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Salmo 127

1 Se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam; se o Senhor não guardar a cidade, em vão vigia a sentinela.

2 Inútil vos será levantar de madrugada, repousar tarde, comer o pão de dores, pois ele supre aos seus amados enquanto dormem.

3 Eis que os filhos são herança da parte do Senhor, e o fruto do ventre o seu galardão.

4 Como flechas na mão dum homem valente, assim os filhos da mocidade.

5 Bem-aventurado o homem que enche deles a sua aljava; não serão confundidos, quando falarem com os seus inimigos à porta.

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quinta-feira, 29 de abril de 2010

Ahmadinejad pode não ser bem-vindo em conferência nuclear, diz Hillary; Irã e Egito preparam batalha contra os EUA no evento

O presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, pode não ser bem recebido na conferência de revisão do Tratado da Não Proliferação Nuclear, na próxima semana, se ele semear confusão ou desviar atenção sobre o programa nuclear do Irã, disse a secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, nesta quinta-feira (29).
Irã e Egito estão se preparando para enfrentar os Estados Unidos e seus aliados em torno do direito de Israel e países em desenvolvimento de possuir tecnologia atômica. A batalha será travada numa reunião importante sobre o Tratado de Não-Proliferação Nuclear (NPT).

O presidente iraniano Mahmoud Ahmadinejad deve participar da conferência, que começa na próxima segunda-feira e continua até 28 de maio. Ele enfrentará a secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, que lidera a delegação dos EUA na conferência, que acontecerá na sede da Organização das Nações Unidas.

Diplomatas preveem que Ahmadinejad assumirá postura de desafio aos EUA e seus aliados ocidentais, acusando-os de tentar privar países em desenvolvimento de tecnologia nuclear e, ao mesmo tempo, fazer vista grossa para a capacidade nuclear de Israel.

Os 189 signatários do histórico tratado de controle de armas de 1970 --que visa impedir a proliferação de armas nucleares e pede aos países que possuem ogivas atômicas que abram mão delas-- se reúnem a cada cinco anos para avaliar o cumprimento dos termos do pacto e os avanços feitos para alcançar suas metas.

A última conferência de revisão do NPT, em 2005, foi amplamente vista como desastrosa. Após semanas de discussões sobre procedimentos, lideradas pela ex-administração dos EUA, Egito e Irã, a conferência terminou sem que fosse obtido um acordo sobre uma declaração final.

Analistas e diplomatas da ONU esperam que as coisas sejam diferentes desta vez e que a conferência consiga infundir vida nova em um tratado que não conseguiu impedir a Coreia do Norte de fabricar uma bomba nuclear nem forçar o Irã a encerrar seus trabalhos de enriquecimento de urânio.

Outros fatores que ressaltam a debilidade do NPT são a rede ilícita de fornecimento de materiais nucleares, liderada pelo Paquistão, e os avanços lentos sobre o desarmamento.

Presume-se que Israel possua um arsenal nuclear, mas o país não confirma nem nega a informação. Como a Índia e o Paquistão, Israel não é signatário do NPT e não vai participar da conferência.

Ahmadinejad é o líder de mais alto escalão a participar da conferência. Ele vai viajar a Nova York enquanto diplomatas dos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU, mais a Alemanha, se reúnem quase diariamente em Manhattan para redigir um esboço de resolução impondo uma quarta rodada de sanções contra Teerã em função de seu programa nuclear.

Diplomatas dizem que os seis países estão longe de chegar a um acordo e que Rússia e China procuram diluir uma proposta de sanções redigida pelos EUA.

"Uma conferência bem-sucedida intensificaria a legitimidade do tratado, em um momento em que sua eficácia está em dúvida devido aos programas nucleares iraniano e norte-coreano", disse David Albright, chefe do Instituto de Ciência e Segurança Internacional, em depoimento ao Comitê de Assuntos Exteriores da Câmara de Deputados dos EUA.

A Coreia do Norte retirou-se do tratado em 2003 e testou artefatos nucleares em 2006 e 2009. As potências ocidentais pedem penalidades mais duras para os países que se retiraram do pacto, incluindo a obrigatoriedade de inspeções mais rígidas da ONU e outras medidas que dificultariam o desenvolvimento de armas atômicas pelos países.

Enviados ocidentais dizem que, se a conferência tiver êxito, resultará em uma declaração que abranja os três pilares do NPT --o desarmamento, a não proliferação e o uso pacífico da energia nuclear.

Falando com jornalistas esta semana, o embaixador egípcio à ONU, Maged Abdelaziz, elogiou as novas iniciativas de desarmamento tomadas por Obama mas disse que os países em desenvolvimento querem mais. Além disso, disse que é importante não focar exclusivamente a ameaça nuclear representada pelo Irã.

O Egito enviou à conferência um documento de trabalho pedindo uma reunião internacional com a participação de Israel que começaria a trabalhar para um tratado para estabelecer no Oriente Médio uma zona de congelamento de armas nucleares.

Diplomatas disseram à Reuters que EUA, Rússia e os outros três membros permanentes do Conselho de Segurança estão abertos à proposta e esperam chegar a um acordo com Cairo.

* Com informações da Reuters

Marinha dos EUA passa a aceitar mulheres em submarinos







A Marinha dos Estados Unidos confirmou nesta quinta-feira que mulheres poderão servir em submarinos, revertendo uma proibição em vigor há décadas nas Forças Armadas americanas.

A mudança foi anunciada em fevereiro pelo secretário de Defesa, Robert Gates.

Na ocasião, ele informou o Congresso que a proibição seria revertida caso nenhuma objeção fosse apresentada até a meia-noite de quarta-feira, 28 de abril. Como não houve manifestações contra a medida no prazo estabelecido, a Marinha agora confirmou a novidade.

“Há mulheres extremamente capazes na Marinha com talento e vontade de ter sucesso na frota de submarinos”, disse o secretário da Marinha, Ray Mabus.

“Não poderíamos tocar a Marinha sem as mulheres hoje em dia.”

Cerca de 15% dos integrantes da Marinha americana são mulheres.

Novas ‘atitudes’

Segundo o correspondente da BBC em Washington Adam Brookes, na fase inicial da mudança, 12 mulheres serão colocadas em quatro submarinos que operam na costa dos Estados Unidos.

Brookes disse que a essa mudança é apenas uma pequena parte de uma transformação maior de atitudes nas Forças Armadas dos Estados Unidos que “reflete as mudanças na sociedade americana como um todo em relação à raça, classe e sexualidade”.

Para o chefe das Operações Navais americanas, Gary Roughead, “seria tolo não usar o grande talento, a grande confiança e intelecto das jovens mulheres que servem na Marinha atualmente e não trazê-las para nossa força submarina”.

O treinamento completo para a nova atividade dura cerca de 15 meses.

Além dessa mudança, a Marinha anunciou que, a partir de 31 de dezembro, será proibido fumar nos submarinos da frota americana.

'Revista Time' escolhe Lula como o líder mais influente do mundo






O presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi apontado como o líder mais influente do mundo em uma lista de personalidades escolhidas pela revista americana 'Time'. A relação foi divulgada nesta quinta-feira (29) no site da revista. O presidente americano Barack Obama aparece na mesma lista em 4° lugar.

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A revista faz uma tradicional indicação anual das 100 pessoas mais influentes do mundo. Líderes, heróis, artistas e pensadores. Bill Clinton foi escolhido como primeiro na lista dos heróis e teve sua apresentação redigida por Bono, enquanto Lady Gaga é a artista mais influente, apresentada por um artigo de Cyndi Lauper. Na categoria pensadores, a primeira da lista é Zaha Hadid. O ex-governador do Paraná Jaime Lerner foi apontado como 16º na lista dos pensadores.

O documentarista Michael Moore foi o responsável por escrever o texto no qual apresenta uma breve biografia de Lula. "O que Lula quer para o Brasil é o que nós [dos Estados Unidos] costumávamos chamar de sonho americano", avalia o documentarista.

Veja abaixo a lista dos 10 líderes mais influentes
1 - Luiz Inácio Lula da Silva
2 - J.T. Wang
3 - Admiral Mike Mullen
4 - Barack Obama
5 - Ron Bloom
6 - Yukio Hatoyama
7 - Dominique Strauss-Kahn
8 - Nancy Pelosi
9 - Sarah Palin
10 - Salam Fayyad

Fronteira com Brasil pode ser militarizada

Presidente do Congresso paraguaio pediu militarização da região de Pedro Juan Caballero, onde um senador foi alvo de atentado. Também ontem, mais 2 brasileiros suspeitos do crime foram presos.




O presidente do Congresso do Paraguai, senador Miguel Carrizosa, vai pedir formalmente ao presidente Fernando Lugo a militarização de Pedro Juan Caballero, capital do departamento (Estado) de Amambay. O anúncio, reproduzido ontem no jornal local La Nación, foi feito por Carrizosa anteontem, após visita ao senador Robert Acevedo, alvo de um atentado a tiros na cidade na segunda-feira.
“Solicitaremos ao presidente Lugo a militarização de Pedro Juan Caballero”, afirmou. A cidade faz fronteira com a brasileira Ponta Porã, em Mato Grosso do Sul. De acordo com Carrizosa, é preciso tomar essa atitude, pois a onda de violência “ultrapassou os limites”.

Na manhã de ontem, policiais paraguaios detiveram dois brasileiros na cidade de Pedro Juan Caballero, informou a edição online do diário paraguaio ABC. Segundo o jornal, Josué dos Santos e Daniel dos Santos podem ser integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC), facção criminosa paulista. Eles dirigiam um automóvel Gol, de cor branca, e pretendiam chegar à casa de um suposto traficante.

Anteontem, a polícia prendeu os outros dois brasileiros, Nevailton Marcos Cordeiro e Eduardo da Silva, como suspeitos pelo ataque e também possíveis membros do PCC. No atentado que feriu Robert Acevedo, um motorista e um guarda-costas morreram. “É preciso reduzir o alto índice de insegurança na fronteira, isso é categórico”, disse Carrizosa. Ele estava com o também senador Alberto Grillón, ambos acompanhados por um forte aparato de proteção policial.

Amambay é um dos cinco departamentos paraguaios onde vigora o estado de exceção, que vigora desde sábado para facilitar que as forças oficiais persigam e prendam membros do grupo Exército do Povo Paraguaio (EPP), guerrilha responsabilizada por atentados e sequestros no país.

VISITA

Também ontem, o presidente Fernando Lugo visitou o senador Robert Acevedo. Lugo prometeu investigar o que chamou de “um atentado contra o Estado”, além de aumentar a segurança na cidade de Pedro Juan Caballero. As informações foram repassadas pelo próprio senador paraguaio, por telefone.

Acevedo está internado na clínica San Lucas e aguarda nova avaliação médica para receber alta médica – o que pode acontecer hoje. A unidade de saúde está fortemente protegida por forças de segurança do Paraguai.

Dependendo de seu estado de saúde, Acevedo disse que pretende participar do encontro entre o presidente paraguaio e seu colega brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, no dia 3 de maio, em Ponta Porã, na fronteira entre os dois países. Fernando Lugo prometeu aumentar a segurança na cidade com o envio de cerca de 150 soldados.

Fonte: Jornal do Commercio

Avião da Marinha Iraniana sobrevoa USS Eisenhower no Golfo de Omã

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(CNN) - Um avião da Marinha Iraniana se aproximou na semana passada do Porta-Aviões USS Einsenhower, no Golfo de Omã, voando a menos de 100 metros de altitude, disse na última quarta-feira um oficial americano.

O incidente aconteceu na última semana quando o Irã estava iniciando uma série de exercícios militares na região para exibir seu poder militar.

O USS Einsenhower estava em serviço no Golfo de Omã, norte do Mar Árabe, em apoio ao esforço de guerra no Afeganistão quando uma aeronave de patrulha da Marinha Iraniana surgiu nos radares e ficou sobrevoando o Golfo a cerca de 900 metros do Porta-Aviões.

O encontro não foi ameaçador, mas incomum. Navios americanos têm encontrado nos regularmente nos últimos anos aeronaves iranianas no Golfo Persa, mas no Golfo de Omã não é tão comum.

Os oficiais que deram essas informações se recusaram a se identificar devido a sensível relação com as forças iranianas.

Almirante Gary Roughead, alto oficial da Marinha Americana, confirmou o incidente do dia 21 de abril. Os iranianos "não foram provocativos ou ameaçadores. Enquanto eles estiverem sendo profissionais não estão nos ameaçando, é espaço aéreo internacional."

Os radares do USS Einsenhower e de outros navios americanos na área detectaram a aproximação da aeronave e a acompanharam enquanto ela se aproximava do Porta-Aviões. Um oficial americano disse que a aeronave estava sendo acompanhada por unidades americanas a cerca de 160 km antes de chegar no USS Einsenhower.

A aeronave iraniana era um Fokker F27 desarmado. Ficou sobrevoando a área envolta do navio por cerca de 20 minutos e depois foi embora. O USS Einsenhower havia acabado de encerrar algumas operações aéreas e de reabastecimento.

Oficiais americanos disseram que acreditam que os Iranianos queriam olhar de perto o navio americano, mas não sabem dizer se eles tiraram fotos do Porta-Aviões.

Eles também enfatizaram que os recentes encontros com forças navais e aéreas iranianas tem sido profissionais e sem nenhum problema, e que a Marinha Americana tem tomado todo o cuidado para se manter fora do caminho das forças iranianas na região.

Fonte: CNN

Brasil no foco do interesse da Airbus, Boeing e Embraer

País provoca disputa entre Airbus, Boeing e Embraer

As grandes fabricantes de aeronaves prometem uma boa disputa pelo mercado brasileiro nos próximos anos. A Embraer planeja aumentar sua participação na venda de jatos com até 100 assentos às grandes companhias aéreas locais e as concorrentes estrangeiras de peso, como Airbus e Boeing, também pretendem lutar por sua fatia no bolo. Um levantamento realizado pela Airbus alega ter identificado um potencial de negócios de cerca de US$ 60 bilhões no Brasil, o que corresponderia a adicionar 510 novos aviões com capacidade de 110 a 140 assentos à frota local nos próximos 20 anos — considerando-se tanto a renovação quanto a inclusão de novas unidades.

No Brasil, a Airbus contabiliza 70 pedidos de aviões a serem destinados à TAM Linhas Aéreas, e três, à Avianca Brasil.

A Boeing também confirma o interesse no País e informa que o Brasil representa pelo menos 40% dos seus negócios na região

Fonte: DCI

Depois de 40 anos desaparecido robô soviético 'Lunokhod 1' é localizado



Os robôs soviéticos Lunokhod 1 e 2 mediam 2,3 metros de comprimento por 1,5 metro de altura. Os dois levavam uma carga extremamente preciosa para os cientistas: um refletor de laser que é um elemento essencial para pesquisas sobre a Teoria da Relatividade de Einstein.[Imagem: UCSD]

Lunokhod e seu refletor

Uma equipe de físicos e astrônomos localizou o robô soviético Lunokhod 1, enviado para a Lua na missão Luna 17, da extinta União Soviética, há mais de 40 anos.

Várias equipes de cientistas ao redor do mundo rastrearam o robô inúmeras vezes, interessados em uma carga extremamente preciosa que ele levava a bordo, um refletor de laser que é um elemento essencial para pesquisas sobre a Teoria da Relatividade de Einstein.

A sonda Luna 17 pousou na Lua no dia 17 de Novembro de 1970, liberando o Lunokhod 1, que fez suas pesquisas até o dia 14 de Setembro de 1971, quando os cientistas soviéticos perderam contato com ele.

Perdido na Lua

Nenhuma das equipes teve sucesso em localizar o robô e seu refletor, e a maioria dos cientistas havia desistido de encontrar o Lunokhod 1. Menos a equipe do Dr. Tom Murphy, da Universidade da Califórnia, em San Diego.

Suas expectativas aumentaram quando a sonda LRO, da NASA, começou a enviar imagens de alta resolução da Lua, que permitiram visualizar os restos da missão Apollo.

O Lunokhod 1 foi localizado em uma das imagens como um pequeno ponto iluminado, a quilômetros de distância de onde os cientistas procuravam, com base em cálculos que levavam em conta o local de pouso da Luna 17 e os registros dos últimos sinais de rádio enviados pelo robô.

"Acontece que estávamos procurando cerca de uma milha da posição real do robô," disse Murphy. "Nós conseguíamos varrer apenas uma região do tamanho de um campo de futebol de cada vez. As imagens recentes da LRO, juntamente com a altimetria laser da superfície, nos deram coordenadas com precisão de 100 metros. Então tivemos que esperar apenas até termos o telescópio em boas condições de observação."

Refletores de laser na Lua




O Lunokhod 1 foi localizado em uma das imagens da LRO como um pequeno ponto iluminado, a quilômetros de distância de onde os cientistas procuravam, com base em cálculos que levavam em conta o local de pouso da Luna 17 e os registros dos últimos sinais de rádio enviados pelo robô. [Imagem: NASA/GSFC/Arizona State University]

Os cientistas procuram por desvios na teoria da relatividade geral de Einstein medindo o formato da órbita lunar com uma precisão de um milímetro.

Isto é feito medindo o tempo que leva para que a luz de um laser disparado da superfície da Terra reflita-se em refletores ópticos deixados na Lua pelos astronautas da missão Apollo.

A temporização precisa da reflexão do laser permite o cálculo da distância e o desenho da órbita da Lua com grande precisão.

"Nós utilizamos os três refletores instalados na Lua pelas missões Apollo 11, 14 e 15," explica Murphy, "e, ocasionalmente, o refletor a bordo do robô soviético Lunokhod 2, embora ele não funcione bem o suficiente quando está iluminado pela luz solar."

Centro da Lua

Mas há grandes vantagens em contar com um quinto refletor, e é por isso que a busca pelo Lunokhod 1 ocupou tantos cientistas ao longo dos últimos 40 anos.

São necessários três refletores para determinar a orientação da lua. Um quarto acrescenta informações sobre a distorção imposta pelas marés, e um quinto daria informações precisas sobre o ponto no espaço equivalente ao centro da Lua.

"O Lunokhod 1, devido à sua localização, alavancaria a compreensão do núcleo líquido da Lua, e nos daria uma estimativa precisa da posição do centro da Lua, que é de suma importância para mapear sua órbita e testar a teoria da gravidade de Einstein," explica Murphy.

As primeiras observações permitiram determinar a posição do refletor com precisão de um centímetro. Os cientistas esperam melhorar essas medições ao longo dos próximos meses, para dar a precisão necessária aos estudos da teoria da relatividade.

Fonte: Site Inovação Tecnológica - Noticias Sobre Aviação

Militares fazem simulação de combate em Santa Maria



Operação Bumerangue é realizada no Centro de Instruções

O Campo de Instruções de Santa Maria (Cism), na Região Central, recebe, desde esta terça-feira, 150 militares do 25º Batalhão de Infantaria Paraquedista. O contingente veio do Rio de Janeiro para realizar simulações de combate. Nesta quarta-feira, foi feita a etapa de manutenção de um território ocupado.

O objetivo da atividade, que segue nos próximos dias, é ambientar os militares à ação em diferentes regiões do país. Uma aeronave vinda do Rio de Janeiro deve chegar na sexta-feira para a realização de saltos de paraquedas.

FONTE: Zero Hora

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Lula afasta hipótese de enriquecer urânio do Irã no Brasil





O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta quarta-feira que o Brasil não considera a possibilidade de enriquecer o urânio iraniano em território brasileiro.

“O Brasil não trabalha com a hipótese de ser depositário do urânio do Irã”, disse o presidente, logo após um encontro com o presidente venezuelano, Hugo Chávez, em Brasília.

Segundo Lula, essa tarefa deve ser desempenhada por países “mais próximos” geograficamente do Irã.

No ano passado, a AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica, ligada à ONU), com o apoio de vários países, apresentou ao Irã uma proposta que prevê a entrega de urânio iraniano levemente enriquecido a um terceiro país, que ficaria responsável por transformá-lo em combustível antes que ele fosse devolvido a Teerã.

Rússia e Turquia têm sido as mais cotadas a desempenhar esse papel, mas recentemente o Brasil também passou a ser citado como uma opção.

Invasão

Lula também disse que não reconhece a “hipótese” de que forças americanas invadam o Irã, caso prossiga o impasse envolvendo o programa nuclear iraniano.

Os Estados Unidos e outros países suspeitam que o Irã está procurando desenvolver armas atômicas, mas Teerã alega que o seu programa nuclear tem fins pacíficos.

"Não vejo hipótese nem oportunidade política de os Estados Unidos invadirem o Irã. Isso nunca foi discutido nos fóruns multilaterais, nem no Conselho de Segurança da ONU", disse o presidente.

Não vejo hipótese nem oportunidade política de os Estados Unidos invadirem o Irã. Isso nunca foi discutido nos fóruns multilaterais, nem no Conselho de Segurança da ONU.

Luiz Inácio Lula da Silva

Segundo ele, o governo brasileiro espera "convencer" o Irã a não dar um passo adiante para construir uma bomba nuclear.

"O Brasil tem tamanho e grandeza para jogar esse papel no mundo", disse o presidente, referindo-se às tentativas do governo brasileiro na intermediação de um acordo com Teerã.

"Cuida de conflitos quem tem experiência de paz, como o Brasil", acrescentou.

Amorim

Lula disse que ainda não teve retorno sobre a viagem de dois dias do chanceler Celso Amorim a Teerã e que os dois deverão discutir o assunto pessoalmente, quando o ministro chegar.

Na terça-feira, durante a visita a Teerã, Amorim também falou sobre a possibilidade de o Brasil enriquecer o urânio do Irã e afirmou que o país poderia analisar a hipótese.

"Até o momento, não houve uma proposta. Mas se recebermos essa proposta, ela seria examinada", disse Amorim.

Clique Leia mais na BBC Brasil: Irã tem que dar garantias sobre programa nuclear, diz Amorim em Teerã

Durante a visita ao Irã, Amorim se encontrou com o presidente do Parlamento iraniano, Ari Larijani, com o chanceler do país, Manouchehr Mottaki, e com o presidente, Mahmoud Ahmadinejad.

O chanceler voltou a defender o diálogo como a melhor saída para o programa nuclear do país e afirmou que encerrou sua missão no país de forma “mais otimista” sobre um acordo para evitar as sanções.

Apesar do apoio a uma saída diplomática ao impasse, Amorim afirmou que o Irã tem que garantir à comunidade internacional que seu programa não tem objetivos militares.

"O Irã deve ter o direito de manter atividades nucleares pacíficas, mas a comunidade internacional deve receber garantias de que não haverá violações nem desvios para o uso em fins militares", afirmou o ministro.

"Na maioria das vezes, por algum motivo, pode haver dúvidas e até suspeitas. Mas o que o Brasil diz é que todas essas ambiguidades precisam ser eliminadas."

O senhor das armas & a resposta da FAB




No sábado 17, a Aeronáutica apresentou em Porto Velho (RO) os três primeiros exemplares de um lote de 12 helicópteros MI-35 comprados da Rússia por US$ 363 milhões (R$ 635 milhões). Equipados com canhões, mísseis e bombas, são sofisticadas máquinas de guerra que vão operar no patrulhamento da Amazônia. Desde que o contrato começou a ser negociado em 2005 até o voo inaugural, a FAB manteve silêncio incomum sobre o negócio. O sigilo ajudou a encobrir a presença constante na mesa de negociações de um ex- membro da própria FAB: o brigadeiro da reserva Wilson José Romão, que, apenas dez anos depois de abandonar a farda, se tornou um dos mais poderosos comerciantes de armas do Brasil. Dono da empresa de assessoria Logitec, diretor da Abimde – o sindicato da indústria bélica – e com relações no Comando da Aeronáutica, Romão tem aproveitado como poucos o boom de investimentos no setor e a ampliação das ambições geopolíticas nacionais.

Além do contrato dos MI-35, feito com a ajuda de um mercador de armas paquistanês chamado Shehzad Shaikh, Romão está por trás da venda de 100 mísseis da Mectron para o Paquistão, num negócio de 85 milhões de euros (R$ 200 milhões). Ele acaba de intermediar a venda de paraquedas para a Venezuela e mantém conversações com Colômbia, Equador, Peru e Chile. Além da Mectron, Romão representa os interesses das empresas brasileiras CBC, Equipaer, Condor, Imbel e Engepron. O brigadeiro ainda tentou emplacar a venda para o Brasil de helicópteros de transporte MI-171 e torce pelo cancelamento do programa F-X2 para a compra de 36 aviões de combate, na esperança de reabilitar o caça russo Sukhoi na disputa. Nada mal para um brigadeiro duas estrelas. “Fui diretor da Divisão de Material Bélico da FAB. Estou apenas usando minha experiência. Se eu não trabalhar, morro”, argumenta.

Em tese, não há nenhum crime no fato de Romão ter constituído uma empresa especializada na venda de armas e equipamentos militares e ganhar dinheiro com os negócios que faz. O problema é que na própria Aeronáutica a atuação do militar da reserva é vista com desconfiança por seus ex-colegas de farda. Muitos admitem, abertamente até, que no caso da compra dos helicópteros de combate MI-35, o governo brasileiro poderia ter economizado, no mínimo, algo próximo a US$ 20 milhões, se não houvesse a participação de intermediadores.

A FAB não encontra explicação, por exemplo, para a triangulação feita por Romão com o comerciante paquistanês Shaikh na venda dos MI-35. “O Romão ficava calado e o Shaikh fazia umas ligações para Moscou. Sinceramente, não sei o que eles estavam fazendo ali”, questiona o brigadeiro Edgar de Oliveira Jr., chefe do Centro Logístico da Aeronáutica. Indicado pelo comandante Juniti Saito para coordenar e fiscalizar as negociações com os russos, Oliveira Jr. garante que “tudo poderia ter sido tratado diretamente com a Rosoboronexport”, a gigante estatal russa de defesa. Shaikh é um dos maiores comerciantes de armas do mundo, com ligações em praticamente todos os países interessados em equipar-se militarmente. Atuan do intimamente com a indústria bélica russa, esteve no Brasil na semana passada acompanhando o presidente Dimitri Medvedev. No Brasil seu parceiro de negócios é Romão.

As comissões para esse tipo de negócio variam entre 2% e 3%. Fazendo as contas, o contrato dos MI-35 teria rendido US$ 11 milhões (quase R$ 20 milhões) em comissões aos intermediários. “Isso é uma injustiça”, disse Romão à ISTOÉ., referindo- se às suspeitas levantadas sobre sua atuação “Tudo o que eu ganho está declarado. Pago meus impostos”, garante.

Por: Claudio Dantas Sequeira - Isto É

O que significa flexibilizar o Mercosul?




A idéia de flexibilizar o Mercosul por meio da regressão a uma área de livre comércio representa, na prática, uma maneira de reabrir a discussão sobre tratados de livre comércio e fomentar o retorno da Área de Livre Comércio das Américas (Alca). Com o ingresso da Venezuela o Mercosul passará a contar com uma população de 270 milhões de habitantes, PIB de US$ 2,3 trilhões e território de 12,7 milhões de quilômetros quadrados, da Patagônia ao Caribe.

Não há precedente de experiência integracionista mais exitosa da região, fruto do trabalho de sucessivos e diferentes governos democráticos nos últimos vinte anos. A idéia de flexibilizar o Mercosul por meio da regressão a uma área de livre comércio representa, na prática, uma maneira de reabrir a discussão sobre tratados de livre comércio e fomentar o retorno da Área de Livre Comércio das Américas (Alca).

Essas iniciativas são incompatíveis com o Mercosul. O que está novamente em discussão são projetos diferentes para a América Latina. As críticas ao bloco estão eivadas, como sempre, de ideologia e desinformação. Não corresponde à realidade, por exemplo, a acusação de que o Mercosul engessa as negociações comerciais. O acordo de comércio preferencial Mercosul-Índia, assinado em 2005, está vigente desde 1º de junho de 2009. Trata-se do primeiro acordo comercial extraterritorial do Mercosul, com preferências tarifárias fixas para cerca de 900 produtos.

As negociações iniciais de um acordo comercial entre o Mercosul e a África do Sul evoluíram para um acordo com a União Sul-Africana (SACU). São 1.076 códigos de concessão do Mercosul e 1.026 da SACU. Assinado em dezembro de 2008 pelo Mercosul e em abril de 2009 pela União Sul-Africana, o acordo está em avaliação nos congressos nacionais.

Na América Latina foram fechados acordos comerciais com Chile, México, Bolívia, Comunidade Andina de Nações e Cuba. Todos estão em vigor. O acordo entre Mercosul e Israel, já aprovado pelo Uruguai, tem previsão de aprovação pelos demais países em 2010. Em dezembro de 2009, os presidentes dos Estados Partes aprovaram resolução para retomar as negociações entre o Mercosul e a União Européia. As negociações iniciais podem evoluir, em 2010, para a realização de uma inédita Cúpula Mercosul – União Européia.

Estes acordos beneficiam o país como um todo. As exportações brasileiras para o Mercosul possuem alto valor agregado, sendo 92% de produtos manufaturados, 3% de semifaturados e 5% de produtos básicos. Segundo a Secretaria de Comércio Externo/MDIC, de janeiro a março de 2010 o estado de São Paulo exportou para o Mercosul US$ 1,9 bilhão.

O bloco representa o segundo destino das exportações paulistas, atrás apenas da União Européia. A Argentina é o primeiro parceiro comercial dos empresários paulistas (US$ 1,6) e supera os Estados Unidos (US$ 1,0) na segunda posição. A questão é que enquanto outros países da América Latina optaram pelos tratados de livre comércio com os EUA, o Mercosul tem apostado na via da integração regional, e é isto o que o torna alvo de críticas dos adversários.

Em 2009, apesar das condições adversas geradas pela crise financeira mundial, as negociações comerciais do Mercosul não foram paralisadas. Prosseguiram os entendimentos para a eliminação da dupla cobrança da tarifa externa comum e para a adoção de um código aduaneiro comum. Essas negociações são complexas.

A Europa levou meio século para chegar ao estágio de união monetária. No Mercosul, desde 2008, está em vigor o Sistema de Pagamentos em Moedas Locais (SML) entre Brasil e Argentina. Em dezembro de 2009, o Uruguai anunciou a sua adesão ao Sistema. Esta é a base de uma futura integração monetária. O sistema permite a realização de operações de comércio exterior em pesos ou reais, sem necessidade de conversão ao dólar, e reduz os custos das transações comerciais.

A via de regressão a uma área de livre comércio é a forma mais rápida para acabar com o Mercosul e fomentar a volta da Alca. É uma ilusão imaginar que, por essa via, se alcançará a expansão do comércio brasileiro.

Os primeiros anos do Mercosul foram marcados pela liberalização dos mercados dos países membros, o que resultou em um vigoroso impulso comercial intra-bloco. Para sustentar o aumento do comércio decorrente desse impulso inicial são necessárias ações positivas de integração produtiva, investimentos em infra-estrutura e combate às assimetrias.

A expansão do comércio depende de mais e melhor integração, e não o contrário. É por isso que foi criado em 2004, e regulamentado em 2005, o Fundo de Convergência Estrutural e Fortalecimento Institucional do Mercosul (Focem). Este Fundo dispõe de US$ 100 milhões anuais, por um período de dez anos, para investir em projetos de infra-estrutura. Atualmente existem 25 projetos aprovados, orçados em quase Us$ 200 milhões. O Brasil contribui com 70% desse montante, a Argentina 27%, o Uruguai 2% e o Paraguai 1%. Os recursos são destinados a projetos como transmissão de energia, construção e recuperação de estradas, qualificação de fornecedores da cadeia produtiva do petróleo e do gás, entre outros.

Na área da inclusão social há projetos de construção de moradias populares, apoio às micro, pequena e média empresas, fomento à economia solidária, apoio às cooperativas de resíduos sólidos, entre outros. Paraguai e Uruguai são os principais beneficiários. O Brasil apresentou projeto de criação da biblioteca da Universidade da Integração Latino America (Unila) e do Instituto Mercosul de Estudos Avançados, também ligado à Universidade. O Focem desapareceria numa zona de livre comércio.

Flexibilizar o Mercosul significa também congelar a implementação de políticas sociais nas áreas da saúde, educação, cultura, emprego, combate ao trabalho infantil, igualdade de gênero, defesa e promoção dos direitos humanos, meio ambiente, agricultura familiar, segurança alimentar, fomento às cooperativas, juventude, segurança regional, livre circulação de pessoas, previdência social, comunicação, turismo, esporte, entre outras.

O Mercosul hoje possui ações positivas em todos essas áreas, com resultados tangíveis que beneficiam milhares de cidadãos brasileiros como a contagem do tempo de serviço em qualquer um dos Estados Partes para efeito de aposentadoria; o atendimento médico em cidades de fronteira; a harmonização das políticas de aquisição e distribuição de medicamentos; a promoção de políticas comuns de equidade de gênero; acesso ao fundo de garantias da pequena e média empresa; acesso ao fundo da agricultura familiar; a promoção da Agenda 21 do Mercosul; o apoio à expansão dos Pontos de Cultura para o Mercosul; a cooperação na área de segurança pública; a promoção da agenda do trabalho decente, entre outras.

Flexibilizar o Mercosul significa suspender o funcionamento do Instituto Social do Mercosul, adiar a instituição da Comissão de Coordenação de Ministros de Assuntos Sociais do Mercosul e interromper as discussões sobre o Plano Estratégico de Ação Social do Mercosul. Esses novos organismos foram criados tendo em vista a formulação de políticas de desenvolvimento social harmônico no bloco. Elas seriam desnecessárias numa zona exclusiva de livre comércio.

O Instituto Social é um exemplo disso. Ele foi criado em 2009 para colaborar tecnicamente na elaboração de políticas sociais regionais, sistematizar e atualizar indicadores sociais regionais, compilar e intercambiar boas práticas em matéria social, promover mecanismos de cooperação e contribuir para a superação das assimetrias entre os países membros.

O Instituto ajudará a implementar o Plano de Ação Social do Mercosul, cujos eixos estratégicos visam promover a erradicação da fome, o combate à pobreza e a ajuda humanitária; os direitos humanos, a participação social, a saúde, a educação, a cultura, a integração produtiva, a agricultura familiar, a economia solidária e as cooperativas.

Flexibilizar o Mercosul significa ainda interromper o processo de integração política levado a cabo pelo Parlamento do Mercosul (Parlasul). A integração política deixou de ser uma utopia para se tornar um imperativo do crescimento econômico e do desenvolvimento social da região. O Parlasul começou a funcionar em julho de 2008, sendo que o Paraguai já elegeu seus representantes pelo voto direto.

Além de aumentar a representatividade e a segurança jurídica do Mercosul, o Parlasul vai agilizar a aprovação dos acordos regionais pelos Congressos Nacionais. Portal Vermelho

Compete ao Parlasul velar pela observância e atualização das normas do Mercosul; relatar anualmente a situação dos direitos humanos nos Estados Partes; receber ao final de cada semestre relatório da presidência pro tempore; convocar audiências públicas e realizar seminários com representantes da sociedade civil; estabelecer intercâmbios com o Foro Consultivo Econômico e Social; propor projetos de normas para o Conselho do Mercado Comum, entre outras iniciativas políticas.

O Parlamento já aprovou resolução de apoio às políticas integradas de tecnologia da informação no Mercosul, à execução de obras viárias para a construção de corredor bioceânico e às políticas comuns de utilização dos recursos do Aquífero Guarani. Flexibilizar o Mercosul significa colocar em risco essas e outras conquistas. É preciso defendê-las, para que futuramente possam ser aperfeiçoadas e ampliadas.

Por Renato Martins - Doutor em Ciência Política pela USP - Via: Blog TERROR DO NORDESTE

CLA lança com sucesso foguete de treinamento

Atividade fez parte da Operação Falcão I, iniciada no último dia 19.




Com as condições favoráveis do tempo, foi lançado, na tarde desta terça-feira (27), Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), o Foguete de Treinamento Básico (FTB), como parte das atividades da Operação Falcão I, iniciada no último dia 19. O foguete, que possui apenas um estágio - quando só há uma câmara de combustão -, três metros de comprimento e pesa 68 kg, alcançou uma altura de 31 km durante o vôo, que durou aproximadamente quatro segundos, e caiu no mar da baía de São Marcos, a 17 km da costa, mais do que o esperado pela coordenação da operação.

O lançamento foi parte de uma série de oito previstos para este ano. Entre eles, estão outros cinco foguetes básicos e dois intermediários, número igual ao que será lançado no Centro de Lançamento da Barreira do Inferno (CLBI), no Rio Grande do Norte.

O foguete, de pequeno porte e não guiado - ou seja, com uma trajetória pré-definida -, foi desenvolvido pela Avibras Indústria Aeroespacial - empresa com sede em São José dos Campos (SP), que também desenvolve componentes para os foguetes Sonda I, Sonda II e Sonda II-C - e possui tecnologia 90% nacional. Como o foguete não levou carga útil científica, apenas tecnológica - aparelhos que registram e transferem dados como pressão e temperatura para a estação de Telemedidas do CLA -, o foguete não foi resgatado.

A operação desta terça-feira teve como objetivo testar os sistemas operacionais do CLA nas atividades de lançamento e rastreio de foguetes. Para o diretor do CLA e coordenador do projeto "Fogtrein", coronel aviador Ricardo Rodrigues Rangel, o lançamento foi um sucesso, conforme afirmou em entrevista coletiva à Imprensa logo após o lançamento. "[Este lançamento] corresponde à retomada da operacionalidade do CLA. Estamos com mais quatro lançamentos previstos para este ano e o sucesso desse lançamento corresponde ao quinto lançamento com sucesso desse tipo de veículo. [...] Esse veículo, nesse lançamento, permitiu, mais uma vez, o treinamento de todos os meios operacionais do Centro [radares, telemetria e equipamentos de solo]", disse.

Além do treinamento do quadro efetivo do CLA, a operação visa à certificação do foguete, que, segundo o diretor do CLA, está em fase final de certificação. A cada lançamento, como o que ocorreu hoje, os lotes de fabricação dos foguetes são aprimorados. No início do segundo semestre, o CLA irá lançar um foguete intermediário, com capacidade de levar, ao espaço, cargas maiores. A meta do programa espacial brasileiro é manter o ritmo de um lançamento a cada dois meses no CLA.


Futuro

lançamento de hoje contou com convidados especiais. Eram os estudantes do primeiro curso de Engenharia Espacial do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), em São José dos Campos, que irão se formar em dezembro de 2012. Eles assistiram, com atenção, a cada etapa do lançamento. Para o brigadeiro engenheiro Maurício Pazini Brandão, que participou da operação, eles são o futuro do programa espacial brasileiro. "Nós buscamos desenvolver um programa espacial nosso, razão pela qual soberania é importante. Para crescer o nosso programa, precisamos contratar pessoas, nós precisamos de muitos engenheiros, muitos técnicos, e todos eles muito preparados, razão pela qual nós estamos investindo na formação de pessoal para o futuro", afirmou.

De olho no futuro, eles sonham em já estar trabalhando nos próximos lançamentos. Só o Veículo Lançador de Satélites (VLS) possui três datas previstas para lançamento: 2012, 2013 e 2014. O lançamento do Cyclone-4, a partir de uma parceria entre o Brasil e a Ucrânia, que deu origem à empresa Alcantara Cyclone Space (ACS), está previsto para ocorrer daqui a dois anos.

Até lá, o CLA pretende criar uma rotina de lançamentos como o do FTB para estar, nos próximos anos, entre os melhores centros de lançamento do mundo, no que diz respeito ao treinamento de tecnologistas, uso de equipamentos e infraestrutura.

Fonte: imirante.com

Exército compra caminhões da MAN Latin America

Trinta e cinco veículos 4X4 em versão militarizada já operam na Missão da ONU no Haiti, ajudando na reconstrução e segurança do país.




O Exército Brasileiro terá 312 caminhões Worker 15.210 4X4 em versão militarizada até o final deste ano. As compras, iniciadas em 2007, seguem um cronograma que prevê 178 unidades a serem entregues em 2010. Do total de caminhões, trinta e cinco já operam na Missão da Organização das Nações Unidas - ONU no Haiti, onde o Brasil lidera as operações de reconstrução e segurança do país. Outros 30 veículos seguirão para Porto Príncipe, a capital haitiana, nos próximos meses.

- Temos informações do Comando do Exército Brasileiro de que os caminhões da MAN Latin America estão tendo o desempenho esperado: enfrentando condições extremas, por cidades destruídas pelo terremoto que desabrigou boa parte da população. Além disso, os veículos também são utilizados em manobras e operações das Forças Armadas em território brasileiro - diz Roberto Cortes, presidente da MAN Latin America.

No Haiti, os caminhões Worker 15.210 4X4 a serviço do Comando Militar Brasileiro têm sido utilizados no transporte de tropas, alimentos e remédios, além de participar dos comboios de patrulhamento em bairros onde a população enfrenta a violência urbana e as precárias condições de sobrevivência. O Exército Brasileiro exige que um veículo desse tipo seja robusto o bastante para operar por pelo menos 15 anos em sua frota.


Desenvolvimento brasileiro

Para aprovar o Worker 15.210 4X4, o Exército o submeteu a rodagens por terrenos arenosos, alagados e com lama, além de manobras de embarque aéreo e marítimo, transporte de pontes, uso de biodiesel em mistura B2 (2% de mistura ao diesel convencional) e até testes de balística, conferindo a resistência da cabine a estilhaçamentos. A frota Volkswagen no Haiti tem assistência técnica dos mecânicos do próprio Exército, treinados juntamente com os motoristas pela MAN Latin America. Os itens de manutenção foram embarcados para o país caribenho nos próprios caminhões.

Com superfície de 27.750 km², o Haiti ocupa o terço oeste de Hispaniola, a segunda maior ilha das Grandes Antilhas, no Mar do Caribe. A República Dominicana ocupa os outros dois terços dessa ilha. A Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti - MINUSTAH - foi criada pelo Conselho de Segurança da Organização em 30 de abril de 2004. Os objetivos são os de estabilizar o país, pacificar e desarmar grupos guerrilheiros e rebeldes, promover eleições livres e promover o desenvolvimento institucional e econômico. O trabalho foi intensificado devido aos danos causados pelo terremoto que sacudiu o país em 12 de janeiro passado.

O Brasil assumiu o comando das operações no Haiti por possuir o maior contingente militar na operação. Também participam da missão: Argentina, Benin, Bolívia, Canadá, Chade, Chile, Croácia, França, Jordânia, Nepal, Paraguai, Peru, Portugal, Turquia e Uruguai.

Fonte: Diário do Vale

terça-feira, 27 de abril de 2010

Militares holandeses usam selva de vizinho do Brasil como campo de treinamento

A Holanda pode ter abandonado o controle deste país sul-americano em 1975, mas um dia no mês passado parecia que nunca o havia deixado, enquanto o sargento-major Bart Cobussen explicava técnicas de matar na selva do Suriname para dois pelotões holandeses acampados aqui.

"Para começar, vocês precisam ser sujos, fedorentos e dormir em um lugar muito desconfortável", disse Cobussen, 47, que dirige o curso de guerra na selva do Corpo Real de Fuzileiros Navais da Holanda. "O Suriname é o lugar perfeito para alcançar essas condições, colocando-nos em belas atividades como patrulha, emboscada e seis dias de tiroteios ao vivo."

Essas atividades podem parecer bonitas para os fuzileiros holandeses, mas no Suriname ainda provocam suspeitas sobre as intenções da antiga potência colonial. Depois de uma visita este ano do ministro da Defesa holandês, Eimert van Middlekoop, jornais da capital, Paramaribo, especularam erroneamente que a Holanda estava planejando estabelecer uma base militar no país.

Em um esforço para afastar esses boatos, os fuzileiros holandeses organizaram o que eles chamaram de "dia VIP", convidando autoridades de alto nível dos militares locais, alguns embaixadores estrangeiros e até alguns jornalistas para informá-los sobre seu curso de guerra na selva.

"Não temos absolutamente qualquer agenda secreta no Suriname", disse a embaixadora holandesa, Tanya van Gool, aos convidados na viagem ao encontro dos fuzileiros navais. "Algumas pessoas acham que estamos montando uma base ilegal. Definitivamente não estamos."

Os VIPs (e os nem tanto), que incluíam os embaixadores da China, França e Indonésia, chegaram ao local todos concordando em uníssono.

Mas alguns murmuraram perguntas entre si enquanto o ônibus chacoalhava pela estrada esburacada de Paramaribo a Pikin Saron. Por que os holandeses, aparentemente tão amantes da paz, estão preocupados com a guerra na selva? Por que no Suriname, um dos países menos conhecidos da América do Sul? E como é o curso, afinal?

As respostas, quando elas vieram de Cobussen e outros militares holandeses, foram uma janela sobre as relações da Holanda com o Suriname e o caminho às vezes árduo enfrentado pelos holandeses para tentar parecer uma nação pós-colonial culturalmente sensível.

Esforçando-se para manter total transparência, os instrutores da marinha mandaram seus soldados construir uma sala de aula ao ar livre com madeira velha em uma clareira na floresta tropical. De um púlpito modesto, eles envolveram os visitantes em uma animada discussão sobre o que os trouxe aqui.

"Cerca de 70% dos conflitos mundiais nos últimos 30 anos ocorreram em áreas de selva", disse o major Eric Piwek, 34, que trouxe a 31ª Companhia de Infantaria de Fuzileiros-Navais holandeses de sua base nas Antilhas Holandesas. "Portanto, devemos estar preparados para entrar nesses lugares infelizes para ajudar a solucionar as coisas."

Endurecer os militares holandeses para missões no exterior tornou-se uma prioridade depois que tropas holandesas que serviam com a ONU em Srebrenica, na Bósnia-Herzegovina, foram amplamente acusadas de não impedir os sérvios de massacrar cerca de 8 mil bósnios muçulmanos em 1995.

Desde então o governo holandês enviou tropas para o Afeganistão, a Etiópia e a Libéria. Em maio a Holanda deverá mandar cerca de 60 militares para o leste do Chade e a República Centro-Africana como parte de uma missão da UE para oferecer segurança aos campos de refugiados do Sudão.

Mas os embaixadores que caminhavam pela selva nessa recente manhã de terça-feira estavam concentrados em questões menos elevadas. Depois de ouvir que animais silvestres como macacos, porcos-do-mato e capivaras são comidos por tribos indígenas perto de Pikin Saron, o embaixador chinês, Su Ge, fez uma pergunta:

"Vocês caçam durante o curso?", perguntou Su, cujo país está construindo uma grande embaixada nos arredores de Paramaribo. Com certo embaraço, o oficial holandês respondeu afirmativamente, explicando que a caça é permitida mas somente durante a breve parte do curso que trata de sobrevivência.

Os holandeses não são os únicos europeus que aperfeiçoam suas técnicas de combate nesta parte da América do Sul. Na Guiana Francesa, aonde a França antigamente bania seus piores condenados, a Legião Estrangeira dirige sua própria escola de guerra na selva. Até começarem seu curso, alguns anos atrás, os holandeses mandavam alguns de seus soldados para lá.

Mas o treinamento com os legionários era diferente, com instruções em francês e saudações à bandeira francesa. "Os franceses faziam as coisas a sua maneira, bebiam seu vinho e comiam seu pão na selva", disse Cobussen, o instrutor do curso, com um ligeiro sorriso. "Nós preferimos aqui."

No Suriname, onde a Holanda permanece entre os principais doadores de ajuda, as tropas encontram a rara facilidade de falar sua própria língua, que ainda é a língua oficial. A Holanda paga ao governo do Suriname em equipamento como caminhões e barracas (nada de armas, por favor, enfatizam os holandeses) pelo direito de mandar 60 soldados para cá duas vezes por ano, por períodos de aproximadamente um mês.

Em uma medida dos desafios do curso, cerca de 10% desistem. Mas isto não é "Full Metal Jacket" (referência a "Nascido para Matar", filme de Stanley Kubrick). Para os que perseveram, os oficiais aliviam as coisas trazendo um capelão da marinha, o reverendo Fred Omvlee, cujos serviços giram em torno do repertório de gospel de Elvis Presley. Antes de terminar, as tropas também ganham uma folga de 48 horas, passada com estilo em um dos melhores hotéis de Paramaribo, o Torarica.

As autoridades militares do Suriname pareciam se divertir com a visita ao curso, um dia que culminou quando os embaixadores puderam disparar rifles de assalto M-16 contra alvos na selva. Os surinameses passaram a maior parte do dia conversando em português com o adido militar brasileiro, sendo sua fluência uma conseqüência dos cursos para oficiais no país vizinho.

De fato, os laços militares com a Holanda pareciam uma distração comparados com o treinamento no Brasil, a ajuda e o equipamento fornecidos aos militares locais pela China e um recente acordo com os EUA para testar veículos militares americanos no Suriname.

Entre baforadas de cigarro, o major R.J. Martopawiro, do exército surinamês, refletiu sobre o curso de guerra na selva como uma espécie de estranho legado dos fortes laços que o Suriname já teve com a Holanda. "Pensando bem", disse Martopawiro, "realmente não prestamos mais muita atenção nos holandeses."

Simon Romero
Em Pikin Saron, Suriname


FONTE: The New York Times
Extraido Site ABIN (Agencia Brasileira de Inteligencia)

A função do Porta-aviões São Paula Na Marinha Do Brasil




Antecedentes
A compra pelo Brasil, no início da década, do antigo porta-aviões francês, Foch, pode parecer numa primeira análise, uma simples substituição do antigo porta-aviões A-11 Minas Gerais, no entanto, esta aquisição levanta algumas perguntas curiosas sobre quais os objectivoe brasileiros a médio e a longo prazo, no que respeita ao seu posicionamento geoestratégico, quer na América do Sul, quer no Mundo.




Em 1943, um raide alemão, provocou em apenas algumas semanas um numero elevado de baixas e de navios destruidos: Só mais de um ano depois de entrar na guerra, foi possível uma acção de sucesso contra os submarinos alemães.
Desde a segunda guerra mundial que o Brasil sentiu a necessidade de proteger a sua extensa costa marítima. Não dispondo de uma rede de estradas, nem de caminhos de ferro desenvolvida, o Brasil dependia tremendamente da navegação de cabotagem, e da ligação por navio entre as várias capitais estaduais do nordeste, todas cidades marítimas e o sul, Rio de Janeiro e Santos, no estado de São Paulo. Na prática, o Brasil era uma espécie de grande arquipelago, cujas partes comunicavam entre si por barco.
O Brasil entrou na segunda-guerra mundial dm 1942, ainda as tropas de Hitler marchavam seguras da vitória final através das planícies da Ucrania em direcção a Estalinegrado.
A entrada do Brasil na guerra está também directamente ligada à acção de submarinos alemães nas águas do nordeste brasileiro, que levaram à morte de mais de 600 pessoas em apenas alguns dias pelo submarino alemão U507.
Durante o conflito, e enquanto a guerra se desenvolvia no Atlântico Norte, o Brasil potenciou a sua capacidade de defesa anti-submarina com aeronaves fornecidas pelos Estados Unidos, entre as quais os hidroaviões PBY-5 Catalina-II, e os Lockeed A-28A Hudson, e com o apoio directo das forças americanas.
As acções alemãs, foram efectuadas ao melhor estilo de ataque de lobo solitário (por oposição aos ataques em matilha) tendo os alemães efectuado ataques ao longo de toda a costa brasileira.

A-11 Minas Gerais

Com o fim da guerra, o problema alemão desapareceu. A rede de estradas do Brasil desenvolveu-se e a navegação de cabotagem deixou de ser tão importantemas no entanto, a fragilidade da defesa da costa manteve-se um problema e uma dor de cabeça para os estrategas brasileiros.
Com o inicio da guerra fria, mais uma vez o problema do Brasil era a sua dificuldade em dispor de meios em quantidade suficiente para controlar a sua enorme costa marítima. Não podendo recorrer a um grande numero de contra-torpedeiros para luta anti-submarina, por razões de custo, a opção mais lógica foi a aquisição de um porta-aviões construido para a Royal Navy, o HMS Vengeance, baptizado de A-11 Minas Gerais e transferido para a Marinha do Brasil em 1956, após ter completado 11 anos de idade.
O Minas foi modificado e alterado, pois ainda era um navio relativamente moderno, e foi-lhe adicionada um convés de vôo em angulo de 8.5º. A sua única catapulta, com capacidade para lançar aerinaves com 13.640Kg, dava-lhe capacidade suficiente para operar os aviões Tracker, de luta anti-submarina, e as restantes aeronaves que transportava eram helicopteros, igualmente para luta anti-submarina: inicialmente os SH-34 Seabat, e posteriormente os SH-3 Sea-King.
Assim, ao longo da sua história, o Minas Gerais, funcionou como porta-aviões de luta anti-submarina, ou seja, segundo a doutrina utilizada pelos pequenos porta-aviões de escolta da segunda guerra mundial, que tinham como objectivo defender os navios que escoltavam dos predadores submarinos.



A-4 Skyhawk aeronave ligeira de ataque, a reacção
Foi assim, que o Minas Gerais passou pela guerra fria, e também pelo fim da União Soviética. Em 1996, os aviões Tracker deixaram de ser utilizados e o Minas Gerais passou a ser apenas um porta-helicopteros.
Chegado ao fim dos anos 90, e o ano de 2001, já com 56 anos de idade, o Minas Gerais ainda viu no seu convés, aquilo que foi uma novidade para a marinha brasileira, a incorporação, pela primeira vez, de aeronaves de combate a jacto A-4 Skyhawk da Marinha do Brasil com capacidade para operar a partir da sua única catapulta. Porém, e embora o seu estado geral fosse ainda relativamente aceitável, a velocidade máxima do Minas Gerais (24 nós) não era adequada para um porta-aviões que pretendia passar a utilizar aeronaves como o Skyhawk.
Cerca de um ano antes, o Brasil e a França tinham chegado a acordo para transferir para o Brasil o porta-aviões Foch, da classe Clemanceau, que a França desactivou após a entrada ao serviço do seu novo porta-aviões nuclear "Charles De Gaulle". Esta transferência acabou "matando" o Minas Gerais e selando o seu destino.

FONTE : ÁREAMILITAR

Comissão Europeia 'embroma' Portugal e EMBRAER vê fianciamento reduzir



Bruxelas obriga a reduzir ajudas à Embraer em Évora

O projecto do fabricante de aviões Embraer, para a construção de duas fábricas em Évora, aguarda há mais de um ano e meio por uma luz verde da Comissão Europeia, esperando-se que seja desbloqueado com uma redução dos incentivos dados ao grupo brasileiro, noticiou o jornal Público.

Em causa estão dúvidas sobre o investimento envolvido e as ajudas de Estado, ao abrigo das regras europeias de concorrência. Mas as autoridades portuguesas acreditam que o processo será desbloqueado no curto prazo.

O assunto vai ser abordado esta segunda-feira, em Bruxelas, numa reunião em que à mesma mesa irão estar representantes da AICEP Portugal Global, da Embraer e da Direcção-Geral de Concorrência.

A expectativa portuguesa «é a de que o processo possa receber uma decisão favorável, nas próximas semanas, embora com um nível global de incentivos 10 por cento abaixo do inicialmente previsto», diz o jornal no artigo publicado domingo na sua edição electrónica.

Entre Agosto de 2008 e o início de 2010, a Comissão Europeia pediu por quatro vezes informações ao Governo sobre o projecto. As dúvidas, à luz do direito da concorrência, têm sido várias e as correcções já introduzidas ao longo das discussões também.

Uma das principais questões teve a ver com o apoio a duas fábricas num mesmo local: Bruxelas «quis ter a certeza de que não se tratava de um mesmo projecto artificialmente dividido por dois para assim beneficiar indevidamente de mais incentivos do que o limite legal. Essas dúvidas terão sido já resolvidas», refere a mesma fonte.

Em cima da mesa estão 170 milhões de euros de investimentos previstos para a construção das duas unidades e incentivos públicos de cerca de 44 por cento do total: ascendem a 76,5 milhões de euros, incluindo fundos concedidos pelo QREN e benefícios fiscais para o grupo brasileiro.

A construção das duas fábricas da Embraer é um dos principais projectos de investimento estrangeiro que o Governo tem em calendário no âmbito do QREN (Quadro de Referência Estratégico Nacional), o qual irá estar em vigor até ao final de 2013.

Fonte: Diario Digital

Fora do KC-390?: União Europeia questiona financiamento português a EMBRAER







Incentivo de Portugal à Embraer é questionado
União Europeia pode limitar financiamento português a fábricas da empresa brasileira

Acusando sempre seus concorrentes de estarem recebendo subsídios ilegais, é agora a Embraer quem está sob suspeita de se beneficiar de ajuda estatal ilegal e acima do teto permitido na Europa.

A Comissão Europeia não descarta limitar o financiamento dado pelo governo de Portugal para garantir que a Embraer estabeleça uma nova fábrica de aviões em Évora. O projeto deve ser aprovado em junho pelas autoridades europeias, mas o financiamento dado pelo governo português poderá ter de ser reduzido.

As investigações já duram um ano e meio. O problema se refere à participação de recursos do Estado português, o que seria considerado como um subsídio e poderia ser vetado por Bruxelas. As regras da UE proíbem subsídios para a produção industrial. A preocupação da Comissão é de que a Embraer acabe se beneficiando de um financiamento que acabaria distorcendo os mercados. A projeção é de que o pacote de apoio tenha de ser reduzido em pelo menos 10% para ser aprovado.

O projeto prevê investimentos de 170 milhões por parte da empresa brasileira. Já os incentivos dados pelo governo de Portugal chegariam a 44% do valor do projeto, quase 77 milhões. O que a UE questiona é se esse valor não daria condições desleais para que a Embraer possa concorrer nos mercados internacionais, vendendo jatos a preços mais competitivos que os concorrentes.

O projeto é ainda dividido em duas unidades, o que gera dúvidas da UE. Bruxelas teme que essa seja uma forma para justificar o volume de subsídios, enquanto na realidade o projeto é um só. Procurada, a Embraer não se posicionou sobre o assunto.

Encontro. Ontem, a UE realizou o que espera ser a última reunião com o governo de Portugal e a empresa. Segundo Amélia Torres, porta-voz do Comissário de Concorrência da UE, Joaquin Almunia, o encontro serviu para que representantes da companhia esclarecessem "pontos em aberto". "A Comissão finalizará agora a investigação com vista a uma conclusão final, provavelmente durante o mês de junho", disse. Bruxelas admite que o processo de aprovação do projeto tem sido longo. Essa já é a quarta etapa de revisão do investimento. Para o governo português, o assunto é prioridade. Trata-se de um dos maiores projetos estrangeiros no país até 2013. As fábricas serão usadas para a montagem de estruturas metálicas para aviões.

Se a Embraer está sendo alvo de uma investigação, a empresa brasileira também questiona concorrentes na UE. A Embraer entrou em fevereiro com uma queixa contra a União Europeia em Bruxelas por estar ajudando de forma ilegal na construção de um jato da Bombardier. A empresa canadense espera colocar no mercado em três anos sua nova série de jatos, com maior capacidade e 130 lugares. A companhia garante que já está negociando com 60 empresas aéreas de todo o mundo.

O projeto de um novo avião custaria cerca de US$ 3,4 bilhões, dos quais o governo canadense prometeu cerca de US$ 328 milhões, além de mais de US$ 298 milhões do governo britânico, já que parte da produção ocorreria no Reino Unido. Foi isso que levou a Embraer a apresentar a queixa. A preocupação é de que um novo pacote de incentivos esteja sendo usado.

PARA LEMBRAR
Empresas brigam por novo mercado

No início da década, o Brasil ganhou uma disputa na Organização Mundial do Comércio (OMC) contra o Canadá por financiar de forma ilegal suas exportações de jatos. O Canadá retrucou, também obtendo da OMC uma condenação do Brasil por apoiar por meio do BNDES as exportações da Embraer.

O empate levou à negociação de um acordo estabelecendo a forma como os subsídios poderiam ser dados. O temor é de que a Bombardier seja a primeira a desfazer o acordo.

O que está em jogo é um novo mercado bilionário. As empresas estão deixando o mercado de pequenos jatos regionais para disputar o segmento hoje dominado por Boeing e Airbus: aviões com capacidade para 130 passageiros.

Por: Jamil Chade, CORRESPONDENTE/ GENEBRA

O Brasil capitulou?


Já lá vai a posição independente do Brasil. O Acordo de Cooperação na Defesa imposto por Washington a Brasília em 12 de abril enuncia a assimilação do Brasil e uma vez por todas o fim de qualquer flirt com a Rússia sobre as vendas maciças de armas, apesar do fato de que oficiais da Força Aérea Brasileira preferem aviões de combate russos.

Como previsto nesta coluna em 11 de fevereiro deste ano, o Tio Sam está de fato a interferir no Brasil. Apesar do fato de que oficiais da Força Aérea Brasileira têm repetidamente afirmado que preferem o Sukhoi SU-35 BM, como dissemos, “A venda de armas fornece segurança e proteção para o cliente enquanto projectos conjuntos criam empregos e estimulam as economias do comprador e do vendedor. Para o vendedor de contratos, a manutenção e a formação constituem uma porta aberta para o reforço dos laços econômicos e culturais a jusante “(1).

”O que é estranho no Brasil é o fato de que fontes de Pravda.Ru têm indicado que a grande maioria de pilotos e estrategistas da FAB (Força Aérea Brasileira) estão a favor do investimento na plataforma fantástica russa de equipamentos de bordo, tais como o super-Yakovlev YAK -130, excelente para programas de treinamento e operações de patrulha com seu baixo custo de compra e custos de manutenção. Além disso, o Sukhoi T-50, da quinta geração de caças, é a única que pode ser comparada com o F-22 Raptor dos EUA. E por que o Sukhoi SU-35BM, que a FAB preferência, ficou excluído do Programa Brasileiro FX-2?

”O que é o Chefe da FAB, Brigadeiro Sato Junio está jogando? Porque no seu programa FX-2 re-equipamento para a Força Aérea Brasileira é que ele brinca com o sueco Gripen e o avião Rafale francês? Será que alguém influencia o Brasil a não comprar o equipamento russo? E o que é Junio Sato vai afirmar, que a Sukhoi não corresponde às normas e procedimentos do governo brasileiro? (2)”

Agora nós sabemos. Em 12 de abril, o Ministro da Defesa do Brasil, Nelson Jobim, obedientemente, chegou em Washington e firmou sua assinatura no acordo de cooperação de defesa colocado à sua frente pelo Secretário de Defesa dos EUA, Robert Gates.

Os oito artigos do presente acordo confirmam que o Brasil é, de facto, o último país latino-americano a ser assimilado, depois de Colômbia. O acordo inclui as seguintes áreas:

Cooperação em projectos de investigação e desenvolvimento, e (vejam bem) “a aquisição de produtos e serviços de defesa”, a troca de informações, participação brasileira em operações de paz internacionais, exercícios militares conjuntos e entre muitas outras coisas, visitas de navios de marinha.

Assim, o Governo brasileiro assina esse tratado ligando sua Política de Defesa à de Washington, não importa quem vença as próximas eleições. Será que teve a sanção da população brasileira, esse acordo? Se não, será que é Constitucional?

(1) http://www.moscowtopnews.com/?area=listByTag&id=145&path=157

(2) http://english.pravda.ru/russia/economics/09-02-2010/112127-russian_arms_sales-0

FONTE: artigo do noticiário russo Pravda.ru

Refugiados paraguaios enviam dinheiro para as FARC


Três paraguaios com status de refugiado dado pelo governo brasileiro estariam transferindo 30% do que arrecadam com os sequestros no Paraguai para as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc). A ONU promete investigar o caso e determinar por que o Brasil concedeu refúgio aos três.

A acusação do envolvimento dos refugiados com as Farc faz parte do pacote de informações que o Paraguai entregou ontem à ONU, pedindo que ela pressione o Brasil a mudar sua posição. Ontem mesmo, a organização pediu informações para seu representante no Brasil sobre o caso.

Há seis anos, os paraguaios Juan Arrom, Anuncio Martí e Víctor Colmán, ex-integrantes do grupo guerrilheiro Exército do Povo Paraguaio (EPP), receberam refúgio do Brasil, benefício concedido pelo Conselho Nacional de Refugiados (Conare). Com a proteção, eles não podem ser extraditados para o Paraguai. Assunção alega que os três são fundadores do EPP e coordenam as atividades do grupo no Brasil.

Dois deles moram em Curitiba e o outro, em Campo Grande. No sábado, o Congresso paraguaio aprovou, a pedido do presidente Fernando Lugo, o estado de exceção em cinco Departamentos (Estados), para facilitar o combate ao EPP.

Ontem, diplomatas paraguaios se reuniram com o alto comissário de refugiados da ONU, Antonio Guterres, ex-presidente de Portugal.

Agora, Guterres pedirá que seu representante no Brasil prepare um relatório sobre o caso para que se esclareçam os motivos que levaram o País a conceder o status de refugiado.

“É urgente retificar o erro do Brasil, que deu status de refugiado a essas pessoas”, disse Carlos Fleitas, diretor do departamento legal da chancelaria paraguaia. Falando ao Estado, ele qualificou a decisão brasileira de “grave violação”. “A condição de refugiado não pode significar impunidade”, alertou. “Pedimos uma revisão da decisão. Temos provas de que não são perseguidos políticos, mas criminosos.”

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Pilotos da Força Aérea grega fazem protesto e se recusam a voar







Pilotos da Força Aérea grega realizaram um protesto nesta segunda-feira contra a decisão do governo de começar a taxar seus salários, recusando-se a participar de missões não essenciais.

Os pilotos alegaram estarem fisica ou psicologicamente incapacitados para voar – um mecanismo legal para evitar punições, já que as greves são proibidas pelas regras militares gregas.

A decisão do governo integra um pacote de medidas para controlar o grande déficit público da Grécia.

Os pilotos afirmam que a medida causará um prejuízo médio mensal de cerca de US$ 500 (R$ 873) para cada um.

'Inaceitável'

O protesto desta segunda-feira paralisou basicamente missões de treinamento.

Apesar do protesto, caças gregos permaneceram de prontidão no caso de aviões militares turcos voltarem a violar seu espaço aéreo, como ocorre ocasionalmente.

O ministro da Defesa grego, Evangelos Venizelos, classificou o comportamento dos pilotos como inaceitável, sugerindo que, para eles, dinheiro seria mais importante do que as obrigações com a nação.

O especialista em Defesa grega Periklis Zorzovilis disse acreditar ser altamente improvável que os pilotos voltem a realizar protesto semelhante.

Ahmadinejad: Conselho de Segurança da ONU é ’satânico’

O presidente iraniano Mahmoud Ahmadinejad rotulou como “satânico” o Conselho de Segurança da ONU e o direito de veto na posse de seus cinco membros permanentes, segundo a agência iraniana ISNA.

Ahmadinejad, que costuma atacar o Ocidente, disse que o poder de veto na posse dos Estados Unidos, China, Grã-Bretanha, França e Rússia se destinava a “oprimir e destruir a verdadeira natureza da humanidade e são instrumentos satânicos”, segundo a ISNA.

Seus comentários vieram em meio a tensões crescentes na longa disputa entre o Ocidente e a República Islâmica e seu programa nuclear, com os Estados Unidos empreendendo novas sanções da ONU contra o grande produtor de petróleo.

Washington e seus aliados suspeitam que o Irã esteja tentando desenvolver bombas nucleares. Teerã nega a acusação e diz que seu programa nuclear visa gerar energia elétrica.

Um projeto dos EUA para uma quarta rodada de sanções da ONU propõe mais restrições financeiras ao Irã, um embargo de armas, e medidas mais duras contra os navios iranianos, contra membros da Guarda Revolucionária e a proibição de novos investimentos no setor energético iraniano.

Teerã se mantém desafiadora, dizendo que está disposta a trocar seu urânio enriquecido de baixo teor por combustível enriquecido de maior teor no exterior, uma medida que ajudaria a acalmar os receios sobre as atividades de enriquecimento de urânio do Irã, mas insiste que isso aconteça em solo iraniano.

Em outubro, o Irã concordou em princípio enviar urânio pouco enriquecido ao exterior para mais processamento, mas depois disse que o “swap” deveria “ter lugar dentro de seu território e ao mesmo tempo”.

FONTE: AP

Forças Armadas chinesas querem expandir seu poder naval



Segundo analistas e autoridades militares, as Forças Armadas da China buscam projetar seu poder naval para além da costa chinesa, dos portos petrolíferos do Oriente Médio às linhas de navegação do Pacífico, onde a Marinha dos Estados Unidos há muito reina como a força dominante. A China chama a nova estratégia de "defesa marítima de longa distância", e a velocidade com que está construindo recursos de longo alcance surpreendeu autoridades militares estrangeiras.

A estratégia representa uma ruptura em relação à doutrina mais tradicional e limitada de preparação para guerra contra a ilha autogovernada de Taiwan ou de defender a costa chinesa. Agora, almirantes chineses dizem querer que navios de guerra escoltem embarcações comerciais cruciais para a economia do país, em percursos longos como o do Golfo Pérsico até o Estreito de Malaca, no sudeste asiático, e para defender os interesses chineses nos mares da China Meridional e Oriental, ricos em recursos.

No final de março, dois navios de guerra chineses atracaram em Abu Dhabi. Esta foi a primeira vez que a Marinha chinesa moderna fez uma visita a um porto do Oriente Médio.

O plano geral reflete a crescente autoconfiança chinesa e o aumento de sua disposição em afirmar seus interesses no exterior. As ambições navais chinesas são sentidas também em quedas de braço recentes com os Estados Unidos: em março, autoridades chinesas disseram privadamente a altos oficiais americanos que a China não toleraria intervenções estrangeiras em suas questões territoriais no Mar da China Meridional, segundo um oficial americano envolvido nas políticas para a China.

A expansão naval não tornará a China uma importante rival perante a hegemonia naval americana no futuro próximo, e há poucos indícios de que a China tenha intenções agressivas em relação aos Estados Unidos ou outros países. Mas a China, atualmente a maior exportadora do mundo e uma compradora gigante de petróleo e outros recursos naturais, tampouco está satisfeita em confiar a segurança das rotas de navegação aos americanos, e sua definição de seus interesses principais se expandiu junto com seu poder econômico.




No final de março, o almirante Robert F. Willard, líder do Comando do Pacífico dos EUA, disse em depoimento ao Congresso que o desenvolvimento militar chinês recente era "excepcional". A China testou mísseis de longo alcance que poderiam ser usados contra porta-aviões, disse ele. Depois de anos de negações, autoridades chinesas confirmaram que pretendem pôr em ação um grupo de porta-aviões nos próximos anos.

A China também está desenvolvendo uma sofisticada frota de submarinos que poderia tentar impedir que embarcações navais estrangeiras entrassem em suas águas estratégicas se um conflito irrompesse na região, disseram Willard e analistas militares. "É particularmente preocupante que alguns elementos da modernização militar da China pareçam projetados para contestar nossa liberdade de ação na região", disse o almirante.

Na Baía de Yalong, na costa sudeste da Ilha de Hainan, no Mar da China Meridional, há resorts de praia cinco estrelas, a oeste de uma nova base submarina. A base permite que submarinos alcancem águas profundas em apenas 20 minutos e vagueiem pelo Mar da China Meridional, que tem algumas das linhas de navegação com tráfego mais intenso no mundo, além de áreas ricas em petróleo e gás natural, foco de disputas territoriais entre a China e outras nações asiáticas.

Isso causou preocupações não somente entre comandantes americanos, mas também entre autoridades em países do Sudeste Asiático, que discretamente vêm comprando submarinos, mísseis e outras armas. "Autoridades regionais ficaram surpresas", disse Huang Ji, pesquisador das Forças Armadas chinesas da Universidade de Cingapura. "Estávamos enganados. Achávamos que as Forças Armadas chinesas estavam 20 anos atrás das nossas, mas subitamente percebemos que a China está nos alcançando".

A China também está pressionando os Estados Unidos sobre suas pretensões na região. Em março, autoridades chinesas disseram a dois altos oficiais do governo de Barack Obama em visita ao país, Jeffrey A. Bader e James B. Steinberg, que a China não toleraria nenhuma interferência no Mar da China Meridional, agora parte dos "interesses fundamentais" de soberania da China, segundo um oficial americano envolvido na elaboração de políticas para a China. Foi a primeira vez que os chineses citaram o Mar da China Meridional como um interesse fundamental, ao lado de Taiwan e do Tibete, disse o oficial.

Outro elemento da nova estratégia da Marinha chinesa é estender seu alcance operacional para além do Mar da China Meridional e Filipinas, até o que é conhecido como a "segunda cadeia de ilhas" - rochas e atois no Pacífico, disse o oficial. Essa zona se sobrepõe significativamente à área de supremacia da Marinha dos EUA.

O Japão também está apreensivo. O ministro da Defesa, Toshimi Kitazawa, disse que dois submarinos chineses e oito destróieres foram avistados no dia 10 de abril avançando entre duas ilhas japonesas em direção ao Pacífico, a primeira vez que uma frota de navios chineses foi vista tão próxima ao Japão. Quando dois destroieres japoneses começaram a seguir os navios chineses, um helicóptero chinês voou a cerca de 100 m de um dos destroieres, segundo o Ministério da Defesa japonês.

Desde dezembro de 2008, a China mantém três navios no Golfo de Áden para contribuir com as patrulhas internacionais antipirataria, o primeiro posicionamento estratégico da Marinha chinesa além do Pacífico. A missão possibilita que a China aperfeiçoe os recursos de longo alcance de sua Marinha, dizem analistas.

Um relatório do Pentágono de 2009 estimou as forças navais chinesas em 260 embarcações, incluindo 75 "combatentes principais" - grandes navios de guerra - e mais de 60 submarinos. O relatório apontou a construção de um porta-aviões, e disse que a China "continua a demonstrar interesse" em adquirir caças da Rússia. A Marinha americana tem 286 navios de guerra e 3,7 mil aeronaves navais, apesar de os navios da Marinha americana serem considerados de qualidade superior aos dos chineses.

O Pentágono não classifica a China como uma força inimiga. Mas em parte como reação ao crescimento chinês, os Estados Unidos transferiram recentemente submarinos do Atlântico para o Pacífico, e a maioria de seus submarinos de ataque com capacidade nuclear está agora no Pacífico, segundo Bernard D. Cole, um antigo oficial naval americano e professor do National War College, em Washington. Os Estados Unidos também começaram a usar de três a quatro submarinos em posicionamentos estratégicos fora de Guam, revivendo uma prática que havia terminado com a Guerra Fria, disse Cole.

Agora, as embarcações americanas frequentemente investigam a base submarina da Ilha de Hainan, o que leva a atritos ocasionais com navios chineses. Uma missão de inspeção de um navio da Marinha americana, o Impecável, resultou no que autoridades do Pentágono chamaram de assédio por embarcações de pesca chinesas; o governo chinês disse que tinha direito de bloquear a vigilância naquelas águas porque era uma "zona econômica exclusiva" da China.

Os Estados Unidos e a China têm definições contrárias de tais zonas, definidas por uma convenção da ONU como águas distantes até 200 milhas náuticas (equivalente a 370,4 km) da costa. Os Estados Unidos dizem que as leis internacionais permitem que o país costeiro apenas detenha certos direitos comerciais nas zonas, enquanto a China afirma que o país pode controlar praticamente qualquer atividade dentro de seus limites.Líderes militares nos Estados Unidos afirmam que a Marinha chinesa é somente uma força de autodefesa. Mas a definição de autodefesa se expandiu para incluir amplos interesses econômicos e marítimos, conforme defenderam dois almirantes chineses em março.

"Com as mudanças de nossa estratégia naval agora, passamos da defesa costeira à defesa marítima de longa distância", disse o Contra-Almirante Zhang Huachen, sub-comandante da Frota do Mar Oriental, em uma entrevista à agência de notícias estatal Xinhua. "Com a expansão dos interesses econômicos do país, a Marinha quer proteger melhor as rotas de transporte e a segurança de nossas principais rotas de navegação", acrescentou ele. "Para tal, a Marinha chinesa precisa crescer com embarcações maiores e mais recursos".

A Marinha recebe mais de um terço do orçamento militar chinês, "refletindo a prioridade que Pequim deu à Marinha como um instrumento de segurança nacional", disse Cole. O orçamento militar oficial da China para 2010 é de US$ 78 bilhões, mas o Pentágono diz que a China gasta muito mais que esse valor. No ano passado, o Pentágono estimou o total dos gastos militares chineses entre US$ 105 e 150 bilhões, ainda muito menos do que os Estados Unidos gastam com defesa. Para efeitos de comparação, o governo Obama propôs que o orçamento base de operações do Pentágono para o próximo ano fosse de US$ 548,9 bilhões.

O crescimento mais impressionante da Marinha chinesa foi em sua frota de submarinos, disse Huang, o pesquisador de Cingapura. Ela construiu recentemente ao menos dois submarinos de tipo Jin, os primeiros regularmente ativos na frota com capacidade para lançamento de mísseis, e mais dois estão em construção. Dois submarinos de ataque de tipo Shang com capacidade nuclear entraram em atividade recentemente.

Países da região responderam com suas próprias aquisições, disse Carlyle A. Tahyer, professor da Australian Defense Force Academy. Em dezembro, o Vietnã assinou um acordo armamentício com a Rússia que incluía dois submarinos de tipo Kilo, que garantiriam ao Vietnã a maior frota de submarinos do sudeste asiático. No ano passado, a Malásia recebeu seu primeiro submarino, um dos dois encomendados da França, e Cingapura iniciou as operações de um de seus dois submarinos tipo Archer, comprados da Suécia.

No último outono do hemisfério norte, em um discurso em Washington, Lee Kuan Yew, ex-governante de Cingapura, expressou inquietações generalizadas ao apontar a ascensão naval da China, e encorajou os Estados Unidos a manter sua presença regional. "Os interesses fundamentais dos EUA requerem que o país continue sendo a potência principal no Pacífico", disse ele. "Abrir mão dessa posição significaria diminuir o papel dos EUA ao redor do mundo".

Fonte: Terra

O senhor das armas




No sábado 17, a Aeronáutica apresentou em Porto Velho (RO) os três primeiros exemplares de um lote de 12 helicópteros MI-35 comprados da Rússia por US$ 363 milhões (R$ 635 milhões). Equipados com canhões, mísseis e bombas, são sofisticadas máquinas de guerra que vão operar no patrulhamento da Amazônia. Desde que o contrato começou a ser negociado em 2005 até o voo inaugural, a FAB manteve silêncio incomum sobre o negócio. O sigilo ajudou a encobrir a presença constante na mesa de negociações de um ex- membro da própria FAB: o brigadeiro da reserva Wilson José Romão, que, apenas dez anos depois de abandonar a farda, se tornou um dos mais poderosos comerciantes de armas do Brasil. Dono da empresa de assessoria Logitec, diretor da Abimde – o sindicato da indústria bélica – e com relações no Comando da Aeronáutica, Romão tem aproveitado como poucos o boom de investimentos no setor e a ampliação das ambições geopolíticas nacionais.

Além do contrato dos MI-35, feito com a ajuda de um mercador de armas paquistanês chamado Shehzad Shaikh, Romão está por trás da venda de 100 mísseis da Mectron para o Paquistão, num negócio de 85 milhões de euros (R$ 200 milhões). Ele acaba de intermediar a venda de paraquedas para a Venezuela e mantém conversações com Colômbia, Equador, Peru e Chile. Além da Mectron, Romão representa os interesses das empresas brasileiras CBC, Equipaer, Condor, Imbel e Engepron. O brigadeiro ainda tentou emplacar a venda para o Brasil de helicópteros de transporte MI-171 e torce pelo cancelamento do programa F-X2 para a compra de 36 aviões de combate, na esperança de reabilitar o caça russo Sukhoi na disputa. Nada mal para um brigadeiro duas estrelas. “Fui diretor da Divisão de Material Bélico da FAB. Estou apenas usando minha experiência. Se eu não trabalhar, morro”, argumenta.

Em tese, não há nenhum crime no fato de Romão ter constituído uma empresa especializada na venda de armas e equipamentos militares e ganhar dinheiro com os negócios que faz. O problema é que na própria Aeronáutica a atuação do militar da reserva é vista com desconfiança por seus ex-colegas de farda. Muitos admitem, abertamente até, que no caso da compra dos helicópteros de combate MI-35, o governo brasileiro poderia ter economizado, no mínimo, algo próximo a US$ 20 milhões, se não houvesse a participação de intermediadores.

A FAB não encontra explicação, por exemplo, para a triangulação feita por Romão com o comerciante paquistanês Shaikh na venda dos MI-35. “O Romão ficava calado e o Shaikh fazia umas ligações para Moscou. Sinceramente, não sei o que eles estavam fazendo ali”, questiona o brigadeiro Edgar de Oliveira Jr., chefe do Centro Logístico da Aeronáutica. Indicado pelo comandante Juniti Saito para coordenar e fiscalizar as negociações com os russos, Oliveira Jr. garante que “tudo poderia ter sido tratado diretamente com a Rosoboronexport”, a gigante estatal russa de defesa. Shaikh é um dos maiores comerciantes de armas do mundo, com ligações em praticamente todos os países interessados em equipar-se militarmente. Atuan do intimamente com a indústria bélica russa, esteve no Brasil na semana passada acompanhando o presidente Dimitri Medvedev. No Brasil seu parceiro de negócios é Romão.

As comissões para esse tipo de negócio variam entre 2% e 3%. Fazendo as contas, o contrato dos MI-35 teria rendido US$ 11 milhões (quase R$ 20 milhões) em comissões aos intermediários. “Isso é uma injustiça”, disse Romão à ISTOÉ., referindo- se às suspeitas levantadas sobre sua atuação “Tudo o que eu ganho está declarado. Pago meus impostos”, garante.

A negociação pelo Brasil para aquisição de 12 helicópteros MI-35 da Rússia foi firmado diretamente entre o Comando da Aeronáutica (COMAER) e a empresa russa Rosoboronexport, sem a participação de intermediários.

Além da aquisição de 12 helicópteros de ataque citados na matéria, o contrato firmado pelo COMAER engloba ainda: um simulador de vOo com transferência de tecnologia, treinamento de pilotos e mecânicos na Rússia e no Brasil, um Centro de Treinamento computadorizado, armamentos os mais variados, customização de equipamentos às necessidades do país, suporte logístico, internação no Brasil de oficinas completas para a manutenção de motores, caixas de engrenagem, rotores principal e de cauda, bem como estruturas do helicóptero, etc.

Por fim, do contrato firmado surgiu o acordo de intercâmbio entre os órgãos de certificação e homologação entre os dois países, Brasil e Rússia. Tal fato possibilitará ao Brasil oferecer serviços de manutenção a helicópteros russos operando em outros países.

CENTRO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL DA AERONÁUTICA

FONTE: Revista ISTO É, via Notimp

Missil - A-Darter da mais um passo à frente


O míssil Ar-Ar de 5ª geração desenvolvido em conjunto pelo Brasil e África do Sul, A-Darter, realizou testes de lançamento na Suécia alcançando todos os objetivos, permitindo assim que o desenvolvimento siga em frente.

Os testes se resumiram a lançamentos a partir do solo para avaliação do voo do míssil, essa é uma importante etapa para que se passe para os próximos testes, onde serão realizados lançamentos em voo.

A Denel Dynamics, empresa responsável pelo projeto, pretende iniciar a produção do míssil em 2012, porém existe a intenção de entregar algumas unidades desarmadas para treinamento dos pilotos da África do Sul já em 2011.

O míssil deverá ser utilizado na África do Sul pelos caças Gipen e pelos treinadores Hawk, enquanto na Força Aérea Brasileira deve ser utilizado pelos F-5EM, A-1M e pelo futuro FX. Com a maior força aérea da América Latina como parceira do projeto, a Denel Dynamics espera uma grande encomenda desses mísseis por parte do Brasil, mas está também de olho no mercado externo.

Os testes críticos foram realizados em Janeiro e Fevereiro deste ano, onde o "seeker" (Cabeça de busca infravermelha) e a aerodinâmica do míssil foram testados ao limite, o que revelou um desempenho do seeker acima do esperado.

Os próximos testes deverão ser feitos em breve, e deverão ser parecidos com os realizados no início deste ano, mas o A-Darter já está liberado para a etapa de testes com lançamentos em voo e com todos os componentes presentes para que se avalie o desempenho completo do míssil.

Defesa Brasil
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