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Salmo 127

1 Se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam; se o Senhor não guardar a cidade, em vão vigia a sentinela.

2 Inútil vos será levantar de madrugada, repousar tarde, comer o pão de dores, pois ele supre aos seus amados enquanto dormem.

3 Eis que os filhos são herança da parte do Senhor, e o fruto do ventre o seu galardão.

4 Como flechas na mão dum homem valente, assim os filhos da mocidade.

5 Bem-aventurado o homem que enche deles a sua aljava; não serão confundidos, quando falarem com os seus inimigos à porta.

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sábado, 30 de abril de 2011

A indústria bélica está em polvorosa no Brasil


O governo vai investir mais de R$ 30 bilhões no reaparelhamento das Forças Armadas. Fusões e aquisições movimentam o mercado e atraem novas empresas, como a Embraer e a Odebrecht.

Guilherme Queiroz e Carlos Eduardo Valim

(Isto É Dinheiro) Para a indústria de defesa brasileira, o nome Osório carrega um fardo histórico. Projetado pela extinta Engesa, em meados da década de 1980, era tido, à época, como um tanque inovador, mais moderno e mais barato que os concorrentes. Mesmo com credenciais como essas, o Osório não conseguiu sair do estágio do protótipo da Engesa.

Numa concorrência aberta pelo governo da Arábia Saudita, foi derrotado por um similar dos Estados Unidos, o M1 Abrams. Reza a lenda que foi uma jogada diplomática não muito leal dos americanos, que acusaram o Brasil de estar alinhado à antiga União Soviética. A derrota ajudou a precipitar a falência da então maior fabricante de blindados da América Latina, que havia investido US$ 100 milhões no protótipo do Osório.

Com a morte do tanque brasileiro, boa parte da indústria local de armamentos perdeu o rumo por muito tempo. Agora, quase duas décadas depois, o fracasso do Osório começa a ser exorcizado com um novo ciclo de investimentos. Nos próximos 15 anos, mais de R$ 30 bilhões devem ser gastos para reaparelhar as Forças Armadas. A boa notícia é que, em vez de ser gasto na compra de equipamentos de segunda mão, descartados por outros países – prática recorrente até há pouco tempo –, esse dinheiro será aplicado na indústria nacional, chamada a desenvolver tecnologias para modernizar as obsoletas frotas do Exército, Marinha e Aeronáutica. “Saímos da vida vegetativa para o renascimento da indústria”, diz Carlos Pierantoni, presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Materiais de Defesa (Abimde).

A justificativa para o novo ciclo de investimentos está no plano do governo de estruturar uma capacidade dissuasória contra ataques à América do Sul. “Temos recursos na região que serão objeto de disputa em 50 anos: água, solo, capacidade energética”, afirma o ministro da Defesa, Nelson Jobim. A nova Estratégia Nacional de Defesa (END) prevê duas frentes principais de investimentos: para o monitoramento das fronteiras e para a mobilidade de tropas.

A perspectiva de participar como fornecedor dos grandes projetos militares gera uma movimentação intensa no setor bélico brasileiro. Há duas semanas, o LAAD, maior evento de defesa da América Latina, realizado no Rio de Janeiro, reuniu 663 expositores de 40 países, o dobro de 2009.

Um dos “xodós” das Forças Armadas é o cargueiro KC 390, em desenvolvimento na Embraer, que deve consumir US$ 1,7 bilhão em investimento até o voo do primeiro protótipo, em 2014. Candidata a conquistar 30% do mercado mundial, a Embraer já soma 60 intenções de compra de oito países e dois parceiros internacionais na produção: a Argentina FAdeA, para construção de partes da asa, e a tcheca Aero Vodochody, que fornecerá aeroestruturas. A Embraer também já mapeou oportunidades para investir em sistemas de defesa antiaérea e radares e desenvolve um veículo aéreo não tripulado em parceria com a gaúcha AEL Sistemas S.A.

As perspectivas de negócios são tantas que a empresa, sediada em São José dos Campos, criou em março uma divisão específica para executar sua estratégia no setor de defesa. “Estima-mos participar de projetos com valor de até US$ 15 bilhões nos próximos 15 anos”, disse à DINHEIRO Luiz Carlos Aguiar, presidente da Embraer Defesa e Segurança.

A empresa não tem medido esforços para demarcar território no setor. Em março, adquiriu a Orbisat, fabricante paulista de radares, por R$ 28,5 milhões. Neste mês, anunciou a aquisição de 50% da Atech, responsável pelo projeto básico do Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras (Sisfron), que vai consumir US$ 6 bilhões.

Com a aquisição, um negócio avaliado em R$ 36 milhões, a Embraer ganha espaço para ser a gestora das próximas etapas de instalação de radares e integração dos sistemas. “As Forças Armadas darão esse papel a uma companhia brasileira”, diz o general Antonino Guerra, comandante de comunicação e guerra eletrônica do Exército.
A Embraer não está sozinha nesse páreo.

Segundo o general Guerra, empresas de outros segmentos demonstraram interesse no projeto. O grupo Odebrecht, potência nas áreas petroquímica e de infraestrutura, aposta muitas fichas na área de defesa. Em 2008, o grupo já havia fechado contrato, no valor de R$ 20 bilhões, com a francesa DCNS para construir submarinos convencionais e de propulsão nuclear, além do estaleiro em que serão fabricados, no Porto de Sepetiba, no Rio de Janeiro.

No ano passado, a Odebrecht assumiu a Mectron, fabricante paulista de mísseis, e firmou uma joint venture com a francesa Cassidian, braço de defesa do grupo EADS. Esses movimentos foram consolidados há duas semanas com a criação de seu braço bélico, a Odebrecht Defesa e Tecnologia. “Acreditamos nesse mercado, mas é um projeto de longuíssimo prazo”, diz Roberto Simões, presidente da nova divisão. Outras aquisições este ano, porém, não estão descartadas.

Nesta nova etapa para o setor, um dos maiores incentivos para as empresas locais é a exigência das Forças Armadas de um percentual mínimo de componentes nacionais nos projetos em curso. A Iveco, de Minas Gerais, fábrica de caminhões da Fiat, estima em um total de 100 as empresas brasileiras que participarão da produção do blindado Guarani, que começa a ser fabricado em Sete Lagoas (MG), no fim de 2012. O contrato de R$ 6 bilhões, firmado com o Exército, prevê a entrega de 2.044 unidades com 60% de índice de nacionalização. “Todas as tecnologias, de mecânica e eletrônica à fabricação do motor, foram desenvolvidas no Brasil”, afirma Marco Mazzu, presidente da Iveco Latin America. Outra empresa instalada em Minas que vê benefícios no índice de nacionalização é a Helibrás, fabricante do helicóptero EC-725 Super Cougar. A empresa tem uma encomenda de 50 aeronaves, que serão produzidas em Itajubá (MG).

Parte das peças serão importadas da matriz – seu principal controlador é a Eurocopter, do grupo EADS – e 50% dos componentes serão nacionais. Alguns helicópteros, porém, não devem ser produzidos no Brasil. Eduardo Marson, presidente da Helibrás, não vê nisso um problema. “Nossos fornecedores locais serão integrados à enorme cadeia global da Eurocopter”, diz..

Tornar-se fornecedor em escala global é o sonho de produção de qualquer fabricante que se preze. Ainda mais num segmento que movimenta US$ 1,5 trilhão por ano no mundo. Mas o mercado interno também pode garantir pedidos da indústria para o setor civil. A paulistana Atmos, por exemplo, que desenvolve radares meteorológicos para uso militar, já pensa numa nova finalidade para seus sistemas. “A Copa do Mundo e as Olimpíadas de 2016 vão impulsionar nosso mercado”, diz Cláudio Carvas, presidente da Atmos.

Diversificar mercados é também uma chance de as empresas se tornarem menos suscetíveis às restrições no orçamento do Ministério da Defesa, uma das primeiras pastas a sofrer cortes quando o governo precisa apertar o cinto. Em 2011, a tesourada atingiu R$ 4,3 bilhões dos investimentos, forçando o Ministério da Defesa a malabarismos para manter programas como o do blindado Guarani.

Por outro lado, o setor tem se mostrado otimista com a elevação dos investimentos, que quadriplicaram nos últimos cinco anos, chegando a R$ 7,7 bilhões em 2010. Segundo o Instituto Internacional de Estudos da Paz de Estocolmo (Sipri), entidade que mede e analisa orçamentos de defesa em todo mundo, o Brasil foi o principal responsável pela alta de 5,8% dos gastos militares da América Latina. “O Brasil está buscando projetar seu poder e influência por meio da modernização militar’’, constatou a entidade.

Fonte: Isto É Dinheiro

O surgimento de outra governança mundial


Por Jean-Pierre Raffarin - Le Monde(*)

O Ocidente é bem pouco atento aos movimentos do mundo quando ele não é o autor dos mesmos. Os franceses, eles mesmos, são muito egocêntricos. No final de semana passado, na China, o encontro dos BRICS, reunindo os chefes de Estado do Brasil, da Rússia, da Índia, da China e da África do Sul, me parece ter incidido seriamente no processo de globalização: o que era global e, assim, unificador, está se tornando complexo e, portanto, plural.

Os membros do “Boao forum for Asia”, entre os quais um punhado muito pequeno de ocidentais, foram convidados a participar das conclusões desse encontro estratégico, entre a indiferença geral dos países desenvolvidos. Foi um erro do Ocidente. O G-5 tem a intenção de desempenhar seu papel na governança mundial por meio de sua diplomacia e de sua economia combinadas.

Com altos níveis de crescimento e esforços de controle orçamentário, especialmente no Brasil, e com reservas consideráveis, ligadas à poupança popular na China, esse “bloco” tem perfeita consciência dos “serviços” que ele presta à economia mundial. Alguns elementos são particularmente marcantes:

- Esses cinco países são dirigidos por cinco líderes mundiais, todos conhecidos e reconhecidos na cena internacional. A denominação do encontro era clara: “BRICS – Encontro de Líderes”. Em cada um de seus continentes, esses cinco líderes exercem uma influência mundial. Juntos, eles representam cerca da metade do planeta. No contexto de uma governança mundial que valoriza líderes, entre eles Barack Obama, Nicolas Sarkozy, Angela Merkel..., que a praticam permanentemente, os países emergentes não ficam para trás.

A liderança, agora, está acessível a todos.

- Os BRICS parecem compartilhar um programa comum:

Solidariedade: Juntos, eles querem influenciar a reforma do sistema mundial, financeiro e monetário: “we can not let foreign capital come and go as it pleases” (“Nós não podemos deixar o capital externo ir e vir ao seu bel prazer”). Esta solidariedade se mostra recíproca: ouvimos, por exemplo, a China interceder pela entrada da Rússia na OMC. Eles estão em busca de projetos comuns, misturados, para os quais a imigração criadora seria encorajada e legalizada.

Inflação: A inquietude chinesa junta-se aqui às preocupações brasileiras em relação a um ritmo de inflação que, no Brasil, apontava em janeiro para uma projeção anual de 6%. Os BRICS querem coordenar melhor uma luta comum em torno dessa questão. A Europa não está isenta desta inquietude. Para nós, o nível da dívida aumenta a gravidade desse tema.

Crescimento: Os cinco países fazem da busca de um “novo crescimento” uma prioridade compartilhada; um crescimento menos faminto por carbono e menos gerador de desigualdade que o tradicional crescimento ocidental. O XII plano chinês propõe um crescimento verde (economia de energia, energias renováveis, cidades verdes...) e social (habitação, proteção social, saúde, combate às desigualdades regionais...), todos temas consensuais entre os cinco países.

Como a liderança, a virtude do desenvolvimento durável não é algo reservado a uns poucos.

A paz é a última mensagem, mas não a menor. A cúpula dos BRICS foi precedida por um apelo do presidente Hu Jintao por um cessar fogo na Líbia. Os emergentes querem ser pacíficos e se apresentam como tal! A mensagem ganhar força pelo contraste com o mundo ocidental engajado militarmente em um grande número de teatros.

Essa estratégia dos BRICS não deveria colocar grandes problemas pra a diplomacia francesa que está engajada, com credibilidade, pela reforma da governança mundial. Nós mantemos excelentes relações com cada um destes países.

Como a China, a França se posiciona no interior de numerosos círculos, na intersecção dos quais ela procura as posições favoráveis às suas convicções e aos seus interesses. Isso nos impõe, contudo, uma visão mais complexa do que simplificadora da globalização e uma ênfase de nossa ação exterior privilegiando mais nossa diplomacia econômica.

(*) Jean-Pierre Raffarin, ex-primeiro ministro da França, vice-presidente do Senado.

Tradução: Katarina Peixoto

sexta-feira, 29 de abril de 2011

India Seleciona Rafale & Typhoon para prosseguir na disputa pela vendas de Caças

O governo da índia convidou o consórcio Eurofighter Typhoon e o Dassault Rafale para discussões no dia 28 ou 29 de Abril, dentro do contrato MMRCA (Medium Multi-Role Combat Aircraft). As ofertas comerciais vigentes expirarão no dia 28 de Abril

Nenhum dos quatro outros participantes foram convidados. Até o momento não sabe-se se os demais participantes Lockheed Martin F16, Boeing F/A 18 E/F Super Hornet, MiG-35 e Saab Gripen IN estão fora?

Uma informação preliminar indica que os quatro não atenderam às avaliações técnicas da Indian Air Force (IAF), mas esta informação precisa ser confirmada.

A companhia SAAB já emitiu uma nota oficial confirmando que não está no shortlist com Gripen IN. (Ver abaixo.)

No processo de seleção adotado pela Índia significa que os dois selcionados serão confrontados e o menor preço será, com grande probabilidades, o vencedor.


Nota Oficial da SAAB


Gripen not on the shortlist for the Indian MMRCA programme
Today defence and security company Saab AB has received information from the Indian Ministry of Defence that Gripen has not been shortlisted for the Indian Medium Multi-Role Combat Aircraft (MMRCA) programme.

”We are offering India a world class next generation fighter aircraft to a very competitive price and an extensive technology transfer programme. We have received this decision and will closely monitor the future process and provide additional information if requested by the Indian Ministry of Defence. We are confident that the Gripen system is the perfect match for the Indian Air Force as well as meeting the highest requirements for the international markets,” says Håkan Buskhe, President and CEO at Saab.

India is one of Saab’s most important markets. For example, Saab recently announced an investment in a research and development centre in India.

“We are committed to the Indian market and continue our plans for growth and see huge business opportunities in the aerospace, defence and security sectors,” says Håkan Buskhe.

Gripen is in service with the Swedish, Czech Republic, Hungarian, South African and Royal Thai Air Forces. The UK Empire Test Pilots’ School (ETPS) is operating Gripen as its advanced fast jet platform for test pilots worldwide.






Índia pode ser o primeiro país a comprar o caça Rafale

A França pode finalmente vender seus caças pela primeira vez ao exterior. O Rafale está na fase final da licitação indiana para a compra de mais de 100 aviões de combate. A informação, revelada pela imprensa indiana, foi confirmada hoje por ma fonte governamental.
Uma boa notícia para o Rafale e o presidente Nicolas Sarkozy que não economiza, nos últimos anos, esforços para vender pela primeira vez o caça francês a um país estrangeiro. A Índia, que realiza uma licitação internacional para a compra de 126 aviões de combate, manteve na fase final do processo apenas dois concorrentes europeus: o francês Rafale, fabricado pela Dassault, e o Typhoon, do consórcio europeu Eurofighter. 4 concorrentes foram eliminados entre eles o F/A 18 Super Hornet da Boeging e o Gripen da sueca Saab. O valor do contrato é de 11 bilhões de dólares.

A Índia quer com a compra dos caças reforçar a segurança de suas fronteiras com o Paquistão e a China. Tudo indica que o preço e a tecnologia dos aviões não serão os únicos critérios da decisão definitiva. Segundo analistas, Nova Deli visa diversificar os fornecedores de equipamentos militares ao país, tradicionalmente russos, e reforçar os laços estratégicos com a Europa.

A licitação indiana lembra o processo brasileiro para a compra de 36 caças para renovar a frota da FAB. O francês Rafale, o americano F 18 e o sueco Gripen estão no páreo. O Rafale era o preferido do ex-presidente Lula, mas a presidente Dilma Rousseff adiou o processo. Para decepção francesa, o governo brasileiro disse que a compra dos caças não será feita em 2011.






Segundo o site LiveFist, a informação oficial é de que os caças Rafale, da fabricante francesa Dassault, e o caça Typhoon, do consórcio europeu Eurofighter, foram escolhidos para prosseguir na competição MMRCA da Força Aérea da Índia, a qual vai adquirir 126 aeronaves de combate médio. Os dois fabricantes confirmaram que foram chamados para comparecer nessa quinta-feira junto ao Ministério da Defesa da Índia para uma reunião onde serão informados sobre os novos passos do processo. Assim que tivermos maiores informações, estaremos informando aqui.

Fonte: CAVOK

sábado, 23 de abril de 2011

FX-2: Rússia quer voltar ao jogo e quer comprar Super Tucanos

Apontada em 2002 e em 2004 como a provável vencedora da disputa entre empresas do setor aeronáutico para venda de caças ao Brasil, a fábrica russa Sukhoi tenta voltar ao jogo em andamento com as outras três concorrentes. A compra das aeronaves pelo governo brasileiro foi tema ontem da conversa entre a presidente Dilma Rousseff e o presidente da Rússia, Dmitri Medvedev, logo depois da reunião do Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul). O russo saiu animado da quase meia hora de conversa, porque Dilma respondeu que “o assunto está em aberto”.

Medvedev puxou o assunto perguntando à presidente brasileira se ela havia recebido a carta que ele enviara no último dia 4. O russo oferecia os caças. Ela disse que sim e comentou que “nada estava decidido a esse respeito”. Ministros presentes à reunião entenderam que Dilma vai zerar a corrida para a compra dos aviões, mas o chanceler Antonio Patriota comentou que ela acenou com interesse em retomar o projeto do Sukhoi, porém a conversa não foi conclusiva. “O tema da cooperação militar, de defesa, também foi levantado no encontro com o primeiro-ministro da Índia. Eles estão interessados em adquirir caças de treinamento, além de uma proposta de compra de nove aviões tucanos da Embraer, que já está sendo negociada há algum tempo”, afirmou Patriota.




A compra dos caças foi um dos primeiros projetos que a presidente Dilma tirou da bandeja de assuntos urgentes e colocou sobre a mesa de estudos para analisar melhor antes de tomar uma decisão. Afinal, o projeto F-X 2, da compra de 36 caças, envolve e uma série de cláusulas que precisam de uma negociação exaustiva, caso, por exemplo, da transferência de tecnologia.

Ao longo do segundo mandato do presidente Lula, os caças Rafale (França), Super Hornet (EUA) e o Grippen (Suécia) travaram uma disputa em que, a cada ano, um estava mais acima que os outros dois concorrentes. Primeiro, foi o caça sueco, Grippen, apontado como o favorito pelas autoridades aeronáuticas. Depois, em setembro de 2009, quando o presidente da França, Nicolas Sarkozy, veio ao Brasil, a bola da vez eram os Rafale. Por último, apareceu o Super Hornet, da Boeing, com um intenso trabalho de propaganda. Diante de tanto vaivém, o presidente russo tenta agora pegar a sua onda nesse projeto.

Se a presidente Dilma decidir mesmo zerar o jogo, como pareceu inclinada para alguns ministros, a compra dos caças pode deixar de ser uma mera decisão e produto para fazer parte da geopolítica nacional. E o fato de a Rússia pertencer ao Brics, grupo ao qual o governo deseja dar uma prioridade em vários assuntos, pode acabar representando uma vantagem. Mas antes de avançar esse sinal, a ordem é conversar com o setor de Defesa. Afinal, se tem algo que a presidente não gosta é avançar num tema sem combinar com o time. A questão dos caças é um deles.

Fonte: Correio Braziliense – Denise Rothenburg, via Blog Cavok

Biocombustíveis revolucionarão a geopolítica mundial. E o Brasil está no centro disso.

Definitivamente não resta mais dúvida alguma que os biocombustíveis vieram para ficar. Uma combinação inédita na história econômica mundial entre, de um lado, uma alta dos preços do barril de petróleo - sustentada por mais de 3 anos, a partir da intervenção americana no Iraque - e, de outro lado, o desenvolvimento de tecnologias de uso que asseguraram conforto e segurança ao consumidor final para mudar de combustível sem maiores traumas. Tudo isso levou-nos ao estágio decisivo em que nos encontramos hoje: o momento crítico para a conquista definitiva da credibilidade e consolidação dos biocombustíveis na matriz energética mundial.

Os biocombustíveis (categoria na qual se encontram incluídos o álcool e o biodiesel, por exemplo) percorrem hoje uma trajetória inexorável rumo ao sucesso. E para isso dispõem de uma estratégia infalível que une a gradualidade de sua oferta e a liberdade de escolha no seu consumo. O sucesso desta estratégia residirá exatamente em (1) não gerar expectativas falsas ou distorcidas para os investidores-produtores (tanto agricultores quanto processadores); (2) manter e estimular tecnologias que permitam ao consumidor escolher facilmente entre o seu combustível habitual e o combustível alternativo.

A gradualidade na inserção do álcool, por exemplo, capaz de gerar suficiente potencial de demanda, tanto no Brasil quanto no mercado externo, inicia-se com a mistura do anidro à gasolina (como antidetonante substituto ao MTBE ou do chumbo). Logo o mercado automotivo (tecnologicamente respaldado pela adoção dos motores flex) tende a buscar a mistura em qualquer proporção ou mesmo a adoção livre de qualquer alternativa de combustível a partir da análise dos parâmetros econômicos locais (escolha regional, ou local).

Neste ponto é importante ressaltar que não se deve considerar a compra de um carro flex como “engodo” sempre que o álcool estiver menos atrativo (como ocorre incidentalmente neste início de 2006). A aquisição de um veículo flex representa, na verdade, a aquisição de um direito de escolha - e não mais, como anteriormente (quando só existiam carros à gasolina ou a álcool), uma opção de que, eventualmente, não se possa lamentar.

Num terceiro estágio desta “invasão” (no bom sentido) dos biocombustíveis no nosso cotidiano, ingressaremos na fase em que, num mesmo país ou região, teremos uma competição acirrada e direta entre produtores e comercializadores de biocombustíveis e combustíveis derivados de petróleo. Não será surpresa, portanto, ver gigantes da agro-indústria confrontando-se de igual para igual com os conglomerados petrolíferos tradicionais ou então as estatais dos países da OPEP na busca pelos mesmos consumidores na bomba. Ou mesmo os próprios conglomerados petrolíferos transacionando biocombustíveis dentro de uma nova e inevitável estratégia comercial pela sua própria sobrevivência.

Tudo isso nos permite até mesmo antever, dentro de mais 15 ou 20 anos, uma gradual reorganização da outrora chamada “geopolítica do petróleo”, que corretamente deverá ser renomeada “geopolítica dos combustíveis” para incluir novas “potências” produtoras como certamente se tornarão países como o Brasil, a Austrália e todo o continente africano, dadas as condições climáticas, abundância de terras cultiváveis e proporção equilibrada entre produção e consumo de petróleo (critério que deixa países como a China ou a Índia em situação não tão confortável).

Do lado do investidor, teremos capitais comparando projetos de exploração em águas profundas com a aquisição de terras para cultivo de cana ou sementes oleaginosas. Se existe algum horizonte visível de estabilização dos preços do petróleo em níveis bem mais razoáveis do que os de hoje (talvez em torno dos 30 dólares por barril) este certamente ocorrerá quando os biocombustíveis entrarem definitivamente em competição direta com o barril de petróleo.

Também do lado do consumo as transformações serão enormes. Sabe-se que, historicamente, o que mais dificultou a substituição do petróleo como “sangue da economia mundial” foi a dificuldade em viabilizar o uso de algum substituto no setor de transportes. Com efeito, algum dia a humanidade reconhecerá o quão sacrificante e lamentável é o fato de ainda queimarmos petróleo para rodar automóveis, caminhões, aviões, trens e navios quando necessitamos dele para fins muito mais nobres e difíceis de substituir como a petroquímica, por exemplo.

O advento da viabilidade dos biocombustíveis enfim traz consigo a certeza de que as reservas mundiais de petróleo remanescentes deverão ter uma utilidade bem mais nobre do que aquelas de que dispusemos até hoje.

Portanto, se há um grande acerto de proporções históricas na política setorial (petróleo/biocombustíveis) do atual Governo brasileiro é o incentivo (que deve ser efetivo e não apenas retórico) ao desenvolvimento da cadeia produtiva dos biocombustíveis. Só não podemos começar a falhar logo no quesito credibilidade - como às vezes fazem-nos lembrar as políticas seletivas dos produtores de álcool ou as tentações intervencionistas do Governo, pois do contrário traumatizaremos produtores, comercializadores e, principalmente, consumidores. Isso colocaria em risco uma estratégia que pode levar o Brasil a liderar uma verdadeira revolução da geopolítica econômica mundial a partir da sua posição privilegiada de auto-suficiência em petróleo combinada com o seu potencial de futuro provedor mundial de biocombustíveis.

Na mosca, por enquanto...

O boletim de imprensa do Sindicomb (Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis do Município do Rio de Janeiro), assinado pela “jornalista-especialista” Katia Perelberg, registra que, passado mais de um mês da marcação do álcool anidro - determinada por portaria da ANP - o resultado inicial parece ser positivo: as vendas do álcool hidratado já apresentam resultados significativamente superiores aos meses anteriores. Ponto para a Superintendência de Abastecimento da agência, que foi buscar solução técnica criativa para diminuir o milagre do “álcool molhado”, e prova de que bons reguladores não precisam de “ouvidores governamentais” nem de “contratos de gestão” para detectar e combater ações anti-competitivas e lesivas ao Fisco e ao consumidor.

FONTE: O GLOBO ON LINE

O Brasil e a geopolítica dos grandes

"O Brasil contou, nesse período recente, com a liderança política de um presidente que transcendeu o país, e projetou mundialmente sua imagem e influência carismática"

Uma análise recente de José Luís Fiori aponta um ângulo interessante para se considerar a articulação do jogo geopolítico no futuro: foi-se o tempo dos pequenos países conquistadores – como Portugal, Inglaterra, Espanha e, mais remotamente, Itália (Roma) –, daqui para frente o sistema mundial dependerá de um jogo de poder entre os grandes países continentais, como foram os EUA e agora serão a China, a Rússia, a Índia e o Brasil, excluindo-se a União Européia enquanto não constituir um Estado único. Trocando em miúdos: qualquer candidato a superpotência precisa ser de tamanho grande.

Neste jogo, os EUA já ocupam o epicentro e lideram a expansão do sistema mundial, mas os outros quatro países possuem, por si só, cerca de um quarto do território e quase um terço da população mundial. Todos disputam hegemonias regionais e já projetam seu poder econômico ou diplomático para fora de suas regiões. Na próxima década, espera-se que a Rússia reconquiste seu antigo território e zona de influência imediata; que a expansão global da China mantenha-se no âmbito econômico e diplomático; e que a Índia continue envolvida com a construção de barreiras e alianças para proteger suas fronteiras, ameaçadas ao norte pelo Paquistão e pelo Afeganistão e, ao sul, pelo novo poder naval da China.

Nessa perspectiva, comparado com esses três “países continentais”, o Brasil tem menor importância econômica do que a China e muito menor poder militar do que a Rússia e a Índia. Mas, ao mesmo tempo, o Brasil é o único entre eles situado numa região sem disputas territoriais com vizinhos, razão pela qual é o país com maior potencial de expansão pacífica dentro da sua própria região. Além disso, o Brasil desfruta da condição de “potência desarmada”, posto estar situado na zona de proteção militar incondicional dos Estados Unidos. Por isso, a expansão da influência brasileira tem seguido até aqui a trilha já percorrida pelos Estados Unidos e por seus antepassados europeus.

Além disso, é fundamental destacar que o Brasil contou, nesse período recente, com a liderança política de um presidente que transcendeu o país, e projetou mundialmente sua imagem e influência carismática. Como ocorreu, num outro momento e situação, com a liderança mundial de Nelson Mandela, que foi muito além do seu poder real e da influência internacional da África do Sul.

Assim, pode-se prever que o fim do mandato do presidente Lula representará, inevitavelmente, uma perda no cenário internacional, como aconteceu com a saída de Nelson Mandela. Com a diferença de que o Brasil já está objetivamente muito à frente da África do Sul. Assim mesmo, para seguir adiante com um caminho já traçado, o Brasil terá que fazer duas opções fundamentais a longo prazo:

1) Terá que decidir se aceita ou não a condição de “aliado estratégico” dos Estados Unidos, da Inglaterra e da França – com direito de acesso à tecnologia de ponta, mas mantendo-se na zona de influencia e decisão militar dos Estados Unidos.

2) Caso contrário, o Brasil terá que decidir se quer ou não construir uma capacidade autônoma de sustentar suas posições internacionais com seu próprio poder militar. Sendo assim, o Brasil terá que definir a sua visão e o seu projeto de transformação do sistema mundial, ainda que aceitando sua “matriz originária européia”, mas sem contar com nenhum “mandato” ou “destino” (revelado por Deus ou quem quer que seja) para converter, civilizar ou conquistar os povos mais fracos do sistema.

De qualquer forma, uma coisa é certa: o Brasil já se mobilizou internamente e estabeleceu nexos, dependências e expectativas internacionais muito extensas, num jogo de poder que não mais admite recuos. Nessa altura, qualquer retrocesso custará muito caro à história e ao povo brasileiro.

Resumindo: o avanço geopolítico do Brasil deve passar necessariamente pela consolidação da sua soberania política no interior do próprio território. E, para tanto, o país precisa neutralizar a ação das suas elites eternamente entreguistas, preferencialmente, pelo voto direto, pela via democrática.

*A escritora paulistana Márcia Denser publicou, entre outros, Tango fantasma (1977), O animal dos motéis (1981), Exercícios para o pecado (1984), Diana caçadora (1986), A ponte das estrelas (1990), Toda prosa (2002 - Esgotado), Caim (Record, 2006), Toda prosa II - obra escolhida (Record, 2008). É traduzida na Holanda, Bulgária, Hungria, Estados Unidos, Alemanha, Suíça, Argentina e Espanha (catalão e galaico-português). Dois de seus contos - "O vampiro da Alameda Casabranca" e "Hell's Angel" - foram incluídos nos Cem melhores contos brasileiros do século, organizado por Ítalo Moriconi, sendo que "Hell's Angel" está também entre os Cem melhores contos eróticos universais. Mestre em Comunicação e Semiótica pela PUC-SP, é pesquisadora de literatura e jornalista. Foi curadora de literatura, até outubro de 2010, da Biblioteca Sérgio Milliet em São Paulo.

FONTE: http://congressoemfoco.uol.com.br/coluna.asp?cod_canal=14&cod_publicacao=32152&filha=1

A Cavalaria do EB se reequipa

A movimentação dos novos e antigos blindados do Exército

Em 18 de junho de 2007, o Exército Brasileiro (EB) publicou a Portaria Nº 88-EME que aprovava a Diretriz de Implantação do Projeto Leopard 1. Dentre outras coisas, ela determinava o seguinte:

1º Os novos carros de combate (CC) Leopard 1A5 equipariam os Regimentos de Carros de Combate (RCC);
2º Os antigos CC Leopard 1Be equipariam os Regimentos de Cavalaria Blindados (RCB);
3º Os CC M41-C Caxias e M60A3 TTS seriam retirados da ativa e aguardariam a baixa.

O objetivo dessa portaria era padronizar a força blindada com os CC Leopard 1, pois com a aquisição de 220 Leopard 1 A5 seria possível equipar todos os quatro RCC. Além disso, em teoria, o numero de Leopard 1Be em operação seria suficiente para dotar os 4 RCB existentes. Todavia, o elevado desgaste dos Leopard 1Be e o alto custo de sua recuperação tornou aquela diretiva obsoleta antes mesmo de sua implantação e obrigou o EB a rever as mudanças propostas para a sua força blindada.

Os Leopard 1Be, sem condições operacionais (adquiridos da Bélgica na década de 1990), estão sendo recolhidos ao Parque de Material de Santa Maria (RS) para serem desmontados e utilizados como peças de reposição para os operacionais, assim como para os recém chegados 1A5. Pelo menos 80 estão previstos para serem desativados e, alguns deles, destinados para serem utilizados como monumentos em vários municípios bem como fazer parte do acervo de museus. Está planejado que 36 Leopard 1Be serão mantidos operacionais e distribuídos nos três RCB da Região Sul: o 4º RCB, de São Luiz Gonzaga; o 6ºRCB, de Alegrete; e o 9ºRCB, de São Gabriel, todos no Estado do Rio Grande do Sul. Devido ao baixo numero de Leopard 1 disponível, foi adiada a desativação dos M60A3 TTS e 28 destes seguiram para o 20º RCB, de Campo Grande (MS). Cada um dos RCB do Sul receberá um esquadrão de Leopard 1 A5, para completar seu quadro e elevar o moral da tropa, já que, em tese, é o equipamento mais moderno em uso pelo EB. Com essas mudanças no quadro dos RCB, os RCC tiveram a quantidade de Leopard 1A5 diminuída de 54 para 41 carros, equipando três esquadrões com 13 carros cada, ficando o Esquadrão de Comando e Serviços com dois carros.

Atualmente,os Leopard 1A5 se encontram em fase de conversão, e neste semestre estão programados para ocorrerem pelo menos quatro testes de tiro real, com o apoio de técnicos alemães, no Campo de Instrução Barão de São Borja (CIBSB), conhecido como Campo de Saicã, em Rosário do Sul (RS).

A chegada dos Leopard 1A5 também fez com que o EB mudasse sua cultura de implantação de equipamentos desse tipo. Eles serão entregues às suas respectivas unidades somente quando todos já estiverem no inventário do EB e as equipes de manutenção das unidades que vão empregá-los tiverem sido treinadas e consideradas aptas para a sua manutenção, com previsão para que isso ocorra apenas em 2012. Até lá, alguns M41-C ainda continuarão em atividade, sendo que nove deles, pertencentes ao 4º RCB, foram recentemente revisados.

FONTYE: TECNOLOGIA E DEFESA

Saab oferece sistema para vigiar a ‘Amazônia Azul’

Em nota, a Saab informou que está na corrida para o fornecimento do sistema de proteção da ‘Amazônia Azul’ do Brasil, que promete ser um dos maiores programas de segurança marítima do mundo. A nota, publicada imediatamente antes da LAAD 2011, afirmava que a empresa realizaria encontros a respeito durante a exposição.

Segundo a empresa, seu portfólio inclui produtos, sistemas e soluções para praticamente todos os desafios de controlar essa imensa área marítima. Ameaças como terrorismo, pirataria, poluição, contrabando, pesca ilegal e outras demandam soluções de vigilância com a capacidade de detectar, identificar e acompanhar cada uma delas.

A oferta da Saab traz produtos e sistemas baseados em tecnologia confiável, derivados da experiência da empresa em guerra centrada em redes. Entre eles, os sistemas de transponder para identificação automática de navios, o sistema de alerta antecipado e controle aerotransportado Erieye, que além de oferecer respostas rápidas e detecção precisa de ameaças, também fornecem apoio a operaçõesde busca e salvamento, de proteção ambiental e de resposta a desastres naturais.

Outras soluções estão na área de comunicações, oferecendo conectividade e interoperabilidade. Sistemas de vigilância subaquática, Veículos Aéreos Não Tripulados de médio alcance, radares e centros de comando completos também são oferecidos pela empresa, assim como sistemas C4I navais expansíveis, sensores e armas operadas remotamente e sistemas optrônicos para acompanhamento e direção de tiro.

Ainda segundo a empresa, a oferta incluirá a transferência de um amplo espectro de tecnologias e ‘know-how’ para parceiros industriais e institucionais no Brasil. A empresa destaca a decisão de instalar no país um Centro de Pesquisa e de Inovação Sueco-Brasileiro, em São Paulo.

FONTE: SAAB
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