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Salmo 127

1 Se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam; se o Senhor não guardar a cidade, em vão vigia a sentinela.

2 Inútil vos será levantar de madrugada, repousar tarde, comer o pão de dores, pois ele supre aos seus amados enquanto dormem.

3 Eis que os filhos são herança da parte do Senhor, e o fruto do ventre o seu galardão.

4 Como flechas na mão dum homem valente, assim os filhos da mocidade.

5 Bem-aventurado o homem que enche deles a sua aljava; não serão confundidos, quando falarem com os seus inimigos à porta.

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quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Boeing aposta no potencial militar brasileiro

São José dos Campos, 7 de Janeiro de 2009 - A Boeing, uma das maiores companhias de aviação comercial e militar do mundo, trava uma batalha por um contrato bilionário para fornecer jatos militares para o Brasil, tendo como principal trunfo a aeronave Super Hornet. Na briga pelo contrato, a empresa enfrenta a Dassault, da França e a Saab, da Suécia.

Essa concorrência se encontra inserida numa das maiores corridas armamentistas em curso em todo mundo, liderada pela Venezuela. Em entrevista exclusiva à Gazeta Mercantil, o vice-presidente da Boeing Integrated Defense Systems (IDS), Bob Gower, fala sobre o EA-18 Super Hornet que disputa a concorrência de US$ 2,2 bilhões para a compra inicial de 36 caças, com potencial para ser ampliada até 120 aeronaves, pelo governo brasileiro.

Gazeta Mercantil - Qual a principal vantagem oferecida pela Boeing sobre os demais caças?

O Super Hornet tem um conjunto muito forte, tanto em desempenho quanto em tecnologia. Para os pouco familiarizados com esses tipos de aeronaves, o Super Hornet é o mais avançado caça de combate do mundo em produção para missões multitarefa. Ou seja, o Super Hornet foi beneficiado com o investimento de milhões de dólares que resultou no radar mais avançado do mundo, o AESA - capaz de prover cobertura simultânea para operações ar-ar e ar-terra - com a habilidade de realizar mais missões do que qualquer outra plataforma e uma integração em campo de batalha aérea, através de seus sensores e conectividade com outras plataformas. O Super Hornet é simplesmente a plataforma mais capacitada, e faz isso a um preço vantajoso. Esta aeronave tem uma linha de produção ativa em suporte às Forcas Armadas dos Estados Unidos e à Real Força aérea Australiana.

Gazeta Mercantil - Qual a importância estratégica para a Boeing se tornar fornecedora militar do Brasil?

Vemos o Brasil como uma oportunidade aeroespacial tão grande quanto a possível parceria da Boeing com o país. Acreditamos que por meio da transferência de tecnologias, o Brasil será um bom mercado para nós. Além disso, podemos abrir o maior mercado de defesa do mundo para companhias brasileiras, em diversas categorias.

Gazeta Mercantil - Um dos argumentos explorados pelos concorrentes é que a Boeing não repassaria integralmente a tecnologia dos caças para a indústria brasileira. Qual é a proposta de vocês?

O governo norte-americano gasta mais com defesa do que qualquer outra nação. Este imenso investimento, durante décadas, levou à criação do maior líder de tecnologia em aviões de defesa e comercial. Acredito fortemente que a Força aérea Brasileira (FAB), a Boeing e o governo norte-americano podem alcançar um acordo na transferência de tecnologia, que seja capaz de atender as necessidades de todas as partes envolvidas e prover acesso ao que há de mais avançado no mundo em tecnologia de defesa. Estamos esperançosos de que a escolha do Super Hornet seja um trampolim de uma parceria estratégica muito maior entre Brasil e EUA, além de aproximar nossas indústrias aeroespaciais. A FAB e governo brasileiro podem estar certos de que a proposta de transferência de tecnologia, que será entregue em fevereiro, tem o aval de boa fé do governo norte-americano, bem como sua total aprovação.

Gazeta Mercantil - O governo brasileiro se viu frustado ao dar a concorrência do Sistema de Vigilância da Amazônia (Sivam) para a Raytheon e não receber a contrapartida, que seria o Jpats para a Embraer. Qual o peso que isto pode ter nesta escolha?

Preferimos não comentar o contrato do SIVAM, já que é separado do Programa F-X2.

Gazeta Mercantil - A Boeing poderia ter um avião para o mercado civil, produzido em conjunto com a Embraer?

Vemos o FX-2 como uma grande oportunidade para fortalecermos e ampliarmos nosso relacionamento com a indústria brasileira, além de apoiar sua expansão.

Gazeta Mercantil - A repercussão da eleição do presidente Barack Obama foi muito positiva no Brasil. Até que ponto a Boeing poderá utilizar da figura do presidente eleito nas negociações com o Brasil?

Os EUA desejam fortalecer o seu relacionamento com o Brasil e o FX-2 é uma grande oportunidade para ambas as nações fazerem isso, unindo duas das maiores potências econômicas.

Gazeta Mercantil - O governo da França tem feito inúmeros contatos e promessas de parcerias tanto na área militar com na espacial com o Brasil. A Boeing está disposta a dar mais vantagens que os franceses para conquistar essa concorrência, inclusive dando suporte ao programa espacial brasileiro?

O Brasil é uma potência econômica e, como tal, antevejo que o País terá um relacionamento estratégico com diversas potências econômicas mundiais. O FX-2 é a grande oportunidade para expandir a relação Brasil - Estados Unidos.

Gazeta Mercantil - O governo dos Estados Unidos vetou a venda dos turboélices de ataque leve ALX produzidos pela Embraer para o governo da Venezuela, o que criou um mal estar junto as autoridades brasileiras. Como a Boeing espera contornar essa situação e qual o apoio que terá do governo dos Estados Unidos nesta estratégia?

Há uma diferença significativa entre aquela situação e o que norteia a competição no F-X2. No Programa Super Tucano, o envolvimento dos EUA era baseado em contratos comerciais entre a Embraer e seus fornecedores americanos. Na competição pelo F-X2, o acordo será estruturado como uma transação de governo-para-governo e terá sua aprovação no momento da assinatura do contrato.

Gazeta Mercantil - A Boeing teria interesse em criar uma unidade de produção no Brasil se ganhar a concorrência, já que esse mercado é extremamente promissor?

Nosso principal foco é o crescimento da indústria aeroespacial brasileira e suas instalações.

Gazeta Mercantil - O que a direção da Boeing pode assegurar para o governo brasileiro e a área militar quanto a fidelidade na execução do contrato, mesmo se isto vier a contrariar futuros interesses norte-americanos na região?

Estamos muito honrados por termos sido pré-selecionados pela Força aérea Brasileira. Quanto à confiabilidade, cabe ressaltar que todos os aviões Super Hornet até hoje produzidos - mais de 370 - foram entregues no prazo, ou até antes do prazo, e dentro das expectativas de orçamento desde a concepção do programa. Nosso recorde de desempenho com os atuais sete clientes do Hornet é excepcional. A Boeing tem um recorde de 100% de sucesso em atingir, ou superar, nossas obrigações de offset.

Gazeta Mercantil - É possível dar uma dimensão deste desempenho?

Até hoje, a participação industrial do grupo Boeing entregou aproximadamente US$ 30 bilhões em valores de offset, para 38 países, desde transferência de tecnologia até suporte do ciclo de vida útil; desde o desenvolvimento conjunto de oportunidades até pesquisa aplicada com governos, indústrias e universidades. A Boeing está dedicada ao desenvolvimento de um relacionamento estratégico de longo prazo com a indústria e o governo brasileiro, não apenas com o F-X2, mas em oportunidades futuras em ambos os mercados. O Super Hornet é a solução de custo acessível com o menor risco para o Brasil. Promessa feita, promessa mantida.

(Gazeta Mercantil/Caderno A - Pág. 6)

Nosso Comentário:

Esse vice-presidente da Boeing IDS, Bob Gower, é falcão experiente, vejam como escorrega sempre que o entrevistador Júlio Ottoboni tenta enveredar para lados não muito comerciais. Cada um fez a sua parte.

Ele define o Super Hornet como o mais avançado caça de combate do mundo em produção para missões multitarefa. Haverá outro?

Ele conta com o radar mais avançado do mundo, o AESA - capaz de prover cobertura simultânea para operações ar-ar e ar-terra. Haverá melhor para as nossa pretensões?

“Acreditamos que por meio da transferência de tecnologias, o Brasil será um bom mercado para nós. Além disso, podemos abrir o maior mercado de defesa do mundo para companhias brasileiras, em diversas categorias.”

Essa sentença merece uma análise que, por si só, já desclassificaria os mercados sueco e francês para nossas sofridas companhias da área de defesa. Mas seria bom colocar tudo em contratos com magníficas sanções, caso não cumpridas tais cláusulas.

O Brasil não recebeu a contrapartida do Jpats para a Embraer no SIVAM. Desculpem, mas isso não é da minha época. Alguém poderia comentar a respeito? O ato em si não é novidade, pois deve ter sido promessa de boca, o que nos remete ao que eu digo acima.

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