Ministério Publico Militar

Ministério Publico Militar

Arquivo do blog

Tecnologia do Blogger.

Salmo 127

1 Se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam; se o Senhor não guardar a cidade, em vão vigia a sentinela.

2 Inútil vos será levantar de madrugada, repousar tarde, comer o pão de dores, pois ele supre aos seus amados enquanto dormem.

3 Eis que os filhos são herança da parte do Senhor, e o fruto do ventre o seu galardão.

4 Como flechas na mão dum homem valente, assim os filhos da mocidade.

5 Bem-aventurado o homem que enche deles a sua aljava; não serão confundidos, quando falarem com os seus inimigos à porta.

Translate

Google+

Deixe seu recado AQUI!!!

Nome

E-mail *

Mensagem *

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Resgate com apoio do Brasil sai em uma semana

Helicópteros da FAB serão identificados com logotipo da Cruz Vermelha. Militares colombianos abrirão “corredor humanitário”
Silvio Queiroz

Helicópteros da Força aérea Brasileira (FAB), que serão identificados com o logotipo do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICR), devem voar para a Colômbia na próxima semana para transportar os integrantes de uma comissão que resgatará seis reféns a serem libertados pelas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc). Um técnico FAB era aguardado ontem em Bogotá para estabelecer contato com os colegas colombianos e acertar os últimos detalhes logísticos da operação com a senadora Piedad Córdoba, o governo colombiano e a Cruz Vermelha, em reunião prevista para hoje.

“O tipo exato e o número de aparelhos, bem como a tripulação e os demais aspectos técnicos, serão definidos com o representante brasileiro”, disse ao Correio Carlos Ríos, porta-voz do CICR na Colômbia. Ríos não quis comentar a escolha do Brasil para fornecer o apoio logístico. “Para nós, qualquer país que se disponha a ajudar, com a necessária prudência, será bem-vindo”, afirmou. O governo brasileiro é visto como interlocutor confiável para o governo e a guerrilha. O CICR acredita que os sequestrados podem estar livres em até duas semanas, mas o ministro da Defesa, Francisco Santos, avalia que os preparativos finais podem estar concluídos “em dois ou três dias”.

Na noite anterior, a anatomia da missão foi delineada em uma reunião entre o chefe da delegação da Cruz Vermelha em Bogotá, Christophe Bene, a senadora Piedad Córdoba, o comissário para Paz do governo colombiano, Luis Carlos Restrepo, o embaixador brasileiro, Valdemar Leão, e representantes da Comissão de Colombianos pela Paz — um grupo de intelectuais que, ao lado de Piedad Córdoba, mantém entendimentos com as Farc para a libertação de todos os reféns em poder da guerrilha.

“Os helicópteros brasileiros portarão o logotipo do CICR, que se encarregará das garantias e coordenará a logística dessa missão humanitária”, disse ao final do encontro — já na madrugada de ontem, em Brasília — o porta-voz da Cruz Vermelha Yves Heller. Ele informou que o governo do presidente Álvaro Uribe se comprometeu a dar segurança para o resgate. Assim que os coordenadores da operação tiverem indicações mais precisas sobre o local onde os reféns serão entregues, os militares colombianos estabelecerão “corredores humanitários”, suspendendo ou restringindo as operações de combate para permitir o deslocamento, tanto da delegação humanitária quanto das unidades guerrilheiras que custodiam os reféns.
Instruções

O emissário da FAB também receberá com os colegas colombianos informações técnicas sobre a topografia colombiana, para que os pilotos designados para a operação possam se preparar. Embora não tenha sido dada nenhuma indicação sobre locais, os dois reféns mencionados pelas Farc foram capturados e até recentemente eram mantidos em regiões distintas da Colômbia, e razoavelmente distantes entre si.

O ex-governador Alan Jara, do departamento (estado) de Meta, estava até as últimas informações sob custódia de frentes guerrilheiras que operam no sudeste. Já o ex-deputado provincial Sigifredo López pertence a um grupo seqestrado em Cali, no sudoeste. Além dos dois políticos, as Farc pretendem libertar três policiais e um militar, cujos nomes, segundo Piedad Córdoba, serão revelados ainda antes da operação.
Análise da Notícia
Antessala para a retomada do diálogo

Não foi surpresa, para os que acompanham o conflito colombiano e o cenário sul-americano, que o Brasil tenha assumido um papel-chave na libertação de mais seis reféns das Farc. Ao contrário: não são poucos os que esperavam, já há algum tempo, um envolvimento mais direto do governo Lula, cujo perfil discreto em relação ao drama da ex-senadora Ingrid Betancourt, resgatada pelos militares colombianos em julho passado, motivou cobranças — em primeiro lugar, dos familiares de sequestrados e dos defensores de uma solução negociada para o conflito.

Mais do que meramente logística, nos termos militares, a participação brasileira agora é política. Depois de sofrer uma série de golpes de mão por parte do exército, no ano passado, a guerrilha colombiana tornou-se ainda mais arredia. Em especial porque, no cinematográfico resgate de Ingrid, o símbolo da Cruz Vermelha foi usado pelos militares como parte de um ardil.

A confiança de ambas as partes na participação brasileira abre perspectivas mais ambiciosas. A iniciativa da guerrilha de entregar os últimos dois políticos em seu poder indica disposição a um acordo que favoreça os demais reféns — como antessala para uma aproximação que reconduza ao diálogo. (SQ)

Fonte: Correio Braziliense

← Postagem mais recente Postagem mais antiga → Página inicial

0 comentários: