Vítimas enviaram torpedos a colegas para alertar sobre atirador

Estudantes enviaram mensagens via celular enquanto se protegiam.
Universidade disse pôs em prática treinamento após ataque na Virgínia.
Os estudantes que estavam na sala de aula da Universidade Northern Illinois, nos Estados Unidos, onde um homem iniciou o tiroteio conseguiram alertar os colegas de outras classes o que estava acontecendo via torpedos (mensagens de textos via celular).
Os alunos mandavam as mensagens ao mesmo tempo em que tentavam se proteger dos tiros do homem vestido de preto.
O assassino subiu no palco da sala e começou a atirar contra os estudantes, na tarde (horário local) de quinta-feira (14) na universidade no norte do estado de Illinois, em DeKalb. Ele matou cinco pessoas e se suicidou em seguida. Cerca de 15 pessoas ficaram feridas e foram levadas para o hospital. A polícia ainda não descobriu a motivação do crime e apesar de já saber o nome do atirador, que era um ex-estudante do local, ainda não divulgou oficialmente.
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O estudante Drew Creal conta que estava em um prédio perto do Cole Hall, onde ocorreu o massacre, quando ele e colegas começaram a receber ligações e torpedos com as mensagens: ‘Estão atirando no Cole Hall’ e ‘Caiam fora do campus’, ele contou.
Incrédulos, eles correram para perto da janela e o que viram foi estudantes correndo com expressões de terror dentro do Cole Hall. Creal contou para a agência de notícias Associated Press que correu e foi quando viu um estudante sendo carregado com ferimentos na perna.
Vinte minutos depois, autoridades colocaram um comunicado no site da universidade sobre o acontecido e que as aulas estavam suspensas tanto na quinta-feira (14) como na sexta-feira.
“Foi uma tragédia, mas pelo que tudo indica, nós fizemos tudo que poderíamos ter feito”, afirmou o reitor da universidade John Peters. Ele comentou ainda que o foi posto em prática o treinamento que aprenderam após o tiroteio na Universidade da Virgínia em abril de 2007, quando um estudante matou 32 pessoas e também se matou.
No momento do ataque, em Illinois, a sala onde ocorreu o tiroteio tinha pouco mais de 100 alunos, apesar de 165 estudantes terem se registrado para assistir à aula.
MassacreO tiroteio em Illinois aconteceu dois dias depois que um estudante disparou em um colega de classe na cafeteria da escola, em Memphis, Tennessee (sul do país).
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Na semana passada, porém, os americanos viram mais ataques.
Ainda em Memphis, este mês, um outro estudante recebeu um tiro na parte de um colega no meio da aula de álgebra por conta de uma discussão de letras de música.

Na sexta-feira passada (dia 8), uma estudante matou outra na universidade de Louisiana (sul) para em seguida se matar.

Na quinta (7), um homem atirou dentro de uma escola de Ohio (norte), ferindo a própria mulher, que era professora do instituto, na frente de estudantes. Em seguida, ele escapou e também se matou. No mesmo dia, um homem atirou contra integrantes de uma reunião municipal na cidade de Missouri e matou cinco pessoas – ele também se suicidou. E seguindo no dia 7, mas na Califórnia, um homem suspeito de ter matado três pessoas matou um policial e feriu outro, em Los Angeles.