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Salmo 127

1 Se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam; se o Senhor não guardar a cidade, em vão vigia a sentinela.

2 Inútil vos será levantar de madrugada, repousar tarde, comer o pão de dores, pois ele supre aos seus amados enquanto dormem.

3 Eis que os filhos são herança da parte do Senhor, e o fruto do ventre o seu galardão.

4 Como flechas na mão dum homem valente, assim os filhos da mocidade.

5 Bem-aventurado o homem que enche deles a sua aljava; não serão confundidos, quando falarem com os seus inimigos à porta.

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terça-feira, 27 de outubro de 2009

A ascensão da Coreia do Sul

Obter notícias das reuniões de cúpula da Associação das Nações do Sudeste da Ásia (Asean, na sigla em inglês) é sempre difícil, e a reunião que teve início em 23 de outubro na Tailândia dificilmente será uma exceção a isso.

Até agora ela é notável apenas por ser a sucessora de uma outra, ocorrida em abril, que foi suspensa frente aos protestos de apoiadores do ex-primeiro-ministro da Tailândia, Thaksin Shinawatra, que foi deposto em um golpe de Estado em 2006.

Talvez o mais significante para a região, pelo menos simbolicamente, sejam as visitas do presidente sul-coreano, Lee Myung-bak, a três membros da Asean - Vietnã, Camboja e Tailândia. Lee tem aproveitado o encontro regional que se segue à reunião da Asean para fazer com que sejam mais percebidas as ambições da Coreia do Sul no cenário internacional, e especialmente no sudeste da Ásia.

O perfil de Seul tem crescido em vários sentidos: um sul-coreano é o secretário-geral da Organização das Nações Unidas, a Coreia do Sul sediará a reunião do Grupo dos 20 (G-20) do ano que vem; o país firmou um acordo de livre comércio com a União Europeia, e ele está tentando obter um substancial aumento do seu poder de voto no Fundo Monetário Internacional (FMI) de forma que a sua atuação nesta instituição condiga mais com o papel da Coreia do Sul no comércio global.

Tudo isso ajudou a transferir o foco das atenções globais, que, no que se refere à península coreana, estava concentrado nas ambições nucleares da Coreia do Norte, para o papel da Coreia do Sul como potência de dimensão intermediária.

O sudeste da Ásia é uma região particularmente fértil para o aumento da influência de Seul. Portanto, não é de se surpreender que, em Hanói, Lee e o seu congênere vietnamita, o presidente Nguyen Minh Triet, tenham concordado em firmar uma "parceria cooperativa estratégica" entre os seus países.

A natureza dessa parceria pode ser difusa, mas ela demonstra a determinação da Coreia do Sul em manter um equilíbrio nas suas relações regionais. Essa é uma equação complexa tendo em vista a dependência de Seul, na área de segurança, dos Estados Unidos, a importância da China - atualmente o maior parceiro comercial dos sul-coreanos - e a sua relação crucial, mas complicada, com o Japão. A conquista de novos amigos no Sudeste da Ásia expande a influência da Coreia do Sul na região, especialmente em um momento em que certas pessoas temem que a China esteja se tornando um fator muito importante para a tranquilidade de longo prazo de Seul.

O desejo da Coreia do Sul de exercer influência na região teve também um impacto construtivo sobre a própria Asean ao estimular os acordos comerciais e financeiros entre a associação e os três países do nordeste da Ásia, acordos estes que, caso contrário, poderiam ter naufragado devido à rivalidade entre China e Japão.

Sob o ponto de vista econômico não existe nada de novo quanto à presença coreana na Asean. As companhias da Coreia do Sul foram umas das primeiras a montar fábricas voltadas para produtos de exportação no Vietnã há mais de uma década. Os investimentos industriais sul-coreanos podem ser encontrados em todos os países da Asean. Os sul-coreanos adquiriram cursos de golfe e colonizaram os distritos turísticos de Manila e Cebu, nas Filipinas. As suas fábricas de equipamentos eletrônicos superaram todas as outras em grande parte da região e as novelas de TV sul-coreanas são acompanhadas por um grande universo de telespectadores em todas as partes da Ásia.

Os sul-coreanos são democráticos em seu próprio país, não não fizeram nenhum esforço no sentido de preocuparem-se com a democracia ou os direitos humanos em outras partes da Ásia, uma postura que agrada muitos membros da Asean.

Até recentemente, a presença oficial da Coreia do Sul era bastante discreta. Mas agora o país conta com a confiança e o dinheiro necessários para atuar de forma mais marcante. As verbas de Seul para auxílio a outros países aumentaram, e os sul-coreanos têm se destacado nas iniciativas de ajuda humanitária após desastres naturais na Indonésia e nas Filipinas.

Seul também tem ambições no setor de venda de armamentos que poderiam causar desconforto a fabricantes de armas dos Estados Unidos, da Europa e da Rússia e, em breve, da China. A Coreia do Sul venderá submarinos à Indonésia e está procurando fechar vendas de armas na Tailândia, na Malásia e, possivelmente, no Vietnã.

Algumas pessoas no sudeste da Ásia temem a natureza agressiva dos negócios sul-coreanos, e estão preocupadas principalmente com a fome de recursos naturais que domina a Coreia do Sul. As atitudes sul-coreanas, consideradas rudes, podem irritar os flexíveis países do sudeste asiático. Mas, de maneira geral, a Coreia do Sul é muito bem aceita - ela não é grande o suficiente para ameaçar, mas é suficientemente importante para proporcionar opções a países que às vezes sentem-se assediados por Estados Unidos, Japão ou China.

O ímpeto para a criação de vínculos com o Vietnã pode ser especialmente significativo ao se considerar o papel-chave desempenhado por Hanói na resistência às reivindicações da China no Mar do Sul da China, bem como o interesse dos países dessa área geográfica dependente do comércio por rotas oceânicas. Assim, embora nem a China nem o Japão deseje que a influência sul-coreana aumente em detrimento deles, a China é que provavelmente teria mais a perder com isso.

FONTE: Herald Tribune

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