema Integrado de Artilharia Antiaérea do Exército Brasileiro

Enfim surge um caminho para a Defesa Antiaérea do Exército Brasileiro.





O Projeto do Sistema Integrado de Artilharia Antiaérea do Exército Brasileiro é um projeto ambicioso, mas com grande dose de realismo. O objetivo do projeto é modernizar os meios de Artilharia Antiaérea do Exército Brasileiro (EB) em função, principalmente, do longo tempo de uso, aliado à defasagem tecnológica em relação aos principais equipamentos existentes no mercado nacional e internacional.

A amplitude do Projeto engloba as Baterias de Artilharia Antiaérea, os Grupos Artilharia Antiaérea e a Escola de Artilharia de Costa e Antiaérea, incluindo o desenvolvimento de Material de Emprego Militar pelo EB e pela Indústria Nacional de Defesa.






O Timing Surpreende


No dia 27 de Janeiro de 2011 foram enviados por SEDEX, para mais de 30 empresas, um pedido de “Request for Information” (RFI) às empresas, nacionais e estrangeiras, que produzem Material de Emprego Militar de Defesa Antiaérea.

O período de Carnaval foi ao ritmo de samba de digitação das propostas para as empresas. A amplitude do SIAAEB e suas interações e complexidade. As respostas ao RFI deveriam ser entregues em 15 de Março.

No final de Maio ou primeira semana de Abril o Exército deve emitir os "RFP" para as empresas selecionadas e cujas respostas devem ser entregues até o final de Julho ou início de Agosto e a análises ainda neste mês. Anúncio dos vencedores em setembro e assinatura dos contratos em Novembro.

Os “Request for Information” (RFI)têm por finalidade obter dadosatualizados sobre as capacitações e possibilidades da Indústria de Defesa, nacional ou estrangeira, onde o Exército especifica, de uma forma geral, os interesses do Projeto.

Os RFI, portanto, serão objeto de avaliação inicial por intermédio do Estado-Maior do Exército, dos Órgãos de Direção Setorial envolvidos, do Gerente do Projeto e demais órgãos necessários ao prosseguimento do Projeto.




O Foco

Os objetivos são dois: aproveitar a Demanda dos Cadernos de Encargos dos eventos, que ocorrerão no Brasil - Copa das Confederações (2013), Copa do Mundo (2014), Olimpíadas (2016) – e modernizar e atualizar a Artilharia Antiaérea e completar as suas lacunas.

São três as linhas principais de ação:


1 - Aquisição de materiais novos;
2 - Integração a plataformas já existentes, e,
3 - Reparos de materiais já existentes.



O plano original é recuperar todo o material existente no EB e adquirir os inexistentes. O mapa inicial do Projeto é aberto dependendo muito das informações recebidas nos RFI e a capacidade de realizar as ações a tempo de atender a demanda dos eventos.

Uma questão é o futuro da artilharia de tubo. Atualmente há dois sistemas. Os canhões Bofors 40L70 40mm e os Oerlikon 35 mm. A tendência inicial era de continuar somente com os Bofors (atualmente BAE Systems).




O SIAAEB

O Projeto do Sistema Integrado de Artilharia Antiaérea do Exército Brasileiro foca todos os itens integrantes de um sistema de AAe de baixa e média altura (10.000m).

A formatação do projeto coube ao General-de-Exército Sinclair James MAYER (promovido em Março 2011) e atual Chefe do Departamento de Ciência e Tecnologia. Como ex-comandante 1ª Brigada de Artilharia Antiaérea(1ª BDA AAAe), o Gen MAYER tem conhecimento das principais demandas..

O desdobramento da 1ª BDA AAAe, indica a enorme deficiência de cobertura de defesa Aérea do Exército Brasileiro. A Brigada está desdobrada em 4 estados (SP, RS, RJ e MG) e Distrito Federal.

É dado como certo que muitas soluções de compromisso serão necessárias para atender aos exíguos prazos. Lembrar que os eventos começam já, em 2012, com a RIO +20 (evento para comemorar os 20 anos da ECO92).




Os Meios

São previstas a aquisição de dois tipos de sistemas de mísseis. Um tipo MANPADS para curta distância e outro para média altura.

1 – MANPADS – Man Portable Air Defense System – O Brasil emprega dois tipos: o russo Igla, em uso pela FAB e Exército e o europeu MBDA Mistral em uso pelo Corpo de Fuzileiros Navais. Concorre o Sueco SAAB RBS70.

2 – Média Altura – São inúmeras as versões e composições oferecidas:

Rússia - Tor2M,
Suécia - SAAB BAMSE,
Europeu MBDA
França Thales Crotale
Alemanha Diehl IRIS-T
Sem falar nas ofertas israelenses das empresas RAFAEL, IAI e ELBIT. Também participam empresas americanas, coreanas e chinesas.


Em muitos casos as plataformas onde estes mísseis podem ser montados e integrados estão em discussão. Lembrar que a plataforma básica e natural a VBTP-MR Guarani ainda está em desenvolvimento. Em especial a versão 8x8 cujo projeto ainda não foi inciada.

A intenção é de que o Radar ORBISAT SABER, em suas versões M60 e M200 sejam integrados. Algumas empresas, porém alertam que o SABER é um radar de Vigilância e não de Detecção e Interceptação e o tempo de resposta é maior que o necessário para rastrear mísseis.



A Expectativa


Uma segunda Brigada de AAAe é prevista dentro da Estratégia Braço Forte emitida pelo Exército Brasileiro, em 2009. O assunto ainda não foi discutido, embora conste da Estratégia Nacional de Defesa.

Porém não está prevista a sua criação dentro do escopo do SIAAEB.

Como parte do Sistema de Defesa Aeroespacial Brasileiro (SISDABRA), são inúmeras as interações com as outras forças mostra a complexidade deste projeto. Observar que algumas simetrias podem ser obtidas como o Programa F-X2. Há ofertas de sistemas de armas que equipam os caças, como por exemplo o MBDA VL MICA, versão terrestre do míssil ar-ar MBDA BVR MICA, que equipa o Dassault Rafale.

Lembrar o míssil Ar-Ar BVR RAFAEL Derby em uso pelos F-5EM que também tem uma versão de defesa aérea, que foi adqurida pela Índia.

Não descartada a hipótese de consórcio MECTRON-DENEL-AVIBRAS oferecer uma versão do míssil ar-ar A-DARTER, projeto conjunto Brasil-África do Sul, com um booster (acelerador).

O canhão Bofors 40L70 também é usado pela Marinha do Brasil onde uma interação pode ser buscada..

Enfim surge um caminho para a Defesa Antiaérea do Exército Brasileiro.







Fonte: DEFESANET

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Estratégia Nacional de Fronteiras é apresentada à deputados




ENAFRON propõe mudanças e melhorias em todos os aspectos da vigilância e proteção das fronteiras brasileiras.

As Forças Armadas entregaram nesta quarta-feira os planos da ENAFRON (Estratégia Nacional de Fronteiras) para deputados federais das comissões de Relações Exteriores e de Defesa Nacional.

A proposta da ENAFRON é aumentar consideravelmente a presença das Forças Armadas e da polícia Federal ao longo dos quase 17.000 quilômetros de fronteiras, sendo 7.000 de fronteiras secas. Postos de vigilância, casas para alojar policiais em locais remotos e até gratificações a esses policiais estão sendo consideradas.

O plano é utilizar o contingente das Forças Armadas que já estão lotados na áreas fronteiriças, cerca de 40.000 homens entre Exército, Marinha e Aeronáutica, junto com o contingente da Polícia Federal, que deverá ser aumentado nos próximos anos, para garantir a presença do governo ao longo de toda a fronteira.

A vigilância eletrônica será uma das maiores aliadas nessa estratégia, e será empregada em forma de sensores, câmeras e até aviões não tripulados.

FONTE:Defesa Brasil

EUA ajudou França com programa nuclear para dividir Europa

Geopolítica

Os Estados Unidos ajudaram secretamente a França a desenvolver seu arsenal nuclear na década de 1970, com o objetivo de dividir a Europa, revelam documentos liberados nesta quarta-feira sobre o governo do presidente Richard Nixon.

Henry Kissinger, a grande figura da política externa da administração Nixon, queria promover uma disputa entre França e Grã-Bretanha com o objetivo de minar a união europeia, segundo os documentos publicados pela Universidade George Washington e pelo Instituto Woodrow Wilson. "Não queremos que a unidade europeia avance e se volte contra nós. Se os franceses pensarem que podem superar os ingleses, então teremos atingido nosso objetivo", explica Kissinger em um dos documentos.

A França testou suas primeiras bombas atômicas no deserto do Saara, em 1960, tornando-se o quarto país com armas nucleares, após Estados Unidos, Rússia e Grã-Bretanha. A posição oficial dos Estados Unidos foi a de negar qualquer colaboração com a França em matéria nuclear militar, mas os documentos revelam que desde que chegou ao poder, em 1969, Richard Nixon compreendeu que não poderia impedir a ambição nuclear dos franceses.

A partir deste momento, os Estados Unidos começaram a fornecer em conta-gotas informações nucleares a Paris, por intermédio de Robert Galley, ministro francês da Defesa do governo de Georges Pompidou. Para drilhar a lei americana que impedia qualquer forma de cooperação nuclear direta com a França, os americanos se limitaram a apontar se os franceses estavam fazendo a coisa certa ou não.

FONTE: AFP

VENEZUELA – Chegam mais Tanques e Artilharia

Sétimo navio procedente da Rússia nas últimas semanas a desembarcar armamentos para a Fuerza Armada Nacional Bolivariana (FANB).










O jornal venezuelano NOTITARDE publicou em sua edição de ontem (25 Maio) que estão sendo desembarcados na zona portuária de Puerto Cabello, carros de combate T72 e artilharia. Esta embarcação seria a sétima que aportou em Puerto Cabello carregando armas e explosivos. Formam parte do maior carregamento de armamentos que adquiriu a Venezuela nos últimos seis anos.

Foram desembarcados carros de combate T-72 projetados e produzidos na Rússia nos últimos 30 anos. Sua arma principal é o canhão 125 mm de alma lisa (o tubo não parte interna não tem raios devido a alta velocidade da munição) 2A46M/ D-81TM , uma metralhadora coaxial PKT 7,62 mm.

O navio "Sluisgracht" (com registro de Amsterdam), atracou no molhe 12, ao meio dia de terça-feira segundo fontes não oficiais ligadas à Bolivariana de Puertos S.A. (Bolipuertos). Sabe-se que o navio veio com uma carga especial de artilharia e matéria prima produção de explosivos, os quais estão destinados para aprovisionar a Fuerza Armada Nacional Bolivariana (FANB).

Após o desembarque as cargas foram deslocadas para o Fuerte Paramacay,localizado em Valencia; Diacoquerce, em Puerto Cabello, e outras dependências militares do país.

A Venezuela realizou compras de impacto como os 24 Su-30MK2, 100.000 fuzis Kalashnikov, incluindo máquinas para produzir munição também compatível aos AK-47 , helicópteros Mi-35 e grande quantidades do míssil MANPAD IGLA. Agora parte para equipamentos em especial para equipar as Forças Terrestres da FANB.

Notícia provenientes da Venezuela como a publicada por DefesaNet em 2010 “Chávez Inspeciona Centro de Manutenção dos Su-30MK2”, indica claramente que os venezuelanos são muito dependentes do apoio técnico e de manutenção dos russos.

FONTE: DEFESANET

Ratko Mladic, um dos 'senhores da guerra' da Bósnia




BELGRADO, 26 Mai 2011 (AFP) -O general sérvio-bósnio Ratko Mladic, cuja prisão foi anunciada nesta quinta-feira pelo presidente sérvio Boris Tadic, ficará conhecido na história como um dos culpados pela matança de milhares de muçulmanos em Srebrenica e pelo sangrento cerco a Sarajevo na guerra da Bósnia (1992-1995).

Acusado de genocídio, de crimes de guerra e contra a humanidade pelo Tribunal Penal Internacional (TPI) para a ex-Iugoslávia em 1995, o general Mladic, de 68 anos, é alvo de um mandato de prisão internacional desde 1996.

Ele é considerado um dos principais artífices da política de "limpeza étnica" na Bósnia, junto com o ex-presidente sérvio-bósnio Radovan Karadzic, detido há menos de três anos.

Nascido no dia 12 de março de 1943 na cidade de Bozinovici, no leste da Bósnia, Mladic viveu sua infância traumatizado com a morte de seu pai, assassinado pelas milícias croatas pró-nazistas ("ustachis") quando tinha apenas dois anos.

Mladic, que com o passar dos anos chegaria a general, cresceu acompanhando o acirramento do ódio contra os ustachis e os muçulmanos.

Ávido por vingança, tornou-se um defensor extremo do "povo sérvio ameaçado de genocídio e condenado a desaparecer com a entrada do Islã em território europeu", defendendo ardentemente a ideia de uma "grande Sérvia".

Como líder das milícias separatistas sérvias na Croácia, em 1992, depois da proclamação da Republika Srpska (RS), na Bósnia, foi nomeado comandante das forças sérvias da Bósnia.

Baseando-se na máxima de que "as fronteiras sempre foram traçadas com sangue e os Estados são delimitados com tumbas", Mladic permaneceu impassível e impiedoso no cerco a Sarajevo durante três longos anos.

Em julho de 1995, as tropas que o general mantinha sob suas ordens se apoderaram do enclave muçulmano de Srebrenica, que estava teoricamente sob proteção de forças da ONU, e fizeram estragos, massacrando quase 8.000 muçulmanos desarmados.

No ano seguinte, tendo contra si uma ordem de detenção internacional, Mladic foi destituído pela presidente da RS, Biljana Plavsic.

Entrincheirou-se em seu feudo de Han Pijesak, uma base militar próxima a Sarajevo, e de lá viajou para Belgrado, onde teve uma vida confortável até a queda em 2000 do regime de Slobodan Milosevic.

Passaram-se anos de desmentidos oficiais sobre a permanência do general na Sérvia até que, em 2005, um relatório dos serviços secretos de Belgrado revelou pela primeira vez que tinha ficado escondido até junho de 2002 em território sérvio graças à ajuda de oficiais que o protegiam.

FONTE: AFP

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Empresa aérea dos Correios custará R$ 800 milhões



Segundo anunciado, parceria com a Embraer reduziria custos, incentivaria indústria nacional


Os Correios investirão entre R$ 800 milhões e R$ 1 bilhão na criação de sua empresa aérea de transporte de carga, já batizada de CorreiosLog. Já está certo que a estatal vai comprar aviões da Embraer, com prazo de dois anos para entrega, para fazer a subsidiária decolar. A frota está estimada em 15 aeronaves.

O objetivo da parceria dos Correios com a Embraer é reduzir custos, incentivar a indústria nacional e gerar empregos. A logística de transporte é um dos problemas mais graves dos Correios. Estudos da estatal indicam que sua capacidade de entregar as correspondências dentro do prazo se esgotará em um ano e meio.

O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, deu prazo de seis meses para que a direção dos Correios defina o modelo pelo qual deverá colocar a CorreiosLog no ar – se pela compra de empresa já existente ou criação de uma nova empresa – e aprove o plano de negócios, de forma que a subsidiária comece a operar até o primeiro semestre de 2012.

FONTE: Correio

NOTA DOS CORREIOS:
Com relação à matéria “Correios investirão até R$ 1 bi para criar aérea com aviões da Embraer”, publicada pelo jornal O Globo na sexta-feira, dia 20 de maio, os Correios esclarecem que não houve ainda nenhuma decisão, por parte da empresa, sobre a compra de aviões e tampouco sobre o valor que será investido ou o fornecedor. A ECT, inclusive, continua realizando normalmente e com sucesso as licitações para contratação de linhas da Rede Postal Noturna, para transporte aéreo de carga. Como empresa pública e transparente, os Correios divulgarão à imprensa e à sociedade brasileira informações sobre o assunto quando realmente houver definição.

‘Lua de mel’ entre Brasil e China acabou, diz jornal

LONDRES – As relações comerciais entre Brasil e China apontam para as diferenças, os desafios e os desencontros existentes entre as duas economias emergentes, diz o jornal Financial Times, em caderno especial sobre o tema, publicado hoje. “Há sinais crescentes de que a lua de mel acabou”, afirma o jornal britânico.

Segundo o diário, “seria muito difícil encontrar duas grandes nações no mundo moderno que sejam social, política e culturalmente tão diferentes quanto China e Brasil”. Em razão disso, o Financial Times alerta para o “crescimento das tensões” entre ambos. Enquanto vê como bem-vinda a demanda chinesa por commodities, o Brasil reclama da entrada de manufaturados chineses baratos, o que traz o risco de desindustrialização.

O crescimento das relações comerciais entre os países e os bilhões obtidos com a venda de matérias-primas estimulam a economia brasileira. Isso permitiu que o governo brasileiro desse início a um boom econômico movido pelo crédito, sem se preocupar com o déficit em conta corrente, na avaliação do jornal. “Pela primeira vez, a classe média baixa tem dinheiro para gastar. Ao mesmo tempo, de repente ela pode bancar a compra de produtos graças a uma enxurrada de importações baratas da China”, diz o periódico.

Mas, do ponto de vista industrial, há preocupações. A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) argumenta que o superávit comercial brasileiro com a China, de US$ 5,2 bilhões no ano passado, foi obtido graças à venda de commodities. Na área de manufatura, houve déficit recorde de US$ 23,5 bilhões. “Hoje, é difícil encontrar alguma coisa fabricada no Brasil”, afirma o jornal, ao lembrar que 80% das fantasias do carnaval deste ano foram importadas, a maior parte da China.

Em visita recente ao país asiático, a presidente Dilma Rousseff pressionou para que a China comprasse mais produtos industrializados do Brasil. Foram fechados negócios com a Embraer e houve o anúncio do compromisso de investimentos da Foxconn, empresa de Taiwan com forte operação na China. Os fabricantes nacionais alertam que o País pode sofrer desindustrialização caso não imponha mais medidas protecionistas sobre o que chamam de dumping de produtos chineses artificialmente baratos, aponta o jornal britânico.

Para o Financial Times, a China também representa outros desafios para o País. “O Brasil é uma democracia liberal que pretende cada vez mais apoiar os direitos humanos, enquanto a China é autoritária e uma repressora brutal das discordâncias.” Além disso, o Brasil quer ser uma força dominante na América Latina, enquanto o crescimento do comércio da China na região a tornam uma competidora, avalia o jornal.

FONTE: Agência Estado

Irã instala bases de lançamento de mísseis na Venezuela

Fontes de inteligência dizem que Teerã já possui instalações no país sul-americano





O Irã construiu instalações militares, mantém material bélico e avança com seus planos de instalar mísseis balísticos de médio alcance na Venezuela, revelam fontes de inteligência que acompanham o fortalecimento da aliança estratégica entre Teerã e Caracas.

Segundo as fontes, o Irã introduziu na Venezuela alguns de seus mísseis, os quais estariam armazenados em bunkers subterrâneos construídos especialmente para esse fim por engenheiros iranianos.

As versões coincidem com um artigo publicado esse fim de semana pelo diário alemão Die Welt que informou sobre os avanços da construção de uma base de mísseis na península de Paraguaná, no estado de Fálcon, o ponto da Venezuela mais próximo dos Estados Unidos.

O diário alemão informa, citando fontes ocidentais de inteligência, que a base seria o local onde estaria armazenados os mísseis de médio alcance. O Irã conta atualmente com um míssel que alcança até 1.280 km, o Shabab-3, e com um variante deste modelo que chega a alcançar 1.930 km, e também desenvolveu o moderno Ghadr-110, com um alcance maior do que 2.500 km.

De acordo com o Die Welt, Irã e Venezuela, assinaram um pacto secreto que permitiria o regime de Teerã usar as instalações contra os Estados Unidos, caso fosse atacado pelo ocidente.

A versão do jornal alemão foi negada quarta-feira pelo governo venezuelano.

“Nós desmentimos que em Paraguaná haja uma instalação militar extrangeira”, assegurou o vice-presidente Elías Jaua.

No entanto, fontes de inteligência consultadas pelo El Nuevo Herald, disseram que “os iranianos iniciaram o processo de contrução de bases militares na venezuela há varios anos”, como parte de um pacto secreto de cooperação, firmado entre o mandatário venezuelano Hugo Chavez e seu homólogo iraniano Mahmoud Ahmadinejad.

Um dos depósitos subterrâneos mais importante foi construído em Zaraza, a leste do estado de Guárico, onde o Irã já teria armazenado parte dos mísseis, disse ao El Nueva Heral, um ex-agente de inteligência venezuelano que pediu anonimato.

“Os foguetes continuam lá, tanto na zona de Valencia como em Zaraza, comentou o agente. ” Em valência há outro depósito, é menor, mas também foi construído para guardar armamentos. Lá há alguns foguetes, mísseis terrar-ar, e peças de mísseis”.

O Capitão aposentado da marinha venezuelana, Bernado Jurado, também disse conhecer a existência do depósito no estado de Guárico.

“As bases de mísseis que existem em Zaraza, serão instaladas em Paraguaná, no centro do país e nas planícies venezuelanas”, disse Jurado em um programa de televisão.

Outros militares venezuelanos consultados pela redação, confirmaram a existência de equipamentos militar iraniano no bunker de Zaraza e outras instalações similares construídas no país, mas afirmam desconhecerem informações de que entre estes se encontrem componentes de mísseis balísticos.
O ex-funcionário de inteligência consultado, disse ter participado de várias reuniões onde funcionários venezuelanos forneceram detalhes sobre os planos para a construção de instalações de mísseis.

Nestes encontros houve a participação de agentes de inteligência dos EUA, já que muitos deles perceberam o perigo eminente com o estabelecimento de um pacto estratégico com o Irã.

“Os militares que participaram destas reuniões, viram a chegada de componentes dos foguetes. Também assitiram as reuniões onde se discutiu os tipos de mísseis e suas características”, comentou o ex-oficial de inteligência.

“E lá chegaram a conclusão de que o presidente Chavez estava envolvendo a Venezuela, sem nenhuma necessidade, em um conflito internacional que poderia trazer terríveis repercusões para o país, tornando-o uma alvo da comunidade internacional. Isso é o que os obriga a entrar em contato com as autoridade dos EUA”, acrescentou.

Segundo o ex-agente, as autoridade americanas, acompanham por satélite a construção de algumas destas instalações, algumas inclusivem possuem túneis subterrâneos que com capacidade para o tráfego de caminhões.

Além dos EUA, as intalações estariam sendo monitoradas por Israel e outros países europeus.

Die Welt, informou ainda que um grupo de engenheiros, a Guarda Revolucionária Iraniana, e uma empresa de propriedade de al-Anbia, têm visitado em várias ocasiões as instalações que estão sendo construídas em Paraguaná.

Uma das visitas teria ocorrido em fevereiro, com a particiapação do Comandante da Força Aérea da Guarda Iraniana, Amir al-Hadschisadeh, que aprovou os planos juntamente com os sócios venezuelanos.

A intenção da delegação iraniana é desenvolver uma infra-estrutura para proteção contra ataques aéreos.Também está previsto a criação de uma estação de comando e controle, a construção de zonas residênciais,torres de vigilância e bunkers para eventualmente armazenarem ogivas nucleras, combustível e foguetes, afirma o diário.

Os planos da empresa de construção, Jatam al-Anbia, inclui um sistema oculto para descarga de gases tóxicos, preocupação necessária para manter em segredo a localização da instalação, pois chaminés e grandes árvores poderiam fazer com que a base fosse localizada do ar.
Ainda segundo o jornal alemão, a delegação iraniana, também recebeu dinheiro para as despesas iniciais do projeto durante sua visita à Venezuela.

O jornal comparou a atual situação com a que ocorreu em outubro de 1962 quando a União Soviética estava construindo uma fábrica de mísseis em Cuba, levando ao que é conhecido como a Crise dos Mísseis Cubanos.

No entanto, o diário informou que o alcance dos mísseis iranianos conhecidos, não é suficiente para artigir os EUA, embora possa alcançar a Colômbia e o Canal do Panamá.

FONTE: Blog De Olho na Jihad

Comando de Fronteira Rio Negro/5º Batalhão de Infantaria de Selva na Operação Amazônia













São Gabriel da Cachoeira (AM) – No dia 23 de maio, a 1ª Companhia de Fuzileiros de Selva, pertencente ao Comando de Fronteira Rio Negro/5º Batalhão de Infantaria de Selva, deslocou-se para o 1º Pelotão Especial de Fronteira (1º PEF) na comunidade de Yauaretê, com o objetivo de reforçar o patrulhamento na área de responsabilidade do 1º PEF.

O deslocamento foi realizado em uma aeronave C-130 Hércules da Força Aérea Brasileira.









FONTE: EB

Rússia apoia Brasil em pleito por vaga no Conselho de Segurança da ONU




BRASÍLIA - O Brasil obteve apoio explícito da Rússia à sua candidatura a um assento permanente no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU). De volta da viagem de dois dias ao país europeu, o vice-presidente da República, Michel Temer, trouxe a declaração conjunta assinada por ele e pelo primeiro-ministro russo, Vladimir Putin, na tarde da terça-feira.

Um trecho do documento diz que "a parte russa considera o Brasil como um participante relevante e influente das relações internacionais e reafirma seu apoio à candidatura do Brasil como um merecedor e forte candidato a um assento permanente em um Conselho de Segurança das Nações Unidas ampliado".

O Brasil retribuiu com apoio incisivo para que a Rússia ingresse na Organização Mundial do Comércio (OMC) até 2011, com ampla negociação entre os parceiros internacionais que já integram o organismo de controle das relações comerciais.

O acordo assinado também abre espaço para investimentos no setor energético, além de implantar sistema de intercâmbio de ensino para bolsistas em pesquisa científica nos dois países e garantir maior cooperação na área agrícola, fortalecendo a aliança entre os dois países.

A ampliação das relações entre Brasil e Rússia pode ser traduzida na meta estabelecida de alcançar nos próximos anos o volume de US$ 10 bilhões em comércio bilateral. Em 2010, os negócios comerciais entre os dois países fecharam o ano em cerca de US$ 6 bilhões.

Na área científica, foi acertada a cooperação em educação, com a concessão de bolsas de ensino para estudantes e pesquisadores em áreas estratégicas, como nanotecnologia, matemática e física, entre outras. O memorando de entendimento estabeleceu um cronograma de 60 dias para por o acordo em prática.

Também ficou definido apoio mútuo para a criação do Centro de Inovações Skolkovo, na Rússia, e do Parque Tecnológico Cidade Digital, em Brasília. No mesmo sentido, a área espacial foi abordada com a cooperação estabelecida para o aperfeiçoamento do veículo lançador de satélites do Brasil. A tecnologia russa em redes de transmissão de energia foi tema de entendimento entre a Eletrobrás e a Inter Rao EES. A Rússia tem tecnologia mais avançada nesse setor, que é necessária aos investimentos energéticos brasileiros. Outros aportes podem ser feitos por empresas russas na área de prospecção e refino de petróleo.






FONTE: ESTADÃO

Parceria nos EUA para vender SuperTucano à Força Aérea





Em associação com a americana Sierra Nevada, a Embraer vai disputar contrato para venda de 20 aeronaves turboélice Super Tucano a Força Aérea norte-americana (Usaf). Os aviões serão usados para treinamento avançado de pilotos e em operações de contrainsurgência no Afeganistão, dentro do programa conhecido como LAS (Light Air Support). O contrato está previsto para ser anunciado nos próximos meses e a Embraer concorre com a americana Hawker Beechcraft, fabricante do modelo AT-6, que ainda está em fase de desenvolvimento.

"Se ganharmos, vamos montar os aviões nos EUA e o site preferencial para abrigar a linha de montagem do Super Tucano será Jacksonville, na Flórida, onde já tivemos um contato preliminar para avaliar a viabilidade desse projeto", disse o presidente da Embraer, Frederico Fleury Curado.

Em 2004, a Embraer chegou a anunciar o início da construção de uma fábrica no mesmo local, onde planejava desenvolver programas de defesa e segurança nacional nos EUA. O primeiro projeto da unidade seria o programa Aerial Common Sensor (ACS), do Exército americano, que inicialmente escolheu a plataforma do jato Embraer 145 para implantar um sistema de nova geração para vigilância de batalha. Na época liderado pela Lockheed Martin, no entanto, o projeto não foi adiante.

Na nova concorrência, da qual participa o Super Tucano, a Embraer precisou se associar a uma empresa americana, em atendimento à lei "Buy American Act", que também exige a instalação de uma linha de fabricação das aeronaves no país. "A empresa Sierra Nevada não é um "prime contractor" americano, mas tem muita experiência em logística e em pós-venda e acabou sendo um sócio interessante, porque o programa é muito pequeno", explicou.

O Super Tucano, segundo Curado, é uma aeronave bastante competitiva e que atende bem à especificação técnica do contrato, além de já ter sido testada por cinco Forças Aéreas da América Latina. O executivo acredita, no entanto, que a decisão transcende a questão técnica, pois existem fatores geopolíticos envolvidos e que deverão ser respeitados.

"Outro ponto a nosso favor é o prazo de entrega. Temos capacidade de fabricar e de entregar rapidamente. No caso da Beechcraft, ainda tem um período de desenvolvimento. Essa variável tempo será importante se os EUA quiserem uma coisa muito a curto prazo", comentou.

A aeronave, segundo a Embraer, acumula até o momento um total de 180 encomendas, das quais 152 já entregues. A receita obtida com a venda do modelo até agora, de acordo com a fabricante brasileira, é da ordem de US$ 1,6 bilhão. A Embraer projeta um mercado de US$ 3,5 bilhões para a classe do Super Tucano, algo em torno de 300 aeronaves.

A aeronave já foi vendida para a Colômbia, Equador, Chile, Indonésia, República Dominicana, Guatemala e para dois clientes na África. "Nosso principal foco com o Super Tucano não são os países desenvolvidos, que já têm seus próprios aviões de treinamento. O Sudeste da Ásia, África e América Latina são os nossos mercados alvo", disse. O modelo está configurado para missões de treinamento avançado, vigilância de fronteiras, ataque leve e contrainsurgência. (VS)

FONTE: VALOR

terça-feira, 17 de maio de 2011

Marinha quer supernavio de ataque anfíbio



Modelo é destinado a intervenção maciça e rápida com soldados, helicópteros e tanques


Roberto Godoy




A Marinha do Brasil vai ter ao menos dois Navios de Múltiplos Propósitos, um conceito novo de navio autossuficiente. Cada um desses gigantes, grandes como dois campos de futebol e feitos para projetar poder naval, leva uma força completa de intervenção: soldados, tanques, helicópteros, lanchas, mísseis e hospital, mais um sofisticado centro de inteligência.

Cada unidade, de alta tecnologia, custa hoje entre US$ 600 milhões e US$ 750 milhões, no mercado internacional. É um programa ambicioso, contemplado no Plano de Articulação e Equipamento da Marinha (Paemb), ainda sem prazo definido. Em nota, o comandante da Força, almirante Júlio Moura Neto, disse que “o processo de aquisição depende da disponibilidade de recursos orçamentários, não tendo sido ainda selecionado um projeto específico”.

Os dois fornecedores mais importantes são os Estados Unidos, que mantêm uma frota variada de oito navios, e a França, que desenvolveu uma versão avançada, a classe Mistral. O governo da Rússia quer comprar quatro exemplares.Embora apresentado como um lançador de ataques anfíbios, o conceito de múltiplo emprego aumenta a eficiência das operações de mobilização e deslocamento rápidos. Os meios devem permitir o lançamento acelerado de 900 a 1.400 combatentes, 280 veículos e 30 helicópteros, em cenários distantes até 5 mil quilômetros. O contingente e seus recursos precisam ter capacidade de atuar sem novo apoio por dez dias, em posições avançadas, a 100 quilômetros do local de desembarque. A principal alteração em relação ao esquema tradicional das ações anfíbias é a integração em um único centro embarcado.

Em missão, o supernavio exige cobertura aérea permanente por meio de aviões de caça, sob coordenação de uma aeronave de vigilância e alerta antecipado. No mar, uma flotilha de escolta cuida da proteção (veja infográfico).

O Navio de Múltiplos Propósitos é virtualmente autônomo. Além dos helicópteros, de dúzias de tanques, blindados sobre rodas, lanchas de desembarque de tropas e centenas de soldados, abriga um hospital com capacidade para executar cirurgias de grande complexidade. Na ponte principal, alta como um prédio de 15 andares, funciona uma sofisticada sala de situação com enlace eletrônico por satélite, de onde são tomadas as decisões de comando e processadas as informações de inteligência.

Frota de superfície. A prioridade de médio prazo da Marinha é, todavia, a renovação da frota de superfície. O ProSuper, nome do programa, compreende 11 navios, com investimentos estimados entre US$ 4 bilhões e US$ 6 bilhões. A fase atual é de consultas a empresas candidatas à parceria pretendida. Estão sobre a mesa de negociações ofertas da Itália, Reino Unido, Alemanha, Coreia e França. Esse primeiro estágio, com a escolha da parceria, pode sair até o fim do ano.

A primeira fragata ficará pronta entre 2018 e 2019 – a entrega do navio-patrulha ocorre 12 meses antes. Depois da seleção, a complexidade do processo exigirá um ano de discussões para ajuste da transferência de tecnologia, estabelecimento da rede de fornecedores e das compensações comerciais.

Plano completo. Há um ano, a Marinha apresentou aos empresários do setor um plano completo, abrangendo 61 navios de superfície, mais cinco submarinos, quatro de propulsão diesel-elétrica e um movido a energia nuclear. O horizonte dessas encomendas vai até 2030.

O pacote prioritário, definido como ProSuper, abrange cinco fragatas de 6 mil toneladas com capacidade stealth, de escapar à detecção eletrônica, quatro navios-patrulha oceânicos, de 1,8 mil toneladas, e um navio de apoio, de 22 mil toneladas, para transporte e transferência em alto mar de todo tipo de suprimentos.

A intenção da Marinha é que apenas a primeira fragata e o primeiro patrulheiro sejam construídos fora do País, embora com acompanhamento de técnicos e engenheiros brasileiros. Há grupos diretamente interessados em participar desse empreendimento. A Odebrecht Defesa e Tecnologia prepara os estaleiros da Enseada do Paraguaçu, na região metropolitana de Salvador, para disputar o ProSuper. A empresa, associada à francesa DCNS, está construindo em Itaguaí, no Rio, uma nova base naval e mais as instalações industriais de onde sairão os cinco submarinos do Prosub, encomendados por 6,7 bilhões. Os quatro primeiros, da classe Scorpéne, terão propulsão diesel-elétrica. O quinto será o primeiro, de um lote de seis unidades movidas a energia nuclear, que a Marinha quer produzir até 2047.



Para entender
O programa de reequipamento e reorganização da Defesa contempla Forças Armadas ágeis, especializadas e preparadas para cumprir missões expedicionárias. Nesse sentido, o advento dos Navios de Múltiplos Propósitos dá substância à teoria por meio de uma estrutura operacional que permite a mobilização rápida de um considerável contingente de combatentes, cerca de 900 militares, com acesso a helicópteros, tanques, lanchas e, sobretudo, a informações de inteligência, processadas a bordo.

FONTE: O Estado de São Paulo

Amorim critica EUA por falta de apoio ao Brasil

Gustavo Chacra

O ex-chanceler Celso Amorim criticou o governo americano por não apoiar a inclusão do Brasil como membro permanente do Conselho de Segurança da ONU. Durante palestra em Nova York, ele ainda acrescentou que os EUA não estão preparados para o crescimento de uma potência com alcance global na América Latina.

O presidente Barack "Obama apoiou a entrada da Índia (no conselho) quando visitou o país no ano passado, mas não fez o mesmo quando esteve no Brasil. Mas qual a diferença entre os dois países? São duas democracias multiculturais. A Índia tem mais habitantes, mas temos um território mais extenso e um PIB maior. A diferença é que a Índia tem arma nuclear e o Brasil, não. Foi um péssimo sinal para o restante do mundo", disse Amorim. O ex-chanceler disse que essa era sua opinião pessoal.

Segundo Amorim, "os EUA não estão acostumados com uma potência com alcance global na região (Américas), como o Brasil" . Questionado sobre qual conselho ele daria a Obama nas relações bilaterais, Amorim respondeu que "os Estados Unidos precisam ter uma política específica para o Brasil e não incluir o país no restante da América Latina".

Para Policia Federal, Paraguai é "escritório" do crime

Adido no país vizinho, delegado Antônio Celso dos Santos diz que criminosos brasileiros baseiam lá sua ação. "Hoje, se um bandido quer crescer, tem que ter condição favorável, e o Paraguai oferece", diz, no cargo há 2 anos

FERNANDA ODILLA FOLHA
Adido da Polícia Federal no Paraguai desde 2009, o delegado Antônio Celso dos Santos define o território do país vizinho como "um escritório" do PCC e do Comando Vermelho, que lá se instalaram e se associaram a criminosos locais para eliminar intermediários no tráfico de drogas e armas.

À Folha, ele afirma que os cortes orçamentários do Brasil já afetam a parceria com o Paraguai, em especial as operações de erradicação das plantações de maconha.

Folha - Como é hoje a atuação do crime organizado brasileiro no território paraguaio?
Antônio Celso dos Santos - As grandes agremiações criminosas viram que teriam de ter representantes dentro do país produtor ou pelo menos no território onde trafegam as drogas e as armas, que é o caso do Paraguai. De uns anos para cá, eles estão se organizando para eliminar os intermediários e comandar toda a parte do tráfico no atacado. Deixariam de ser simples consumidores, compradores e distribuidores dessa droga no Brasil, mas os donos do mercado.

O Paraguai é uma filial do crime organizado?
Diria que é um campo muito fértil para ações criminosas. Se eu sou criminoso e procuro um lugar para trabalhar, entre aspas, vou para um lugar com pouca polícia, onde minha chance de ficar preso é pequena, que eu tenha grande mobilidade e esteja perto do meu mercado consumidor. É o Paraguai.

O Paraguai então é uma sucursal do crime organizado... um escritório?
Escritório, tudo bem. Sucursal dá a impressão de que as pessoas daqui estariam colaborando fortemente. O Paraguai tem intenção de combater, só que as características geográficas facilitam para os traficantes. Eles adotaram o Paraguai como um dos melhores locais para instalação de seus escritórios. Aqui há facilidade e corrupção policial como em qualquer lugar. Hoje, se um bandido quer crescer, tem que ter condições favoráveis, e o Paraguai oferece.

Quais são os grupos brasileiros que atuam no Paraguai?
Basicamente, PCC e Comando Vermelho. Além do CV, aquelas subfacções como ADA (Amigos dos Amigos) etc. O PCC está na região de Pedro Juan Caballero e Salto del Guaira. Já o Comando Vermelho está mais em baixo, na região de Capitán Bado, que era uma área usada pelo pessoal do [traficante] Fernandinho Beira-Mar. Hoje em dia, 90% dos presos em Pedro Juan são do PCC. Você começa a perceber um escritório do crime organizado deles ali. Aqui é a base logística de fornecimento. Como se fosse uma empresa de transporte, tem um escritório administrativo em São Paulo e a base de distribuição aqui [no Paraguai].

Por isso o Paraguai deve ter tratamento prioritário?
Desde que eu entrei na polícia, ouço dizer que a droga sai do Paraguai, que a arma passa pelo Paraguai. Agora piorou muito. A gente no Brasil está acostumado a ficar muito no discurso e pouco na prática. Vejo falando que se pretende gastar R$ 500 milhões [com patrulhamento] na fronteira, com 20% disso você faria um trabalho muito maior e mais eficaz. Mas desde que fosse as pessoas que entendem e estão vivenciando aquilo ali que dissessem como gastar. Quando vem um tecnocrata que não manja nada... A gente percebe aqui que com pouco dinheiro dá para fazer muita coisa.

Seria exatamente o quê? Inteligência e monitoramento?
Quando você fala em monitoramento, parece que é escuta telefônica. Não é só isso. Hoje temos grande dificuldade das autoridades de fronteira do lado do Paraguai conseguirem informações do lado brasileiro e vice-versa. A forma de resolver é muito simples: com um acordo de cooperação formal para facilitar trâmite de informações, desburocratizar e manter contato direto. Você observa que é tão simples, mas por que não acontece? Porque depois disso tudo é levado para Brasília, para os grandes centros, e ficam naquela enorme discussão teórica. Cai no esquecimento.

Quanto ao orçamento, os cortes afetarão o trabalho?
Já estão afetando e muito. Gastos com diárias e passagens foram cortados. Para as ações de erradicação de maconha, não temos o dinheiro para o combustível dos helicópteros.

quinta-feira, 12 de maio de 2011

Os arquivos das FARC. Chávez em apuros

Dossiê de instituto londrino confirma que o presidente venezuelano teria oferecido empréstimo de US$ 300 milhões para a guerrilha colombiana




Tatiana Sabadini

A estreita relação entre Hugo Chávez e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) pode ter ido muito além do que o governo da Colômbia imaginava. Um dossiê publicado ontem pelo Instituto Internacional para Estudos Estratégicos (IISS), de Londres, revela encontros, financiamentos e até um pedido feito por partidários do presidente para que a guerrilha colombiana matasse dois opositores venezuelanos. A divulgação do relatório coincidiu com o cancelamento repentino da viagem do presidente venezuelano ao Brasil, ao Equador e a Cuba, e colocou o mandatário uma vez mais como pivô de uma crise diplomática. As revelações também atingem o presidente equatoriano, Rafael Correa, que teria aceitado dinheiro das Farc para campanha eleitoral.

O dossiê do IISS foi discutido pelo chanceler venezuelano, Nicolás Maduro, durante a reunião a portas fechadas que manteve ontem, no Itamaraty, com o colega Antonio Patriota. Maduro não fez comentários em público, e o ministro brasileiro preferiu ressaltar “o novo ambiente de entendimento” entre Venezuela e Colômbia. “Esse clima é positivo e importante para que trabalhemos para a integração da América Latina”, afirmou Patriota.

As 240 páginas reúnem registros extraídos do computador que pertenceu ao comandante guerrilheiro Luis Edgar Devía Silva, mais conhecido como Raúl Reyes, morto em março de 2008, quando aviões colombianos bombardearam um acampamento rebelde do lado equatoriano da fronteira. O ataque motivou acusações entre os dois governos, que se estenderam pela América do Sul. Para rebater as acusações de manipulação, Bogotá entregou todo o material para o IISS, que durante dois anos compilou o dossiê Documentos das Farc: Venezuela, Equador e o arquivo secreto de Raúl Reyes.

Chávez teria apoiado politicamente a guerrilha colombiana e oferecido US$ 300 milhões para ajudá-la a rearmar-se, em 2006, mas não há provas de que a quantia tenha sido entregue. Em novembro de 2000, depois de diversas tentativas, Reyes conseguiu finalmente reunir-se com Chávez. O então responsável pela Comissão Internacional das Farc relatou o encontro, até ontem sigiloso, em mensagem reservada enviada por e-mail ao fundador e líder máximo da organização, Manuel Marulanda (leia trechos). Reyes refere-se ao presidente venezuelano como “muito amigável” e “admirador” das Farc e de Marulanda.

O governante venezuelano, segundo a mensagem, prometeu ajuda para enfraquecer o governo colombiano, que na época mantinha negociações de paz com os rebeldes. Chávez chegou a oferecer um empréstimo para comprar armas, que poderia ser pago depois que os rebeldes tomassem o poder. Quanto ao Equador, o dossiê do IISS corrobora a acusação colombiana de que as Farc teriam contribuído com US$ 400 mil para a campanha presidencial de Rafael Correa.

Assassinatos
O relatório também revela que dirigentes da esquerda venezuelana teriam pedido aos guerrilheiros que matassem dois opositores do governo Chávez — aparentemente, sem o conhecimento do presidente. “Não há dúvidas de que a relação entre as Farc e a Venezuela era próxima, incluindo fornecimento de armas e de refúgio. A extensão do envolvimento de Chávez é que ainda não está tão clara”, afirma Michael Shifter, presidente do Diálogo Interamericano.

Para Nigel Inkster, diretor para Ameaças Transnacionais e Risco Político do IISS, é difícil prever o impacto do dossiê nas relações regionais. “Suspeito que pouco será dito em público. Não podemos descartar a possibilidade de Chávez abandonar a guerrilha, mas suspeito que seu instinto será manter a relação, pelo potencial estratégico”, disse o editor da pesquisa ao Correio. A chanceler colombiana, María Ángela Holguín, preferiu ser discreta e deu o assunto como “página virada”. O embaixador da Venezuela no Brasil, Maximilién Arvelaiz, divulgou nota afirmando que as informações “não têm credibilidade”.

Colaborou Rodrigo Craveiro

Amigos nada secretos
Em novembro de 2007, quando o governo colombiano autorizou, a pedido da França, uma negociação com as Farc para a libertação de reféns, o comandante guerrilheiro Iván Márquez apareceu publicamente em Caracas para reunir-se com Hugo Chávez, que atuou como mediador com aval do então presidente Álvaro Uribe. A recepção calorosa dada a Márquez alimentou, na Colômbia, insistentes acusações de que o mandatário venezuelano teria relações perigosamente íntimas com o comando rebelde. Na mesma época, segundo os dados extraídos em 2008 do computador do chefe guerrilheiro Raúl Reyes, as Farc negociavam com Chávez a liberação de um empréstimo da ordem de centenas de milhões de dólares para compra de armas.

FONTE: BBC BRASIL

Helicóptero da Marinha cai no rio Negro e fere seis militares

KÁTIA BRASIL - FOLHA DE SP
DE MANAUS

A Marinha do Brasil informou nesta terça-feira que um helicóptero modelo Esquilo, com cinco tripulantes a bordo, caiu por volta das 8h no rio Negro, nas proximidades de Manaus.

No momento do acidente, fragmentos da aeronave caíram sobre o navio de assistência hospitalar Oswaldo Cruz. O cabo Adriano Ribeiro Carvalho, que estava no navio, teve ferimentos no rosto e está em observação no hospital.

Além de Carvalho, os cinco que estavam na aeronave se feriram: capitão-tenente André Luiz Abreu Castelo Soares, 1º tenente Carlos Alberto Pereira Cano, 1º sargento Dácio Lutterbach da Silva, 1º sargento Ricardo Lelis dos Santos e o cabo Renato dos Santos Gomes foram resgatados por equipes da Marinha e encaminhados à policlínica naval, localizada na zona sul de Manaus.

Todos tiveram ferimentos leves e já foram liberados.

Segundo nota da Marinha, o acidente aconteceu quando navio Oswaldo Cruz retornava de uma missão de 30 dias pelo interior da Amazônia. O helicóptero, que fazia parte da missão, havia decolado para regressar ao 3º Esquadrão de Helicópteros de Emprego Geral, em Manaus, caindo em seguida, antes da atracação do navio na Estação Naval.

Equipes de peritos estão no local realizando investigações para apontar as causas do acidente.

Marinha se prepara para içar helicóptero do Rio Negro




Duas balsas – sendo uma delas com um guindaste -, e um total de 30 técnicos serão utilizados pela Marinha do Brasil, na operação de içamento do helicóptero modelo Esquilo, prefixo 7078, do 3º Esquadrão de Helicópteros de Emprego Geral (HU-3), que caiu na manhã desta terça-feira (10), no rio Negro, nas proximidades do Encontro das Águas.

Os trabalhos de busca pelo Esquilo 7078 iniciaram ainda na manhã de ontem (10), e por volta das 16h, o helicóptero foi localizado.

Desde às 7h da manhã, as equipes designadas para realizar a operação trabalham na montagem dos cabos e demais equipamentos que serão utilizados para içar a aeronave.

A área em que o helicóptero teve o acesso isolado, para evitar que outras embarcações naveguem pelo local.

Além das duas balsas, outros dois barcos e um helicóptero também estão sendo utilizados.

Na ocasião da queda, cinco pessoas estavam a bordo da aeronave. (Síntia Maciel e Tayana Martins)


terça-feira, 10 de maio de 2011

10 de maio: Dia da Cavalaria


O surgimento da guerra como choque de vontades determinou aos homens incansável busca por lutar com superioridade. Os guerreiros de outrora perceberam, enfim, a importância da situação em que se devia combater: criaram-se plataformas móveis e foram feitas associações aos animais de maior porte, obtendo-se, desse modo, decisiva vantagem em mobilidade e poder de choque. Tal avanço, em sânscrito, foi denominado “akva”, origem da palavra “cavalaria”.

O caballus, palavra do latim, foi o animal que melhor encarnou essa forma de combater.

Inicialmente empregado em carros de guerra ou bigas no Egito, Suméria e Roma, somente com sua montaria, em simbiose única na Natureza, gerou-se o mais formidável conjunto da História, sob o comando do Cavaleiro, monarca dos horizontes largos e desconhecidos.

A velocidade dos corcéis transformou a percepção humana do tempo e do espaço, expandiu consciências e, sob a égide equestre, uma plêiade de chefes militares fez impérios florescerem e ruírem: Alexandre Magno, Aníbal, Júlio César, Átila, Gengis Khan, Carlos Magno, Frederico II e Napoleão.

Frederico II e Napoleão, de modo especial, empregaram magistralmente a Cavalaria, modulando suas missões clássicas de “reconhecer, cobrir, retardar, envolver e perseguir” consolidando-a, assim, como a Arma da Decisão.

No Brasil, as origens da Cavalaria ligam-se à organização do Regimento de Dragões Auxiliares, em Pernambuco, ao término da resistência contra os holandeses em Pernambuco, em meados do século XVII.

Após a Independência, a Cavalaria Imperial produziu líderes de indiscutível valor, sintetizados na figura genial e eletrizante do digno patrono da Arma: Marechal Manuel Luis Osorio – Marquês do Herval.

O “Legendário” nasceu no seio de humilde família, a 10 de maio de 1808, na Vila de Nossa Senhora da Conceição do Arroio, Província do Rio Grande.

Esse local, no atual município de Tramandaí (RS), é hoje preservado como Parque Histórico, guardando, também, os despojos do Marechal.

Osorio assentou praça na Cavalaria da Legião de São Paulo, aos quinze anos incompletos e teve seu batismo de fogo a 13 de maio de 1823, nos embates de consolidação da Independência.

Ainda alferes, durante a Guerra Cisplatina (1825-28), rompeu, de forma espetacular e audaz, o cerco inimigo em Sarandi (1825).

Na Guerra contra Oribe e Rosas (1851-52), à frente do 2º Regimento de Cavalaria Ligeira, desempenhou importante papel em Monte Caseros (1852), sendo promovido a coronel por merecimento.

Intitulado “A Lança do Império”, consagrou-se na Guerra da Tríplice Aliança (1865-70), inicialmente como Comandante em Chefe das Forças de Terra, comandando o III Corpo de Exército e o I Exército na fase final.

Sobressaiu-se, particularmente, nas batalhas de Passo da Pátria (1866), sendo o primeiro soldado em solo paraguaio e Tuiuti (1866), maior embate campal da América do Sul.

Também combateu em Humaitá e Avaí (1868), quando, atingido no rosto, envolve-se em um poncho e percorre as linhas a galope, bradando: “Carreguem, camaradas! Acabem com este resto!”.

Herói, à frente de heróicos cavalarianos como Menna Barreto e Andrade Neves!

Liderança incomum que magnetizava os soldados, mesmo argentinos e uruguaios. Modéstia e generosidade que cativava a todos, multiplicando sua bravura pelos campos onde se fazia presente.

Em tempo de paz, Osorio desempenhou, ainda, profícua carreira política como Senador e Ministro da Guerra, vindo a falecer em pleno exercício desta função, no Rio de Janeiro, em 4 de outubro de 1879, aos setenta e um anos.

Tão grandiosos feitos militares, políticos e exemplos de conduta afirmam-no como modelo de soldado, líder, cavalariano e cidadão, alçando-o ao domínio da lenda, não obstante seu sincero desprendimento.

A inexorável evolução bélica, com os adventos da metralhadora (1893) e do carro blindado (1916), substituiu o cavalo por este como meio de combate.

Desde a Segunda Guerra Mundial (1939-45) até as atuais guerras de movimento, não lineares, os blindados, síntese da ação de choque, proporcionada pela mobilidade, proteção e potência de fogo, reafirmam-se como senhores absolutos dos campos de batalha modernos.

A Cavalaria Brasileira, quer Hipomóvel, Mecanizada ou Blindada, inspirada pelo natalício do seu Patrono, o insigne Osorio, renova hoje o compromisso com o passado de glórias e o futuro de desafios, impelida pelo mesmo espírito cavaleiro do “Bravo dos Bravos”, com tudo o que ele compreende de decisão, lealdade e nobreza de atitudes.

FONTE e FOTOS: EB
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