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Salmo 127

1 Se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam; se o Senhor não guardar a cidade, em vão vigia a sentinela.

2 Inútil vos será levantar de madrugada, repousar tarde, comer o pão de dores, pois ele supre aos seus amados enquanto dormem.

3 Eis que os filhos são herança da parte do Senhor, e o fruto do ventre o seu galardão.

4 Como flechas na mão dum homem valente, assim os filhos da mocidade.

5 Bem-aventurado o homem que enche deles a sua aljava; não serão confundidos, quando falarem com os seus inimigos à porta.

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terça-feira, 28 de outubro de 2008

C-390 - Versões Especiais



A EMBRAER anunciou durante a LAAD 2007 que iniciou estudos para desenvolver e produzir uma aeronave de transporte militar de médio porte com capacidade de carga de 19 toneladas chamada de C-390. A aeronave terá a mesma configuração do C-130, mas será um jato bimotor com asas enflexadas.

A EMBRAER está estudando o mercado e tentando captar recursos, financiamento e parceiros. Se o projeto for adiante deve ficar pronto em quatro anos com a primeira aeronave entrando em serviço em 2012.

A EMBRAER baseou seus estudos de marcado em uma frota global de 2.802 aeronaves de transporte militar que devem ser substituídos a médio e longo prazo. Cerca de 49% desta frota é composta de aeronaves C-130 e 1.613 tem mais de 25 anos de uso. O estudo só considera aeronaves com mais de 25 anos de operação na faixa de 5 a 25 toneladas e não considera o mercado chinês. Sem considerar o mercado russo, ucraniano e americano este número cai para 1.600 aeronaves. Com estes dados a EMBRAER estima que possa vender até 700 aeronaves C-390 para 77 países. O custo seria de cerca de US$ 50 milhões cada, para uma previsão de 120 aeronaves vendidas em 10 anos.

A EMBRAER pretende tornar o C-390 a aeronave de menor custo operacional em sua classe e com preço de compra extremamente competitivo. A EMBRAER estima que o custo de operação será de US$ 7,5 dólares por milha voada contra US$ 13 dólares do C-130J. O baixo custo está baseado na experiência com aeronaves comerciais e alta comunalidade com o EMB-190.

Os concorrentes do C-390 serão o Airbus A400M, o C-130J, o C-27, o An-72/74 e as variantes modernizadas do C-130 Hercules. Para comparar os preços, o C-130J custa US$ 65 milhões com a mesma capacidade de carga, o A-400 custa US$90 milhões com capacidade de carga de 37 toneladas, o C-17 custa US$240 milhões com carga de 77 toneladas e o C-27J Spartan custa US$35 milhões e o C-295 US$ 23 milhões, ambos com capacidade de carga de 10 toneladas. Já um C-130 modernizado custa entre US$ 3 milhões (modernização dos aviônicos) a US$30 milhões, mas com uma vida útil bem menor.

A aeronave tem partes em comum com o EMB-190 como as asas, profundor e deriva. A fuselagem é diferente, maior que a do Hercules, sendo uma das limitações dos cargueiros atuais que o C-390 deverá superar. A maior parte do cockpit é idêntico ao EMB-190 o que facilitará o uso de simuladores civis da aeronave comercial. O C-390 também poderá usar a estrutura de apoio do EMB-190. A aeronave terá uma versão de reabastecimento em vôo e irá receber uma sonda de reabastecimento em vôo. A aeronave terá controles por fly-by-wire, que aumenta a segurança e a operação em pistas curtas e não pavimentadas, sem a necessidade de apoio no solo, além do lançamento de carga aérea onde ocorre variação rápida do centro de gravidade da aeronave.

O peso máximo deve ser semelhante ao C-130, mas voa mais alto, sendo mais rápido (850km/h contra 560km/h) devido a propulsão a jato. A velocidade e altitude de vôo serão importantes para poder operar em rotas comerciais o que é muito difícil para os C-130 e diminuir o tempo de duração das missões. Os motores devem ser da classe de 7 a 10 toneladas como o Pratt & Whitney PW6000 e o Rolls-Royce BR715.

O alcance será de 2.000km com 19 toneladas de carga ou 4.000km com 10 toneladas de carga. A capacidade de carga inclui levar 64 pára-quedistas ou 84 tropas equipadas de acordo com os padrões de peso da OTAN. A aeronave terá 30,15 metros de envergadura, 32,75 metros de comprimento e 10,99 metros de altura. O peso máximo de decolagem deve ficar em 60 toneladas.

O compartimento de carga será mais largo e mais alto, pondendo levar cargas que não são possíveis de serem transportadas pelo C-130. O C-130 só pode levar 70% dos itens da OTAN. Esta sempre foi uma das grandes fraquezas do C-130 e que foi repetida pelo C-141 que tinha o compartimento de carga com a mesma altura e largura, porém mais comprida. Estas limitações de dimensões vem pressionando os requisitos de vários itens militares como veículos blindados. Blindados como o Patria AMV 8x8 e o LAV-25 só podem ser transportados no C-130 se forem retirados alguns itens como a torre de canhão. Esta operação pode ser demorada e os blindados irão demorar a entrar em operação. No C-390 os blindados irão sair da aeronave já prontos para o combate.

A FAB mostrou intenção de comprar entre 20 a 30 aeronaves para substituir sua frota de aeronaves de transporte C-130 Hercules. Também poderão substituir os KC-137 de reabastecimento em vôo e complementar os C-105 Amazonas.


Ampliando o Mercado

O C-390 irá realizar missões de transporte de tropas e carga, lançamento aéreo de carga e pára-quedistas, reabastecimento em vôo e evacuação aeromédica. São as missões do dia a dia dos esquadrões de transporte. Se for eficiente nestas quatro missões, será eficiente em outras missões das aeronaves de transporte aéreo.

O mercado pode ser ampliado significativamente, ou pelo menos garantido, se a aeronave for capaz de realizar outras missões mostrando ser uma aeronave flexível. O C-130, por exemplo, tem versões que realizam missões bem distintas do transporte aéreo ou realizam missões de transporte aéreo de extrema dificuldade. Entre as missões que o C-130 podem realizar são o ataque (AC-130), bombardeio, operações especiais (MC-130), busca e salvamento (HC-130), patrulha marítima (C-130MPA), reconhecimento (RC-130) e guerra eletrônica (EC-130). Nada impede que o C-390 também venha a realizar estas missões como veremos adiante podendo se tornar uma aeronave extremamente flexível como ocorreu com a família C-130.

MAC-X

MAC-X será o nome de uma proposta de um C-390 multifuncional para realizar as missões citadas. MAC-X é um acrônimo de um projeto de aeronave de transporte (C), multifuncional (M), com capacidade de ataque (A), e o X é de projeto. A aeronave receberia sensores e sistemas modernos para realizar as missões citadas. Os sistemas seriam modulares para otimizar cada missão. Vários componentes básicos comuns as várias funções facilitariam a multifuncionalidade da aeronave.

Os sensores necessários seriam basicamente um radar multifuncional e uma torreta FLIR. Um exemplo de radar pode ser o Scipio usado pelo AMX. Seria usado para busca de alvos móveis em terra e no mar, mapeamento do terreno, evitamento do terreno e navegação. O AC-130U Spectre usa um radar do F-15E adaptado e um radar mais potente daria uma capacidade muito maior. O Nimrod MR4 usa do Searchwater que além da capacidade de busca marítima, tem capacidade de alerta aéreo antecipado e de detecção de alvos móveis em terra, podendo a mesma aeronave realizar o que hoje são realizadas pela FAB pelo P-3AM (ainda não operacional), R-99A AWACS e R-99B. Obviamente o custo seria muito maior que um radar mais simples.

A torreta FLIR seria usada para detecção de alvos, navegação noturna e designação de alvos. Os sensores atuais têm longo alcance e boa definição. Um casulo externo como o Litening daria modularidade a aeronave, mas com um custo muito maior, mas também com alcance muito maior. Os AV-8B Harrier do USMC usaram seus casulos Litening para apoiar operações especiais e para detectar explosivos nas estradas. Os pilotos de F-16 que operaram o casulo no Iraque dizem que podiam acompanhar um alvo há 35 km de distância. A resolução era muito maior com telas maiores em terra durante o debriefing. O Litening foi adquirido pela FAB assim como a torreta StarSafire.

A capacidade de Comando & Controle deve incluir rádios de longo alcance e comunicação por satélite. As operações de aeronaves de operações especiais mostram que estes equipamentos são muito necessários. O C-390 já tem previsão de espaço extra para assentos extras para missões mais difíceis, consoles de reabastecimento e duas camas para missões de longo alcance, com espaço de sobra na cabina. A FAB utilizaria seu datalink para trocar dados com outras aeronaves e postos de comando em terra.

Os sistemas defensivos básicos já estão sendo instalados rotineiramente nas aeronaves de transporte. As operações de Manutenção e Sustentação da Paz implica que a aeronave irá operar dentro da área de ação e sob ameaça da artilharia antiaérea, mísseis SAM portáteis e até mísseis guiados por radar. Foi uma lição aprendida pela OTAN nas missões de paz na Bósnia após um G222 italiano ser derrubado enquanto pousava. A aeronave deve receber blindagem para proteção da tripulação e partes vitais. Um alerta radar (RWR) e alerta de aproximação de mísseis (MAWS) são obrigatórios. Lançadores de chaff e flare são o mínimo necessário para despistar mísseis. Os sistemas mais sofisticados são os interferidores eletrônicos e contramedidas infravermelhas.

Os MC-130 da USAF são equipados com interferidores de comunicações e de radares de busca instalados em um módulo na cabine com as caixas pretas e consoles que pode ser retirado caso não seja necessário. A operação foi tão eficiente para evitar ser detectado e atacado por mísseis SAM e interceptadores no Vietnã que foi criado uma versão especializada de interferência eletrônica do C-130 e criada uma versão de interferência eletrônica do F-111 chamado de EF-111 Raven. Os sistemas defensivas mais sofisticados de ECM e MAGE podem ser até nacionais como os já usados pela Marinha. O C-390 não tem as limitações de espaço e carga encontrados nos caças e um operador dedicado dá mais flexibilidade ao sistema. Um sistema de defesa antimíssil efetivo e barato contra mísseis guiados por radar são os despistadores rebocados. Os AC-130 e MC-130 da USAF receberam o despistador rebocado ALE-55 em 2006.

Os MC-130 da USAF são usados para treinar os caças interceptadores contra intrusos voando baixo a noite. O treinamento é de utilidade para quem defende e para os MC-130 sendo usados como "agressores". Os MC-130 são usados para testar as defesas aéreas de vários países da OTAN.

Durante a Guerra do Vietnã, os MC-130 tinham pintura RAM (material absorvente de ondas de radar), talvez para algumas bandas. A cor verde da tinha até levou a aeronave a ser chamada de "blackbird" pelos tripulantes. Outras medidas defensivas são o planejamento e a capacidade de voar baixo e a noite com o radar e o FLIR.

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2 comentários:

Anônimo disse...

Rather valuable idea

Anônimo disse...

Bravo, magnificent idea and is duly