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Salmo 127

1 Se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam; se o Senhor não guardar a cidade, em vão vigia a sentinela.

2 Inútil vos será levantar de madrugada, repousar tarde, comer o pão de dores, pois ele supre aos seus amados enquanto dormem.

3 Eis que os filhos são herança da parte do Senhor, e o fruto do ventre o seu galardão.

4 Como flechas na mão dum homem valente, assim os filhos da mocidade.

5 Bem-aventurado o homem que enche deles a sua aljava; não serão confundidos, quando falarem com os seus inimigos à porta.

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quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Analistas divergem sobre possíveis ameaças





Muito se fala em defender a região do pré-sal de ameaças,mas fica a pergunta: defender de quem? Os analistas divergem. Daniel Filho, da UFJF, diz ver só a Venezuela como uma ameaça real. “Se resolver adotar uma política expansionista, Hugo Chávez, presidente venezuelano, seria capaz de atacar. Armas para isso ele tem”, afirma. “Ele possui aviões Sukhoi, que são aeronaves esplêndidas”. Também há preocupação por parte dos militares com a reativação da Quarta Frota dos EUA, no Atlântico. “Mas aí é outra conversa. O Brasil não tem nem como sonhar emenfrentar a capacidade deles. Cada portaaviões americano leva mais aeronaves que toda a nossa Força Aérea”, raciocina Daniel Filho.

Já Salvador Raza, professor da National Defence University, analisa a questão de modo diferente. “Não se protege o pré-sal contra uma ameaça específica, sejam os EUA, a Argentina ou os marcianos. É mais do que isso”. Para ele, o pré-sal “será parte integrante de nossa matriz energética, onde estará baseado todo o crescimento do país. É nosso passaporte para o futuro”, diz. Defender essa região, portanto, seria a própria defesa da passagembrasileira para uma condição desenvolvida.

Com a intenção do país de agregar mais 1 milhão de quilômetros quadrados à Zona de Exclusividade Econômica (ZEE), novas ameaças também podem estar a caminho. De acordo com os especialistas, é possível que outros países não reconheçam uma eventual incorporação dessa área – os próprios EUA ainda não deramseu aval formal para a criação da ZEE, em 1982. Em teoria, isso poderia fazer com que companhias desses países criassem plataformas situadas nos limites dessa região, para tentar abocanhar um pedaço da extração petrolífera, dando origem a um conflito comercial com potencial pra lá de incendiário. “Um fato é que, onde há petróleo, há conflitos. É preciso estar preparado”, conclui o professor Raza.

INVESTIMENTO NAVAL

Conheça os planos da Marinha para defender a região
dos poços de petróleo do pré-sal

- Aquisição de 30 novos navios de escolta
- Abertura de um estaleiro e uma base de submarinos em Itaguaí (RJ)
- Compra de 4 submarinos convencionais
- Modernização de aviões A-4 Skyhawk e P-2 Neptune
- Construção de um submarino nuclear
- Desenvolvimento do Sistema de Gerenciamento da Amazônia Azul


País terá que desembolsar R$ 16 bilhões
por frota de submarinos

Valor inclui compra de quatro aparelhos de desenho francês e a construção no Brasil de um vaso movido à energia nuclear



A defesa das plataformas de petróleo do pré-sal não será feita apenas acima das ondas. AMarinha planeja investir € 6,7 bilhões – o equivalente a R$ 16,7 bilhões pelo câmbio atual - para se equipar com uma série de mortíferos predadores subaquáticos. O objetivo é construir no país quatro submarinos da classe Scorpène, a partir de tecnologia fornecida pelo governo da França, ao custo de aproximadamente R$ 1 bilhão por unidade.

Embora movimentados pelo sistema convencional de propulsão, conhecido como dieselelétrico, esses vasos são dotados de sensores eletrônicos sofisticados e cascos resistentes à alta pressão, que os tornam muito superiores aos modelos atualmente em uso pela força naval. Também entra nesse orçamento um estaleiro e uma nova base de submarinos, ambos localizados na cidade de Itaguaí (RJ), para substituir o atual ancoradouro da Baía de Guanabara.

No entanto, a grande estrela do ProgramadeDesenvolvimento de Submarinos (ProSub) é mesmo o submarino nuclear brasileiro, por enquanto conhecido pela sigla SN-BR.Oobjetivo é que esse aparelho – se concretizado, a mais sofisticadamáquina já construída na história do país – seja concluído em 2021, ao custo de cerca de R$ 3,1 bilhões de reais. Mesmo com o valor elevado, a Marinha afirma que o preço será menor que o gasto por outros países. Os EUA usaram R$ 10,2 bilhões para criar o submarino da classe Virginia, enquanto a França despejou R$ 19,5 bilhões no Barracuda. No entanto, é preciso lembrar que ambos os modelos são maiores, mais complexos e com maior capacidade que o brasileiro.


Clube de prestígio


Possuir um submarino nuclear é, antes demais nada, uma questão de prestígio. O clube dos países com capacidade de projetar, construir e operar essas máquinas é formado apenas por EUA, Inglaterra, França, Rússia, China e Índia. “O submarino nuclear é muito importante do ponto de vista político. Sem dúvida, pode ajudar na reivindicação do Brasil por uma vaga no Conselho de Segurança da ONU”, afirma Daniel Filho, do núcleo de Defesa e Pesquisas Estratégicas da Universidade Federal de Juiz de Fora.

Para Salvador Raza, da National Defence University, nos EUA, a importância do aparelho é mais grandiosa. “O submarino nuclear é um fator dissuasório, não uma arma de agressão. Neutraliza definitivamente o conflito coma Argentina e catapulta o Brasil para uma nova dimensão política. Ele possui um valor simbólico muito maior do que sua capacidade de combate”. Durante a Guerra das Malvinas, travada em1982 entre Argentina e Reino Unido, a Marinha britânica conseguiu intimidar as forças navais argentinas apenas com a presença de um submarino nuclear, que nem chegou a entrar em combate.

Por outro lado, é possível que surjam horizontes turbulentos no oceano do submergível atômico do Brasil. Existem dúvidas se o valor estipulado pela Marinha realmente será suficiente para colocar em operação o aparelho. Não é incomum que projetos similares estouremos limites orçamentários em outros países. “Provavelmente o valor passará dos € 7 bilhões. Será preciso transferir inúmeras tecnologias para a indústria nacional, e tudo isso sempre temumcusto extra”, diz Daniel Filho. Já Raza defende o projeto e diz que “se o Brasil quiser ser um país grande, terá que pagar por isso. Hoje temos plenas condições de fazer isso, e também é possível diluir o custo por várias décadas”, conclui.

POR: Marcelo Cabral

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