Ministério Publico Militar

Ministério Publico Militar

Arquivo do blog

Tecnologia do Blogger.

Salmo 127

1 Se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam; se o Senhor não guardar a cidade, em vão vigia a sentinela.

2 Inútil vos será levantar de madrugada, repousar tarde, comer o pão de dores, pois ele supre aos seus amados enquanto dormem.

3 Eis que os filhos são herança da parte do Senhor, e o fruto do ventre o seu galardão.

4 Como flechas na mão dum homem valente, assim os filhos da mocidade.

5 Bem-aventurado o homem que enche deles a sua aljava; não serão confundidos, quando falarem com os seus inimigos à porta.

Translate

Google+

Deixe seu recado AQUI!!!

Nome

E-mail *

Mensagem *


quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Para 'Time', Brasil é 'primeiro contrapeso real aos EUA no Ocidente'

Fonte: BBC Brasil

Uma reportagem publicada nesta quarta-feira (30) na edição online da revista americana "Time" diz que, ao mediar a crise hondurenha, o Brasil se tornou "o primeiro contrapeso real" à influência americana "no hemisfério ocidental".

Considerando que o Brasil foi "trazido" para o coração do imbróglio pelos vizinhos, mais especificamente pela Venezuela do presidente Hugo Chávez, a revista diz que "Brasília se vê no tipo de centro das atenções diplomático do qual no passado procurou se afastar".

Entretanto, diz a "Time", o país "não deveria se surpreender" com o fato de ser chamado a assumir tal responsabilidade.

Para a publicação americana, "nos últimos anos, a potência sul-americana tem sido reconhecida como o primeiro contrapeso real aos EUA no hemisfério ocidental - e isto significa, pelo menos para outros países nas Américas, assumir um papel maior e mais pró-ativo em ajudar a resolver distúrbios políticos do Novo Mundo, como Honduras".

"Lula e Obama são colegas e almas gêmeas de centro-esquerda, mas quando Obama disse, no mês passado, que aqueles que questionam sua resolução em Honduras são hipócritas, porque são 'os mesmos que dizem que nós estamos sempre intervindo na América Latina'", recorda a reportagem, "ele estava incluindo o Brasil, que expressou sua preocupação em relação aos esforços dos Estados Unidos".

Diplomacia ativa

Citando a participação brasileira em crises regionais, como os conflitos diplomáticos envolvendo Colômbia e Venezuela, e a liderança das tropas do país no Haiti, a revista nota que a diplomacia brasileira é "dificilmente ociosa" na América Latina. "E Lula, um dos mais populares chefes de Estado do mundo, se tornou talvez o mais efetivo intermediário entre Washington e a ressurgente esquerda antiamericana latino-americana".

A reportagem discute a preferência da diplomacia brasileira por atuar nos bastidores, e sua autodefinição como sendo "decididamente não-intervencionista".

"Ao mesmo tempo, Lula está em uma cruzada para tornar o Brasil, que tem a quinta maior população mundial e a nona economia do mundo, um ator internacional sério", diz o texto.

"É difícil manter uma tradição não-intervencionista pristina com ambições como estas - e, cada vez, o hemisfério está dizendo ao Brasil que é um tanto ingênuo insistir que é possível fazer as duas coisas."

Para a "Times", "goste ou não, agora o Brasil está enfiado até o pescoço em Honduras, e o hemisfério está esperançoso de que isto signifique melhores prospectos para um acordo negociado entre Zelaya e os líderes golpistas".

"Porque acreditam que o golpe hondurenho envia um recado perigoso para as nascentes democracias da região, muitos analistas acham que ter o peso do Brasil jogado mais diretamente na situação pode ajudar as negociações."

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Brasil e Índia ditarão o destino dos Caças Gripen e outros jatos

fonte:

Por chuter andrew
LONDRES – As próximas decisões por parte do Brasil e da Índia sobre aviões de caça poderiam quebrar no futuro dois fabricantes mundiais de aviões de combate, de acordo com um executivo sênior da Gripen International.
Os candidatos prováveis para saír do mercado de caças no próximos anos, se não garantir uma das vendas será Boeing, Dassault Aviation, ou MiG-construtor e Saab Gripen, disse Bob Kemp, presidente da Gripen vice-presidente sênior de vendas internacionais e marketing.
"Se você olhar hoje, há sete fabricantes de caça-jato do mundo. Minha opinião é que nos próximos três a cinco anos, provavelmente haverá apenas cinco", Kemp disse a repórteres durante uma conferência no dia 19 de maio. "Estou colocando minhas apostas no MiG [como uma das vítimas], porque eles não têm um mercado doméstico como o Sukhoi que ganhou todos os negócios russo nos últimos 10 anos. A Índia é o último aposta para eles, e então a pergunta é: Quem vai ser o outro? "
Ele descartou Eurofighter, Lockheed Martin e Sukhoi como vítimas potenciais e disse que seria "nem nós, Dassault e Boeing, que vai optar por sair do mercado de exportação. Acho que quem ganhar ou perde no Brasil e na Índia vai determinar como as coisas vão ficar."
Um porta-voz da Dassault disse que o avião francês fabricante dos caças Mirage não estavam em risco.
"Não é verdade. Para a Dassault, não é um caso de vencer ou morrer, mas talvez seja por alguns dos nossos concorrentes", disse o porta-voz.
Ele disse que a empresa tem encomendas para possíveis para os Rafales pelo menos até 2020, e que a Força Aérea Francesa acabar de ordenar mais desenvolvimento para uma atualização da meia-idade. Ele também disse que o Rafale conseguirá a sua vitória na primeira exportação para os Emirados Árabes Unidos e Suíça, assim como no Brasil e na Índia. No final de maio, a mídia relatou citando funcionários EAU dizendo que está sendo feito progresso nas negociações para comprar Rafales para substituir cerca de 60 Mirage 2000-9s.
Funcionários da Boeing se recusou a ser a falar sobre o assunto, além de ressaltar que a empresa havia conseguido uma venda de F/A-18 Super Hornet para Austrália e está em busca de oportunidades em todo o globo.
Vários executivos da indústria concordam que a Saab provávelmente necessitaria de uma grande encomenda para ajudar o desenvolvimento completo da próxima geração do Gripen, observando que o jato sueco tinha tomado um tombo grande quando os noruegueses escolheu o F-35 Joint Strike Fighter (JSF).
Richard Aboulafia, analista do Teal Group, disse que de todos os fabricantes de caça ocidental, a Saab está "particularmente vulnerável".
"O Gripen está enfrentando um momento crítico. Tem um mercado interno fraco e poucos clientes em potencial.
A respeito da Boeing "Eles têm uma parte da década seguinte para fazer algum dinheiro grande com o F-15 e F/A-18, mas fora isso também correm riscos", disse Aboulafia.
Mas ele também disse que os fabricantes de caças precisam vencer em mercados estrategicamente importante onde o números será acima de mais de 50 aeronaves. A Índia é parte do caminho onde existe actualmente uma a maior concorrência do mundo cerca 126 aeronaves, além de opções que poderia fazer um total de 250 a 300 aeronaves, Kemp disse. Os competidores incluem Dassault Rafale, o Boeing F/A-18, o Gripen NG (Next Generation), Eurofighter Typhoon, Lockheed Martin F-16, eo russo Aircraft Corp 's MiG-35.
Informações não confirmadas surgiu em Maio de Rafale que tinha sido expulso da concorrência indiana.
Kemp disse que o processo de aquisição indiano está sendo executando cerca de três vezes mais lento do que deveria.
"Meu melhor palpite é que levará sete anos desde o pedido de propostas para a assinatura do contrato. É um país grande e um monte de pessoas têm uma palavra a dizer. Eu não vejo um contrato de pelo menos três ou quatro anos", disse ele. "Os índianos estão apontando para uma data operacional de 2014, mas a nossa opinião é que 2020 é mais realista."
Para o Brasil, a exigência é de 36 caças ", levando a 120 ou talvez 150 com a compra de atrito", disse ele.
Gripen, F/A-18 e Rafale são os concorrentes. O Brasil está no caminho certo para tomar uma decisão ainda este ano.
"Se quem não ganhar no Brasil ou a Índia, encontrar grandes dificuldades, então a questão é: Onde você encontra os outros mercados que são grandes o suficiente para sustentar evolução futura? " , disse ele. "Você pode viver em pequenas encomendas, mas não há dúvida de que você precisa mercados estratégicos para ser realmente capaz de projetar-se. Se você quer estar ao redor para o desenvolvimento da aeronave de última geração, você precisa de uma base de clientes ampla e segura."

Meu comentário.

O Brasil está com a faca e o queijo na mão, não pode perder está oportunidade.
Por isso as empresas que faz parte da F-X2 (Boeing, Dassault Aviation e Saab) esão desesperada para vender ao Brasil, é hora do Brasil tirar proveito desta importancia que cada dia mais o nosso país está tendo no mundo.

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Volta do presidente deposto a Honduras foi 'irresponsável', diz americano na OEA


Diplomata responsabiliza quem facilitou o retorno de Zelaya.
Conselho Permanente da OEA reuniu-se para discutir a crise política.

A volta clandestina do presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya, ao país foi "irresponsável" e não serve aos interesses do povo, disse nesta segunda-feira (28) o representante norte-americano na OEA (Organização dos Estados Americanos), Lewis Anselem.

Anselem fez as declarações durante reunião extraordinária do Conselho Permanente da organização.

"Os que facilitaram a volta de Zelaya têm uma especial responsabilidade para prevenir a violência e garantir o bem-estar do povo hondurenho", disse, sem detalhar.

Na semana passada, a secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, havia dito esperar que a volta de Zelaya pudesse ser uma "ocasião" para o reinício das negociações.

Não há possibilidade de movimento armado em Honduras, diz Jobim




'Não podemos entrar com força num país estrangeiro', disse.
Para ministro, Honduras 'terá lucidez' de permitir saída de brasileiros.


O ministro da Defesa, Nelson Jobim, afirmou que não há qualquer possibilidade de uma ação das Forças Armadas brasileiras para a resolução do impasse envolvendo a embaixada brasileira em Honduras.

"Não há nenhuma possibilidade de se pensar em movimentos armados" , afirmou Jobim, que participou da abertura da International Nuclear Atlantic Conference (Inac), no Rio. "Não podemos entrar com força num país estrangeiro. A solução é exclusivamente diplomática" , acrescentou.

O ministro acredita que o governo hondurenho "terá a lucidez" de permitir a saída dos brasileiros que estão ilhados na embaixada em Tegucigalpa desde que o presidente deposto Manuel Zelaya procurou abrigo na representação brasileira. Jobim ressaltou que apenas na Costa do Marfim e no Congo há a proteção das embaixadas por forças brasileiras, tudo devidamente autorizado pelo governo legal. "Os brasileiros vão sair de lá. A questão é como isso se desenvolve", disse.

O bobo de Chávez

Fonte: O Globo
Ricardo Noblat

O que pode ser pior? Acreditar que Lula foi de fato surpreendido com a chegada à embaixada do Brasil em Tegucigalpa do presidente deposto Manoel Zelaya? Ou imaginar que a volta de Zelaya ao seu país foi uma operação do consórcio Brasil-Venezuela?

Coube a Hugo Chávez despejar a carga nos jardins da embaixada. A Lula, abrigá-la em segurança. Ajeita daqui, ajeita dali, ficou assim a história oficial da mixórdia contada com pequenas diferenças por Chávez, Zelaya e porta-vozes informais de Lula. Na manhã da última segunda-feira, Xiomara Castro, mulher de Zelaya, procurou Francisco Catunda, o encarregado de negócios da embaixada do Brasil em Honduras e única autoridade ali presente. Por escolha pessoal, Catunda é um diplomata de terceiro escalão que está perto de se aposentar. Poderia ter sido embaixador.

O poeta João Cabral de Melo Neto, por exemplo, foi embaixador em Honduras. Catunda, porém, truncou sua própria carreira ao recusar cargos que o levariam a servir em locais distantes do Ceará, onde nasceu. É fissurado em Fortaleza. Para genuíno espanto de Catunda, Xiomara lhe disse que Zelaya estava dentro de um carro a poucos metros da sede da embaixada. Em seguida, orientou-o a consultar seus superiores sobre o desejo de Zelaya de obter refúgio. Catunda telefonou para Brasília, que por sua vez alcançou Lula voando para Nova Iorque. Depois do susto, Lula respondeu: tudo bem.

A se acreditar na história oficial, portanto, Chávez armou para cima de Lula. Com meios fornecidos por ele, Zelaya tentara antes duas vezes regressar a Honduras. Da primeira só conseguiu sobrevoar o aeroporto de Tegucigalpa em avião cedido por Chávez. Da segunda foi barrado na fronteira com El Salvador. Fez uma graça, tomou uns tragos e foi embora. Quem anunciou triunfante o paradeiro de Zelaya uma vez instalado na embaixada do Brasil? Chávez, ora. De duas, uma: ou faltou coragem a Lula para dizer algo do tipo “ninguém empurra nada goela abaixo do Brasil” e negar hospedagem a Zelaya, ou ele concluiu rapidamente que seria uma boa virar um dos protagonistas da crise hondurenha.

Por que Chávez não mandou Zelaya para a embaixada da Venezuela? Porque sabe que não conta com a simpatia internacional – Lula conta de sobra. Por que não mandou Zelaya para a embaixada dos Estados Unidos? Porque lá ele só seria acolhido na condição de asilado. E asilado tem de obedecer a regras seculares de asilo. Uma delas: manter o bico fechado. Zelaya transformou a embaixada do Brasil na casa da mãe Juanita. Um dia depois de sua chegada, a embaixada estava ocupada por cerca de 300 partidários dele, incluídos guarda-costas armados, uma equipe de televisão da Venezuela, outra de uma rádio local e, sim, um blogueiro norte-americano. Blogueiro é uma praga. Está por toda parte.

Lula deu ordem a Zelaya para não fazer conchavos dentro da embaixada. Brincou, não foi? Como não pode fazer do lado de fora, e como está na embaixada justamente para fazer conchavos capazes de lhe restituir o poder, Zelaya ignorou a ordem de Lula. Passou a conceder audiências a quem o procura. E a dar dezenas de entrevistas diárias. O dono do pedaço é Zelaya. O Brasil emprestou sua soberania para que Zelaya tente derrubar o governo que substituiu o dele.

Se a história oficial for mentirosa, se existirem de fato manchas verdes e amarelas na operação de retorno de Zelaya a Honduras, o Brasil deu uma de país imperialista interferindo diretamente nos assuntos internos de outro país. Mas se a operação carregou com exclusividade as cores da Venezuela, por mais que me doa à alma isso significa dizer que Chávez fez Lula de bobo (nada de inédito). Pois ao fim e ao cabo, o resultado será o mesmo: a interferência nos assuntos internos de Honduras do Brasil candidato a uma vaga permanente no Conselho de Segurança da ONU, o país do “cara”, do pré-sal e da marolinha vencida vapt-vupt.

domingo, 27 de setembro de 2009

Honduras!! Golpe de estado Ou desreipeito a constituição do seu país?

Conhecendo a Constituição Hondurenha.
Antes de defender o Presidente deposto Sr. Manoel Zelaya é necessário conhecer a contituição do seu país.

A Constituição de Honduras contém 379 artigos, todos os que puderem ser reformadas ou removido, exceto em sete deles. Estes sete artigos são conhecidas em espanhol como "articulos Petreos", significando que eles não podem ser alterados ou reformados de forma alguma, que definem a forma de governo, o território nacional, bem como a extensão eo limite de mandatos presidenciais. Assim, 372 ou 98,15% dos artigos na Constituição de Honduras podem legalmente ser reformada. Então, por que o Sr. Manuel Zelaya tão desesperadamente insistir na convocação de uma Assembléia Nacional Constituinte para redigir uma nova Constituição? A resposta é simples: ele queria mudar o 7 artigos irreformável e estender seu mandato presidencial, imitando presidentes como Hugo Chávez, da Venezuela e Rafael Correa, do Equador. Estes artigos irreformável ou "Petreos articulos" existir como consequência necessária da histórica instabilidade política na América Latina, onde os líderes ao longo da sua história, muitos têm procurado se manter no poder indefinidamente.

Agora vamos passar para a pergunta na mente de todos. Sr. Manuel Zelaya foi vítima de um golpe de estado? Vamos ver, ao contrário do que foi dito pela mídia internacional (cuja única fonte de informação na época era o Sr. Zelaya próprio), o militar não está no poder em Honduras ou controla qualquer dos três poderes do governo ou já fez para que questão, de modo que as devoluções golpes 1, 2, 3 e 5 (descoberta, veto, tutor, e golpe de Estado), como eles exigem que o militar em um ponto de controle um ou mais dos seguintes ramos do governo. Em seguida acima, temos o pronunciamento, que afirma claramente que após o golpe de Estado militar a deve estabelecer um novo governo civil. Em Honduras, o Poder Legislativo é composto dos mesmos 128 congressistas / congressistas eleitos há quase quatro anos, e do Poder Judiciário é composto por 15 juízes do Supremo Tribunal de Justiça eleito pelo Congresso em janeiro de 2009, seis meses antes do chamado "golpe de Estado "Ocorreu. Portanto, este número de candidatos também descarta 6 Pronunciamento, e que só sai candidato número 4, um auto-golpe de Estado, e este meus amigos é que o enredo se torna mais espesso do que molho boa avó de idade.

Devemos agora proceder à repartição da definição de um auto-golpe de Estado, de modo que o leitor pode ver que ele se encaixa como uma luva. Um golpe Self golpe normalmente é promulgada pelo país dirigentes democraticamente eleitos, geralmente seu chefe de Estado. -Neste caso, o próprio presidente Manuel Zelaya.

E destinadas a dissolução de um ou mais dos três poderes do governo (legislativo, judiciário e executivo) .-Neste caso, o Legislativo e Judiciário que se opunham a seu voto de ilícito eleitoral. Lembre-se de como ele se recusou a aprovar um Orçamento Geral do Estado, se recusaram a ratificar ou vetar mais de 96 contas em um período de três anos, e se recusou a fornecer ao Congresso Nacional com os desembolsos foram legalmente; lembro dele dizendo, "Eu só vai dar suficiente para os seus copos de café. "Lembre-se repetidamente, como ele preferiu ignorar e não acatar as normas e os avisos judicial emitida pelo Tribunal Supremo. Certamente o Sr. Zelaya não gostava muito dos dois outros ramos do governo.

Normalmente, anulando a atual constituição, elaboração de um novo, ea concessão de poderes ditatoriais para o Chefe de Estado .- O famoso projeto de Quarta Ballot Box (Proyecto de la Cuarta Urna), um voto ilegal e inconstitucional eleitoral promovida pelo presidente Manuel Zelaya. O seu único objectivo era instalar uma Assembléia Nacional Constituinte (que anula a Constituição atual) e elaboração de um novo (o advogado da Espanha), que iria dissolver o Legislativo e Judiciário existente, substituí-los por novos a seu gosto, e estender o mandato presidencial por tempo indeterminado. Na essência, ele mudaria a forma de governo de Honduras. Felizmente verificações e contrapesos de Montesquieu prevaleceu. A urna quarto era nada mais que um golpe de auto-golpe disfarçado de democracia, uma urna cheia de votos predeterminado (lembre-se dos 43 computadores apreendidos em 28 de junho).

Na verdade, houve um golpe de Estado de Honduras em 28 de junho, um golpe de auto-golpe, uma que não deu origem, e uma a mídia internacional não fala de razões para que realmente confundem os limites da lógica humana. Para depois de analisar os fatos, é evidente e óbvia.

Alguns poderão argumentar ainda que, em 28 de junho o Sr. Manuel Zelaya foi vítima de um golpe de Estado, como era enérgica exilado de Honduras na mira dos militares, uma versão que predomina atualmente entre a mídia internacional. É interessante como o Sr. Zelaya astuciosamente se limita a dizer apenas uma parte da história, e para aqueles que acreditam nele e optaram por não procurar a verdade, aqui é o que ele nunca será bom grado:

Artigo 239: O cidadão que atuou como chefe do Poder Executivo, não deve servir novamente como Presidente ou Vice-Presidente da República. Ele que viole esta disposição, ou propõe a sua reforma, bem como todos aqueles que apóiam direta ou indiretamente, cessará imediatamente nas funções de seus respectivos cargos, e será desativado durante um período de 10 anos para exercer qualquer cargo público.

O presidente Manuel Zelaya propostas e até começaram a realizar uma reforma constitucional com o seu projeto de uma quarta Ballot Box (Proyecto de la Cuarta Urna) em 28 de junho. Uma reforma que visava alterar a 7 artigos irreformável também conhecido como "articulos Petreos", em uma tentativa de estender seu mandato presidencial. Assim, ele claramente violou o artigo 239, e em 28 de junho, exatamente 5h00 quando a votação de ilícito eleitoral começou, ele se retirou do cargo através de suas próprias ações inconstitucionais. O homem que foi preso e depois exilado foi não o Presidente da República de Honduras, ele era um cidadão comum, nada mais nada menos. Portanto, se um presidente não foi fortemente afastado do cargo e exilado, como podemos ter um golpe militar? Nós simplesmente não podemos, ele realmente é tão simples como isto, a verdade é esclarecedora não é?

Artigo 102: Nenhum cidadão hondurenho pode ser expatriado ou entregues pelas autoridades de um Estado estrangeiro.

Muitos argumentam que quando o Sr. Manuel Zelaya foi colocado no avião e voou para a Costa Rica foi exilado, e artigo 102 da Constituição de Honduras foi violada junto com seu pessoal de direitos e garantias constitucionais. Na verdade eles têm um argumento forte e válido, mas uma vez que propositadamente deixar de contar toda a história, pois a Constituição de Honduras é muito mais sábia em seus caminhos.


Artigo 42: O estatuto de cidadania é perdida quando: 4) A restrição da liberdade de voto, alterando os documentos eleitorais, ou empregar meios fraudulentos para minar a vontade eo voto do povo.

5) O incitamento, promover ou apoiar a continuação ou a reeleição do Presidente da República de Honduras.

Parece que quando a história é contada na sua totalidade, a situação se torna mais clara. Sr. Manuel Zelaya empregados meios fraudulentos para minar o voto do povo para seu próprio benefício, neste caso, o seu próprio povo, seus seguidores (os 43 computadores apreendidos em 28 de junho). Por um período de mais de seis meses, ele publicamente, repetidas vezes incitou, promoveu e apoiou a sua própria continuidade e sua reeleição à Presidência. A cidadania hondurenha do homem que foi levado e exilado para a Costa Rica é, obviamente, em dúvida.

A história do Sr. Manuel Zelaya é a história de um homem obcecado com o poder, tão obcecado que ele acreditava ser superior ao Legislativo e Judiciário do seu país e procuraram de forma imprudente sua continuidade no poder. Atualmente ele tem vários processos pendentes em Honduras, e talvez a melhor maneira de resolver a crise política se Hondurenha para o Sr. Zelaya se entregar às autoridades judiciais, e não a campanha clamando Hemisfério Ocidental "golpe de Estado".

No final, o povo hondurenho nos ensinaram e nos lembrou algo que temos tomado para concedido e esquecido há muito tempo atrás, para defender nossa liberdade, nossa Constituição e as leis, e que ninguém, nem mesmo um presidente está acima da lei. Para isso, deve ser felicitado e aplaudido e não condenado pela comunidade internacional. Gostaria de agradecer a você, leitor, para tomar o tempo para ler este artigo. Os meus sinceros agradecimentos.

Meu Comentário
A Julgar pelo que o Sr. Manoel Zelaya tentou fazer, ele desreipeitou a contituição.

Irã comemora sucesso de testes com mísseis


Míssil é disparado na cidade sagrada de Qom (130 km de Teerã, no Irã) pela Guarda Revolucionária do país



O Irã anunciou que testou com sucesso os mísseis de curto alcance durante exercícios militares neste domingo (27), conduzidos pela Guarda Revolucionária do Irã (tropa de elite do país). Os testes se debruçam em uma tentativa de demonstração de força, dias depois dos Estados Unidos alertarem Teerã acerca da recém-descoberta instalação nuclear subterrânea que foi construída secretamente pelo país do Oriente Médio.

"A mensagem de jogo de guerra para alguns países arrogantes, cuja intenção é intimidar, é a de que somos capazes de dar uma solução adequada, uma resposta forte para a hostilidade rapidamente", afirmou o general Hossein Salami, à televisão estatal.
Salami, que capitaneia a Força Aérea da Guarda Revolucionária, disse que o Irã também testou um lançador de mísseis múltiplo pela primeira vez. O canal oficial Press TV mostrou imagens de, ao menos, dois mísseis lançados simultaneamente, e disse que eles estavam em um centro de treinamento no deserto central do Irã. No vídeo, homens gritam "Allahu Akbar" ("Deus é maior", em árabe) à medida que os mísseis eram lançados.

A poderosa Guarda Revolucionária do Irã controla o programa de mísseis.

Salami disse que o Irã testou, os mísseis de médio alcance Shahab-1 e Shahab-2, e que o Shahab-3, de longo alcance, vai ser testado na segunda-feira, durante um exercício militar programado para durar vários dias. Os mísseis Fateh, Tondar e Zelzal também foram disparados hoje, mas o general não deu detalhes específicos sobre os lançamentos. Todos eles são mísseis de curto alcance.

Ele disse aos repórteres que o Irã reduziu as escalas dos mísseis, e aumentou a sua precisão e a sua velocidade, para que pudessem ser usados de maneira rápida, em missões de curto alcance. Salami informou ainda que eles têm capacidade, agora, de serem lançados a partir de posições não tão fáceis de acertar.

Os testes militares, segundo ele, são indicativos de que o Irã defende seus valores nacionais --e são parte de uma estratégia para dissuasão e contenção das ameaças de mísseis inimigos.

Tensão
Os testes vêm dois dias depois dos Estados Unidos e aliados descobrirem que o Irã mantinha, secretamente, um centro de enriquecimento de urânio no subterrâneo. Os países apontaram para que o país abrisse o centro nuclear para inspeção internacional. Caso se recuse, o Irã vai ficar à mercê das sanções internacionais mais duras.

O novo centro nuclear está nas áridas montanhas da cidade sagrada de Qom --acredita-se que esteja fortemente vigiado pela Guarda Revolucionária, de acordo com um documento enviado pela administração do presidente Barack Obama aos parlamentares dos EUA.

Depois das fortes repreensões dos Estados Unidos e aliados, o Irã disse, no sábado, que vai abrir o centro nuclear para inspeção internacional. Peritos nucleares afirmaram que os detalhes revelados sobre o centro nuclear, assim como o fato de que ele foi desenvolvido secretamente, dão fortes indicações de que o programa nuclear iraniano não tem apenas fins pacíficos, como o país havia mantido nos últimos anos.

Entretanto, pelas estimativas dos EUA, o Irã está a cinco anos de desenvolver capacidade para armas nucleares --embora a inteligência do país acredite que os líderes iranianos ainda não tomaram a decisão de construir armas.

O Irã também está desenvolvendo mísseis de longo alcance capazes de carregar ogivas nucleares, mas o governo dos EUA afirmou que esse esforço abrandou. Esta avaliação fez com que a administração Obama arquivasse o plano da administração Bush de construir um escudo antimísseis na Europa, que defenderia o continente contra o disparo de mísseis iranianos.
Folha Online

Hugo Chaves "Minha candidata é a Dilma

Referindo-se às eleições presidenciais brasileiras de 2010, Hugo Chaves foi enfatico. referindo-se às eleições presidenciais brasileiras de 2010

Meu comentario.

A dilma acaba de Perder o meu voto.


ISLA DE MARGARITA, Venezuela - O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, afirmou neste sábado, na abertura da II Cúpula América do Sul-África, que está torcendo pela vitória da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, nas eleições presidenciais de 2010. Chávez disse que pode até ser acusado de interferência indevida em assuntos internos brasileiros, mas não poderia evitar o comentário porque estava agindo com o coração.

- Dilma será a próxima presidente do Brasil. Meu coração é quem fala, meu coraçãozinho - disse Chávez.

Ao ouvir as declarações, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva abriu um largo sorriso. Chávez falou sobre Dilma ao lamentar o curto período que Lula permanecerá como presidente, um ano e três meses. O presidente da Venezuela disse que o prazo é curto. A compensação pela perda, segundo ele, seria a vitória da ministra Dilma Roussef.

sábado, 26 de setembro de 2009

Cúpula América do Sul-África é teste para ambição de liderança do Brasil

A II Cúpula América do Sul-África (ASA), que começa neste sábado em Isla Margarita, na Venezuela, é mais um teste para a integração entre os países dos dois continentes e um desafio para a ambição brasileira de se firmar como líder do chamado eixo “sul-sul”.
A intenção brasileira de se fixar como liderança, no entanto, pode ser ofuscada durante o encontro pelo discurso “anti-imperialista” do anfitrião da cúpula, o presidente venezuelano Hugo Chávez, que pode aproveitar a presença de aliados seus, como o líder líbio Muamar Khadafi e os presidentes dos países da Alba (Alternativa Bolivariana para as Américas), para marcar o tom do encontro.

Segundo uma fonte diplomática ouvida pela BBC Brasil, no entanto, o governo brasileiro tentará impedir que a cúpula se converta em uma espécie de encontro anti-imperialista.

“Nosso discurso é propositivo. Não somos anti nada ou alguém. Não adotamos esse discurso de polarização Norte-Sul”, disse a fonte, que afirmou ainda que qualquer menção do tipo no documento final do encontro será vetada pelo Brasil.

Para o historiador Beluce Bellucci, diretor do Centro de Estudos Afro-Asiáticos da Universidade Cândido Mendes, no Rio de Janeiro, no entanto, esta abordagem anti-imperialista deve ser inevitável durante a cúpula.

“Ninguém pode negar o duro processo de dominação a que o continente africano foi submetido”, afirma.

Segundo ele, esta questão impõe à cúpula o desafio de encontrar novas relações comerciais e políticas que sejam capazes de superar o histórico de colonização, a seu ver, ainda presente nas relações com a África.

“Passo adiante”
Para Bellucci, a cúpula pode marca um “passo adiante” na projeção do Brasil como liderança para com a África.

“O Brasil tem condições de estabelecer uma cooperação efetiva com o continente africano, estreitando laços com líderes como a África do Sul”, afirma.

A ótica do governo brasileiro é de que, por meio de projetos de cooperação e comércio, o Brasil possa desempenhar um papel mais influente na redução das assimetrias econômicas e institucionais.

Dentro dessa lógica, o intercâmbio comercial Brasil-África saltou de US$5 bilhões, registrados em 2002, para US$ 26 bilhões em 2008.

Venezuela

A Venezuela também pretende fazer com que ações concretas de integração surjam a partir do encontro.

O presidente Hugo Chávez já afirmou que pretende que a cúpula gere um cronograma de integração entre os países dos dois continentes que cubra pelo menos uma década

"Não pode ser (apenas) uma cúpula mais", disse Chávez.

O vice-chanceler venezuelano para a África, Reinaldo Bolívar, afirma que os interesses econômicos no continente africano também não são poucos.

"A África é o primeiro continente em posse de minérios, possui 20% do petróleo mundial e é a segunda reserva de água da humanidade", afirmou.

Temas

Além de metas de cooperação em matéria de desenvolvimento, energia, comércio e cultura, a Cúpula América do Sul-África também deve tratar de outros temas de política internacional e economia.

O documento final do encontro deve trazer um pedido por uma reforma no Conselho de Segurança das Nações Unidas.

A crise econômica mundial também deve fazer parte dos debates entre os chefes de Estado e representantes de governo dos 66 países presentes.

Apesar de não estar na agenda oficial, a crise política em Honduras deve ser tratada pelos líderes sul-americanos "pelo menos nas reuniões bilaterais", afirmou um membro da delegação venezuelana.

Depois da Cúpula América do Sul-África, que termina no domingo, o presidente Lula e seu colega venezuelano Hugo Chávez terão uma reunião bilateral para revisar a agenda política e de cooperação entre Brasil e Venezuela.

Asteroide chega à posição mais próxima da Terra, diz astrônomo espanhol


Um asteroide de quase 1 km de diâmetro está a uma distância de cerca de 600 mil km da Terra; essa é a menor distância já relatada






Um asteroide de quase um quilômetro de diâmetro está a uma distância de cerca de 600 mil quilômetros da Terra, acompanhando o planeta por uma órbita paralela.

Trata-se da menor distância já relatada, que equivale a menos de duas vezes a distância da Terra até a Lua, de acordo com o astrônomo espanhol Josep Maria Bosch. "É um recorde absoluto, é o grande asteroide que se observou mais perto da Terra em toda a história", comenta ele.
A notícia foi publicada pelo jornal espanhol "El País" nesta sexta-feira (25).

O astro, que se chama 2009 ST19, vai acompanhar a Terra por mais uma semana, até que suas órbitas se separem.

O asteroide foi observado pela primeira vez no dia 16 de setembro e foi incluído na lista de asteroides potencialmente perigosos, cujas órbitas se cruzam com a da Terra.

Os primeiros cálculos indicam que a aproximação mais perigosa do ST19, que dá uma volta pelo Sol a cada 3,6 anos, se produzirá aproximadamente em 2038.

O registro foi feito pelo Centro de Observación del Universo de Ager, em Lérida, na Catalunha (Espanha).
Fonte: Folha Online

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Dois aviões Rafale da marinha francesa caem no Mar Mediterrâneo

Aeronaves participavam de missão simulada.
Um dos pilotos foi resgatado, segundo a Marinha.


Dois aviões Rafale do porta-aviões Charles-de-Gaulle da marinha francesa caíram nesta quinta-feira (24) no Mar Mediterrâneo, e o piloto de um dos aparelhos foi resgatado, anunciou a marinha em comunicado.
"Importantes meios aéreos e náuticos foram imediatamente mobilizados para recuperar os dois pilotos. Um deles já foi resgatado", destacou a marinha.
"As operações continuam para encontrar o segundo piloto", acrescentou.
O acidente ocorreu às 13h de Brasília, a cerca de 30 km a leste de Perpignan (sul da França), durante uma simulação de missão do qual participavam os dois aparelhos.
O caça Rafale, fabricado pela Dassault, nunca foi exportado, mas é o grande favorito de uma licitação de 36 aparelhos aberta pelo Brasil.

Crise em Honduras reforça diplomacia 'sul-sul' de Lula, diz jornal

A crise política em Honduras mostra que a chamada "diplomacia sul-sul" do Brasil está ganhando força, diz o jornal suíço Le Temps, em sua edição desta quinta-feira.

"Ao pedir asilo ao Brasil, (o presidente deposto hondurenho Manuel) Zelaya indicou que está apostando todas as suas fichas no único país que ele acredita que vai devolvê-lo à Presidência", afirma o jornal. "É a prova tangível de uma mudança de eixo de poderes na região."

O Le Temps lembra que recentemente o próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva declarou que o Brasil vai se tornar uma grande potência no século 21. "Ele aperta a mão de Gordon Brown, de Nicolas Sarkozy, da Rainha Elizabeth 2ª, entre outros. E em abril Barack Obama disse que ele 'é o cara'."

"Mas é no hemisfério sul que Lula tece sua teia", diz o jornal, citando que o presidente visitou 45 países nos últimos 30 meses e que, desde 2003, o Brasil abriu 35 novas embaixadas no exterior, a maioria na África e no Caribe.

'Pragmatismo e provocação'

Segundo a publicação suíça, a estratégia "sul-sul" de Lula visa "apagar progressivamente a hegemonia dos Estados Unidos na região e coincide com a discrição do governo Obama".

"Ela se traduz em uma mistura de pragmatismo e provocação, com cumprimentos ao iraniano Mahmoud Ahamadinejad após sua contestada eleição e apoio aos regimes autoritários de Cuba e da Venezuela", diz o jornal.

O Le Temps lista os fatores que teriam ajudado Lula a conquistar uma credibilidade cada vez mais crescente. "O Brasil é uma democracia que funciona... As autoridades preservaram o equilíbrio entre uma redistribuição de riquezas mais igualitária... E o país aparece como um polo de estabilidade enquanto a maioria dos dez países com os quais faz fronteira sofreram problemas razoavelmente graves", exemplifica o jornal.

Mas, segundo o diário suíço, essa "tomada de força" também enfrenta obstáculos, como a oposição da China ao pedido do Brasil de ter uma vaga permanente no Conselho de Segurança da ONU e o fato de os países sul-americanos não parecerem dispostos a dar ao Brasil este papel de potência regional.

"Mesmo assim, ao endossar seu papel ativo na crise hondurenha, Lula assume um risco limitado, caso ela não se resolva. Mas se ele contribuir para dobrar os golpistas, seu prestígio internacional vai ganhar força", conclui o jornal.
Fonte: BBC Brasil

Para o Brasil, Zelaya virou um 'problemão'


Crise: Com o retorno a Honduras consumado, porém, autoridades brasileiras pedem pressão contra golpistas

O Brasil foi constrangido a aceitar o pedido do presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya, de se abrigar na embaixada brasileira em Tegucigalpa, e o considera um "problemão", que só será resolvido com pressão da comunidade internacional sobre o governo golpista. É o que diz um ministro próximo ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O governo nega que sabia com antecedência da intenção de Zelaya de se abrigar na embaixada. O incidente desagradou ao Palácio do Planalto, dizem ministros e auxiliares de Lula, que, porém, evita críticas abertas a Zelaya por apoiá-lo contra os golpistas no país.

"Isso que aconteceu em Honduras é um sinal muito ruim do que pode acontecer em outros países", disse Lula em Nova York, ao afirmar que espera que os golpistas deixem Zelaya reassumir a Presidência. Lula aproveitou a Assembleia Geral da ONU para pedir uma reunião do Conselho de Segurança dedicada à crise hondurenha e conversar sobre o tema com o presidente dos EUA, Barack Obama.

Em seu discurso de quase 70 parágrafos, Lula inseriu um, entre uma referência ao embargo contra Cuba e a defesa do ambiente, para falar da necessidade de vontade política para mudanças. "Sem vontade política continuarão a proliferar golpes de Estado como o que derrubou o Presidente constitucional de Honduras, Manuel Zelaya, que se encontra, desde segunda-feira, refugiado na embaixada do Brasil em Tegucigalpa", lembrou. "A comunidade internacional exige que Zelaya reassuma imediatamente a Presidência de seu país e deve estar atenta à inviolabilidade da missão diplomática brasileira na capital hondurenha."

"Não criamos essa situação: ele é o presidente constitucional, estava no país e pediu abrigo", argumentou ontem o assessor internacional da Presidência, Marco Aurélio Garcia. "Estávamos obrigados a ajudá-lo, somos signatários da Convenção de Viena." Quem diz que o Brasil deveria negar a entrada de Zelaya na embaixada "nunca se viu na situação de pedir asilo em uma embaixada", comentou. "O impasse não é com a Embaixada do Brasil, é com os golpistas que não querem deixar o poder."

Reservadamente, membros do governo dizem que incomodou o uso feito por Zelaya das dependências diplomáticas do Brasil, transformadas em escritório político, com recepção de simpatizantes e jornalistas. Há dois dias, Lula pediu, por telefone e publicamente, que Zelaya fosse discreto, para "não permitir nenhum pretexto para que os golpistas resolvam praticar violência". Ontem, os apelos de discrição ao presidente deposto foram repetidos pelo Itamaraty. O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, disse à BBC, que "não vai acontecer" o uso político da embaixada por Zelaya.

Também à BBC, o secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), José Miguel Inzulza, defendeu a atuação brasileira. "O governo do Brasil está atuando bem e atuou com o respaldo de toda, toda com letras maiúsculas, a comunidade internacional", disse.

Diferentemente do que havia acontecido na véspera, quando Zelaya chegou com dezenas de simpatizantes e a manifestação à porta da embaixada levou a repressão violenta das autoridades, o presidente deposto de Honduras limitou sua atuação ontem. O governo brasileiro evita oficializar o asilo político a Zelaya por avaliar que isso representaria um reconhecimento da grupo no poder, cuja legitimidade foi condenada unanimemente pelos países da OEA, inclusive os EUA.

Segundo país mais pobre da América Central, com um Produto Interno Bruto inferior a US$ 15 bilhões e exportações concentradas na venda de produtos básicos, Honduras tem menos de nove milhões de habitantes e taxa de desemprego de quase 30%. Um de seus programas sociais mais bem sucedidos é a distribuição de fogões a lenha para a população mais pobre. Esse é o país em que Zelaya, um grande fazendeiro beneficiário da extrema desigualdade de renda, chegou ao poder.

Contra elites políticas, bem situadas no Congresso e na Suprema Corte do país, Zelaya tentou fazer uma consulta sobre a possibilidade de reeleição, algo proibido na Constituição hondurenha. A tentativa foi identificada pelos opositores como um esforço de levar ao país ao modelo adotado por Hugo Chávez na Venezuela. Segundo um ministro de Lula, Zelaya é um "trapalhão político", que nem sequer teria segurança de que a consulta sobre a reeleição seria aceita.

Diplomatas experientes, que trabalharam no governo Fernando Henrique Cardoso, desconfiam da garantia do governo de que Lula foi pego de surpresa com a chegada de Zelaya à embaixada, onde entrou depois de contato telefônico da esposa, que o acompanhou. Semanas atrás, o próprio Zelaya foi recebido por Lula em Brasília, por onde passou também, há duas semanas, o presidente de El Salvador, Maurício Funes, que deu apoio logístico à viagem de retorno de Zelaya a Honduras. A mulher de Funes, Vânia, é filiada ao PT.

"Acredito que o governo brasileiro não teve nada com a situação, mas é difícil que não estivessem sabendo antes que Zelaya iria bater na porta da embaixada", comentou o embaixador Rubens Barbosa, diretor da Federação das Indústrias de São Paulo. "Acho muito difícil acreditar na versão de que tudo foi feito sem que o governo brasileiro soubesse antes", concorda o embaixador Luiz Felipe Lampreia, ex-ministro das Relações Exteriores.

Lampreia e Barbosa afirmam que Honduras é um país alheio à área de influência do Brasil, e que a acolhida a Zelaya cria riscos sérios de desmoralização para a diplomacia brasileira. "Uma coisa é dar apoio a Zelaya, o que foi correto; outra é assumir protagonismo", argumenta Lampreia. "O Brasil estava bem na foto, mas agora assumiu um risco com possibilidade restrita de retorno positivo", endossa Barbosa.

Sergio Leo, de Brasília

Brasil pesquisa motor hipersônico com velocidade seis vezes superior à do som




As novas pesquisas sobre velocidade hipersônica mostram que o mundo está cada vez mais perto de superar os desafios que envolvem o desenvolvimento de aeronaves que voam em velocidades cinco vezes superiores à do som. Para se ter uma ideia do que isso significa , o Concorde, que era supersônico, voava duas vezes a velocidade do som.

Com as novas pesquisas em curso, espera-se que num futuro próximo uma viagem entre o Rio de Janeiro e Nova York, por exemplo, seja feita em apenas duas horas. O Brasil não está de fora dessa corrida e a partir do próximo mês começa a testar, em um equipamento chamado túnel de vento, o motor do 14-X, veículo não tripulado, que em sua versão final será capaz de colocar satélites em órbita a velocidades ao menos seis vezes superiores à do som.

O projeto do 14-X conta atualmente com o apoio da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) que, juntos, já destinaram R$ 10,5 milhões ao projeto. Outros R$ 6 milhões estão previstos para este ano, através da Finep.

O veículo, em forma de asa delta, está sendo projetado por Tiago Cavalcanti Rolim, um jovem engenheiro do Instituto de Estudos Avançados (IEAv), formado pelo ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica), em 2005. Na versão para voo, o 14-X terá 2,5 metros de comprimento e cerca de 300 quilos de peso.

Previsto para fazer seu primeiro voo em 2012, o 14-X, nome dado em homenagem ao 14 Bis, será lançado por um veículo de sondagem VS40. "Isso porque um motor hipersônico precisa de um foguete, com propulsão sólida, como estágio inicial de lançamento, para que a velocidade hipersônica seja atingida", explica Rolim. Ao nível do mar, o 14-X voará a uma velocidade aproximada de 3 km por segundo.

Em outubro, serão iniciados os testes do processo de combustão do motor do 14-X no T-3, maior túnel de vento hipersônico da América Latina, que está instalado no laboratório de Aerotermodinâmica do IEAv, órgão do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), em São José dos Campos.

Pesando mais de 15 toneladas e medindo cerca de 24 metros de comprimento, o T-3 foi construído com recursos também da Fapesp. O projeto custou R$ 2,5 milhões e sua operação foi iniciada em dezembro de 2006. O túnel de vento é uma ferramenta fundamental para testar a eficiência do projeto de um veículo aeroespacial, pois consegue simular, de forma representativa, as condições e o ambiente encontrados durante o voo.

A reprodução das condições encontradas num voo hipersônico é uma tarefa ainda mais desafiadora, pois o veículo viaja a velocidades seis vezes superiores à do som. "Além disso, o meio que circunda a aeronave não é somente o ar atmosférico, mas uma mistura de átomos, elétrons e íons, uma situação semelhante a que acontece, por exemplo, com veículos espaciais retornando à Terra", detalha o coordenador do projeto do 14-X, Coronel da Aeronáutica Marco Antônio Sala Minucci.

Segundo o coordenador, durante o voo hipersônico podem ser geradas temperaturas superiores ao ponto de fusão da maioria dos metais convencionais.

Atualmente, apenas os Estados Unidos e a Austrália viabilizaram o voo atmosférico de veículos demonstradores, com duração menor que 10 segundos. O veículo demonstrador da Nasa (Agência Espacial Americana) é o X-43 e o HyShot, da Universidade de Queensland, é o demonstrador tecnológico da Austrália.

Em 2004 a Nasa quebrou o recorde de velocidade para uma aeronave com o modelo X-43A, que em apenas dez segundos atingiu 10 mil quilômetros por hora, algo próximo a Mach 10 (10 vezes a velocidade do som). O HyShot atingiu altitude de 300 quilômetros em trajetória vertical, através do foguete Terrier-Orion. No voo descendente o veículo australiano alcançou cerca de 35 quilômetros de altitude e Mach 7.6.

Em continuidade a esse programa, batizado de Hyperx, a Nasa e a Boeing estão desenvolvendo o veículo hipersônico X-51, que fará seu primeiro voo até o fim deste ano. A velocidade hipersônica alcançada pelo X-43A foi obtida por meio de uma nova tecnologia, a de motores do tipo "supersonic combustion ramjet", conhecida pela sigla scramjet ou motores a propulsão aspirada.

A principal vantagem desses motores, segundo Minucci, é que o oxigênio necessário ao seu funcionamento é retirado do próprio ar atmosférico. "O sistema de propulsão scramjet, ao contrário dos atuais motores-foguete, não utiliza o oxigênio a bordo, que representa mais da metade do seu peso".

Dessa forma, o peso total de decolagem do veículo pode ser reduzido e a quantidade de combustível necessária para a operação do foguete e o próprio veículo podem ser menores, resultando em uma redução significativa nos custos", explica o pesquisador, que também é diretor do IEAv. Segundo ele, mais da metade do peso de um veículo a motor-foguete é devido ao oxidante.

Outra tecnologia de ponta que está sendo utilizada no projeto do 14-X é o conceito "waverider", responsável pela sustentação da aeronave, através da formação de uma onde de choque na parte inferior do veículo. "A tecnologia waverider confere alta razão de planeio ao veículo, que voa mais longe com a mesma quantidade de combustível", destaca Rolim.
Virgínia Silveira, para o Valor
São José dos Campos

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

FAB adia prazo para concorrentes entregarem as propostas finais

Projeto F-X2

A Força Aérea Brasileira estendeu o prazo de entrega das propostas finais das empresas concorrentes ao Projeto F-X2. A nova data foi marcada para o dia 2 de outubro. Segundo o comunicado, a mudança atende a uma "solicitação das empresas concorrentes".

A Dassault informou ter entregue a proposta nesta segunda (21/09), prazo que havia sido estabelecido no último dia 11 de setembro. Naquele dia, o Ministério da Defesa chegou a divulgar a data como sendo o dia 2 de outubro, mas horas depois remarcou para o dia 21, o que significava um prazo de apenas 10 dias para os concorrentes atualizarem suas propostas.

Com o adiamento anunciado pela FAB, Boeing e Saab terão mais tempo para melhorarem suas ofertas, tarefa que foi mais fácil para a Dassault, já que a empresa basicamente deveria colocar no papel o que ficou acertado entre governo brasileiro e Presidente francês Nicolas Sarkozy, em reunião entre os dias 6 e 7 de setembro.
Leia a nota:
Projeto F-X2 - Esclarecimentos

"O Comando da Aeronáutica informa que, por solicitação das empresas concorrentes, a Comissão Gerencial do Projeto F-X2 resolveu estender o prazo, até o dia 2 de outubro de 2009, para os três competidores (Boeing, Dassault e SAAB) apresentarem possíveis melhorias em suas ofertas para o processo de seleção dos novos aviões de caça da Força Aérea Brasileira."

Brigadeiro-do-Ar Antonio Carlos Moretti Bermudez
Chefe do Centro de Comunicação Social da Aeronáutica

Governo interino de Honduras pede que o Brasil entregue presidente deposto


Zelaya voltou de surpresa ao país e está abrigado na Embaixada do Brasil.
Se houver violência, responsabilidade é do Brasil, diz presidente interino.




O presidente interino de Honduras, Roberto Micheletti, pediu na noite desta segunda-feira (21) que o governo brasileiro entregue o presidente deposto do país, Manuel Zelaya, que está abrigado na Embaixada do Brasil, em Tegucigalpa, para que ele seja submetido à Justiça.

"Faço um apelo ao governo do Brasil que respeite a ordem judicial ditada contra o senhor Zelaya, entregando-o às autoridades competentes de Honduras", disse Micheletti em cadeia de rádio e TV.

O governo interino protestou contra o Brasil por ter abrigado Zelaya e o responsabilizou por qualquer ato de violência que possa acontecer perto da sede diplomática, que está cercada de manifestantes favoráveis ao presidente deposto.
Zelaya voltou clandestinamente ao país e está abrigado na Embaixada do Brasil. Ele está acompanhado de assessores e de sua mulher, Xiomara Castro.

Milhares de seus partidários se aglomeram em frente ao prédio, em Colonia Palmira, na capital hondurenha. Zelaya os saudou e pediu que eles tivessem "calma", segundo imagens mostradas pela TV local.

Toque de Recolher
O governo de facto de Honduras decretou toque de recolher em todo o território nacional. A medida foi anunciada em rede nacional de rádio e TV. Ele já vigora, das 16h desta segunda às 7h de terça (entre 19h e 10h de terça em Brasília).

Em um breve comunicado, o governo interino indicou que a medida é "devida a eventos ocorridos nas últimas horas", com o objetivo de "proteger a tranquilidade, a vida e os bens das pessoas".



Brasil
O chanceler brasileiro, Celso Amorim, falando a jornalistas em Nova York, onde está para a Assembleia Geral da ONU, confirmou que falou por telefone com Zelaya sobre a sua volta. (assista no video ao lado)

Amorim negou que o Brasil tenha participado do planejamento da volta de Zelaya. O presidente deposto chegou ao prédio da embaixada "por meios próprios e pacíficos", de acordo com o ministro, e foi recebido porque o Brasil o considera o presidente legítimo de Honduras

Presidente deposto está na Embaixada do Brasil em Honduras



Zelaya pediu a seus seguidores que se aproximem do prédio.
Governo interino havia prometido prendê-lo caso ele voltasse.

O presidente hondurenho deposto, Manuel Zelaya, está na Embaixada do Brasil em Honduras, em Tegucigalpa, capital do país, confirmou nesta segunda-feira (21) em Nova York o chanceler brasileiro, Celso Amorim.

Falando a jornalistas em Nova York, onde está para a Assembleia Geral da ONU, Amorim confirmou que falou por telefone com Zelaya. O presidente deposto chegou ao prédio da embaixada "por meios próprios e pacíficos", de acordo com o ministro.

Segundo Amorim, a volta dele a Honduras representa "um novo passo" nas negociações para encerrar a crise política do país, iniciada com o golpe militar de 28 de junho e que colocou o poder interinamente nas mãos do presidente do Congresso, Roberto Micheletti.

Foto distribuída pela Associated Press nesta segunda-feira (21) mostra o presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya, nas dependências da Embaixada do Brasil em Honduras, em Tegucigalpa. (Foto: AP)

Fotógrafos das agências de notícias confirmaram a presença de Zelaya na embaixada. Ele estava acompanhado de assessores e de sua mulher, Xiomara Castro. Falando por telefone à agência EFE, ele agradeceu ao apoio do governo brasileiro e pediu a seus seguidores que se reúnam próximo ao prédio.

Manifestantes pró-Zelaya haviam inicialmente cercado o prédio onde funcionam os escritórios das Nações Unidas em Tegucigalpa, achando que o presidente estava lá.

Manifestantes pró-Manuel Zelaya celebram nesta segunda-feira (21) em Tegucigalpa, capital de Honduras, a suposta volta do presidente deposto ao país. (Foto: AFP)

A informação da presença de Zelaya na Embaixada do Brasil havia sido divulgada inicialmente pela mulher de Zelaya, Xiomara. O paradeiro de Zelaya foi centro de uma "guerra de versões" nesta segunda.
O governo interino que o derrubou em 28 de junho tem uma ordem de prisão contra ele por crime de traição e prometeu prendê-lo caso ele voltasse ao país.

O Conselho Permanente da OEA (Organização dos Estados Americanos) convocou uma reunião extraordinária em Washington, que será realizada às 17h30 de Brasília para debater a crise política de Honduras após o fato novo da volta de Zelaya.



EUA O Departamento de Estado dos EUA confirmou a presença de Zelaya em Honduras, mas informou não saber seu paradeiro exato. O porta-voz Ian Kelly disse que o governo dos EUA estava tentando "descobrir mais detalhes". Ele também voltou a pedir aos dois lados em conflito que evitem "qualquer ação que possa derivar em um surto de violência".
O presidente da Guatemala, Álvaro Colom, também aliado do presidente deposto, confirmou a volta de Zelaya e previu que seu retorno "será o fim da crise política".

Chávez O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, que é aliado político de Zelaya, disse ter falado com o presidente deposto pelo telefone e confirmado que ele estava de volta ao seu país. Segundo Chávez, Zelaya, que estava na Nicarágua, voltou a Honduras por terra, depois de dois dias de viagem cruzando rios e montanhas.
"Estou em Tegucigalpa. Estou aqui para restaurar a democracia, para pedir diálogo", disse Zelaya a uma TV hondurenha.

Antes de divulgada a informação de que Chávez estaria na Embaixada do Brasil, o presidente interino Roberto Micheletti havia negado que ele estivesse no país.

Segundo Micheletti, o presidente deposto estaria na Nicarágua, e a versão da sua volta faria parte do "terrorismo da mídia" contra o governo de facto.

O governo de facto que domina Honduras desde o golpe militar de 28 de junho havia prometido prender Zelaya por "traição à pátria" caso ele voltasse. Os interinos negam-se a aceitar a volta do deposto, apesar da pressão internacional, liderada pelos Estados Unidos e pela OEA, para que ele seja restaurado.

Setor privado opina sobre a venda de caças ao Brasil

Embraer e outras três empresas avaliaram níveis de transferência de tecnologia

Convite para participação partiu da FAB; empresas são listadas como parceiras obrigatórias de todas as concorrentes estrangeiras

A Embraer e três outras empresas privadas brasileiras da sensível área de defesa tiveram acesso às propostas dos EUA, da França e da Suécia para o programa FX-2, de renovação dos caças da FAB, e apresentaram relatórios avaliando os níveis de transferência de tecnologia oferecidos pelas concorrentes ao Brasil, com aval de seus governos.
Conforme a Folha apurou, outras empresas privadas que participam da avaliação são:

1. Atech, fabricante de software da área de defesa, energia e controle de tráfego aéreo, criada para ser a integradora do Sivam (Sistema de Vigilância da Amazônia);

2. Mectron, de engenharia e de alta tecnologia de defesa, responsável por radares, subsistemas e mísseis como, por exemplo, o Piranha utilizado pelas Forças Armadas;

3. AEL-Aeroeletrônica, que produz sistemas eletrônicos e suporte logístico para aviões, inclusive para o Super Tucano, da Embraer, e é subsidiária da maior empresa privada de produtos militares de Israel, a Elbit Systems Ltda.

Elas, principalmente a Embraer, são listadas como parceiras obrigatórias das empresas estrangeiras para fornecimento de suprimentos e troca de tecnologia. E passam a ter informações secretas sobre todas as três concorrentes.

O convite para a participação na avaliação partiu da Copac (Comissão Coordenadora do Programa Aeronave de Combate), da FAB, e a Embraer destacou um diretor exclusivo para acompanhar o FX-2, Luiz Hernandez, formalmente na Diretoria de Contratos para o Mercado de Defesa e Governo.

O prazo para a entrega de propostas se encerra amanhã, apesar de o governo já ter aventado a possibilidade de adiá-lo. As finalistas estão melhorando preços e contrapartidas, com envio ao Brasil de representantes tanto das cúpulas das empresas como dos governos, como o vice-ministro de Defesa da Suécia, Hakan Jevrell, que esteve em Brasília quinta-feira.

Concorrem na reta final do FX-2 o Rafale, da empresa Dassault (França), o F-18 Super Hornet, da Boeing (EUA) e o Gripen NG, da Saab (Suécia). O negócio envolve a compra de 36 caças, com transferência de tecnologia do aparelho, do sistema de armas e da integração entre ambos. Pode chegar a R$ 10 bilhões. A entrega está prevista a partir de 2014 e a vida útil da frota é de 30 a 40 anos.

O presidente Lula atropelou o processo de seleção ao divulgar comunicado com o presidente Nicolas Sarkozy anunciando o início de negociações.

Diante das reações negativas, o governo brasileiro foi obrigado a recuar e declarar que o processo de seleção continuava. A Copac já produziu mais de 26 mil páginas avaliando as propostas, nas quais empresas gastaram milhões de dólares ou euros.

A questão considerada chave no FX-2 é a transferência de tecnologia, porque o Brasil busca a autonomia na produção de caças, submarinos e helicópteros, e os países desenvolvidos não têm precedentes de repassar conhecimentos.

Com isso, os EUA vetaram, por exemplo, que a Embraer vendesse o Super Tucano para a Venezuela. Assim como a França praticamente asfixiou a frota da Argentina na guerra das Malvinas.

ELIANE CANTANHÊDE
COLUNISTA DA FOLHA DE S.PAULO

sábado, 19 de setembro de 2009

EUA deixa base militar de Manta, Equador assume "pleno controle"



O país norte-americano iniciou seu "combate ao narcotráfico" no Equador em 1999, mas o presidente Rafael Correa decidiu, em 2007, não renovar o contrato.

Fonte: Guia Global

O governo dos Estados Unidos entregou ontem (18) a base militar de Manta - na costa pacífica oeste do Equador - para a Força Aérea Equatoriana (FAE). No local, uma cerimônia marcou a saída do corpo civil e militar estadunidense, que deve ser realocado em três das sete bases que os EUA estão instalando na Colômbia este mês. O país norte-americano iniciou seu "combate ao narcotráfico" no Equador em 1999, mas o presidente Rafael Correa decidiu, em 2007, não renovar o contrato, válido por dez anos. Agora, o país assume o pleno controle da base.




O Posto de Operações Avançadas (FOL, por sua sigla em inglês) dos EUA entregou ontem a base de Manta às autoridades do Equador, dois meses após seu último voo antinarcotráfico, em 17 de julho.

Em Manta, uma cerimônia marcou o "pleno controle" equatoriano sobre a base. Participaram do evento o ministro equatoriano de Relações Exteriores, Comércio e Integração, Fander Falconí, e o comandante geral da FAE, Rodrigo Bohórquez. O governo fez demonstrações dos recursos tecnológicos de que dispõe para combater, de modo unilateral, o narcotráfico no país.
Os EUA não celebraram o fato. Em entrevistas à imprensa local, a embaixada estadunidense no Equador informou que a FOL de Manta integrou uma cooperação internacional entre dezenas de países. No entanto, o Pentágono ainda não apresentou resultados sobre as ações executadas na região.

Em 1999, o então presidente equatoriano, Jamil Mahuad, autorizou as forças armadas estadunidenses a executar atividades militares na base de Manta. Durante o período de dez anos, organizações civis denunciaram violações aos direitos humanos por parte do corpo estadunidense.
Para alguns críticos, as bases eram utilizadas pelos EUA para o combate às guerrilhas que se desenvolvem na Colômbia, fronteira com o Equador. Rafael Correa passou a rechaçar publicamente a presença militar estadunidense no país em 2006, em campanha eleitoral.

No ano seguinte, o presidente equatoriano anunciou que não renovaria o contrato de utilização da base. Além disso, a nova Constituição do Equador, aprovada em 2008, proíbe todo tipo de bases militares estrangeiras no país.

Os civis e militares estadunidenses mantidos no Equador devem ser realocados em três das sete bases militares que estão sendo instaladas na Colômbia. As bases estão em Palanquero, Apiay (centro do país) e Malambo (norte).

O convênio assinado com o governo colombiano mantém as tensões entre os países da região, já tendo sido pauta central de vários encontros da União das Nações Sul-Americanas (Unasul). O grupo exige ter acesso ao documento firmado entre EUA e Colômbia.

Alto escalão tenta manter vigilância sobre blogs de militares dos EUA





Durante os dez meses que passou no leste do Afeganistão, um soldado especialista do Exército norte-americano apelidado de Mud Puppy manteve um blog que fazia uma crônica irreverente sobre a vida na frente de batalha, do terror das bombas de beira de estradas à tirania dos sargentos.

Com frequência engraçado e sempre profano, o blog "Embrace the Suck" (gíria militar que significa tirar o melhor de uma situação ruim) passa despercebido pelo radar do Exército. Sem ter a aprovação oficial, ele está escondido sob proteção de senha porque o soldado reservista não quer que seus superiores o censurem.



Soldados da Divisão de Infantaria usam a internet às vésperas do Natal de 2003, na base militar de Tikrit, no Iraque. Fiscalizar o fluxo diário de mensagens, vídeos e fotos trocadas por militares é praticamente impossível, mas isso não impede que alguns oficiais do Pentagono tentem.


"Algum oficial acabaria revisando tudo o que escrevi", disse o soldado de 31 anos, que pediu para que seu nome não fosse divulgado, numa mensagem de e-mail. "E mais cedo ou mais tarde ele descobriria alguma coisa para me pegar."

Existem dois lados no avanço militar dentro do mundo livre da rede interativa. Nos altos escalões do Pentágono, oficiais civis e generais de quatro estrelas passaram a elogiar com entusiasmo o poder das redes sociais para humanizar as tropas, incitar os recrutas e formar a opinião pública sobre a guerra.

O general Ray Odierno, comandante das forças norte-americanas no Iraque, está no Facebook. O presidente do Joint Chiefs of Staff [comissão que reúne os oficiais mais graduados das forças armadas dos EUA], almirante Mike Mullen, tem um canal no YouTube e publica mensagens no Twitter quase que diariamente. O Exército está encorajando oficiais de todas as patentes a entrarem na internet para reescrever de forma colaborativa sete de seus manuais de campo. E em 17 de agosto, o Departamento de Defesa divulgou um site que promove links para seus blogs e contas no Flickr, Facebook, Twitter e YouTube.

A internet, entretanto, é um lugar imenso. E os milhares de soldados que usam blogs, Facebook, Twitter e outros sites de rede social para se comunicarem com o mundo de fora nem sempre estão em sintonia com a voz oficial do Pentágono. Fiscalizar esse fluxo diário de mensagens, vídeos e fotos é praticamente impossível - mas isso não impede que alguns militares tentem.

O Departamento de Defesa, alegando preocupações crescentes quanto à segurança na rede, planeja lançar uma nova política nas próximas semanas que deve estabelecer restrições em todo o departamento para o acesso a sites de rede social a partir de computadores militares. Pessoas a par dessa revisão de normas dizem que a nova política pode limitar o acesso a sites de rede social àqueles que demonstrarem uma clara necessidade disso no trabalho, como oficiais de informação e conselheiros familiares.

Se este for o caso, muitos oficiais dizem que isso prejudicaria significativamente os esforços para expandir e modernizar o uso militar da internet, no exato momento em que esses esforços estavam ganhando terreno. E apesar de a nova política não se aplicar a soldados que usam provedores de internet privados, um grande número de oficiais militares em bases e navios de todo o mundo depende de seus computadores de trabalho para ter acesso à internet.

Para muitos analistas e oficiais, o debate revela um conflito cultural mais amplo: entre a natureza anárquica, sem filtros e democrática da internet, e a tradição hierárquica, controlada e autoritária dos militares.

"Enquanto instituição, ainda não conseguimos determinar como queremos usar os blogs" e outras mídias sociais, disse o tenente-genaral William B. Caldwell IV, comandante do Army Combined Arms Center em Fort Leavenworth, Kansas.

Um dos principais defensores de um acesso mais aberto à internet no Exército, Caldwell argumenta que as redes sociais permitem a interação entre os soldados alistados, oficiais de baixa patente e generais de uma forma que era impensável há uma década. Ele exige que os alunos do Colégio do Comando e Staff Geral em Fort Leavenworth façam blogs, e o colégio agora patrocina 40 blogs públicos, incluindo o seu próprio, onde as políticas são debatidas livremente.

Mas conseguir a aprovação para esses blogs, assim como para acesso ao YouTube e ao Facebook na escola foi uma dura batalha. "Em todo canto, alguém citava uma norma", disse Caldwell. Nos últimos meses, entretanto, "o Exército deu saltos quânticos" ao abraçar a web, acrescentou.

Noah Shauchtman, editor do blog de segurança nacional da Wired.com, Danger Room, que tem relatado extensivamente sobre a nova revisão de política, disse que perguntou recentemente a alunos de West Point se eles permitiriam que os soldados tivessem blogs. Quase todos os cadetes disseram que não.

"Então eu perguntei: 'Quantos de vocês acham que podem deter o fluxo de informação de seus próprios soldados?'", lembra-se Shachtman. "Todos concordaram que não há como impedir que essa informação saia. Então existe esse tipo de dualidade."

Os céticos em relação à revisão do Pentágono dizem que ela foi motivada em parte por causa de um desejo de alguns oficiais de exercer controle sobre as vozes dos soldados na web. Desde o advento dos blogs militares durante a guerra do Iraque, alguns comandantes continuaram desconfortáveis com esse tipo de expressão, citando preocupações quanto a segurança e ao decoro.

Ao longo dos anos, os blogs vem sendo censurados ou tirados do ar, e há alguns anos o Exército instituiu exigências de que os blogueiros se registrem com seus superiores e submetam as mensagens à revisão destes. Como resultado, dizem alguns blogueiros, os blogs ficaram mais amenos - ou, como no caso do blog de Mud Puppy, caíram na clandestinidade.

Oficiais a par dessa revisão de política dizem que ela é resultado de preocupações crescentes do Comando Estratégico dos EUA, que supervisiona o uso militar da internet, de que os sites de redes sociais possam tornar os computadores militares vulneráveis a vírus, hackers, roubos de identidade, terroristas e até mesmo a governos hostis. (Essas preocupações não dizem respeito ao sistema militar seguro para informações confidenciais, que não usa a internet
pública.)

A revisão já começa a mostrar um efeito desencorajador. O Corpo de Fuzileiros Navais recentemente reinstituiu uma proibição de usar qualquer mídia social em sua rede. E o Exército, que em junho deu acesso ao Facebook, Twitter e outros sites de rede a algumas bases, pediu recentemente às unidades que evitassem criar novas páginas de mídia social até que a política final do departamento seja lançada.

Ainda que eles considerem restringir o acesso das tropas à mídia social, altos oficiais do Pentágono passaram a ver o Facebook, o Twitter, o YouTube e os blogs como elementos cruciais para suas operações de informação ao público.

"Esse departamento, eu acredito, está bem atrasado em relação à nossa tendência" de usar a mídia social, disse o secretário de defesa Robert M. Gates em julho quando elogiou o uso do Twitter por parte dos dissidentes iranianos.

Para os críticos, os sites de mídia social do Pentágono são na melhor das hipóteses tolos, e na pior, propagandísticos. "É como se seus pais tentassem usar gírias modernas e errassem vergonhosamente", disse a sargento Selena Coppa, autora do blog "Active Duty Patriot" que frequentemente critica a guerra no Iraque e que, segundo ela, já a rendeu problemas com seus superiores.

Mas para muitos soldados, a questão mais profunda é se os militares irão permitir que os soldados rasos em campo usem os sites que o próprio Pentágono quer explorar. Para uma geração criada com internet, qualquer restrição prejudicará o moral, dizem eles.

"O que sai no meu blog é a experiência de um soldado bem no meio de tudo isso", disse Mud Puppy (apelido para a polícia militar), que recentemente retornou para casa em Illinois, numa recente mensagem de e-mail. "Acho que as pessoas precisam ouvir de nós, mais do que precisam ouvir dos grandes. A guerra tem um custo, e quem paga esse preço são os soldados."

Tradução: Eloise De Vylder

FAB e Embraer preferem caça da Boeing

Como já se sabe, se depender do presidente Lula e do ministro da Defesa, Nelson Jobim, a França - com quem o Brasil já fechou negócio para a compra de cinco submarinos e 50 helicópteros - também deverá fornecer um pacote de 36 caças Rafale para a Força Aérea Brasileira, a FAB, numa transação que pode variar entre 4 bilhões e 8 bilhões de reais.

Além do Rafale, fabricado pela Dassault, também estão na disputa os caças FA-18 Hornet, da americana Boeing, e o sueco Gripen, da Saab. Os três concorrentes devem apresentar uma nova rodada de propostas à FAB na próxima segunda-feira. A decisão do governo deve sair em outubro.

Mas ainda que não comentem a respeito - tanto a FAB, quanto a Embraer, que deverá participar da contrução dos caças e assimilar a transferência de tecnologia exigida do governo brasileiro do fornecedor - preferem o caça FA-18 Hornet, da Boeing.

Para a Embraer, a preferência pela Boeing é claramente comercial. De saída, a empresa brasileira participa de uma licitação de 100 aviões leves de combate, como o Super Tucano, para a Força Aérea Americana, que pretende usá-los em cenários de guerra de guerrilha, como no Afeganistão.

A decisão ianque sobre a compra, que pode alcançar 90 milhões de dólares, deve ser anunciada em 2010.

As duas transações são independentes. Mas se o Brasil optar pelo FA-18, a Embraer deverá contar com maior simpatia dos americanos pelos Super Tucanos.

Outro ponto importante para a Embraer é o interesse já manifesto pela Boeing em desenvolver com a empresa brasileira um avião cargueiro militar, o KC-390, também a ser vendido para as forças armadas brasileiras.

O presidente francês Nicolas Sarkozy disse que a França gostaria de desenvolver um cargueiro com a Embraer. Mas acontece que a Airbus, que é sediada na França, já trabalha num projeto similar ao KC-390.

Já do ponto de vista da FAB, a preferência pela Boeing diz respeito à superioridade técnica do FA-18 sobre o próprio Rafale e o Gripen.

Aliás, nos últimos anos, o Rafale, que é fabricado pela Dassault, perdeu cinco disputas internacionais para o FA-18, em países como a Coreia.

Um dos trunfos do FA-18 é o seu sistema de radar AESA, desenvolvido pela Raytheon, que permite que o avião se torne invisível para o inimigo, que uma vez detectado pode ser fulminado antes mesmo de saber que estava sendo perseguido.

Além disso, para a FAB, a superioridade técnica da Boeing tem a ver com o sistema de navegação GPS.

Os americanos possuem a única constelação de satélites do mundo dotada da tecnologia. O GPS permite a localização exata de um objeto na superfície terrestre ou próximo dela, independente de condições meteorológicas ou de luminosidade.

Cabe ao Pentágono licenciar o uso do GPS para fins civis e militares em todo o mundo.

Logo, se comprar os Rafales, o Brasil continuará dependente dos americanos, ainda que indiretamente. A importação do GPS certamente tornará o pacote francês mais caro para o Brasil.

Desde o início da década que a União Europeia analisa a construção de um sistema GPS próprio. Mas a proposta, que está longe de sair do papel, custaria pelo menos 20 bilhões de dólares.

Outro aspecto que até agora vem sendo ignorado por Lula e Jobim - mas que é de interesse dos comandantes brasileiros - é a transferência tecnológica enquanto treinamento.

Só um piloto muito bem treinado consegue um rendimento máximo em ação. E nesse quesito, mais uma vez os militares brasileiros tem mais intimidade com os americanos, que por sinal tem as forças armadas mais bem treinadas do mundo.

A discussão sobre transferência tecnológica dos caças está restrita à resistência americana em permitir que a tecnologia a ser cedida para o FA-18 Hornet no Brasil seja revendida para países indesejáveis para os EUA, como a Venezuela ou o Irã.

Os americanos já declararam que o Brasil não teria carta branca para revender os FA-18 "made in Brazil".

De forma explícita, a provável decisão brasileira em comprar os Rafales vai se apoiar nesse aspecto.

Mas de forma velada, a intenção do governo Lula em se alinhar à França tem a ver com a intenção de demonstrar aos nossos vizinhos latino-americanos independência em relação a Washington.

No governo brasileiro, o Itamaraty tem dado sinais de que essa seria uma resposta em boa hora à Casa Branca, poucos meses depois do anúncio da instalação de bases militares americanas na Colômbia de combate ao narcotráfico.

O anúncio gerou uma enorme polêmica na Unasul, que reúne os países sul-americanos, com anti-americanistas notórios, como os presidentes Hugo Chávez, da Venezuela, e Rafael Corrêa, do Equador.

Com razão, o Brasil não gostou da maneira como os americanos trataram o tema, não consultando, ou pelo informando Brasília de antemão a respeito.

Mas para o bem da segurança nacional, da FAB e do contribuinte brasileiro - que vai pagar a conta - é preciso esclarecer todos os aspectos - geopolíticos, técnicos e comerciais - que cercam a maior compra de aviões militares pelo Brasil desde 1973.

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

SUÉCIA OFERECE PARCERIA ESTRATEGICA COM BRASIL



Material divulgado hoje na coletiva de imprensa com a presença do Secretário de Estado da Defesa da Suécia, Håkan Jevrell, e do diretor geral da Gripen/ Saab no Brasil, Bengt Janér

A Suécia não busca um comprador, a Suécia procura uma parceria estratégica. Uma parceria baseada em uma cooperação de longo prazo para o benefício das futuras gerações do poder aéreo e do desenvolvimento industrial.

Acreditamos que temos a proposta mais vantajosa, quer no preço quer na transferência de tecnologia, baseada em uma cooperação de longo prazo. A Suécia e a Saab, juntamente com os brasileiros, irão desenvolver uma aeronave para o mercado mundial, e o governo sueco apoia totalmente esta parceria.

Somos os únicos que podem oferecer ao Brasil a oportunidade única de participação em um programa de desenvolvimento de uma caça supersônico, possibilidade impossível para os nossos concorrentes. Esta parceria com a Embraer está incluída na oferta do Gripen NG para o Brasil. Nossa proposta inclui a instalação de uma linha de montagem do Gripen NG na Embraer, sem qualquer custo adicional. O primeiro Gripen NG brasileiro será construido no Brasil.

Esta é realmente nossa proposta e não apenas a subcontratação e montagem parcial, como por exemplo, os concorrentes tem oficialmente declarado.

A proposta da Suécia é a que oferece mais oportunidades de emprego no Brasil, pois é baseada no desenvolvimento e construção conjunta.

Somente o desenvolvimento conjunto fornece a verdadeira transferência de tecnologia e somente a Suécia pode oferecer um programa de desenvolvimento conjunto com a total e transparente transferência de tecnologia. Isto dará a capacidade ao Brasil de concepção, fabricação, modificação e atualização de todas as áreas críticas do Gripen NG. Significa, também, a possibilidade para o Brasil vender, de forma independente, o Gripen NG para a América Latina e outros países com os quais possua influência no mundo inteiro.

A Suécia possui um irreprensível histórico de parcerias com outros países, que é facilmente verificável, em relação a preços, qualidade de produto e transferência de tecnologia. A nossa oferta é totalmente viável sob o ponto de vista econômico e técnico.

A Saab é renomada por entregar o que promete na data correta e na qualidade esperada.

O mais importante da nossa oferta é o conteúdo da parceria, a aquisição de novos conhecimentos para o desenvolvimento de um avião de caça.

A adesão ao desenvolvimento conjunto do Gripen NG é uma oportunidade única para o Brasil adquirir habilidades e conhecimento para operar um caça de forma autônoma e independente. Isto é investimento para o futuro.

Estamos também pesquisando sobre como resolver a necessidade de treinamento de futuros pilotos na Suécia, bem como a forma de melhorar o nosso avião de transporte C-130 e, eventualmente, no futuro, substituí-los. Isto, obviamente, poderá gerar outras formas de cooperação quando sabemos que a Embraer possui produtos como o já testado Super-Tucano e o projeto KC-390.

Independência
A Suécia destaca-se como uma alternativa independente por não ser um país militarmente alinhado. Possuímos tecnologia de ponta e estamos abertos à cooperação mútua. Estamos oferecendo a possibilidade do Brasil de ter a sua própria indústria de aviões supersônicos de combate, algo que os outros países não podem oferecer. A oferta da Suécia dá ao Brasil uma alternativa independente e flexível para o desenvolvimento de suas futuras forças da Defesa. A Suécia e a Saab estão 100% comprometidas com a transferência de tecnologia.

O governo da Suécia e a Saab garantem a transferência de tecnologia de forma completa e transparente. Todas as tecnologias-chave estão sob controle sueco e a Saab possui todas as autorizações necessárias por parte do governo sueco para apresentar a sua proposta. Nós não usamos caixas pretas no que diz respeito à transferência de tecnologia. Estamos habituados a cooperar com os nossos parceiros para desenvolver a aeronave. E uma de nossas vantagens é saber adaptar as aeronaves para as necessidades de cada cliente.

O governo sueco não imporá nenhuma restrição no uso e contará com o governo brasileiro no que diz respeito ao acompanhamento ao certificado de usuário final. Um ponto forte do Gripen NG é o fato de que será desenvolvido de acordo com as necessidades do comprador. E nós não faremos quaisquer restrições à transferência de tecnologia e atenderemos a demanda do governo brasileiro para que possa estar apto e fabricar os futuros modelos de aviões de combate.

Há um forte compromisso político do governo sueco de que o contrato assinado e subseqüentes entregas, incluindo todos os software, hardware, códigos-fonte, etc, serão aprovados para o Brasil.



O único subsistema principal norte-americano presente no Gripen NG é o motor, item mecânico capaz de funcionar durante o ciclo de vida por meio da compra antecipada de peças de reposição, se necessário. O motor, de fato, é basicamente um motor comercial sem nenhuma tecnologia sensível, e é o mesmo motor que os Estados Unidos ofereceram ao Brasil no F-18 Hornet.

Alega-se que a desvantagem do Gripen NG Brasil é o fato de ter um motor. Nós consideramos que, pelo contrário, é uma grande vantagem.

1.É um avião mais leve que mantém os custos do ciclo de vida e custos operacionais muito baixos.
2.Nos tempos atuais não tivemos nenhuma falha de motor com o Gripen mesmo após 120.000 horas de voo.
3.Tanto o F-16 com 5000 caças vendidos e o JSF possuem um motor. Entendemos o caça com um motor como o futuro.
Não é correto a informação que Gripen NG possui 47% de componentes americanos. A Suécia e a Saab controlam toda a tecnologia sensível do Gripen NG. O único componente americano é o motor, que é basicamente um motor comercial e o mesmo que foi oferecido a vocês pela Boeing no F18 Hornet.

Gripen NG Brasil
O Gripen será a espinha dorsal da defesa sueca para, pelo menos, os próximos 30 anos. Estamos atualmente atualizando nossa frota com os modelos Gripen C/D que substituiram alguns poucos modelos A/B da geração anterior.

Para ser capaz de desenvolver o Gripen C/D às necessidades das próximas décadas, o Parlamento decidiu e investiu em um programa, o programa “Demonstrador” para encontrar as melhores soluções para as necessidades futuras. O avião existe e os testes de vôo feitos até agora têm sido muito bem sucedidos. O Gripen NG é baseado neste Demonstrator . Seu alcance será muito maior do que das atuais aeronaves Gripen C/D; terá mais capacidade de carga e um melhor sistema de radar, para mencionar algumas melhorias. Nós mesmos utilizaremos o Gripen NG.

O governo sueco está dando total apoio a esta oferta da Gripen NG feita ao Brasil, uma vez que nós mesmos temos interesse neste produto, que convidamos o Brasil para participar do seu desenvolvimento e produção de forma conjunta.

O demonstrator Gripen NG já está voando e com excelentes resultados. É a base para o Gripen NG.

Uma aeronave de caça é um conjunto de sistemas, e na maneira atual de desenvolvimento de aeronaves, é natural que diferentes tipos de sistemas, subsistemas, e componentes sejam testados antes que se decida o que melhor irá atender às suas demandas. Portanto, sob essa perspectiva, a versão NG final é uma oportunidade para o Brasil e para a Suécia decidirem sobre o que irá atender as necessidades específicas, sob a ótica dos seus requisitos operacionais Mas o fator mais importante na criação de aeronaves modernas é o conhecimento e habilidade para integrar, validar e aplicar um sistema de sistemas. Essa habilidade está baseada em uma experiência de mais de 100. 000 horas de vôo com o Gripen e com outros bem-sucedidos caças suecos ao longo dos anos. Nossa habilidade também é reconhecida por nossos concorrentes. Um exemplo são os testes de tiro com o novo míssel Meteor European BVR Air-to-Air, realizados com a aeronave Gripen em vez do Eurofighter.

Sabemos muito sobre integração de sistemas de aeronaves. Isto significa que diversos fornecedores podem oferecer os sistemas que comporão a aeronave. Nossos parceiros poderão escolher quais os componentes que serão incluídos em seus jatos de caça de acordo com suas necessidades. O radar é um bom exemplo: Embora haja poucos fornecedores no mercado, tivemos a possibilidade de escolher a melhor solução, em termos técnicos e econômicos, sem nenhum problema.

O Gripen tem uma reputação de entregar o que promete, e no prazo.

Temos um recorde de pontualidade na entrega da plataforma do jato de combate Gripen, não só para a Força Aérea Sueca, mas também para os nossos outros clientes estrangeiros. Não temos nenhuma preocupação com a possibilidade de atender os prazos do FX-2. Nós sabemos exatamente qual será o custo de seu desenvolvimento, de sua operação e de sua manutenção. O Gripen foi projetado para operar a partir de bases aéreas remotas e pode ser mantido por recrutas e poucos técnicos. Isto significa que esta é uma aeronave simples de manter, e que exige poucas pessoas para isso. Além dos fatores de ser uma aeronave mais leve, com apenas um motor, mantém o custo do seu ciclo de vida muito baixo. Uma vez que a Suécia sempre utilizou aeronaves de combate monomotoras, a Saab reforçou a confiabilidade e a segurança do motor e de seu sistema de apoio. Não temos casos de falhas de motores com as atuais aeronaves Gripen ou com seus antecessores. Nós sabemos exatamente quanto dos custos de aquisição, bem como dos custos do ciclo de vida (LCC) e estamos oferecendo a melhor relação custo-benefício. Esta avaliação é sempre feita por governos que buscam novas opções para a aviação militar. A longo prazo será muito lucrativo para o Brasil devido à cooperação industrial que estamos oferecendo.

O sistema Gripen tem um custo de aquisição, manutenção e operação significativamente mais baixo comparado aos custos conhecidos ou presumidos de qualquer outra aeronave de combate moderna. O Brasil terá condições de adquirir e operar o dobro de aeronoves Gripen NG do que com qualquer outro competidor, pelo mesmo custo, por um período de 40 anos. Nenhum caça concorre com o Gripen em termos de acessibilidade financeira.

O caça será competitivo e oferecerá a melhor relação custo-benefício. Estamos habituados a cumprir os acordos de transferência de tecnologia, porque os caças Gripen não são os únicos aviões de combate que já foram exportados pela Suécia. Com relação ao financiamento do programa FX-2, discussões frutíferas foram realizadas entre a SEFA, Secretaria de Economia e Finanças da Aeronáutica, e autoridades suecas. Se a Saab AB for a escolhida como o fornecedor do programa FX-2, uma oferta de financiamento favorável será apresentada pela Swedish Export Credit Corporation SEK, corporação sueca de crédito de propriedade integral do Governo sueco, juntamente com a EKN, agência do governo sueco de crédito à exportação.

Chávez contrabalança as aquisições do Brasil?

O presidente Chávez detalhou neste domingo no seu programa semanal “Alo Presidente” as compras de armas feitas na sua oitava visita a Rússia.

A lista de compras inclui 92 carros de combate T-72. E mais importante o sistema de foguetes solo-solo SMERCH e o sistema de defesa aérea com radares e mísseis S-300 da empresa russa Antey.




O sistema SMERCH com foguetes de 300mm de diâmetro tem um alcance de 90km, superior a munição SS-80 do ASTROS II da brasileira AVIBRAS, que atinge 80 km. A munição SS-80 foi desenvolvida especialmente para a Malásia o Exército brasileiro emprega até a SS-60 que atinge 60km.

Porém a grande surpresa e dúvida até o momento foi o anúncio da aquisição do sistema S-300. Chávez procura fechar o espaço aéreo do seu território e pelo alcance do míssil (300km) certamente afeta o espaço aéreo de seus vizinhos.

← Postagens mais recentes Postagens mais antigas → Página inicial