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Salmo 127

1 Se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam; se o Senhor não guardar a cidade, em vão vigia a sentinela.

2 Inútil vos será levantar de madrugada, repousar tarde, comer o pão de dores, pois ele supre aos seus amados enquanto dormem.

3 Eis que os filhos são herança da parte do Senhor, e o fruto do ventre o seu galardão.

4 Como flechas na mão dum homem valente, assim os filhos da mocidade.

5 Bem-aventurado o homem que enche deles a sua aljava; não serão confundidos, quando falarem com os seus inimigos à porta.

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quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Fragata ‘Carlo Bergamini’, primeira FREMM italiana, em testes de mar









Em 6 de outubro, nas águas ao largo do Golfo de La Spezia, foi realizado o primeiro cruzeiro da fragata da classe “FREMM” Carlo Bergamini, da Marina Militare Italiana. Os testes realizados no mar foram satisfatórios, devido ao profissionalismo dos trabalhadores e tripulação da unidade, que tem participado ativamente em todos os ensaios realizados.

A FREMM italiana concorre com outras fragatas ao Prosuper, Programa de Navios de Superfície, que visa equipar a Esquadra Brasileira com navios de escolta de 6.000 toneladas.

REDAÇÃO:

O Brasil estava negociando com a Italia a aquisição de algumas unidades desse modelo, mas devido o caso Batisti o negocio está congelado.

A Câmara dos Deputados da Itália resolveu reenviar para a comissão competente o texto do acordo de cooperação militar que o país planeja firmar com o Brasil.

Por unanimidade, os parlamentares aderiram à proposta de “congelamento” apresentada ontem pela deputada do partido governista PDL (Povo da Liberdade) e vice-presidente da Comissão de Relações Exteriores, Fiamma Nirenstein.

Esta posição dos políticos italianos em relação à aprovação do acordo já era esperada. A atitude é vista como uma retaliação ao Brasil, que não concedeu a extradição do ex-militante italiano Cesare Battisti, condenado à prisão perpétua em seu país por quatro assassinatos cometidos na década de 1970, época em que integrava o grupo PAC (Proletários Armados pelo Comunismo).

O acordo na área de Defesa prevê o desenvolvimento bilateral de projetos para a construção de navios e fragatas, além da realização de patrulhas.

A aprovação do texto pelo Parlamento italiano é o último passo para a entrada em vigor do acordo, que foi negociado em junho pelos ministros da Defesa da Itália e do Brasil, Ignazio La Russa e Nelson Jobim, respectivamente.

No próximo dia 18 de janeiro, a Câmara dos Deputados da Itália também votará uma moção apresentada pela UDC (União Democrática de Centro) pela extradição de Battisti. A decisão de manter o italiano no Brasil foi tomada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 31 de dezembro. Lula acatou o parecer da AGU (Advocacia Geral da União).

FONTE: FOLHA DE SÃO PAULO

Processo de compra de caças continua parado

ALFREDO JUNQUEIRA - Agência Estado

Há mais de dois meses no comando do Ministério da Defesa, o ministro Celso Amorim ainda não teve nenhum contato oficial com as três empresas que participam da concorrência internacional para fornecer 36 caças de alta tecnologia à Força Aérea Brasileira (FAB) - o projeto F-X2.

Executivos da francesa Dassault e da sueca Saab confirmaram que suas empresas ainda não tiveram acesso à pasta para tratar do projeto desde que Amorim substituiu o ex-ministro Nelson Jobim, no início de agosto. Por nota, a americana Boeing também informou que não teve mais contato com o ministério.

Negócio estimado em US$ 10 bilhões (R$ 17,6 bilhões), a renovação da frota da FAB está suspensa desde o início do ano por decisão da presidente Dilma Rousseff. O processo se arrasta desde 2002. A compra dos caças foi interrompida por questões orçamentárias. A previsão é que o governo federal anuncie sua decisão apenas no fim do ano que vem.

"Por enquanto, que eu saiba, não há conversa. O processo está parado. A presidente resolveu parar para se dedicar a outras áreas", disse Jean Marc Merialdo, diretor do consórcio Rafale International no Brasil, hoje de manhã, durante seminário promovido pela empresa no Rio. "Nós, das empresas, não estivemos com ele (Amorim). Por enquanto, entre as empresas e o ministério não há pontes ou interlocução", afirmou o executivo.

Diretor para a campanha do Gripen NG da Saab no Brasil, Bengt Janér disse que está em contato com o ministério para tratar de outros projetos que a empresa sueca desenvolve com a pasta. Sobre o F-X2, o executivo admite que não houve avanço. "O ministro da Defesa está se inteirando dos vários projetos da pasta dele", disse Janér. "FX-2 está parado, eu concordo. Está na mão da presidente. O ministro está em sintonia fina com ela", argumentou o executivo.

A linda Primeira ministra Ucraniana é condenada: Rússia Vê como terrorismo


Rússia vê teor antirrusso na condenação de ex-primeira-ministra ucraniana
Yulia Timoshenko pega sete anos de prisão no chamado "caso do gás"



No Tribunal em Kiev, a ex-Primeira-Ministra Yulia Timoshenko ladeada pela filha, Yevgenia, e o marido e advogado, Alexander Timoshenko: Ela foi condenada a sete anos pelo chamado 'caso do gás'





O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia vê um teor antirrusso na condenação da ex-primeira-ministra ucraniana, Yulia Timoshenko. O Ministério acusa o governo da Ucrânia de politizar as negociações do preço de gás russo. A nota ministerial diz que "a parte russa respeita a soberania do governo ucraniano e a independência do sistema judiciário da Ucrânia". Contudo, segundo o Ministério, não passa despercebido o fato de que as autoridades de diversos países e a opinião pública internacional consideram esse processo uma encenação politicamente motivada.

“Ao acusar Yulia Timoshenko de abuso de autoridade durante as negociações e assinatura do contrato para fornecimento de gás russo em 2009, a Justiça ucraniana ignorou as evidências de que os acordos foram celebrados de acordo com a legislação da Rússia e da Ucrânia, respeitando todas as normas do Direito Internacional”, diz também a nota.

“Não podemos deixar de notar nesse caso também um óbvio teor antirrusso. Em essência, Yulia Timoshenko foi julgada pelos contratos entre a Gazprom e Neftegaz Ucrainy, acordos juridicamente válidos e que não foram revogados”, anuncia o Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia.

"A Rússia está decidida a desenvolver e aprofundar a parceria bilateral com a Ucrânia, inclusive para a busca de soluções mutuamente vantajosas no setor de gás, como ficou acordado pelos chefes de Estado dos nossos países em Zavidovo, em 24 de setembro de 2011. Esperamos com sinceridade que esse movimento não seja prejudicado por tentativas unilaterais de retirar o tema do campo jurídico. Os contratos devem ser cumpridos”, afirma a nota ministerial.

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Fragata União na UNIFIL: a maior cartada geopolítica do Brasil nas últimas décadas

Escrito por Felipe Salles




Há poucos dias, o Congresso Nacional autorizou o envio de uma fragata da Marinha do Brasil para se incorporar à Missão de Paz da ONU no Líbano, a chamada UNIFIL. Com uma duração total de cerca de oito meses, esta será, muito provavelmente, a mais longa missão ao exterior da Marinha desde os tempos do Segundo Império.





A mais de duas décadas o Governo Brasileiro abertamente ambiciona uma cadeira permanente no Conselho de Segurança da ONU, e, nesta direção, resolveu começar a engajar suas forças armadas para poder se tornar um dos membros-chave do programa de Missões de Paz da organização internacional. Depois de várias atuações menores nas décadas de 50 a 80, na MINUSTAH do Haiti, desde 2004 e pela primeira vez, coube ao Brasil comandar, com muito sucesso, toda a missão militar multinacional da ONU naquele país caribenho.

Mais recentemente, a ONU convidou para assumirmos o comando da Maritime Task Force (MTF) unidade naval permanente que faz parte da missão UNIFIL no Líbano. Esta Missão de Paz existe para auxiliar o governo libanês na tarefa de estancar o fornecimento de armas vindas do exterior para o grupo islâmico Hezbolah, organização que fustiga o território israelense desde suas bases no sul do Líbano. A MTF atualmente é composta de um grupo de navios heterogêneo vindos da Alemanha, da Turquia, da Grécia, de Bangladesh e da Indonésia. Em fevereiro de 2011 o Almirante brasileiro Luiz Henrique Caroli assumiu a posição de MTF Commander.

Para compreender como isso se deu, e como a Marinha se preparou para executar uma missão tão longa, ALIDE entrevistou o CF Ricardo Gomes, comandante da Fragata União, poucos dias antesd de sua partida para conhecer todos os detalhes desta histórica aventura.





O passo a passo de um grande salto

"Desde que se decidiu que o Almirante Caroli iria comandar a MTF no Líbano a Marinha do Brasil está trabalhando para viabilizar o envio de um navio," contou o Cte Ricardo Gomes. "A Fragata Independência era inicialmente o navio cotado para ser enviado ao Líbano, mas como o processo de autorização política se alongou um pouco mais do que o imaginado, acabou dando tempo para que a Fragata União, que em 33 de maio de 2011 saiu de uma Período de Manutenção Geral (PMG) de quatro anos, concluir todas as etapas do seu programa de CIASA.

Com todos seus componentes críticos, principalmente as turbinas e motores, recém revisados e consequentemente com um alto nível de disponibilidade, foi decidido pelo envio da União no lugar da Independência. O CIASA da União coincidiu com um período de pausa nas operações de treinamento da Esquadra o que lhe garantiu todo o apoio dos outros meios para sua certificação. Fragatas, Navio-Tanque, Submarinos e aeronaves puderam ser disponibilizados prontamente, o que permitiu um programa super completo e sem atrasos.

"Soubemos da nossa escalação para esta missão lá pelo final do mês de julho, e imediatamente demos a partida na nossa preparação" contou o comandante da fragata. Ele continuou: "Nós 'herdamos' tudo o que a tripulação da Independência já tinha realizado até ali. As análises geográficas, logísticas e os checklists com os procedimentos a serem realizados antes da partida. O grande desafio não era apenas a longa duração da missão, mas principalmente o fato de ocorrer na região do Mediterrâneo Oriental, um ambiente completamente novo que para nossa Marinha. Tratamos de equipar os paióis do navio com material de manutenção e consumíveis para durar todo o período de oito meses da viagem, peças, filtros, etcetera", contou Ricardo Gomes. Tudo o que vier a ser necessário posteriormente, durante o decorrer a comissão, será gerenciado daqui do Brasil pelo Sistema de Abastecimento da Marinha.

A localização da área de atuação desta Missão de Paz, praticamente espremida entre os arqui-rivais Israel e Síria, obrigou à Marinha a enviar a União com a chamada "dotação de guerra", todos os sistemas de mísseis do navio, Aspide, Exocet e SeaSkua irão em sua quantidade máxima. Embora a missão da ONU não demande em si o uso de armas deste porte, a sua segurança e de seus tripulantes é um item inquestionável. E como o ataque israelense ao navio americano USS Liberty em 1967, e o ataque iraquiano ao USS Stark, vinte anos depois, não cansam de lembrar: basta uma rápida confusão de identidade para se perder um navio militar naquela região do mundo.Um navio "quente"

Na manhã terça-feira, dia 4 de outubro, o dia de nossa visita, na Fragata União tinha todos os seus sistemas de mísseis em faina de carregamento. O armamento foi transportado desde o Centro de Mísseis e Armas Submarinas da Marinha num pequeno navio do porte de um rebocador que, atracado na ponta do pier onde a fragata se encontrava, descarregou os contêineres de transporte dos mísseis diretamente para a sua "popinha" e para o convôo. Como procedimento padrão de segurança, todos as outras fragatas que normalmente ficam atracadas naquela área, foram reposicionadas em outros píeres da Base Naval do Rio de Janeiro. Perguntado sobre os efeitos negativos do ambiente marítimo sobre a vida operacional destes mísseis carregados para esta missão, o Cte Ricardo Gomes lembrou que: "esta não era uma das maiores preocupações desta vez, uma vez que a nossa viagem coincidirá com o inverno setentrional, com uma temperatura ambiente local oscilando, no máximo, entre 5°C e 15°C. Estes valores, felizmente, são bem abaixo dos 21°C a partir das quais as temperaturas são realmente danosas para os componentes dos mísseis". No caso dos Aspide haverá ainda uma rotação regular dos estoques do paiol para garantir que nenhum dos mísseis passe o tempo todo da viagem exposto ao tempo dentro do lançador Albatros.

Gente!

Cada uma das fragatas da classe Niterói apresenta pequenas variações no número de militares que ela pode transportar. Alguns dos compartimentos em um dos navio tem camas individuais, enquanto em outros o mesmo compartimento têm beliche ou "triliche". No caso da União ela está configurada para um máximo de 260 militares, sem contar as duas camas existentes na enfermaria. A tripulação nesta viagem está complementada por 15 membros do Destacamento Aéreo Embarcado do esquadrão HA-1, de nove membros do GruMec e de 15 Fuzileiros Navais que terão como missão compor o "Grupo de Reação contra Ameaça Assimétrica", além de velar pela segurança do navio e compor eventuais Grupos de Vistoria e Inspeção (GVI). Além disso, o navio reservou ainda 12 vagas para receber a bordo o Estado Maior do Almirante Caroli quando a União estiver na área de atuação da UNIFIL.

A operação na Maritime Task Force da UNIFIL

As zonas de patrulha da MTF se localizam sempre fora das 12 milhas marítimas do mar territorial libanês, dentro do qual, atua exclusivamente a marinha daquele país. A expectativa, neste momento, é para cada dez dias de patrulha o navio brasileiro passe três dias de descanso e reparos no porto de Beirute. Estes prazos, no entanto, podem ser alterados caso algum dos outros navios tenha um impedimento mecânico que o impeça de ir ao mar. Adicionalmente, por suas capacidade e conforto, os navios maiores como a União, naturalmente, realizam patrulhas mais longas do que os navios menores da MTF. A despeito da União suspender do Brasil com plena capacidade de realizar o tipo de inspeção característica da missão de "Maritime Interdiction Operation" (MIO) na UNIFIL, até hoje, apenas navios da Marinha Libanesa é que realizaram estas abordagens e inspeções. De qualquer maneira, haverá um oficial de ligação da Marinha Libanesa a bordo sempre que o navio estiver em patrulha.

A União usa motores de propulsão e de geração elétrica da marca alemã MTU. Através da MTU Brasil e da sua sede na Alemanha, já foram acertados as condições para a prestação de apoio técnico em Beirute, caso seja necessário, pela empresa local MTU Líbano. Os portos de Limassol, em Chipre, e de Mersin, na Turquia, serão os destinos primários da fragata brasileira caso alguma manutenção de maior porte venha a ser necessária.

Tudo nesta missão é novidade. Chegando em Beirute os tripulantes ficarão quase que 100% baseados no navio, pelo menos até que se verifique 'in loco' o nível de segurança que a cidade oferecerá aos militares brasileiros. Esta avaliação é que vai determinar que grau de liberdade de movimento os nossos marinheiros terão por lá. Por recomendação da ONU outra mudança notável já está acertada, em vez do uniforme cinza normal de serviço, quando oficiais e praças da fragata União tiverem que ir a terra à serviço eles usarão um uniforme camuflado. O macacão operativo cinza padrão será substituído por um novo modelo "OP-1" com cinto e de cor azul (mas sem as listras refletivas dos macacões franceses do São Paulo) confeccionado em material antichama similar àquele usado nos macacões de voo da aviação naval. A União se distinguirá por ser o primeiro navio da MB a adotar este novo macacão em toda sua tripulação.



A preparação para oito meses fora da base

Nos moldes do que ocorreu na participação dos Fuzileiros na MINUSTAH, todos os militares que participam desta comissão são necessariamente voluntários. Com o apoio do Núcleo de Assistência Social da Esquadra identificou-se que apenas 10 dos 190 praças do navio apresentavam problemas de cunho pessoal (parentes doentes, etc.) que os impediram de voluntariar. Para substituí-los, os demais navios da mesma classe recomendaram militares com as exatas mesmas capacitações profissionais que eram voluntários para tomar o lugar deles. A troca dos praças, no entanto, será definitiva. Aqueles que embarcam agora, passam a fazer parte da tripulação da União, e os que ficarem no Brasil passam definitivamente a pertencer aos navios que cederam seu pessoal. A União partirá com uma área médica reforçada, com um médico cirurgião e um anestesista. Como é de se esperar, houve uma grande preparação no campo da saúde por conta do Centro de Medicina Operativa da Marinha. Através de um "censo médico-odontológico", o estado de cada um dos tripulantes foi aferido antes de se confirmar sua aptidão física para sair na longa missão.

Para preparar à tripulação para uma missão completamente nova, setenta tripulantes do navio participaram de um estágio para Operações de Paz no CIASC - Centro de Instrução Almirante Sylvio de Camargo no complexo dos Fuzileiros Navais na Ilha do Governador. Estes oficiais e praças atuarão como "multiplicadores" das informações para todos aqueles que ficaram para trás no navio. Um dos instrutores, o CF Alexandre Peres está atualmente no Líbano atuando no Staff do Almirante Caroli e deu sua palestra durante sua visita ao Rio para férias.

Uma fragata da classe Niteroi ainda melhor

Em cada um dos exercícios internacionais que ela participa, a Marinha do Brasil é sempre exposta a novos desafios, a novos requerimentos operacionais que ainda podem não ser comuns na nossa área do Atlântico Sul, mas que já o são no Golfo de Áden, Golfo Pérsico, Mar Meridional da China, os "pontos quentes" globais. O combate a ameaças assimétricas, como lanchas explosivas suicidas, por exemplo, e as abordagens de inspeção e de presa são apenas algumas destas novidades. Os relatórios de conclusão de missão escritos anteriormente tem apontado que muitos dos equipamentos padrão das fragatas brasileiras, como as velhas baleeiras, não estão adequadas para essas novas demandas. A União já esta saindo do Rio equipada com várias novidades para sanar estas limitações. A mais evidente é uma nova lancha inflável grande de casco rígido (RHIB) que substituiu a baleeira de bombordo. Para permitir a sua utilização no velho turco (guindaste) original foi colocado uma ampla barra longitudinal equipada com um novo guindaste elétrico para poder baixar a lancha, mesmo com o navio em movimento. Essa é uma solução temporária que no futuro será substituída pelo mesmo tipo de guindaste já usado na fragata Bosísio. O motor Volvo Penta com rabeta da nova lancha, tem potência de sobra para levar Grupos de Visita e Inspeção (GVI) maiores a toda velocidade até seus alvos e depois trazê-los de volta em segurança.

Para que a União cumpra bem seu papel de nau capitânia ela foi equipada com dois novos sistemas de comunicação de dados, um operando na Banda X e outro na Banda Ku. Ela recebeu, também, dois sistemas de comunicação, um FBB (Fleet Broad Band) 500 e outro FBB 250, que são "uma versão atualizada do velho serviço de voz via satélite Inmarsat", segundo o Cte Ricardo Gomes. Para entretenimento a bordo está praticamente fechado a contratação de um pacote de televisão via satélite espanhol que incluirá o canal Globo Internacional e cujo serviço atinge até a costa leste do Mediterrâneo. É fato que os canais libaneses, sejam eles falados em árabe, ou mesmo em francês, teriam pouquíssima serventia para a tripulação brasileira.

Nas asas do passadiço foi instalado, em cada bordo, um tripé fixo para sustentar um sistema LRAD (Long Range Acoustic Device - Aparelho Acustico de Longo Alcance). Esta é uma arma não-letal constituída de autofalante direcional de grande potência da empresa americana LRAD Corporation. O sistema pode ser usado de duas maneiras distintas, para mandar mensagens audíveis em qualquer língua para pessoas localizadas até 3000 metros de distância do navio e que, por alguma razão, não respondam aos contatos por rádio. Alternativamente, em distâncias menores, o ruído emitido pelo LRAD deve causar grande desconforto aos tripulantes de uma lancha ou barco não identificado que se aproxime sem autorização da fragata. Embora popular nos navios da US Navy e da marinha mercante internacional, a fragata União é o primeiro navio da MB a adotar este sistema. A opção de se adquirir um sistema "laser dazzler" para o LRAD, por ainda ser bastante controverso, acabou não sendo tomada pela Marinha.

Ainda na questão da defesa orgânica do navio, quatro novos reparos para metralhadora .50 foram instalados, dois ficam na proa, logo adiante da superestrutura e as outras duas estão no convés do chaff, a ré. Finalmente, foi implementado, para esta missão, um reforço no material de equipagem individual de armamento, aumentando o número de pistolas, capacetes e coletes a prova de bala embarcados no navio. na vespera de nossa visita a União saiu para o mar justamente para colocar a prova as metralhadoras contra alvos de superfície. As balsas salvavidas da fragata ainda tinham muitos meses de validade, porém, devido à longa duração da missão elas tiveram que ser revalidadas antes de terminar de "vencer". Por esta razão, nesta última saída de mar, a União foi obrigada a pegar as balsas da Defensora emprestadas por um dia.

Espera-se que com todas estas mudanças o navio possa ter como dispor de uma gradação mais ampla de meios de resposta a quaisquer ameaças que surjam, variando das não-letais até as letais.

A partida

A Marinha está aproveitando o exercício Tropicalex para preparar ainda mais a tripulação da União para sua missão no Mediterrâneo. Na manhã desta quinta-feira dia 6 de outubro partirão da Base Naval do Rio de Janeiro as fragatas Independência e Greenhalgh, seguidas pela corveta Barroso. Por fim virão as fragatas Niterói e Bosísio, o Navio Tanque Gastão Motta e a fragata União. O GT irá realizando exercícios até chegar ao porto de Recife no dia 13 de outubro. Lá a União se destacará da Tropicalex, partindo no dia 17, "escoteiro", com destino a sua próxima parada: Las Palmas, nas Ilhas Canárias. Deixando a costa africana, haverá ainda mais uma parada em Nápoli, na Itália, antes de finalmente aportarem na capital libanesa e se integrarem à MTF da UNIFIL.

Petrobrás e Vale vão gerar energia na Antártica




O Brasil será o primeiro país a ter energia elétrica gerada tendo como matéria-prima o etanol no continente antártico. A partir de novembro, a Estação Antártica Comandante Ferraz vai substituir o diesel mineral por etanol hidratado na produção de eletricidade.

A iniciativa conta com investimentos de R$ 2,5 milhões vindos de parceria entre a Petrobrás Biocombustível, Vale Soluções em Energia (VSE) e pela Marinha do Brasil.

De acordo com o diretor de etanol da Petrobrás Biocombustível, Ricardo Castello Branco, a iniciativa abre a expectativa de criação de um novo campo de uso para o etanol brasileiro na produção de energia elétrica, além de possuir um forte efeito simbólico. “Queremos desenvolver na geração de energia elétrica limpa o mesmo conhecimento e competência que temos na área de etanol combustível”, disse Castello Branco.

O executivo explica que, a partir de novembro, será realizado um teste na estação Antártica que deve durar um ano, para que a utilização de etanol sob condições climáticas extremas seja analisada.

O teste deve consumir 350 mil litros de etanol hidratado, que serão disponibilizados pela Petrobrás, assim como o transporte até a estação. “Desenvolvemos tanques especiais para levar o etanol até lá, construídos sobre trenós para que ele deslize sobre o gelo”, explica.

Segundo o executivo, a utilização de etanol para geração de eletricidade pode ser um mercado importante no médio prazo. “Veja a necessidade de energia do Japão, por exemplo. Grandes geradores que funcionem a partir de etanol poderiam suprir parte dessa demanda”, disse.

Parceira do empreendimento, a Vale Soluções em Energia (VSE) produziu o gerador, com capacidade de 250 quilowatts. Segundo o presidente da VSE, James Pessoa, esse volume de energia é suficiente para abastecer e iluminar toda a estação de pesquisa na Antártica. A VSE é uma parceria entre a Vale (que detém 53% da empresa) e o BNDESPar (dono dos outros 47%), que investe em pesquisa, desenvolvimento e produção de sistemas de geração sustentável.

Sem aditivo. Pessoa explica que a VSE desenvolveu o gerador que opera com etanol hidratado para geração de energia. “Ao contrário do motor que desenvolvemos para ônibus coletivos que estão sendo testados em São Paulo, o gerador da Antártica não precisa de um aditivo extra e funciona apenas com o etanol hidratado puro”, disse.

A VSE também construiu geradores para a Amazonas Energia, da Eletrobrás, para produzir energia elétrica na Amazônia de forma mais limpa e reduzir a utilização de diesel na região.

Em 2012, a presença brasileira na Antártica completará 30 anos, e a expectativa é de que toda a eletricidade gerada durante a cerimônia que será realizada venha do etanol. Uma das prioridades do Programa Antártico Brasileiro (Proantar) é a qualidade ambiental das operações do Brasil na Antártica.

Por meio desse programa, gerenciado pela Comissão Interministerial para os Recursos do Mar (CIRM), o Brasil realiza estudos sobre os impactos do aumento da concentração de gases de efeito estufa no planeta, além de pesquisas científicas sobre os fenômenos que ocorrem no continente.

FONTE: O Estado de S. Paulo
Por Eduardo Magossi

Brasil negocia participação em projetos militares com Turquia




A Turquia, aonde a presidente Dilma Rousseff chegou ontem à noite, negocia com o Brasil parceria nos campos naval e aeronáutico. As conversas com o país, membro da Otan (aliança militar ocidental), estão a cargo do ministro da Defesa, Celso Amorim.

Dois projetos em especial devem ser tratados hoje na reunião de Amorim com o colega turco, Ismet Yilmaz, em Ancara: uma participação turca no desenvolvimento do cargueiro militar KC-390, da Embraer, e uma contribuição brasileira no desenvolvimento de caças para a Turquia.

Para Amorim, Brasil e Turquia devem aproveitar o fato de serem “duas potências emergentes, que compartilham visões políticas semelhantes e possuem nível de desenvolvimento tecnológico similar”.

“A indústria de defesa turca é muito desenvolvida e possui larga experiência em joint-ventures e em absorção de tecnologias. Essa experiência pode ser muito útil ao Brasil”, disse à Folha.

O KC-390 é um avião de transporte militar, que pode substituir, no mercado internacional, o americano Hércules C-130, da década de 50. A FAB (Força Aérea Brasileira), que estabeleceu os requisitos do KC-390, já anunciou querer comprar 28 aviões.

O projeto do cargueiro já tinha virado moeda de troca na licitação para a compra de caças pelo Brasil, que se arrasta há anos. A França foi a primeira a acrescentar a promessa de compra de dez unidades do KC-390 se o Brasil optasse pela compra do caça Rafale. A americana Boeing e a sueca Saab também adicionaram o tema às suas propostas.

O Brasil tem interesse em participar do desenvolvimento turco de caças de quinta geração -mais modernos do que a FAB deve adquirir por meio da concorrência. O que o país tem a oferecer é a experiência da Embraer na área de aerodinâmica.





Amorim, no entanto, descartou a possibilidade de conversar com o homólogo turco sobre “temas de responsabilidade do Itamaraty”, como a segurança no Oriente Médio, o processo de paz entre israelenses e palestinos ou mesmo o programa nuclear do Irã. Hoje, Amorim acompanha Dilma em encontro com o presidente turco, Abdullah Gül.

FONTE: Folha de São Paulo (reportagem de Isabel Fleck) via Notimp

38 anos da guerra do Yom Kippur


A Guerra do Yom Kippur, também conhecida como Guerra Árabe-Israelense de 1973, Guerra de Outubro, Guerra do Ramadã ou ainda Quarta guerra Árabe-Israelense, foi um conflito militar ocorrido de 6 de Outubro a 26 de Outubro de 1973, entre uma coalizão de estados árabes liderados por Egipto e Síria contra Israel.

A guerra começou com um ataque conjunto surpresa pelo Egipto e Síria no feriado judaico de Yom Kippur. Egipto e Síria cruzaram as linhas de cessar-fogo no Sinai e na Colinas do Golã, respectivamente, que haviam sido capturados por Israel em 1967 durante a Guerra dos Seis Dias.

Os egípcios e sírios avançaram durante as primeiras 24-48 horas, após o qual o cenário começou a se formar em favor de Israel. Na segunda semana de guerra, os sírios foram empurrados completamente para fora das colinas do Golã.

No Sinai ao sul, os israelenses atacaram em uma “brecha” entre dois exércitos egípcios invasores, cruzaram o canal de Suez (onde a velha linha de cessar-fogo ficava), e isolou o Terceiro Exército do Egito.

Este desenvolvimento levou as duas superpotências da época, os EUA, defendendo os interesses de Israel, e a URSS, dos países árabes, a uma tensão diplomática. Mas um cessar-fogo das Nações Unidas entrou em vigor de forma cooperativa em 25 de outubro de 1973.

Ao término das hostilidades, as forças israelenses, já recuperadas das baixas iniciais e com um esmagador poderio militar, haviam adentrado profundamente no território dos inimigos e encontravam-se a 40km de Damasco, capital da Síria, a qual foi intensamente bombardeada, e 101km do Cairo, capital Egípcia.

A guerra teve implicações profundas para muitas nações. O Mundo Árabe, que havia sido humilhado pela derrota desproporcional da aliança Egípcio-Sírio-Jordaniana durante a Guerra dos Seis Dias, se sentiu psicologicamente vingado por seu momento de vitórias no início do conflito, apesar do resultado final.

Esse sentimento de vingança pavimentou o caminho para o processo de paz que se seguiu, assim como liberalizações como a política de infitah do Egipto. Os Acordos de Camp David (1978), que vieram logo depois, levaram a relações normalizadas entre Egipto e Israel – a primeira vez que um país árabe reconheceu o Estado israelense. Egipto, que já vinha se afastando da União Soviética, então deixou a esfera de influência soviética completamente.




FONTE: wiki

Europeus adquirem 21 foguetes brasileiros





Por Virgínia Silveira

O Brasil se transformou em um dos principais provedores internacionais de foguetes de sondagem, veículos suborbitais que podem transportar experimentos científicos para altitudes superiores à atmosfera terrestre, por períodos de até 20 minutos. O Centro Aeroespacial Alemão (DLR) e a estatal sueca Swedish Space Corporation (SSC) compraram 21 motores-foguete do veículo de sondagem VSB-30, utilizado com sucesso em mais de 11 lançamentos no Brasil e na Suécia.

O negócio, segundo o diretor do Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE), responsável pelo desenvolvimento desses foguetes, brigadeiro Francisco Carlos Melo Pantoja, está avaliado em € 3 milhões. Dos 21 motores comprados, segundo ele, oito são conjuntos completos - o foguete e mais dois motores - e outros cinco são do motor S-30, que será integrado em outro foguete usado pelos europeus, o americano Orion.

Segundo o presidente da SSC, os foguetes de sondagem brasileiros e especialmente o VSB-30, que já recebeu uma certificação internacional, são considerados os melhores do mundo em sua categoria. O VSB-30 substituiu o foguete inglês Black-Arrow, que deixou de ser produzido em 1979, depois de 266 lançamentos, sendo o último em 2005.

O lançador brasileiro vem sendo usado pelo Programa Europeu de Microgravidade desde 2005 e, no próximo dia 24 de novembro, fará seu 12º voo a partir do Centro de Lançamento de Esrange, em Kiruna, na Suécia. O interesse dos europeus pelos foguetes de sondagem brasileiros, desenvolvidos com a participação do DLR, no entanto, envolve outros modelos além do VSB-30.

Segundo o presidente e CEO da SSC, Lars Persson, a missão espacial Shefex II que levará, entre outros experimentos, um veículo hipersônico europeu, avaliado em 8 milhões de euros, será feita pelo foguete brasileiro VS40 M, um veículo de sondagem mais potente e veloz que o VSB-30. O VS40 M também foi adquirido pelo DLR alemão a um custo de 900 mil euros, segundo o IAE.

O lançamento do experimento Shefex II (Sharp Edge Flight Experiment) à bordo do VS40 M está previsto para fevereiro de 2012, mas uma equipe do IAE já está Base de Andoya, na Noruega, desde o mês passado, trabalhando na pré-montagem do foguete. O VS-40 M também lançará um experimento brasileiro, que consiste em uma placa de carbeto de silício. O material será utilizado na estrutura do Satélite de Reentrada Atmosférica (SARA), outro projeto do IAE.

O presidente da SSC disse que a empresa também está interessada em comprar o foguete brasileiro VLM, que está em fase de desenvolvimento e poderá lançar microssatélites de 100 a 150 quilos. Persson disse que a empresa estima um mercado anual de 10 lançamentos com o VLM.

"No futuro nós pretendemos utilizar o VLM, porque ele é uma ótima opção para lançar satélites pequenos e com um custo de lançamento bem mais barato que o dos grandes foguetes", explicou. O motor do VLM está sendo desenvolvido pela empresa brasileira Cenic, que utiliza a tecnologia de fibra de carbono, responsável por uma redução de 60% no peso do motor do foguete.

Já o mercado global de foguetes de sondagem sub-orbitais, considerando apenas as aplicações civis, é de mais de 100 lançamentos anuais, para cargas úteis (experimentos científicos e tecnológicos) na faixa de 50 a 200 kg de massa e em altitudes de 100 km. Em média, segundo estimativa feita pelo diretor do IAE, cada lançamento custa da ordem de US$ 1 milhão, mas existe uma expectativa de um crescimento para 1500 voos anuais se o preço do kg de carga útil for reduzido para US$ 250.

A parceria com a SSC no programa de foguetes de sondagem, segundo Pantoja, é vista com bons olhos, pois a empresa já está envolvida com a comercialização de foguetes no mercado europeu e desta forma oferece mais possibilidades de venda do produto brasileiro fora do país.

O VSB-30, por exemplo, tem a aprovação da Agência Espacial Europeia (ESA) para realizar voos na Europa transportando cargas científicas do Programa Europeu de Microgravidade. O foguete foi o primeiro produto espacial brasileiro a ser comercializado no mercado externo e também o primeiro a receber uma certificação de nível internacional.

O desenvolvimento do VSB-30 foi feito com investimentos da ordem de 700 mil euros e o Centro Aeroespacial DLR arcou com 100% desse valor. O foguete custa cerca de 320 mil euros. "Os ganhos dessa parceria não podem ser vistos somente sob o ponto de vista financeiro. Essa sinergia tem gerado conhecimento e transferência de tecnologia para os dois lados", comentou Pantoja.

Com faturamento de 180 milhões de euros por ano e 660 colaboradores em 11 países, a SSC é especializada no desenvolvimento de câmeras imageadoras para satélites de observação da Terra, prestação de serviços de recepção de dados de satélites, pesquisas em ambiente de microgravidade e vigilância marítima através de radares, câmeras e sensores.

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Super Tucano: Guatemala compra por US$ 170 milhões aviões e radares do Brasil






O Governo da Guatemala anunciou nesta sexta-feira que processa créditos no valor de quase US$ 170 milhões para comprar do Brasil seis aviões militares Super Tucano, radares e outros equipamentos destinados à luta contra o tráfico de drogas no país, ponte da droga que chega aos Estados Unidos procedente da América do Sul.
O ministro guatemalteco de Economia, Luis Velásquez, disse nesta sexta-feira a jornalistas que a Junta Monetária da Guatemala autorizou o Governo a pedir créditos internacionais para essas compras militares.
O seguinte passo, disse Velásquez, é enviar o projeto de compra ao Parlamento, que deverá autorizar o Governo a contratação de um crédito de US$ 133,3 milhões com o Banco do Brasil, e outro de US$ 33,4 milhões com o Banco Vizcaya Argentaria (BBVA) da Espanha.
Esses fundos serão destinados à aquisição de seis aviões Super Tucano da Embraer, projetado para ataque leve, contrainsurgência e treinamento avançado de pilotos, assim como três radares e equipamento para o controle do tráfego aéreo.
O coronel Rony Urízar, porta-voz do Exército guatemalteco, disse à imprensa local que com esses equipamentos se "melhorará o rastreamento e as rotas usadas pelos narcotraficantes" no território guatemalteco.
O Governo reconheceu que a cada ano trafegam pela Guatemala cerca de 20 toneladas de cocaína procedentes da América do Sul por parte de grupos criminosos internacionais que instalaram bases de operações em regiões de selva do norte do país.
O acionamento dos grupos narcotraficantes e de outros criminosos conexos, como as perigosas "gangues" ou bandos, transformou o chamado Triângulo Norte centro-americano integrado por Guatemala, Honduras e El Salvador, em uma das regiões mais violentas do mundo sem que nela esteja sendo travada uma guerra convencional.
Fonte: IG
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