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Salmo 127

1 Se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam; se o Senhor não guardar a cidade, em vão vigia a sentinela.

2 Inútil vos será levantar de madrugada, repousar tarde, comer o pão de dores, pois ele supre aos seus amados enquanto dormem.

3 Eis que os filhos são herança da parte do Senhor, e o fruto do ventre o seu galardão.

4 Como flechas na mão dum homem valente, assim os filhos da mocidade.

5 Bem-aventurado o homem que enche deles a sua aljava; não serão confundidos, quando falarem com os seus inimigos à porta.

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terça-feira, 29 de junho de 2010

Rússia nega espionagem nos EUA e fala em volta à Guerra Fria


BBC Brasil - Notícias - Rússia nega espionagem nos EUA e fala em volta à Guerra Fria

Um representante do Ministério do Exterior russo declarou que as acusações de que uma rede de espiões atuava nos Estados Unidos para a Rússia não têm base e representam uma regressão aos tempos da Guerra Fria.

Segundo o representante, as acusações prejudicam as recentes tentativas do presidente Barack Obama de buscar uma reaproximação com Moscou.

O comentário foi feito um dia depois de o Departamento de Justiça americano anunciar a prisão de dez pessoas nos Estados Unidos sob suspeita de espionar para a Rússia.

Elas foram acusadas de conspiração pela sua ação como agentes de um governo estrangeiro, o que pode levar a uma pena máxima de cinco anos de prisão.

Mais cedo, o ministro do Exterior russo, Sergei Lavrov, tinha dito em Jerusalém que Moscou aguarda uma explicação de Washington.

“Eles (os americanos) não explicaram de que assunto se trata. Espero que expliquem” disse o ministro.

Os suspeitos detidos, aparentemente, viviam como cidadãos normais, alguns deles fingindo ser um casal, havia vários anos.

Um 11º suspeito foi preso nesta terça-feira no aeroporto de Larnaca , no Chipre, quando tentava embarcar para Budapest, na Hungria. Ele deve ser extraditado para os Estados Unidos

Nove dos detidos também enfrentam acusações de conspiração para lavagem de dinheiro, cuja pena máxima de prisão chega a 20 anos.

O Departamento de Justiça americano informou que ainda há um que permanece foragido.

'Fineza especial'

Em uma nota divulgada nesta terça-feira, o oficial do ministério do Exterior diz: "Em nossa opinião, essas ações não têm base".

"É deplorável que tudo isso esteja acontecendo num momento de busca por novos laços entre Estados Unidos e Rússia".

Comentando o anúncio das prisões nos Estados Unidos com jornalistas em Jerusalém nesta terça-feira, Lavrov disse que “o momento para fazê-lo foi escolhido com especial fineza”. Em seguida, o ministro se recusou a falar mais sobre o caso.

Para o correspondente da BBC em Moscou Rupert Wingfield-Hayes, Lavrov pode estar insinuando que algum grupo dentro da estrutura de poder americana esteja tentando minar as recentes tentativas de reaproximação com a Rússia promovidas pelo presidente americano, Barack Obama.

Na semana passada, o presidente russo Dmitry Medvedev esteve em Washington, onde almoçou hambúrguer com batatas fritas com o presidente Obama, em um gesto visto amplamente visto como sinal de uma reaproximação entre os dois governos.

Segundo um acadêmico russo entrevistado pelo correspondente da BBC em Moscou, o caso serviria como uma advertência ao presidente Barack Obama para que não confie na Rússia nem tente se aproximar do Kremlin.

Um alto representante do governo russo, disse à BBC por sua vez que o caso não deve afetar as relações entre os dois países.

Disfarce

Supostas mensagens interceptadas descritas em documentos da Promotoria sugerem que os 10 suspeitos presos nos EUA tinham como missão descobrir informações sobre assuntos como armas nucleares, posição de controle de armas americanas, Irã, rumores na Casa Branca, mudanças na liderança da CIA e partidos políticos.

Oito pessoas foram detidas no domingo sob acusação de supostamente realizar "missões de longo prazo e infiltração profunda nos Estados Unidos em nome da Federação Russa", informou o Departamento de Justiça.

Elas foram supostamente treinadas pelo Serviço de Inteligência Estrangeiro Russo (SVR), para infiltrar círculos de pessoas influentes politicamente e recolher informações, segundo os documentos apresentados à corte americana no distrito sul de Nova York.

Eles teriam sido instruídos a forjar amizades com autoridades americanas e enviar informações a agentes do governo russo usando vários métodos.

O Departamento de Justiça americano afirma que os suspeitos foram detidos depois de uma investigação de durou vários anos em que agentes do FBI se fingiram de agentes russos e colheram informações de dois dos suspeitos.

Tinta invisível

Segundo os investigadores, alguns dos suspeitos viviam sob identidades falsas desde o início dos anos 90, usando códigos e avançadas operações por computador, como o envio de fotos aparentemente inocentes com mensagens de texto escondidas.

De acordo com o FBI, os supostos espiões também usavam técnicas mais antigas, como mensagens enviadas com tinta invisível e troca de pastas idênticas em parques.

“Você foi enviado aos Estados Unidos para uma longa viagem a trabalho”, diz uma das mensagens enviada a dois suspeitos e interceptada pela Inteligência americana.

“Sua educação, suas contas bancárias, carro, casa etc – todos eles têm um objetivo: cumprir sua missão principal, ou seja, procurar e desenvolver ligações com pessoas nos círculos de influência política nos Estados Unidos e enviar informações”.

A tarefa dos suspeitos, em geral, era se “americanizar” para conseguir se infiltrar. Alguns deles chegaram a se inscrever em universidades, trabalhar e se unir a associações profissionais relevantes, afirmam os documentos apresentados à corte.

As informações são de que o grupo teria conseguido se aproximar de um cientista que estaria desenvolvendo uma bomba para explodir bunkers e de um alto oficial da Inteligência.

Há vários detalhes sobre como a rede operava, mas pouca coisa sobre as informações que os agentes conseguiram apurar, afirma o correspondente da BBC em Washington, Paul Adams.

Corte

Cinco dos suspeitos compareceram a uma corte federal em Manhattan na segunda-feira – entre eles a jornalista peruana Vicky Peláez e seu marido, de origem uruguaia, Juan Lázaro – onde um juiz ordenou que sejam mantidos na prisão até a audiência preliminar marcada para o próximo dia 27 de julho.

Além deles, estariam um casal conhecido como Richard Murphy e Cynthia Murphy, presos em Montclair, Nova Jérsei, e Anna Chapman, detida em Manhattan.

Outros três suspeitos – Mikhail Semenko e um casal conhecido como Michael Zottoli e Patricia Mills – compareceram a uma corte federal em Alexandria, na Virgínia, depois de terem sido detidos em Arlington, no mesmo Estado.

Os últimos dois suspeitos, Donald Howard Heathfield e Tracey Lee Ann Foley, foram presos em Boston, Massachussets.

Todos os suspeitos, com exceção de Anna Chapman e Mikhail Semenko também foram acusados de conspiração para lavagem de dinheiro.

Reforço nas fronteiras


DefesaNet - Defesa, Estratégia & Inteligência

Polícia Federal e Forças Armadas vão atuar juntas para diminuir a quantidade de entorpecentes que chegam ao Brasil

O crescimento da produção de drogas em países vizinhos ao Brasil, que fez aumentar o tráfico no país, vai unir a Polícia Federal (PF) e Forças Armadas, principalmente nas regiões mais vulneráveis, como a Amazônia. Hoje, Exército, Marinha, Aeronáutica, representantes da PF e da Casa Civil se reunirão para traçar as primeiras estratégias de atuação, que deve começar nos próximos meses. A intenção do governo é se antecipar à aprovação de um projeto em tramitação no Congresso, que dá às Forças Armadas o poder de polícia na fronteira.

Na última quarta-feira, o Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crimes (UNODC) divulgou o relatório mundial que mostra um avanço na produção de cocaína, principalmente no Peru e Bolívia. Nesses países vizinhos, o crescimento foi assustador na última década, apesar da diminuição de quase 60% na Colômbia, até então principal responsável pelo tráfico de cocaína no mundo. Antes mesmo de o relatório da ONU ser publicado, a intenção de unir a PF e as Forças Armadas estava sendo debatidadentro do governo. “Contamos com apoio logístico das corporações em várias ocasiões. Agora, o intuito é que isso seja constante”, afirma o diretor-geral da Polícia Federal, Luiz Fernando Corrêa.

Corrêa se refere ao trabalho desenvolvido pela Aeronáutica, principalmente na abordagem de aviões suspeitos de transportar drogas. A Polícia Federal quer ampliar esse auxílio, que contará, também, com a ajuda do Centro Gestor do Sistema de Proteção da Amazônia (Cesipam), ligado à Casa Civil. “O centro vai ceder sua tecnologia e radares instalados na Amazônia para monitoramento das áreas”, explica Corrêa.

Para Bo Mathiasen, representante regional para o Brasil e Cone Sul do UNODC, a união entre Forças Armadas e Polícia Federal é mais que bem-vinda. Ele defende, no entanto, a atuação militar como um apoio logístico, no sentido de auxiliar os agentes federais a se locomoverem nas regiões de fronteira, sobretudo em locais de difícil acesso. “Não será um trabalho de polícia por parte das Forças Armadas. O objetivo é melhorar a estrutura para um trabalho melhor da PF, com aviões, navios e carros que eles possuem”, destaca Mathiasen. Ele lembra que, em outras áreas, a cooperação das Forças Armadas sempre apresentou bons resultados. “Veja que são os militares que ajudam o Ministério da Saúde a levar agentes para aldeias indígena e regiões distantes dos centros”, completa.

Prioridades - No plano de cooperação entre Forças Armadas e Polícia Federal, os agentes civis poderão ocupar as dependências de algumas unidades do Exército em regiões remotas, além de contar com a ajuda da Força na repressão ao tráfico de drogas. A Estratégia Nacional de Defesa, lançada há dois anos, prevê a construção de 28 pelotões de fronteiras em diversos estados da região Norte, sendo que alguns deles já estão em andamento em Roraima, Acre e Amazonas.

A prioridade será dada para a Amazônia e Sul do país, onde estão sendo registrados volumes expressivos de apreensão de droga, além de contrabando, que cresceu, em 2010, cerca de 110% em relação ao mesmo período do ano passado. “Precisamos controlar, também, as saídas para a América do Sul, Europa e Caribe”, afirma o diretor da PF, se referindo à atuação das Forças Armadas.

Corrêa destaca, ainda, a necessidade da criação de um banco nacional de informações sobre apreensão de drogas, alimentado em tempo real por todas as polícias brasileiras. Assim, será possível ter dados mais fiéis sobre as drogas no país. “A polícia nos estados também fazem muitas apreensões, mas só as nossas informações, que não representam a totalidade do problema, vão para o relatório”, conclui.

Oi negocia com o governo parceria em satélite militar


DefesaNet - Defesa, Estratégia & Inteligência



Oi negocia com o governo parceria em satélite militar

Lula se entusiasma com o projeto, cujo custo estimado é de R$ 710 mi. Planalto vê negociação com bons olhos pelo fato de ela envolver uma empresa nacional de telecomunicações

ELVIRA LOBATO e VALDO CRUZ

Depois de ressuscitar a Telebrás para gerir o Plano Nacional de Banda Larga, o governo Lula estuda parceria com a Oi para lançar um satélite brasileiro de uso militar e comercial com custo estimado em US$ 400 milhões (em torno de R$ 710 milhões).

O projeto foi apresentado ao presidente Lula pelos acionistas controladores da Oi, os empresários Carlos Jereissati, do Grupo La Fonte, e Sérgio Andrade, da Andrade Gutierrez. O presidente gostou da ideia, e a Casa Civil pretende estudar o projeto.

De acordo com um auxiliar de Lula, o tema será analisado por uma comissão interministerial e é "natural" fechar a parceria estratégica.

Segundo relato de assessores presidenciais, há pontos que recomendam a parceria: o custo elevado e o fato de que um satélite de uso exclusivo da União ficaria ocioso.

Além disso, como a Oi é nacional, o governo vê a parceria com mais simpatia do que se a espanhola Telefónica e a mexicana Embratel estivessem envolvidas.

Pela proposta da tele, seria criada uma empresa para gerenciar o projeto. A União e a Oi teriam 50% cada uma na sociedade. O prazo de desenvolvimento, fabricação e lançamento do satélite é de cerca de dois anos e meio.

Os empresários argumentaram com o presidente que ter um satélite controlado por capital brasileiro é questão de soberania nacional.

Disseram ainda que todos os satélites considerados brasileiros, que ocupam posições orbitais pertencentes ao Brasil, são controlados por empresas de capital estrangeiro, e que, na eventualidade de uma guerra, os militares não teriam controle físico sobre os equipamentos.

Desde a privatização da Embratel, em 1998, os militares reivindicam algum controle sobre os satélites que fazem as comunicações sigilosas das Forças Armadas.

O presidente da Oi, Luiz Eduardo Falco, confirmou que a empresa propôs parceria ao governo para um satélite de uso civil e militar.

"O principal fator para viabilidade de um satélite é haver demanda para ocupar sua capacidade. Os dois maiores consumidores de serviços de satélite no Brasil são a Oi e o governo. Por que não nos juntarmos e tirarmos proveito disso?", disse Falco.

A tele é fruto da compra, pela Telemar, da Brasil Telecom, fusão estimulada pelo próprio Lula, que chegou a mudar a lei para viabilizar a operação, dentro da estratégia do governo de ter no país uma grande empresa nacional de telecomunicações.

A Oi, por sinal, aproveitou o momento de disputa no mercado entre a Telefónica e a Portugal Telecom pela Vivo (maior operadora de telefonia celular do país, em número de assinantes) para pedir tratamento diferenciado ao governo Lula.

Militares e órgãos defendem equipamento próprio

O lançamento de um satélite de controle totalmente nacional é defendido dentro do governo não só pelos militares, mas também por órgãos que cuidam de dados sigilosos, como Banco Central e Receita Federal.

No governo, é considerado delicado o fato de informações do Banco Central, enviadas de Brasília para Manaus, por exemplo, terem de passar antes por Miami (EUA).

A proposta de lançar um satélite brasileiro consta da "Estratégia Nacional de Defesa", documento que norteará o debate sobre o tema.

Hoje, nove satélites ocupam posições orbitais registradas em nome do Brasil na UIT (União Internacional de Telecomunicações, órgão da ONU). Seis são da Star One.

A Oi é acionista minoritária (20%) em dois satélites: os Amazonas 1 e 2, pertencentes à Hispamar, controlada pela espanhola Hispasat, da qual a Telefónica é acionista.
O nono é o Estrela do Sul, que tem controle canadense.

As comunicações militares são transmitidas pelos satélites Star One 1 e 2. A Folha apurou que os militares confiam no sigilo do serviço da Embratel, mas querem ter acesso físico ao satélite.

O Ministério da Defesa tem um contrato com a Star One de R$ 12,5 milhões por ano, mas a demanda aumentaria no novo satélite, que controlaria ainda o tráfego aéreo.

Além do projeto do satélite militar e comercial, a Oi pleiteou autorização para oferecer o serviço de TV a cabo, vetado pela legislação brasileira. A Lei da TV a cabo não permite que concessionárias de telefonia fixa local, como Oi e Telefónica, ofereçam TV por assinatura a cabo dentro de sua área de concessão.

Mitsubishi desafia a Embraer





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A Mitsubishi Aircraft, a fabricante da primeira aeronave japonesa de passageiros, informou que espera que cerca de 30% das ordens venha da Europa, desafiando a francesa Bombardier e a brasileira Embraer.

"Temos um bom sentimento sobre a Europa", disse Hideo Egawa, presidente da unidade da Mitsubishi Heavy Industries, durante uma entrevista em Tóquio na sexta-feira. "Muitas empresas aéreas de lá mostraram interesse", completou o executivo

A fabricante japonesa de aviões, que até agora já tem 125 pedidos para o seu Mitsubishi Regional Jet, planeja abrir um escritório de vendas na Europa ainda este ano e está estudando construir uma versão de 100 lugares da aeronave para conquistar clientes na região.

A produção do primeiro MRJ deve começar ainda este ano, prevê a companhia. A All Nippon Airways Co., que pediu 25 desses aviões, incluindo 10 opções futuras de vendas, deve receber a primeira unidade em 2014. O primeiro cliente estrangeiro, o Trans States Holdings, fez um pedido no ano passado de 100 aviões, incluindo 50 opções de compra.

A Mitsubishi Aircraft está fabricando o MRJ com 78 ou 92 assentos. A aeronave japonesa tem uma autonomia de voo de até 3.410 quilômetros. A empresa planeja vender 1.000 jatos regionais nos próximos 20 anos, disse Egawa. A embraer fabrica jatos da família 170/190, com aviões de 70 a 120 lugares.

Consórcio estuda construção de satélite


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Parcerias: Projeto foi encomendado pela Agência Espacial Brasileira e visa comunicação militar e estratégica

Virgínia Silveira

A Agência Espacial Brasileira (AEB) selecionou o consórcio formado pelas empresas AAA, AGR, Union Engenharia e Telecom Bizz para fazer um estudo jurídico e de viabilidade econômico-financeira, no modelo de Parceria Público Privada (PPP), para o projeto de um satélite geoestacionário brasileiro (SGB). Esse tipo de satélite gira na mesma velocidade da Terra e fica parado em um ponto fixo sobre a linha do Equador, a uma altitude de 36 mil quilômetros. O satélite terá como missões prioritárias serviços para as áreas de comunicações militares e estratégicas, e de meteorologia.

O estudo de viabilidade começou a ser elaborado em abril, mas alguns resultados preliminares já foram apresentados à Agência Espacial. Segundo o diretor de satélites, aplicações e desenvolvimento da agência, Thyrso Villela, a previsão é de que o trabalho completo do consórcio fique pronto no fim do ano. Para Villela, é bem provável que seja feita a opção pelo desenvolvimento de dois satélites: um para meteorologia e outro para comunicações estratégicas.

O Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) financia o estudo, avaliado em R$ 800 mil, mas para o desenvolvimento do satélite. O lançamento do equipamento também será abordado no estudo encomendado pela Agência Espacial. Mas a ideia, segundo Villela, é priorizar o uso do foguete Cyclone-4, em fase de desenvolvimento e que futuramente será operado pelo consórcio ucraniano-brasileiro alcântara Cyclone Space (ACS).

A parte de construção do satélite, seus equipamentos e sistemas, no entanto, terá uma participação expressiva da indústria nacional. "A ideia da Agência Espacial é proporcionar o maior envolvimento possível das empresas brasileiras", ressaltou Villela. Atualmente, o índice de participação da indústria nacional nos projetos de satélites é superior a 80% e envolve cerca de 15 empresas, a maior parte delas situada no polo aeroespacial de São José dos Campos, interior de São Paulo.

O uso de satélites geoestacionários, segundo o diretor da agência, é fundamental para garantir a obtenção de dados meteorológicos de forma autônoma e também para prover comunicações estratégicas ao governo. A maioria dos satélites artificiais de telecomunicações fica em órbita geoestacionária, para receber e transmitir dados para uma mesma região o tempo todo.

Para o meteorologista Carlos Nobre, chefe do Centro de Ciência do Sistema Terrestre (CCST) e um dos maiores especialistas em mudanças climáticas no Brasil, o país ainda tem um grande atraso a recuperar na área de satélites meteorológicos, que podem melhorar muito a previsão de tempo feita no país e a sua capacidade de resposta aos eventos de desastres naturais causados por chuvas intensas.

"O desenvolvimento de um satélite brasileiro deve ser uma das prioridades do programa espacial na próxima década, pois daria mais autonomia ao país, que hoje depende de informações de satélites americanos e europeus, além de maior capacidade para monitorar os sistemas de tempo com alta frequência temporal, ressalta Nobre.

"Quando há emergência nos Estados Unidos, nós ficamos sem a cadência de imagens que nos interessa e já aconteceu de o Brasil ficar sem essas informações, comprometendo a qualidade das previsões de tempo e clima, completa o diretor Thyrso Villela. Esse fato, segundo o diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Gilberto Câmara, aconteceu recentemente, no período de dezembro de 2009 até maio deste ano, quando houve a substituição do satélite meteorológico americano Goes-10, que foi cedido ao Brasil pelos Estados Unidos, mas já estava em final de vida útil.

O novo satélite Goes-12 também poderá ser utilizado pelo Brasil, conforme acordo firmado com os Estados Unidos. Mas em caso de eventos climáticos extremos ou catástofre no lado americano, a recepção de imagens para o nosso país será mais lenta. Os meteorologistas também argumentam que a posição orbital do Goes-12 não é a mais adequada para cobrir o território nacional.

Governo analisa proposta da Oi


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No processo de compra da Brasil Telecom, a Oi acertou com o governo uma série de condições a ser cumpridas. Uma delas foi participar do projeto batizado de Sistema Geoestacionário Brasileiro, da Agência Espacial Brasileira (AEB), voltado ao desenvolvimento de um satélite nacional. A empresa protocolou, em fevereiro, na Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) uma carta com uma proposta para a AEB e os Ministérios da Defesa e das Comunicações, detalhando o memorando de entendimento para a parceria. A agência confirma o envio no termo de acompanhamento do cumprimento dos condicionamentos (ato 7.828/08).

Agora a Oi voltou ao tema. A empresa levou ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na reunião realizada com os acionistas controladores e com o presidente da Oi, Luiz Eduardo Falco, no dia 17 de junho, a sugestão para a criação de uma Parceria Público-Privada (PPP) para lançamento e operação de um satélite para uso militar do governo e da companhia.

O diretor da AEB, Thyrso Villela, disse que desconhece a proposta feita pela Oi de construir um satélite para o Brasil para comunicações militares. Segundo ele, a ideia do Satélite Geoestacionário Brasileiro é de ser construído no país, com o envolvimento da indústria nacional. "Estamos preocupados em fazer com que a indústria brasileira seja capaz de desenvolver a o satélite aqui. Se fosse para comprar de uma empresa privada, a AEB não estaria envolvida no projeto e nós não estaríamos fazendo o estudo para contratar uma PPP", afirmou.

Villela disse que já teve reuniões com a Oi em 2009, uma vez que existe o comprometimento da empresa em ajudar o Brasil no projeto do SGB, mas essas conversas não tiveram prosseguimento. Procurada, a Oi, por meio da área de comunicação corporativa, não quis comentar o assunto nem informou se o satélite proposto ao presidente se refere à parceria com a AEB ou é um novo projeto.

Segundo uma fonte envolvida no processo, a proposta da Oi é a original que propõe uma PPP. A base do projeto é que a operadora é uma grande usuária de serviços de telecomunicações via satélite, mas não tem demanda suficiente para ocupar um satélite inteiro. Como os serviços do governo, em especial as Forças armadas, ocupariam mais ou menos a metade de um satélite, os dois interesses se somariam atendendo às necessidades das duas partes.

Hoje, a Oi utiliza serviços de terceiros como da Hispamar, empresa da qual detém 18% do capital. Os restantes 81% são da espanhola Hispasat. A área de defesa do governo é atendida pela Embratel, controlada pela mexicana Telmex. Segundo uma fonte, a proposta elaborada pela Oi e levada ao presidente ainda é preliminar. Custos, projeto técnico e demanda vêm sendo avaliados assim como as faixas de frequência a ser definidas. A Oi, por exemplo, precisaria de faixas de frequência na banda C e KU, já para o governo, a banda X é a adequada para uso militar.

De qualquer forma, o comprometimento com o Satélite Goestacionário Brasileiro está entre os 15 diferentes condicionamentos fixados para a Oi quando a empresa comprou a Brasil Telecom.

As determinações vão desde a ampliação da rede de banda larga, envolvimento em projetos de pesquisa e desenvolvimento, internacionalização da companhia e na área de segurança nacional. Neste último quesito, a Oi comprometeu-se, também, a implementar um sistema de comunicação de voz e dados nas organizações militares da fronteira. Alguns projetos já foram encaminhados.

domingo, 27 de junho de 2010

Irã já tem urânio suficente para 2 bombas, diz diretor da CIA



BBC Brasil - Notícias - Irã já tem urânio suficente para 2 bombas, diz diretor da CIA

O diretor da CIA (agência americana de inteligência), Leon Panetta, afirmou em uma entrevista transmitida neste domingo pela TV americana que acredita que o Irã já tem urânio enriquecido em quantidade suficiente para fazer duas bombas atômicas.

Segundo afirmou Panetta na entrevista ao programa This Week, da rede ABC, o Irã poderia ser capaz de ter um sistema de armamentos nucleares estabelecido em 2012.

O diretor da CIA afirmou que o país levaria um ano para enriquecer totalmente o urânio para as bombas e outro ano para viabilizar seu sistema de lançamentos.

O governo iraniano está sob intensa pressão internacional por causa de seu programa nuclear, mas nega as acusações de que estaria desenvolvendo armas atômicas.

No dia 10 de junho, o Conselho de Segurança da ONU aprovou uma nova rodada de sanções militares e financeiras contra o Irã para pressionar pelo abandono do programa nuclear.

O Congresso americano também aprovou na semana passada um duro pacote de novas sanções financeiras e energéticas contra o Irã.

Afeganistão

Durante a entrevista à ABC, Panetta também reconheceu que a guerra no Afeganistão tem sido mais difícil e mais demorada do que o previsto.

Segundo ele, apesar dos avanços que foram feitos no país, ainda há problemas graves com o governo, com a corrupção e com a insurgência do Talebã.

Os comentários de Panetta foram feitos após o general David Petraeus ter assumido o controle das forças multinacionais no Afeganistão, após a demissão do general Stanley McChrystal.

McChrystal foi demitido na semana passada após criticar, numa entrevista a uma revista, o presidente Barack Obama e outras autoridades americanas.

Na entrevista transmitida neste domingo, Panetta insistiu que “a questão fundamental é se os afegãos aceitam responsabilidade” em assumir a batalha contra a insurgência depois que as tropas estrangeiras deixarem o país.

Al Qaeda

Panetta disse ainda que a Al Qaeda está provavelmente em seu ponto mais fraco desde os ataques de 11 de setembro de 2001 aos Estados Unidos.

Segundo ele, a rede teria de 50 a 100 militantes operando dentro do Afeganistão, enquanto o resto estaria escondido na área da fronteira do lado paquistanês.

“Estamos envolvidos nas operações mais agressivas da história da CIA naquela parte do mundo, e o resultado é que estamos abalando a liderança deles”, afirmou Panetta.

Ele afirmou ainda que os Estados Unidos não recebem há anos boas informações de inteligência sobre o paradeiro do líder da Al Qaeda, Osama Bin Laden.

Panetta disse, porém, que a Al Qaeda estaria buscando novas maneiras de atacar os Estados Unidos. A maior preocupação, segundo ele, seria o uso em possíveis operações de pessoas sem registros prévios ou que estejam morando nos Estados Unidos.

sábado, 26 de junho de 2010

Menina de seis anos está em lista de terroristas dos EUA, dizem TVs



G1 - Menina de seis anos está em lista de terroristas dos EUA, dizem TVs - notícias em Mundo

Pais descobriram fato quando tentaram embarcar em voo doméstico.
Por questões de segurança, governo não informa por que ela foi incluída.


Com apenas seis anos, a menina Alyssa Thomas, do estado de Ohio, nos EUA, está na lista de passageiros suspeitos de terrorismo e impedidos de voar, informam as TVs CNN e Fox.

A descoberta foi feita por seus pais quando a família tentava embarcar em um voo doméstico entre as cidades de Cleveland e Mineápolis, e foi informada pela companhia aérea de que a menina constava da lista, mantida pelo Departamento de Segurança Interna dos EUA.

A menina conseguiu embarcar, e seus pais tentaram entrar em contato com o departamento para esclarecer o problema. Por meio de uma carta, foram informados de que o governo não confirmaria ou negaria nenhum dado sobre a menina, e tampouco diria se a confusão foi criada porque havia alguém com o mesmo nome.

A emissora FOX afirma que o governo confirma a existência da lista, mas por razões de segurança não informa quem está nela e as razões pelas quais foi incluído.

José Goldemberg: “O Brasil quer a bomba atômica”


Brasil - NOTÍCIAS - José Goldemberg: “O Brasil quer a bomba atômica”

Para o físico, ao defender o direito nuclear do Irã, Lula deixa a porta aberta para fazer a bomba
Peter Moon

O Brasil aderiu ao Tratado de Não Proliferação Nuclear (TNP) em 1998, durante o governo FHC. O tratado tem 189 signatários. Entre as exceções estão Israel, Paquistão, Índia e Coreia do Norte – países detentores de arsenais nucleares. Desde 2008, os Estados Unidos pressionam o Brasil a assinar o Protocolo Adicional do TNP. Mais restritivo, o protocolo obriga os países a abrir quaisquer instalações suspeitas à inspeção. O Irã não aderiu e construiu uma usina secreta, revelada em 2009. O Brasil se recusa a assinar o protocolo e defende o direito do Irã de ter a energia nuclear – oficialmente apenas para fins pacíficos. Para o físico José Goldemberg, uma autoridade internacional em assuntos de energia, essas são evidências, somadas a outras, de que o Brasil busca a posse de armas nucleares.





ENTREVISTA - JOSÉ GOLDEMBERG

RICARDO CORRÊA QUEM É
Gaúcho de Santo Ângelo, José Goldemberg, de 82 anos, é físico nuclear


O QUE FEZ
Foi reitor da Universidade de São Paulo (1986-1990), ministro da Educação (1991-1992), secretário federal da Ciência e Tecnologia (1990-1991) e do Meio Ambiente (1992)


PRÊMIOS
Prêmio Volvo do Meio Ambiente (2000) e Prêmio Planeta Azul (2008), o “Nobel” do Meio Ambiente

ÉPOCA – Por que o senhor afirma que o governo Lula vê com simpatia a posse da bomba?
José Goldemberg – Motivos não faltam. Eles vão desde o apoio ao programa nuclear do Irã até as declarações de membros do primeiro escalão, como o vice-presidente José Alencar. Ele defende o desenvolvimento de armas atômicas. Parece uma volta aos tempos da ditadura.

ÉPOCA – Qual era a posição dos militares com relação à construção da bomba?
Goldemberg – O governo Geisel fez o acordo nuclear com a Alemanha. Era caríssimo. Previa a construção de oito reatores com grau crescente de nacionalização. Cobria todas as etapas da tecnologia nuclear, incluindo o enriquecimento e o reprocessamento de urânio. Lê-se na ata de uma reunião do Conselho de Segurança Nacional, em 1975, que o projeto era para fins pacíficos, mas seria mantida aberta a opção militar. Do ponto de vista técnico fazia sentido. Para quem domina o ciclo nuclear pacífico, o militar não é tão diferente. Claramente, em 1975, o governo deixou a porta aberta para fazer armas nucleares.

ÉPOCA – O programa não andou.
Goldemberg – A Alemanha iria repassar a tecnologia de supercentrífugas para enriquecer urânio, mas os EUA vetaram. Em troca, os alemães ofereceram outra tecnologia, experimental e duvidosa, a das centrífugas a jato. Aí veio a crise dos anos 1980, tornando o programa nuclear inviável. Das oito usinas, só Angra 1 saiu do papel (em 1984). No governo Sarney, em 1986, revelou-se a existência do poço cavado pelos militares para testes nucleares subterrâneos na Serra do Cachimbo, no Pará. Em 1988, a nova Constituição proibiu o uso da energia nuclear para fins militares. Em 1990, o governo Collor contrariou os militares ao desativar o programa nuclear do Exército e da Força Aérea. A Marinha continuou enriquecendo urânio, nominalmente para fins pacíficos – e sonhando com o submarino nuclear. Em 1998, o governo Fernando Henrique aderiu ao Tratado de Não Proliferação Nuclear.

ÉPOCA – O que prevê o TNP?
Goldemberg – Foi criado em 1968 para impedir a proliferação de armas nucleares. Sua posse ficou restrita às potências que já as possuíam: EUA, União Soviética, Inglaterra, França e China. O TNP visa o desarmamento nuclear e o uso pacífico da energia nuclear. Até hoje deu certo. Nenhuma bomba foi usada desde 1945. Os americanos cogitaram usar na Guerra da Coreia (1950-1953) e na Indochina, em 1954, para evitar a derrota francesa. A Crise dos Mísseis de 1962 foi o auge da Guerra Fria. Os EUA e a União Soviética tinham 65 mil ogivas. Hoje, EUA e Rússia têm 2 mil cada um.

ÉPOCA – Como é a fiscalização do TNP?
Goldemberg – É feita pela Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA). Ela tem acesso às instalações nucleares oficiais dos signatários – não às secretas.

ÉPOCA – Como assim?
Goldemberg – A AIEA só pode fiscalizar instalações oficiais. O TNP não permite à AIEA investigar instalações suspeitas. Os EUA temiam o desenvolvimento de programas nucleares secretos no Iraque, no Irã e na Coreia do Norte. Em 1997, criou-se o Protocolo Adicional do TNP. Ele autoriza inspecionar qualquer instalação passível de uso nuclear – como o reator secreto do Irã, revelado em 2009.

ÉPOCA – O Brasil apoia o direito do Irã de desenvolver energia nuclear para fins pacíficos. Há relação com o protocolo?
Goldemberg – Claro. Desde 2008, os EUA pressionam o Brasil a assinar o Protocolo Adicional. O governo se recusa. O Irã de hoje poderá ser o Brasil de amanhã.

ÉPOCA – O secretário de Assuntos Estratégicos, Samuel Guimarães, diz que “foi um erro assinar o TNP” porque a Constituição brasileira já proíbe o uso militar do átomo.
Goldemberg – Ele tem razão. Mas, se um dia algum governo decidir mudar a Constituição, não abrirá nenhum precedente. A Constituição de 1988 é a oitava desde a Independência e acumula 62 emendas. Em comparação, os EUA têm a mesma Constituição desde 1776, só com 27 emendas, e a Inglaterra nem Constituição escrita tem. Quando pressionam Brasília a assinar o protocolo, as potências devem estar olhando com atenção nosso histórico constitucional.

”O silêncio de Lula encoraja a desconfiança de que o Brasil teria
intenções de fazer armas nucleares para exercer sua soberania”

ÉPOCA – Ter o submarino nuclear na defesa do pré-sal é o argumento do ministro da Defesa, Nelson Jobim, contra a assinatura do protocolo.
Goldemberg – Não assinar o protocolo pode tornar o Brasil alvo de sanções internacionais, como as impostas ao Irã pelas Nações Unidas (ONU).

ÉPOCA – Nossa economia é muito maior e mais diversificada que a do Irã. Neste cenário, qual sanção teria efeito contra o Brasil?
Goldemberg – A ONU pode congelar os bens e as contas bancárias brasileiras no exterior, paralisar o comércio externo e barrar transferências de tecnologia. Se nossa economia é maior e estamos mais integrados ao mundo, isso nos torna mais vulneráveis às sanções, não menos.

ÉPOCA – O vice-presidente José Alencar disse o seguinte: “Arma nuclear usada como instrumento dissuasório é de grande importância para um país com 15.000 quilômetros de fronteiras e um mar territorial com petróleo na camada pré-sal. Dominamos a tecnologia nuclear. Temos de avançar nisso aí”.
Goldemberg – Alencar pode dizer o que quiser. Ele foi eleito, não é um político nomeado. Mas não concorrerá às eleições. Está doente e no fim da vida. O que me preocupa é ver o ministro da Defesa e o secretário de Assuntos Estratégicos, auxiliares diretos do presidente da República, se manifestarem contra o Protocolo Adicional. Em nenhum momento o presidente veio a público desautorizá-los. O silêncio de Lula encoraja a desconfiança de que o Brasil teria intenções de fazer armas nucleares para exercer sua soberania. O Brasil quer a bomba.

ÉPOCA – Alencar vê a posse da bomba como uma via de acesso ao assento permanente no Conselho de Segurança da ONU. Ele citou o exemplo do Paquistão, um país pobre, mas com assento em vários organismos internacionais.
Goldemberg – Não me parece que passe pela cabeça de alguém de bom-senso ceder ao Paquistão uma vaga no Conselho de Segurança. O Paquistão é uma fonte de preocupação. Está em guerra civil. Suas instituições estão desmoronando e parte do território caiu sob controle da guerrilha islâmica e da rede Al Qaeda. Se o Paquistão deixar de existir, quem será o primeiro a tentar pôr as mãos numa de suas bombas? Osama Bin Laden.

ÉPOCA – Temos gente para fazer a bomba?
Goldemberg – Sim, muita. A tecnologia não é nova. Havendo vontade governamental e recursos, bastaria alguns anos.

ÉPOCA – Não basta ter a bomba. É preciso meios de lançá-la.
Goldemberg – O governo retomou o projeto de lançador de satélites. Se existisse, poderia levar ogivas.

Brasil Decide o F-X Naval – Pacote em Parceria Estratégica Com a Itália

Brasil Decide o F-X Naval – Pacote em Parceria Estratégica Com a Itália @ Blog Defesa BR

Brasil rompe negociações e fecha pacote bélico com Itália

Nesta quinta-feira, o Brasil firmou com a Itália um inesperado acordo militar. Isso implicará o desenvolvimento de projetos para a construção de navios de guerra, em especial, navios de patrulha oceânica, fragatas e navios de apoio logístico.

Assinado pelo ministro da Defesa, Nelson Jobim, e pelo subsecretário de Defesa da Itália, Guido Crosetto, o acordo inclui também transferências de tecnologia e desenvolvimento de sistemas de combate, navegação, armamento e radares.

O documento abrange o desenvolvimento de mecanismos de segurança para a comunicação militar por meio de satélites. Atingirá ainda os sistemas utilizados pelo Projeto Amazônia Azul, responsável por proteger a costa brasileira.

Mas nem tudo é tão simples como parece. Na verdade, a Marinha do Brasil tinha emitido cartas-convite a grandes produtores mundiais de navios-patrulha. Assim, há mais de um ano, vinha negociando especificações e preços com gigantes da área bélica internacional, como: BVT (Inglaterra); Navantia (Espanha); Daewoo (Coréia do Sul); ThyssenKrupp e Fassmer (Alemanha); e Damen (Holanda).

Da noite para o dia, o Brasil enviou uma carta a essas empresas -- todas ligadas a seus governos, pois isso é fundamento básico na área de defesa -- informando que o governo desistia de fazer encomendas isoladas e estava interessado em fechar um pacote mais amplo com um governo.

Logo após receberem a carta, as empresas e seus governos ficam sabendo do acordo Brasil-Itália, que poderá ser sancionado na terça-feira, em Brasília, na presença do primeiro-ministro Silvio Berlusconi.

“Segundo a Estratégia Nacional de Defesa, o país prefere priorizar parcerias estratégicas para aquisição de “pacotes”, em vez e negociar a compra isolada de meios navais”.

O que se comenta é que o caso Cesare Battisti provocou um curto-circuito nas relações entre Brasília e Roma. A Itália queria ficar com Battisti, que lá tinha diversas condenações, e o Brasil, impulsionado pelo então ministro da Justiça, Tarso Genro, defendia a manutenção do preso por aqui, por considerá-lo criminoso político e não comum.

Lula e Berlusconi desenvolveram, então, uma forma de pacificação, que vem a calhar para os europeus, diante da crise econômica e de emprego por lá: um pacote de compras.

Com a França, Lula assinou um contrato de R$ 19 bilhões, que envolve cinco submarinos, um estaleiro e uma base naval. E pode ainda comprar 36 aviões Rafale, da Dassault, por R$ 8 bilhões. Com a Itália, o interesse econômico passaria por cima de rusgas de relacionamento político. Mais uma vez Lula mostra que é um negociador de alto nível.

E tudo vem a calhar, pois a primeira-dama, Marisa Letícia, e os filhos do casal presidencial têm cidadania italiana. O pacote italiano é estimado em R$ 3 bilhões, mas ninguém sabe que valor final poderia atingir.

Desagrado externo

No documento enviado aos licitantes, a Marinha afirmava que, caso as empresas possam fornecer todo o conjunto -- navios-patrulha, navios-escola e navios de apoio logístico, “em parceria estratégica de governo a governo”, as negociações poderão ser mantidas.

Com a rápida assinatura do acordo bilateral, confirma-se o que todos já desconfiavam: a parceria estratégica já está selada com a Itália e não adianta os demais interessados perderem tempo.

Sabe-se que muitos desses empresários comunicaram a seus governos seu desapontamento com a mudança de orientação do Brasil, o que pode provocar um desgaste de curto prazo, sem implicações graves no futuro.

Fontes empresariais já jogam no ar que os navios-patrulha italianos seriam pequenos e inadequados para operar no Atlântico Sul. Um consultor comentou com a coluna: “Empresas de todo o mundo investiram na licitação brasileira e agora estão aborrecidos, achando que o Brasil fechou um acordo comercial com viés político, com a Itália.

Mas os demais governos, talvez só para dificultar a ação brasileira, vão mobilizar suas embaixadas, fazer contatos comerciais, apresentar propostas, nem que seja só para obrigar o governo brasileiro a ter muito trabalho e sofrer algum desgaste com ingleses, espanhóis, coreanos, alemães e holandeses”. Ou seja, haverá leve retaliação dos preteridos.

Pazes com a Itália

Há dias, informou o site Tecnologia & Defesa que, no dia 12 de abril último, Lula assinou, em Washington, com o primeiro-ministro Silvio Berlusconi, acordo de parceria estratégica.

“Com base neste acordo, a Itália teria apresentado através da Orizzonti Sistemi Navali, joint venture entre a Fincantieri e a Finmeccanica, uma proposta de parceria que abrangeria a construção no Brasil, com total transferência de tecnologia, de fragatas tipo Fremm, designadas localmente por Classe Carlo Bergamini, navios de patrulha oceânicos da Classe Commandante e de apoio logístico da Classe Etna.

Existem indicações de que a Marinha do Brasil teria sido autorizada a iniciar as negociações quanto ao chamado “pacote italiano”".

As fragatas de 5.800 toneladas da Classe Carlo Bergamini são a versão italiana da Classe Aquitaine francesa, construídas pela DCNS. Comenta-se que os navios italianos, em princípio, teriam custo menor que os franceses, o que permitira a obtenção de um lote inicial de cinco unidades.

terça-feira, 22 de junho de 2010

Reação dos EUA ajudou 'não' de Brasil e Turquia na ONU

HANGAR DO VINNA: Reação dos EUA ajudou 'não' de Brasil e Turquia na ONU

Ao desprezarem os esforços diplomáticos do Brasil e da Turquia junto aos iranianos, os Estados Unidos podem ter empurrado esses dois países a votar contra as novas sanções do Conselho de Segurança ao Irã, segundo diplomatas e analistas ocidentais.

Pedindo anonimato, diplomatas disseram que dificilmente Brasil e Turquia teriam sido convencidos a votar "sim" às novas sanções contra o Irã, mas que o "não" dado por eles poderia ter sido evitável - a alternativa seria a abstenção.

A resolução foi aprovada na semana passada com 12 votos favoráveis além da abstenção do Líbano. Foi a primeira vez que uma resolução contra o Irã recebeu um voto contrário - esta é a quarta resolução punindo o Irã por sua insistência em enriquecer urânio.

Os Estados Unidos e seus aliados suspeitam que o Irã esteja desenvolvendo armas nucleares, embora Teerã insista no caráter pacífico de suas atividades. Tentando afastar as preocupações ocidentais, Brasil e Turquia negociaram em maio um acordo pelo qual o Irã entregaria 1.200 quilos de urânio baixamente enriquecido para ser beneficiado no exterior e devolvido para uso em um reator de pesquisas nucleares.

Mas o Ocidente rejeitou esse acordo, alegando que a proposta era insuficiente, e que o Irã não estava se comprometendo a abandonar o enriquecimento de urânio.

Estados Unidos, França, Grã-Bretanha e Alemanha conseguiram então convencer China e Rússia -donas de poder de veto no Conselho de Segurança- a aceitar novas sanções, o que irritou Brasil e Turquia, que são membros temporários e sem poder de veto.

Analistas dizem que o "não" de Brasil e Turquia às sanções sinalizou ao mundo que o Conselho estava dividido a respeito do Irã.

- É sempre difícil dizer o que teria acontecido se tivéssemos feito isto ou aquilo diferente, não sabemos - disse um diplomata. - Mas as coisas poderiam ter sido tratadas de um jeito diferente.

Erro de Hillary

O maior erro, segundo diplomatas e analistas, foi o jeito como a secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, anunciou em 18 de maio que as seis grandes potências já haviam aceitado a proposta de resolução preparada por Washington.

- Este anúncio é a resposta mais convincente que podemos dar aos esforços realizados por Teerã nos últimos dias - disse Hillary a uma comissão do Senado.

Isso ocorreu menos de 24 horas depois de, em Teerã, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o primeiro-ministro turco, Tayyip Erdogan, terem convencido o Irã a aceitar o intercâmbio de material nuclear.

Funcionários dos Estados Unidos saíram em defesa da secretária, dizendo que a proposta norte-americana já havia sido quase toda definida entre as seis potências com muita antecedência, mas que só no fim de semana de 14 e 15 de maio veio o sinal verde de Moscou e Pequim.

Segundo esses funcionários, o anúncio não teve nada a ver com a iniciativa turco-brasileira - teria sido uma resposta à declaração do Irã de que pretendia enriquecer urânio até níveis injustificáveis para fins pacíficos.

- Achamos que essa seria a hora certa de mandar uma mensagem muito clara ao Irã de que ele está no rumo errado e tem de mudar - disse P.J. Crowley, porta-voz do Departamento de Estado.

Ele acrescentou que os Estados Unidos continuam "abertos a qualquer diplomacia na qual países como Brasil e Turquia estejam dispostos a se envolver"

O porta-voz também minimizou o significado dos votos contrários no Conselho de Segurança, alegando que a discordância com Brasil e Turquia era tática, e não estratégica.

Diplomatas do Conselho dizem que o problema foi menos o momento do anúncio do que a declaração de Hillary de que a resolução era uma resposta aos esforços de Erdogan e Lula. Para esses diplomatas, os dois governantes -aliados dos EUA, afinal de contas- viram isso como um insulto.

- Esse anúncio criou certo rancor na Turquia e no Brasil e os deixou com pouca escolha senão a de votar contra as sanções - disse um importante diplomata ocidental. - Sempre argumentamos que a iniciativa turco-brasileira era uma coisa boa, que queríamos apoiá-la, mas que ela era separada da pressão por sanções - declarou o diplomata, acrescentando que "denegrir os esforços não era útil nem necessário."

Um analista, que também pediu anonimato, concordou que não havia necessidade de constranger Brasil e Turquia, que sempre mantiveram a Casa Branca informada das suas negociações com o Irã.

'Primeira pedra'

Mas David Albright, do Instituto para a Ciência e a Segurança Internacionais, disse que Hillary não foi menos diplomática do que Ancara e Brasília, que "atiraram a primeira pedra ao tentar arruinar o esforço das sanções."

"(Hillary) Clinton só jogou uma pedra."

Os votos dados por Brasil e Turquia foram alvos de algumas críticas. Parlamentares dos Estados Unidos alertaram Ancara de que suas relações com os norte-americanos podem ser prejudicadas devido à sua aproximação com Teerã e de suas atitudes de confronto com Israel.

Para vários diplomatas, é compreensível que a Turquia quisesse aliviar as tensões envolvendo o seu vizinho Irã. No caso de Lula, o objetivo seria aumentar o prestígio diplomático do Brasil e dele próprio.

Vários diplomatas das seis potências negociadoras disseram que poderiam ter "segurado" a resolução por alguns dias após o acordo Brasil-Turquia-Irã, mas que os Estados Unidos foram contra. Os outros cinco -inclusive China e Rússia- poderiam ter exigido o adiamento, mas não o fizeram.

Diplomatas dizem que o Brasil, então, se decidiu pelo não. A Turquia teria chegado a essa posição na manhã de 9 de junho, quando o Conselho já estava prestes a votar. Nesse dia, as grandes potências entregaram à agência nuclear da ONU uma resposta que basicamente negava o acordo com o Irã.

- Com a oferta do combustível sobre a mesa e essa resposta (...), não tínhamos nada mais a fazer - disse um funcionário turco. - Seria inconsistente com a nossa posição anterior.

Fonte: O Globo
CURIOSOS DA CASERNA - INFORMAÇÕES MILITARES: Celso Amorim: vontade do Irã de manter acordo nuclear é positiva http://ping.fm/IuM5O

CURIOSOS DA CASERNA - INFORMA?ES MILITARES: Celso Amorim: vontade do Ir?e manter acordo nuclear ?ositiva

O chanceler brasileiro Celso Amorim disse nesta terça-feira, em Bucareste, que considera um sinal positivo a vontade do Irã, apesar das sanções internacionais, de manter vigente a proposta de troca de combustível nuclear com a qual se comprometeu num acordo com o Brasil e a Turquia.

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Celso Amorim: vontade do Irã de manter acordo nuclear é positiva

HANGAR DO VINNA: Celso Amorim: vontade do Irã de manter acordo nuclear é positiva

O chanceler brasileiro Celso Amorim disse nesta terça-feira, em Bucareste, que considera um sinal positivo a vontade do Irã, apesar das sanções internacionais, de manter vigente a proposta de troca de combustível nuclear com a qual se comprometeu num acordo com o Brasil e a Turquia.

"Há uma disposição de manter o acordo que assinamos como base (...), o que é positivo, já que se for levado em conta o ocorrido no Conselho de Segurança se poderia temer reações menos inflexíveis", declarou Amorim em coletiva de imprensa, depois de, na véspera, ter anunciado que o Brasil renunciava à mediação desta questão.

"É animador que a declaração de Teerã (como é denominado o acordo) continue sendo válida", acrescentou o ministro brasileiro, que antes de sua visita a Bucarest se reuniu em Viena com o embaixador iraniano na Áustria, na sede da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA).

Brasil e Turquia fecharam em 17 de maio um acordo com o Irã no qual esse país comprometeu-se a trocar em território turco 1.200 quilos de urânio levemente enriquecido (a 3,5%) por 120 kg de combustível processado a 20% para alimentar seu reator de pesquisas médicas de Teerã.

Mas as grandes potências lideradas pelos Estados Unidos, que suspeitam que o Irã disfarça de civil seu programa nuclear com o objetivo de fabricar a bomba atômica, criticaram desde o primeiro momento o pacto que, segundo a secretária de Estado americana, Hillary Clinton, tornava o mundo "mais perigoso".

Em 9 de junho, o Conselho de Segurança das Nações Unidas aprovou uma resolução que impõe novas sanções ao Irã por sua política nuclear, com a única oposição de Brasil e Turquia.

Em entrevista ao jornal Financial Times em sua edição de segunda-feira, Amorim anunciou que Brasil renunciou à mediação das negociações sobre o tema nuclear iraniano, depois da rejeição dos Estados Unidos e de outras potências ao acordo.

"Queimamos os dedos fazendo coisas que todo mundo dizia serem úteis e, no fim das contas, descobrimos que algumas pessoas não aceitavam 'sim' como resposta", declarou Amorim ao jornal econômico londrino em uma clara referência à administração do presidente Barack Obama.

"Se precisarem de nós, podemos continuar sendo úteis. Mas não vamos agir de novo por iniciativa própria, ao menos que nos peçam", completou o chanceler brasileiro.

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Corveta ‘Caboclo’ recebe Prêmio de Navio Socorro do ano | Poder Naval

Corveta ‘Caboclo’ recebe Prêmio de Navio Socorro do ano | Poder Naval

A Corveta Caboclo recebeu, no dia 21 de maio, os prêmios de “Navio de Socorro do Ano e Navio de Socorro Distrital 2009”, em cerimônia realizada a bordo do navio, presidida pelo Comandante de Operações Navais, Almirante-de-Esquadra Marcus Vinicius Oliveira dos Santos, acompanhado do Comandante do 2ºDN, Vice-Almirante Carlos Autran de Oliveira Amaral.

O prêmio de Navio de Socorro do Ano é concedido anualmente ao navio que totalizar o maior número de pontos entre os navios de socorro e salvamento da Marinha do Brasil, e o prêmio de Navio de Socorro Distrital, o que totalizar o maior número de pontos entre os navios de socorro e salvamento da área de Serviço de Busca e Salvamento (SAR), associada a cada Serviço de Busca e Salvamento da Marinha (Salvamar) distrital.

Pela quarta vez a Corveta Caboclo sagrou-se vencedora como o Navio de Socorro do Ano, repetindo os feitos dos anos de 1986, 1987 e 1996, ao totalizar o maior número de pontos entre os navios de Socorro e Salvamento da Marinha do Brasil.

Cabe ressaltar a sua relevante e elogiada participação no evento SAR SNE 003/2009, quando na manhã do dia 06 de junho de 2009, a Corveta Caboclo localizou e recolheu os dois primeiros corpos e objetos que puderam ser identificados positivamente como sendo do Vôo 447 da Air France.

Este fato teve grande destaque e repercussão internacional por ter sido um evento de grande envergadura e a maior Operação de Busca e Salvamento já realizada pela Marinha do Brasil.

http://www.naval.com.br/blog/wp-content/uploads/2010/06/Caboclo-V-19.jpg


Cherbourg : DCNS Inicia a Construção do Primeiro Submarino Brasileiro @ Blog Defesa BR

Cherbourg : DCNS Inicia a Construção do Primeiro Submarino Brasileiro @ Blog Defesa BR

É hoje, no estaleiro da DCNS em Cherbourg, que começa a construção do primeiro dos quatro submarinos encomendados em setembro de 2009 pelo Brasil. Como o que já foi feito para os Scorpènes chilenos e malásios, a metade frontal do casco será realizada na França e, em seguida, transferida para outro estaleiro para a conclusão.

Este será, neste caso, o novo canteiro em Sepetiba, na zona oeste do Rio, onde a construção de um estaleiro e de uma base naval começou recentemente com o apoio da DCNS, que conta com uma equipe no local. Para Cherbourg, o projeto representa um milhão de horas de trabalho.

Uma vez a parte frontal do submarino concluída, ou seja, no final de 2012, ela irá atravessar o Atlântico a bordo de um navio cargueiro para ser montada com a metade traseira, construída pelos brasileiros.

Note-se também que este contrato envolve uma transferência de tecnologia muito completo, com equipamentos sensíveis tradicionalmente fornecidos pela DCNS sendo construídos localmente.

Ao todo, cerca de 130 engenheiros e técnicos brasileiros deverão acompanhar a construção em Cherbourg, antes de continuarem o programa no outro lado do Atlântico.

Enquanto o primeiro casco deverá ser entregue em 2017, seus três navios irmãos, construídos inteiramente em Sepetiba, deverão ser concluídos em 2018, 2020 e 2021.

Um tipo derivado do Scorpène

Com 75 metros de comprimento para um deslocamento de 2.000 toneladas submerso, os submarinos brasileiros são derivados do tipo Scorpène, antes comercializado conjuntamente pela DCNS e Navantia.

Para atender às necessidades da Marinha do Brasil, o tamanho dos novos cascos é maior, com cerca de 9 metros adicionais ao Scorpène da Malásia. Esta extensão irá acomodar uma tripulação maior e aumentar a autonomia, com reservas adicionais para a alimentação e de tanques de combustível para os motores a diesel.

Assim, os submarinos brasileiros apresentarão quase o dobro de autonomia em relação às unidades anteriormente construídas pela DCNS. Do lado do design, vamos ver algumas diferenças, incluindo um maior diâmetro do casco. Os brasileiros, no entanto, não optaram pelas barras em forma de cruz de Saint-André.

Do lado da de propulsão, a escolha de um sistema de propulsão anaeróbico também não foi aprovada. É a MTU que foi selecionada para fornecer quatro motores a diesel com uma potência unitária de 600 kW para cada submarino. O fabricante alemão já equipou os Scorpènes malaios, tendo sido sua rival MAN escolhida para os Scorpènes chilenos.

Altamente automatizados, os futuros submarinos brasileiros poderão, pelo menos, ser conduzido por uma equipe de trinta homens. Equipados com tubos de 533 milímetros, eles poderão operar 20 torpedos pesados e mísseis anti-navio Exocet SM39.

Um programa de € 6.700.000.000

Além dessas embarcações de propulsão convencional, o programa brasileiro inclui assistência técnica francesa para permitir que os brasileiros construam seu primeiro submarino de ataque nuclear.

A ajuda tricolor envolverá unicamente as partes não-nucleares da nave. Enquanto os brasileiros esperam completar o seu primeiro reator no meio desta década, as quilhas do SNA poderão ficar prontas em 2016. Quanto à entrada em serviço ativo, está agora programada para 2025.

Finalmente, no âmbito de contratos assinados em setembro passado, a DCNS está ajudando no gerenciamento de projeto da nova base e do novo estaleiro construídos em Sepetiba.

Para realizar todos estes projetos, a DCNS estabeleceu uma joint venture com o grupo brasileiro Odebrecht, que detém 59% da joint venture, criada em agosto passado e chamada de Itaguaí Construções Navais. O custo total do programa, conhecido como “PROSUB” no Brasil é de 6,7 bilhões de euros, dividido entre a DCNS e seus parceiros.

Brasil ultrapassará países ricos em atração de investimento, prevê pesquisa

BBC Brasil - Notícias - Brasil ultrapassará países ricos em atração de investimento, prevê pesquisa

Uma pesquisa que ouviu mais de 800 executivos de grandes empresas internacionais aponta o Brasil como o quarto destino mais atraente para investimentos externos nos próximos três anos, atrás somente de China, Índia e Leste Europeu.

Segundo o levantamento, realizado pela consultoria internacional Ernst & Young, o Brasil deve superar Rússia, América do Norte e Europa Ocidental, hoje vistos pelos entrevistados como mais atraentes para investimentos.

Cada entrevistado foi questionado sobre os destinos preferenciais de seus investimentos atualmente e nos próximos três anos.

Com três possíveis respostas para cada questionário, o Brasil foi apontado como um dos destinos preferenciais atualmente por 12% dos entrevistados, mas por 53% quando considerados os próximos três anos.

Em 2006, apenas 5% das respostas viam o Brasil como um destino preferencial para os investimentos.

China

A China é vista como o país mais atraente para investimentos nos próximos três anos, com 66% das respostas, seguida de Índia, com 61%, e Leste Europeu, com 59%.

Logo atrás do Brasil estão Europa Ocidental (50%), América do Norte (49%) e Rússia (48%). As três regiões aparecem à frente do Brasil nos questionários sobre os destinos preferenciais de investimentos atuais.

Também aparecem na pesquisa Oriente Médio (42% de atração), Região Mediterrânea Sul (36%), Japão (35%), Oceania (32%) e África do Sul (29%).

Segundo a análise da Ernst & Young, os resultados mostram que apesar do crescimento da atração de destinos de investimentos como China, Índia e Brasil, os destinos tradicionais não estão muito atrás.

“Isso indica que o mundo para os investidores é de fato multipolar. Os destinos tradicionais de investimentos, que podem estar atrás nas pesquisas, são apenas levemente menos atraentes que os líderes China e Índia”, diz o relatório da consultoria.

Os dados fazem parte da 8ª pesquisa sobre atratividade da Europa da Ernst & Young, que ouviu 814 executivos de grandes empresas de todo o mundo.

Comandante dos EUA no Afeganistão é convocado por Washington

BBC Brasil - Notícias - Comandante dos EUA no Afeganistão é convocado por Washington

O mais alto comandante militar dos EUA no Afeganistão foi chamado de volta a Washington nesta terça-feira, devido à polêmica causada por um artigo em que ele critica altos funcionários do governo de Barack Obama, entre eles o vice-presidente, Joe Biden, e diplomatas americanos.

O general Stanley McChrystal, comandante das forças da Otan no Afeganistão, pediu desculpas pelas declarações feitas no texto, que deve ser publicado sexta-feira na edição americana da revista Rolling Stone. McChrystal diz que o artigo incorre em “erro de julgamento” e "falta de integridade".

Um porta-voz do Comando do Estado-Maior das Forças Armadas dos EUA, almirante Mike Mullen, disse que falou com o general McChrystal para manifestar seu "profundo desapontamento" com o artigo. Um funcionário da Casa Branca disse que McChrystal recebeu ordens de comparecer a uma reunião "em pessoa" em Washington.

‘Palhaço’

O general McChrystal tentou limitar os danos causados pelo artigo The Runaway General (O General Desertor, em tradução livre). “Estendo minhas mais sinceras desculpas por este perfil”, declarou o general nesta terça-feira.

“Foi um erro que reflete mau julgamento e nunca deveria ter ocorrido.”

“Durante minha carreira, vivi sob os princípios da honra pessoal e integridade profissional. O que está refletido neste artigo passa longe deste padrão”, acrescentou.

“Tenho enorme respeito e admiração pelo presidente Obama e por sua equipe de segurança nacional e pelos líderes civis e tropas lutando essa guerra, e permaneço comprometido com uma resolução bem sucedida.”

Nesta terça-feira, o porta-voz da Otan James Appathurai disse que o artigo foi “infeliz”, mas que o secretário-geral da organização, Anders Fogh Rasmussen tem “total confiança no general McChrystal como comandante da Otan e em sua estratégia”.

O correspondente da BBC no norte do Afeganistão, Quentin Sommerville, disse que o artigo destaca as divisões entre o governo e os militares americanos, como há muito já se suspeitava.

Um dos principais “alvos” do artigo parece ser o embaixador Eikenberry.

McChrystal disse que se sentiu “traído” pelo embaixador durante um debate na Casa Branca sobre pedido de mais tropas para o Afeganistão.

O general sugere que Eikenberry teria usado um memorando interno que questionava o pedido de tropas como uma forma de se proteger de futuras críticas por causa do envio de mais militares.

O general disse: “Eu gosto do Karl, o conheço há anos, mas eles nunca disseram nada parecido com isso para a gente antes”.

“Está aqui alguém que cobre sua guarda para os livros de história. Agora, se a gente fracassar, eles podem dizer: ‘eu te disse’.”

O general McChrystal também parece zombar em resposta a uma pergunta sobre o vice-presidente.

“Você está perguntando sobre o vice-presidente Biden?”, pergunta ele. “Quem é ele?”

E um assessor completa: “Biden? Você disse Bite Me?”. A expressão significa ‘Me Morda’ em português.

Outro assessor se refere a uma reunião no Salão Oval com o presidente, um ano atrás.

Segundo o assessor, foi uma operação de 10 minutos para que fossem tiradas fotografias, acrescentando: “Obama claramente não sabia nada sobre ele, quem ele era... ele não pareceu muito envolvido. O chefe ficou bastante decepcionado”.

“Foi dolorosa aquela época”, disse McChrystal. “Eu estava vendendo uma posição invendável.”

Outro assessor se referiu ao assessor nacional de segurança, James Jones, como “um palhaço que parou no tempo em 1985”.

Sobre um e-mail do enviado especial dos EUA para o Paquistão e Afeganistão Richard Holbrooke, o general comentou: “Anh, não, outro e-mail do Holbrooke... não quero nem abrir”.

A revisão de estratégia no Afeganistão feita no ano passado pelo presidente Obama foi detalhada e garantiu ao general McChrystal outros 30 mil soldados.

Segundo analistas, o general não teria concordado com a promessa de começar a trazer as tropas de volta para casa em 2011.

O artigo da Rolling Stone reflete a frágil natureza do processo diplomático no Afeganistão.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

FREMM para a MARINHA: França Contra-ataca com mísseis de longo alcance, segundo revista

A melhor oferta



om um projeto independente, a França ofereceu à Marinha uma alternativa às fragatas FREMM ítalo-francesas. Trata-se de nova versão do modelo equipada com mísseis que alcançam 1.500 km, bem mais que os 200 km da versão binacional. A Itália não gostou.

FONTE: IstoÉ edição 2119 – coluna Brasil Confidencial (Octávio Costa)
Scalp Naval? Como base para discussão aqui no Blog, os números de alcance citados na breve nota servem para fomentar discussões entre o público mais afeito ao assunto e aos dados sobre mísseis que equipam / podem equipar diversas versões das FREMM, (clique nos links abaixo para mais detalhes sobre os armamentos).

Mas para o público em geral, ao qual é direcionada a nota, os dados de alcance colocados em comparação ajudam mais a desinformar do que a informar. Pode-se estar comparando, por exemplo, mísseis antinavio (pra não falar de mísseis antiaéreos) com mísseis de cruzeiro, com emprego diverso, respondendo a requisitos e decisões estratégicas também diversas.

FONTE: O PODER NAVAL

Brasil desiste de papel de interlocutor entre Irã e potências

Amorim diz que País não terá mais "posição proativa" com Teerã; EUA comemoram Recuo.



Desapontado com a aprovação de novas sanções da ONU contra o Irã, o Brasil desistiu de exercer um papel de interlocutor entre as potências ocidentais e o país persa. A revelação foi feita pelo chanceler brasileiro, Celso Amorim, em entrevista ao jornal britânico Financial Times, publicada ontem.

"Não vamos novamente ter uma posição proativa (em relação à negociação iraniana), a não ser que sejamos solicitados", disse Amorim. Segundo o ministro, o Brasil acabou prejudicado "por fazer coisas que todos afirmavam ser positivas". "Ao final, descobrimos que tem gente que não sabe receber "sim" como resposta", alfinetou o chanceler.

Uma autoridade americana que pediu anonimato comemorou a declaração de Amorim. "Não vejo o Brasil e a Turquia em uma posição de exercer essa mediação", disse ao Financial Times. "Por terem votado contra as sanções da ONU, eles não são mais realmente neutros."

De acordo com o Itamaraty, o Brasil foi incentivado pelo próprio presidente Barack Obama a selar o acordo de 17 de maio, que previa a troca na Turquia de 1.200 quilos de urânio iraniano por 120 quilos de combustível nuclear. Obama teria afirmado - por meio de cartas vazadas à imprensa pelo governo brasileiro - que o compromisso seria um sinal positivo, embora insuficiente para fazer os EUA desistirem de novas sanções a Teerã.

Mas, após o pacto ser firmado, a diplomacia americana adotou posição oposta. Washington justificou seu ceticismo em relação ao acordo afirmando que a rápida ampliação dos estoques iranianos de urânio praticamente anulava o impacto da troca sobre o avanço de Teerã em direção à bomba.

Fonte: O Estado de São Paulo

domingo, 20 de junho de 2010

Israel detalha plano de relaxamento de bloqueio a Gaza



O governo de Israel divulgou neste domingo detalhes de um plano de relaxamento do bloqueio imposto à Faixa de Gaza, depois de sofrer uma grande pressão internacional para mudar sua política em relação ao território palestino controlado pelo grupo militante Hamas.




O plano de relaxamento do bloqueio, em vigor desde 2007, quando o Hamas passou a controlar o território, já havia sido anunciado na semana passada, mas os detalhes de seu funcionamento só foram divulgados após uma reunião do gabinete do primeiro-ministro Binyamin Netanyahu neste domingo.

A nova política, que deve permitir a entrada de produtos de uso civil no território palestino, é anunciada três semanas após um ataque israelense a uma embarcação que levava ajuda a Gaza ter deixado nove ativistas turcos mortos, suscitando condenação de boa parte da comunidade internacional.

De acordo com um comunicado divulgado pelo gabinete do primeiro-ministro, o governo de Israel deve publicar uma lista com itens cuja entrada em Gaza não será permitida.

Segundo o governo, esta lista se limitará a armas e material bélico. Todos os outros itens terão sua entrada liberada.

“Na busca por manter armas e material bélico fora de Gaza ao mesmo tempo em que implementa um sistema pelo qual produtos de uso civil entrem em Gaza, o governo de Israel decidiu colocar em prática estes passos da maneira mais rápida possível”, diz o comunicado divulgado pelo gabinete de Netanyahu.

Segurança

Ainda de acordo com o governo israelense, o fluxo de material de construção ao território palestino será expandido para seu uso em projeto aprovados pela Autoridade Palestina e que estejam sob a supervisão das Nações Unidas.

Até agora, Israel vinha bloqueando a entrada de materiais como cimento e aço em Gaza, alegando que o Hamas poderia usá-los para construir armas e fortalezas.

Além disso, o governo de Israel promete “simplificar a política de permissão de entrada e saída de pessoas de Gaza por razões humanitárias e médicas e de funcionários de organizações internacionais de ajuda reconhecidas pelo governo”.

Apesar das novas medidas, o governo de Israel afirmou que o atual regime de segurança em Gaza será mantido.

“Israel reitera que, juntamente com os Estados Unidos, a União Europeia e outros (países), considera o Hamas uma organização terrorista”.

“O Hamas tomou o controle de Gaza e a transformou em um território hostil de onde prepara e lança ataques contra Israel e seus cidadãos”, diz o comunicado.

Reação

As mudanças nos termos do bloqueio a Gaza haviam sido propostas pelo enviado internacional para a paz no Oriente Médio Tony Blair.

Em entrevista a BBC após o anúncio, ele afirmou que o Hamas pode se tornar parte do processo de paz se concordar em libertar o soldado israelense Gilad Shalit – capturado pelo grupo há quatro anos – e diminuir a violência.

“Minha preocupação é com a melhora da qualidade de vida das pessoas em Gaza. Eu acho que temos uma chance muito melhor de paz”, disse.

Por meio de um comunicado divulgado pela Casa Branca, o governo dos Estados Unidos afirmou que o anúncio israelense é “bem vindo e responde aos pedidos da comunidade internacional”.

“Uma vez colocadas em prática, nós acreditamos que estas medidas vão melhorar de modo significativo as condições para os palestinos em Gaza, ao mesmo tempo em que evitam a entrada de armas(...). Ainda há mais a ser feito”, diz a nota, que afirma também que o presidente dos EUA, Barack Obama, irá discutir as novas medidas com o premiê israelense durante encontro em 6 de julho.

Ainda não houve reação oficial palestina sobre a nova política, mas alguns grupos já haviam classificado o plano na semana passada como um “gesto sem sentido”.

Grupos palestinos defendem o fim completo do bloqueio.

sábado, 19 de junho de 2010

Navios italianos para o Brasil?

Acordo de parceria entre Brasil e Itália prevê produção de unidades navais

No dia 12 de abril de 2010, em Washington, Estados Unidos, foi assinado pelo presidente do Conselho de Ministros da Itália, Silvio Berlusconi, e o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, um Acordo de Parceria Estratégica entre a República Federativa do Brasil e a República Italiana.

Em seu artigo IV, referente à cooperação em matéria técnico-militar e de defesa, uma das prioridades em destaque é o desenvolvimento e produção de unidades navais, especificamente navios-patrulha oceânicos, fragatas e navios de apoio logístico, incluindo sistemas de combate, de navegação, de armamento e de contramedidas eletrônicas.

Com base neste acordo, a Itália teria apresentado através da Orizzonti Sistemi Navali, joint venture entre a Fincantieri e a Finmeccanica, uma proposta de parceria que abrangeria a construção no Brasil com total transferência de tecnologia de fragatas FREMM , designadas localmente por Classe Carlo Bergamini, navios de patrulha oceânicos (NaPaOc) da Classe Commandante e de apoio logístico da Classe Etna. Existem indicações que a Marinha do Brasil teria sido autorizada a iniciar as negociações quanto ao chamado ‘’pacote italiano’’.

As fragatas de 5.800 toneladas da Classe Carlo Bergamini são a versão italiana da Classe Aquitaine francesa, construídas pela DCNS. Comenta-se que os navios italianos, em princípio, teriam custo menor que os franceses o que permitira a obtenção de um lote inicial de cinco unidades.

Os NaPaOc da Classe Commandante (ver T&D nº 121) deslocam 1.520 toneladas, são dotados de modernos sensores e sistemas de comunicação e armados com canhão OTO - Melara de 76mm. O navio de apoio logístico da Classe Etna desloca 13.400 toneladas e tem capacidade de apoiar um Grupo Tarefa nucleado em navio-aeródromo através do fornecimento de combustíveis, água, suprimentos, sobressalentes e munição, além de contar com oficinas especializadas.

Especialistas internacionais têm comentado que a disputa pela construção de navios de superfície para a Marinha do Brasil (MB) está de fato polarizada entre a Itália e a França e que a proposta italiana seria a melhor opção para o Brasil sem, entretanto, deixar de lado as possibilidades dos franceses através da DCNS. A França, que já participa da renovação da Esquadra brasileira através do PROSUB, teria apresentado a sua versão da Classe FREMM e uma versão de 1.800 toneladas da família Gowind para o programa do NaPaOc. Contudo, falta aos franceses até o momento, uma alternativa de projeto recente para o navio de apoio logístico que, segundo previsto no Plano de Articulação e Equipamento da MB, pode atingir um total de cinco exemplares.

Caso o comentado favoritismo italiano seja confirmado será mantida uma tradição de cooperação naval iniciada nas primeiras décadas do Século XX com a obtenção dos primeiros submarinos brasileiros, os Classe F e Tupy, em estaleiros da Itália e, mais recentemente, com o fornecimento de sensores e sistemas de armas utilizados na modernização das fragatas da Classe Niterói e nas corvetas da Classe Inhaúma.

FONTE: TECNOLOGIA E DEFESA

Rússia Deverá Ter 50 Caças de Quinta Geração em 2016

Rússia Deverá Adquirir 50 Caças de Quinta Geração a Partir de 2016

MOSCOU (BNS):

O Ministério da Defesa russo está planejando a compra de um total de 50 caças de quinta geração a partir de 2016.

De acordo com uma reportagem da RIA Novosti, o Ministério da Defesa russo compraria de seis a dez primeiras aeronaves depois de 2012. A aeronave concluiu a primeira fase de testes na quinta-feira.

“Os requisitos que estamos definindo para este avião estão bem acima daqueles para os aviões de quinta geração dos EUA”, disse Vladimir Popovkin, vice-ministro da Defesa para a aquisição de armas.

Ele disse que o caça será superior aos análogos dos EUA.

O Primeiro-Ministro russo Vladimir Putin disse que, cerca de US$ 1 bilhão já foram gastos neste projeto e que o governo iria gastar mais US $ 1 bilhão para concluí-lo, após o que, o motor, os armamentos e outros componentes seriam atualizados, conforme reportagem da agência de notícias russa.

Vladimir Putin, juntamente com Vladimir Popovkin, observou o vôo de teste do protótipo do caça na quinta-feira. Foi dito que aquele era o 16º vôo de teste da aeronave.

O avião de caça russo de quinta geração será três vezes mais barato que os seus homólogos estrangeiros e terá uma vida útil de 30-35 anos.

O projeto russo de quinta geração é conhecido como o PAK FA da Sukhoi e o protótipo atual é o PAK FA T-50.

O avião está equipado com uma novíssima suíte de aviônicos integrando a funcionalidade de “piloto eletrônico”, bem como um avançado radar de antena phased array.

Isso diminui significativamente a carga do piloto e lhe permite concentrar-se na conclusão das missões táticas. Um novo equipamento de bordo do avião permite que os dados sejam trocados em tempo real, não só com os sistemas de controle baseados em terra, mas também dentro do grupo em vôo.

O supersônico de quinta geração PAK-FA T-50, com um alcance de 5.500 km, está programado para entrar em serviço na Força Aérea Russa em 2015.

FONTE: Brahmand . com

Lula tem pouco para mostrar com sua aventura em Teerã

O Brasil reduziu as chances de garantir um assento permanente no Conselho de Segurança da ONU após a decisão de votar contra as sanções ao programa nuclear do Irã, segundo artigo publicado na revista The Economist nesta quinta-feira (17). A publicação britânica questiona a política externa do governo Lula e cita o acordo polêmico com Teerã e a aproximação entre o governo brasileiro e Venezuela e Cuba.

"Embora o Brasil tenha sido um membro do Conselho de Segurança da ONU em dez diferentes ocasiões desde 1946, o país nunca havia votado contra uma resolução proposta pela maioria", diz o texto. A revista aponta que, ao fazer isso, o governo brasileiro não só contrariou aliados históricos como os Estados Unidos e a Europa, como também foi de encontro aos novos parceiros, como Rússia e China, que também se preocupam com o programa nuclear iraniano.

"Por que o governo Lula arriscou tanto o seu pescoço pelo Irã?". Segundo a The Economist, "a aventura do presidente Lula no Irã reflete o excesso de confiança de um político que repousa em uma taxa de aprovação de mais de 70% e vê a guerra no Iraque e a crise financeira como fatos que danificaram irreparavelmente o poder e a credibilidade dos EUA. Mas os EUA ainda são o segundo maior parceiro comercial do Brasil".

O artigo ainda destaca os esforços e investimentos do governo Lula em ampliar a influência da política externa brasileira, mas diz que nos últimos anos, o presidente Lula optou por avanços controversos, como o suporte ao presidente da Venezuela, Hugo Chávez, e aos irmãos Castro, em Cuba.

"Lula quer reformar a ONU para que esta passe a refletir o mundo atual, com o Brasil ganhando um assento permanente no Conselho de Segurança, mas ao escolher aplicar suas visões de como o mundo deveria ser conduzido, provocando preocupação na Europa e Estados Unidos - e em uma questão em que o Brasil não tem interesses nacionais óbvios -Lula pode ter apenas reduzido as chances de conseguir o seu intento".

FONTE: REVISTA EXAME

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Marinha do Brasil simula ocupação e defesa no porto de Paranaguá




A Marinha do Brasil realiza, nesta quinta-feira (17), a última etapa do Interportex S-I/2010, exercício militar de ocupação e defesa de área portuária, no Terminal de Contênieres de Paranaguá (TCP). Mais de 100 militares participam das atividades que simulam situações fictícias, como tentativas de infiltração ou invasão no porto paranaense.

Além de colocar em prática as medidas de segurança previstas em plano de operação, o treinamento avalia o sistema de segurança já empregado. “Com isso, demonstramos que a Marinha do Brasil está pronta para atender a situações hostis e temos a oportunidade de verificar e aprimorar os planos de segurança do TCP e do Porto de Paranaguá. Também podemos atualizar os planos de segurança da Marinha, que tem a missão constitucional de manter a operacionalidade dos portos nacionais”, explica o capitão dos Portos do Paraná, Capitão-de-Mar-e-Guerra Marcos Antônio Nóbrega Rios.

As simulações usam lanchas, navios e viaturas e contam com a atuação conjunta do pelotão de Fuzileiros Navais, vindo do Comando do 5º Distrito Naval. Estão sendo fiscalizados portões de acesso, equipamentos e veículos e, também, verificados documentos de todas as pessoas que entram ou saem do terminal portuário. As operações do TCP permanecem sem alterações.

O último exercício deste tipo realizado em Paranaguá aconteceu em agosto de 2008, quando os militares tiveram a missão de ocupar e manter a operacionalidade do Terminal de Combustíveis da Petrobrás. “Estas simulações são importante para garantir a segurança não só das operações, mas de toda a comunidade do Litoral. A preocupação com as pessoas tem direcionado a atuação da Marinha Brasileira e também da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa). A garantia de segurança e tranquilidade faz parte da nossa missão”, explica o superintendente da autarquia, Mario Lobo Filho.

FONTE/FOTO: Agência de Notícias do Estado do Paraná

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Israel diz que vai aliviar bloqueio ao território palestino da Faixa de Gaza

Produtos de uso civil poderão entrar só sob inspeção no território do Hamas.
Israel seguirá desenvolvendo ações contra suposto transporte de armas.



Israel anunciou nesta quinta-feira que irá amenizar o bloqueio terrestre à Faixa de Gaza que provocou aumento da condenação internacional após uma operação militar contra um comboio que levava ajuda humanitária à região, controlada pelo grupo islâmico Hamas, que deixou nove mortos.

Uma nova lista de produtos que podem entrar em Gaza, aprovada por Israel, inclui todos os alimentos, brinquedos, artigos de escritório, utensílios para cozinha, colchões e toalhas, disse Raed Fattouh, coordenador palestino de suprimentos para a região. Mas Israel manteve seu bloqueio marítimo para a área costeira e uma proibição à importação privada de materiais de construção, vitais para a reconstrução após a guerra promovida por Israel entre dezembro de 2008 e janeiro de 2009. Os materiais poderão entrar, desde que passem por uma supervisão internacional.

O Hamas classificou as medidas israelenses de "propaganda midiática".

Presidente sírio alerta para guerra no Oriente Médio




O presidente da Síria, Bashar al-Assad, disse que a operação de Israel contra a frota de ajuda humanitária para Gaza aumentou as chances de uma guerra no Oriente Médio.

Em uma entrevista ao editor de Oriente Médio da BBC, Jeremy Bowen, Assad disse que a Síria estava se esforçando para evitar uma guerra regional.

Ele acrescentou, no entanto, que não há chances de um acordo de paz com a atual administração de Israel, que ele classificou de "governo piromaníaco".

Nove ativistas turcos foram mortos por soldados israelenses durante o ataque a um barco do movimento Free Gaza, que tentava furar o bloqueio imposto por Israel para levar ajuda humanitária à Faixa de Gaza.

Questionado se a operação israelense aumentou as chances de guerra no Oriente Médio, Assad disse: "Com certeza, com certeza."

"Se você não tem paz, você deve esperar uma guerra todo dia, e isto é muito perigoso", disse ele.

Israel abriu um inquérito para investigar a operação, após rejeitar uma proposta da Organização das Nações Unidas (ONU) de instalar uma investigação internacional, mas a Turquia disse que não confia na imparcialidade da investigação.

"A operação destruiu qualquer chance de paz em um futuro próximo", disse o presidente sírio.

"Principalmente porque provou que seu governo é um governo piromaníaco, e você não pode obter paz com um governo desses."

A atual administração israelense do primeiro-ministro Binyamin Netanyahu é "diferente de qualquer governo israelense anterior", disse Assad.

Ele disse que não havia indícios antes do ataque à frota sobre "suas intenções em relação aos palestinos, suas intenções de matar palestinos".

Hezbollah

Na entrevista, Assad também negou que estivesse enviando armas ao movimento militante Hezbollah, no Líbano, que travou uma guerra de um mês contra Israel em 2006.

Ele disse estar feliz de fazer negócios com os Estados Unidos, mas insistiu que o Irã continuaria sendo um aliado.

Assad acrescentou que a Turquia, que estava servindo como mediadora entre a Síria e Israel, dificilmente continuaria assumindo este papel após o ataque à frota - a não ser que o governo israelense mude.

"Os turcos nunca atacaram Israel, nunca contrabandearam armas, nunca fizeram nada que prejudicasse Israel. Eles só trabalharam pela paz", disse.

A Síria vinha tendo conversas indiretas com antigo governo israelense até o ex-premiê Ehud Olmert renunciar ao cargo, em 2008, por acusações de corrupção.

Nos últimos meses, a política externa americana trabalhou com a suposição de que ter a Síria a seu lado seria uma forma de se aproximar um pouco do processo de paz no Oriente Médio, diz o correspondente da BBC.

Jeremy Bowen ressalta, no entanto, que ganhar o apoio da Síria não é tão fácil assim.

Os Estados Unidos ofereceram cancelar sanções impostas há cinco anos contra a Síria para que o país suspenda suas ligações com o aliado regional Irã.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Emergentes deverão responder por 57% do PIB mundial até 2030




A participação dos países emergentes no PIB mundial passou de 38% em 2000 para 49% neste ano e deverá atingir 57% em 2030, segundo o estudo Perspectivas sobre o Desenvolvimento Mundial 2010 – Deslocamento da Riqueza, publicado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) nesta quarta-feira.

O documento não especifica em que ano a contribuição dos emergentes no PIB deve passar a ser maior do que a dos países ricos. Ele analisa as transformações estruturais na economia mundial nos últimos 20 anos, que transferiram o “centro de gravidade econômico do planeta” em direção ao leste e ao sul do globo - dos países ricos que integram a OCDE para os países emergentes - fenômeno que a organização chama de “deslocamento da riqueza”.

“Esse realinhamento da economia mundial não é um fenômeno transitório, mas representa uma mudança estrutural de importância histórica’, diz o estudo.

O número de países emergentes foi multiplicado por mais de cinco durante a década de 2000, passando de 12 para 65 países. A OCDE define como países emergentes as economias cujo crescimento econômico médio por habitante equivale a mais do que o dobro do registrado nos países ricos da OCDE, que foi de 3,75% nos anos 90 e 3% nos anos 2000.

O PIB da China e da Índia cresceu na década de 2000 de três a quatro vezes mais do que a média dos 31 países que integram a OCDE.

No mesmo período, o número de países pobres foi reduzido em mais da metade, de 55 para 25. O estudo divide o mundo em quatro grupos: países ricos, convergentes (emergentes), em dificuldade e pobres.

Década perdida

O relatório aponta que há dois períodos distintos em termos de crescimento econômico. Para a maioria das economias em desenvolvimento, os anos 90 representaram uma nova “década perdida”, dificultada pelas crises financeiras.

Esse período afetou sobretudo a América Latina, onde as reformas adotadas praticamente não permitiram o crescimento econômico, e a África, cuja economia continuou estagnada, diz o documento.

Mas nos anos 2000 a maior parte dos países em desenvolvimento registrou a primeira década de forte crescimento.

Segundo o relatório, Isso ocorreu em razão da abertura econômica de países como China, Índia e a Rússia iniciada nos anos 90 e que produziu um “choque” em termos de mão-de-obra no mercado mundial, diz o relatório.

O crescimento nos países emergentes também estimulou a demanda por inúmeros produtos, sobretudo petróleo e metais industriais, transferindo a riqueza para os exportadores de matérias-primas.

Isso permitiu que países emergentes passassem do status de devedores para o de credores, o que manteve as taxas de juros nos Estados Unidos e no mundo a um nível abaixo do que elas deveriam ter atingido, diz o documento.

“A acumulação de desequilíbrios econômicos durante a década passada provocou modificações na composição da riqueza mundial a favor dos países com excedentes comerciais. Os Estados Unidos, assim como outros países da OCDE, têm sido financiados por países como China, Brasil e Rússia e países do Golfo Pérsico, que até recentemente não tinham nenhum papel significativo como investidores internacionais”, afirma o estudo.

Os Estados Unidos se tornaram o maior devedor mundial. No final de 2009, mais da metade dos títulos do tesouro americano (57,8%) estava nas mãos de países que não integram a OCDE, como China, Brasil, Rússia e exportadores de petróleo.

A China, incluindo Hong Kong, detém mais de US$ 1 trilhão em títulos da dívida americana (mais de um quarto do total), o que corresponde a 24% do PIB dos Estados Unidos. O Brasil detém US$ 169 bilhões, o que equivale a 4,6% do total.

O comércio e os investimentos diretos estrangeiros (ligados às atividades produtivas) nas novas relações Sul-Sul também ganharam importância e representam uma tendência que irá continuar, afirma a OCDE.

Enquanto o comércio mundial foi multiplicado por quatro entre 1990 e 2008, as trocas comerciais Sul-Sul cresceram mais de dez vezes no período.

Os países em desenvolvimento já representam 37% do comércio mundial. Cerca da metade dessas trocas é constituída de fluxos entre países do Sul.

A China é o país em desenvolvimento que mais investe no exterior. Segundo estimativas, o montante desses investimentos ultrapassa US$ 1 trilhão. “Mas esse fenômeno é mais amplo e diz respeito a inúmeras empresas brasileiras, indianas e sul-africanas”, diz o documento.

“Em razão da nova configuração do poder econômico e político mundial, os países ricos não podem mais decidir sozinhos. Uma nova arquitetura da governança mundial está emergindo e reflete a evolução das realidades econômicas”, diz o estudo da OCDE.
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