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Salmo 127

1 Se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam; se o Senhor não guardar a cidade, em vão vigia a sentinela.

2 Inútil vos será levantar de madrugada, repousar tarde, comer o pão de dores, pois ele supre aos seus amados enquanto dormem.

3 Eis que os filhos são herança da parte do Senhor, e o fruto do ventre o seu galardão.

4 Como flechas na mão dum homem valente, assim os filhos da mocidade.

5 Bem-aventurado o homem que enche deles a sua aljava; não serão confundidos, quando falarem com os seus inimigos à porta.

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segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Aniversário da Esquadra

MARINHA DO BRASIL
COMANDO-EM-CHEFE DA ESQUADRA
NITERÓI, RJ.
Em 10 de novembro de 2008.

ORDEM DO DIA Nº 1/2008

Assunto: Aniversário da Esquadra

Em 10 de novembro de 1822, há exatos 186 anos, o pavilhão nacional era içado pela primeira vez em um navio de guerra brasileiro. Nascia a Esquadra, para combater as forças navais portuguesas que se opunham à nossa independência.

O núcleo do Poder Naval brasileiro teve origem a bordo da Nau Martim de Souza, depois rebatizada Nau Dom Pedro I, nosso primeiro Capitânia, sendo sua formação marcada por grandes desafios de ordem material e pessoal.

Graças à determinação e à criatividade de seus primeiros integrantes, a Esquadra firmou-se como força combatente, atuando de forma decisiva na consolidação da Independência e na manutenção da integridade do território nacional.

Com coragem e espírito de sacrifício, as gerações de marinheiros que compuseram nossas forças navais no passado tiveram papel decisivo nas campanhas do Império e, no século XX, nas duas Guerras Mundiais, nos legando uma Esquadra invicta e moldando o caráter daqueles que servem à Pátria no mar.

É esse passado de glória que nos incentiva a superar os desafios do presente e, sem dar qualquer espaço ao desânimo, perseguir a prontificação e a manutenção do aprestamento dos meios navais, com vistas ao cumprimento das tarefas que nos são atribuídas.

Nesse sentido, é relevante registrar a elevada prioridade com que a Alta Administração Naval tem procurado atender nossas demandas de material e pessoal, bem como destacar as principais realizações da Esquadra ao longo do último ano.

No campo material, a construção do novo prédio do Comando da Força de Superfície e Esquadrões subordinados vai evoluindo conforme programada, com previsão de conclusão em maio de 2009; a recuperação dos cais e piers do Complexo Naval de Mocanguê foi concluída; e a ampliação da pista de pouso da Base Aérea Naval de São Pedro D’Aldeia tem término programado para março do próximo ano.

Visando à modernização das aeronaves AF-1, o Almirantado autorizou a contratação da EMBRAER, a ser formalizada no próximo mês, e que deverá realizá-la no espaço temporal de cinco anos. Em paralelo, a Israel Aircrafts Industries (IAI) vem revisando os motores JP-52 das referidas aeronaves.

Por fim, como ponto alto do material, a incorporação do NDCC Garcia D’Ávila aumentou significativamente nossa capacidade anfíbia e, em decorrência, de projetar poder sobre terra.

Mantendo a tendência positiva dos dois anos anteriores, a Esquadra deve chegar ao fim de 2008 com seus navios totalizando mais de 1950 dias de mar. Esta expressiva marca, além de ser motivo de satisfação para todos nós marinheiros, denota a constante prioridade atribuída a nossos meios operativos.

Entretanto, a verdadeira dimensão da atividade operativa da Esquadra vai além dos números aqui apontados. Ao longo desses quase dois mil dias de mar, nossos navios de superfície, submarinos e aeronaves operaram com mais de vinte e duas marinhas amigas, incluindo parceiras já tradicionais, como as da Argentina e dos Estados Unidos da América, e outras mais recentes, como as da África do Sul e Índia.

O Navio-Escola Brasil regressará ao Rio de Janeiro em dezembro próximo, após ter levado nossa Bandeira ao redor do mundo, em mais uma viagem de circunavegação.

As participações da Fragata Greenhalgh nos exercícios COMPTUEX e JTFEX, com a Marinha dos EUA, e da Fragata Liberal na SWORDFISH, com marinhas da OTAN, e na PANAMAX, na região do Canal, possibilitaram a operação de novos sistemas de comando e controle, o acesso a importantes procedimentos operacionais e, em especial, atestaram a nossa capacidade de operar e prestar o apoio logístico, simultaneamente, a dois de nossos escoltas, afastados por mais de quatro meses do porto sede.

A realização do segundo DEPLOYMENT-SUB, pelo Submarino Timbira, validou os conhecimentos obtidos na primeira operação e consolidou a presença de um meio da MB nesse tipo de exercício, o que trará, para as operações futuras, níveis crescentes de integração e de troca de experiências.

Em setembro último, nossos meios participaram da Operação Combinada Atlântico, conduzida no Litoral Sudeste e na área dos campos petrolíferos da Bacia de Campos, região de elevado valor estratégico. Nesse exercício de grande vulto, do qual participaram mais de dez mil homens e mulheres das três Forças singulares, foi possível aprimorar a interoperabilidade entre estas, aperfeiçoar a doutrina de operações combinadas e interagir, de forma mais direta, com órgãos civis e instituições acadêmicas de alto nível.

Tais marcas, em especial o incremento das operações, nos têm permitido intensificar os adestramentos, mostrar a Bandeira nos portos visitados e, acima de tudo, ampliar a presença e a vigilância sobre nossa Amazônia Azul. Por outro lado, vamos revigorando o entusiasmo característico dos marinheiros e renovando as esperanças de uma melhor prontidão operacional.

Hoje, releva enfatizar que a eficácia da Esquadra depende, cada vez mais, da perfeita sinergia de seus integrantes, militares e servidores civis, homens e mulheres que guarnecem as Organizações subordinadas.

Assim, com grande satisfação, destaco o desempenho dos Comandos de Força, das Divisões e dos Esquadrões pela maneira profissional como têm racionalizado o preparo e o emprego dos meios, bem como registro a dedicação de nossas bases, centros de instrução, de adestramento, de apoio e de manutenção, todos de fundamental importância para que nossos navios, submarinos e aeronaves sejam bem guarnecidos e manutenidos.

Nesse momento, com alegria, não poderia deixar de agradecer aos insignes Chefes Navais que nos antecederam, nossos ex-Comandantes-em-Chefe, não apenas por suas honrosas presenças, mas, principalmente, pelos exemplos e ensinamentos que nos legaram, além do precioso patrimônio do qual nos orgulhamos e, diuturnamente, buscamos manter e desenvolver.

Também, não poderia deixar de registrar as presenças dos membros do Almirantado e dos demais Almirantes, bem como agradecer ao Comandante da Marinha, Almirante-de-Esquadra JULIO SOARES DE MOURA NETO, que muito honra a Esquadra, e a todos os seus integrantes, ao presidir esta Cerimônia.

Meus comandados! Identificamos no horizonte um futuro promissor! Unidos pelos mesmos ideais de amor à Marinha do Brasil, navegando em rumos seguros, seguiremos firmes e perseverantes na busca por melhores níveis de aprestamento. Ao comemorarmos os 186 anos de criação da nossa Esquadra, manifestamos o imenso orgulho em integrar a parcela mais relevante do Poder Naval brasileiro, instrumento de nossa soberania no mar!


FERNANDO EDUARDO STUDART WIEMER
Vice-Almirante
Comandante-em-Chefe

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