IBM nacionaliza produção de discos de dados no Brasil

A IBM decidiu nacionalizar a produção de uma linha de discos para armazenamento de dados voltada às pequenas e médias empresas.

A companhia afirma que o segmento de pequenas e médias é hoje o mercado que mais cresce no consumo de tecnologia da informação e, como já produz servidores de pequeno e médio porte no país, decidiu incluir a área de armazenamento de dados na estratégia.

Segundo estudos da IBM, o volume de informação que circula nas empresas deverá crescer 16 vezes até 2020, ampliando a demanda para os centros de processamento de dados.

A produção local já começou, como informou Paulo Castanheira, executivo da área de armazenamento de dados da IBM para a América Latina.

A empresa utiliza os serviços de manufatura terceirizados da Flextronics, em Sorocaba (SP), e afirmou ter investido 2 milhões de dólares para criar a linha de produção dos discos, com a geração de 100 postos de trabalho na fabricante.

"Para crescer no Brasil, temos que investir aqui", afirmou Castanheira. Segundo ele, a demanda crescente pelas pequenas e médias empresas no Brasil foi o motivador dessa nacionalização.

A IBM, no entanto, também espera ganhar agilidade na entrega e preço mais competitivo com a decisão.

De acordo com Castanheira, o tempo de entrega dos discos importados ao distribuidor hoje é de algo como 30 dias. "Com a engrenagem funcionando melhor esse tempo pode cair até pela metade", disse ele.

Em relação à redução de preços esperada, ele afirmou que deverá ser, em média, em torno de 10 por cento. "Para um mercado competitivo como esse, é um ganho importante", destacou.

A IBM já anunciou ter se dividido em duas grandes regiões: os mercados maduros e os emergentes. Da receita de 2007, de 98,8 bilhões de dólares, 65 por cento foram gerados fora dos Estados Unidos e em 50 países - entre os quais o Brasil - o crescimento nas vendas foi superior a 10 por cento.