Ministério Publico Militar

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Salmo 127

1 Se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam; se o Senhor não guardar a cidade, em vão vigia a sentinela.

2 Inútil vos será levantar de madrugada, repousar tarde, comer o pão de dores, pois ele supre aos seus amados enquanto dormem.

3 Eis que os filhos são herança da parte do Senhor, e o fruto do ventre o seu galardão.

4 Como flechas na mão dum homem valente, assim os filhos da mocidade.

5 Bem-aventurado o homem que enche deles a sua aljava; não serão confundidos, quando falarem com os seus inimigos à porta.

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domingo, 14 de março de 2010

A chegada do “profeta”?



Lula chega a Jerusalém como novo mediador do conflito territorial; israelenses querem aproveitar popularidade do presidente





Haifa, Israel - A visita do presidente Lula a Is­­rael, que começa hoje e vai até ter­­ça-feira, deve ao mesmo tempo ir­­ritar e agradar os israelenses. En­­quan­­to alguns rechaçam a oferta bra­­­­sileira de mediar o conflito ét­­ni­­co e territorial do Oriente Mé­­dio, que consideram no mínimo es­­tranha, vindo de um país tão a­­­­lheio à discussão, outros estão en­­can­­tados com a popularidade e o jo­­go de cintura internacional de Lula.

O líder brasileiro chega ao Oriente Médio em um momento de novo foco de tensão entre israelenses e palestinos. Israel anunciou na terça-feira a expansão dos assentamentos judeus na Cisjordânia com a construção de 1.600 novas casas em Jerusalém Oriental.A decisão israelense estremeceu a retomada de negociações de paz e provocou vários protestos na região. A comunidade internacional, incluindo Brasil, EUA, ONU e Europeia, fez duras críticas ao governo de Israel.

O cenário de tensão é intensificado com os choques entre manifestantes e policiais em Jerusalém, após o fechamento temporário do acesso à Cisjordânia.

Apesar de deixar claro nas entrelinhas seu posicionamento pró-palestino, o líder brasileiro também busca proveito nessa aproximação. Em entrevista a jornalistas israelenses em São Paulo, na última sexta-feira, afirmou ter chegado “a hora de trazer para a arena novos participantes que possam fazer avançar novas ideias”. O porta-voz da Presidên­­cia, Marcelo Baumbach, confirmou que o presidente deve pressionar pela criação de um Estado palestino e pelo diálogo com o Irã durante a visita. O jornal israelense Haaretz rotulou o presidente como “profeta do diálogo”.

“É claro que o Brasil quer al­­cançar mais espaço no mundo, e resolver o conflito do Oriente Médio seria uma ótima forma de alcançar essa posição”, julga a editora-chefe da revista Jerusalem Report, Eetta Prince-Gibson. “A proposta soa estranha, mas seria interessante ter essa outra perspectiva, afinal, já vimos o que os EUA e a Europa podem fazer e nada funcionou.”

Marketing nacional

A melhora na imagem brasileira na última década surge como “case de sucesso” para um país que, desde sua criação há 62 anos, aplica um enorme aparato de relações públicas destinado a tornar tragável sua política para a população palestina.

A mais nova iniciativa nesse sentido é uma campanha do Ministério de Israel para Diplo­­macia Pública e a Diáspora que envolve a caricaturização da cobertura jornalística de Israel (veja em www.masbirim.gov.il). Em um dos vídeos, um repórter de língua inglesa apresenta um camelo e explica que o animal é usado “como meio de transporte de pessoas e até munições no deserto onde os israelenses vi­­vem”. Em outro, uma repórter latina apresenta um churrasco israelense como uma forma de cocção primitiva. O narrador pergunta então se o espectador não está cansado da forma como Israel é retratado internacionalmente, e afirma ser possível mudar isso. Basta que cada israelense explique (“masbirim”) seu país pelo mundo afora. “É uma ideia interessante, porque todo israelense vai para o Exército e alguns passam anos fora do país”, diz a socióloga Yahel Kurlander, que serviu na Índia.

O detalhe é que, para funcionar, essa espécie de “divulgação-cidadã” precisa ser coordenada. “A população pode fazer estragos, se não souber identificar as contra-campanhas de outros países”, diz a empresária de comunicação virtual Paula Stern.

Como exemplo, ela cita a atuação do Exército israelense no resgate às vítimas do terremoto do Haiti, em janeiro. “Fomos os primeiros a aterrissar no país, apenas 15 horas após o tremor. Salvamos muitas vidas, mas agora a Síria iniciou uma campanha dizendo que Israel está lá para roubar órgãos”, reclama.

A imagem negativa é confirmada pelo diretor de uma escola para palestinos em Haifa, na costa israelense, Jalal Hassan. “Por causa de tudo que fizeram com eles, os judeus ficaram paranoicos. Veem o mundo todo como inimigos, especialmente nós. É como se usassem óculos o tempo todo para enxergar o que querem fazer de ruim com eles. Não é normal.”

A campanha de divulgação “viral” do governo israelense in­­clui ainda a formação de 70 grupos de trabalho para treinar os novos “embaixadores”, com destaque para atletas, homens de ne­­gócio, estudantes e acadêmicos.

Isso porque, além de reunir a elite formadora de opinião, é nas universidades mundo afora que israelenses como a jornalista Eet­­ta dizem receber mais hostilidade. “Me senti ameaçada em uma universidade do Rio de Janeiro. Como população, não estávamos preparados para a campanha de deslegitimação que vem ocorrendo contra o país desde o início da década”, enfatiza.

Alguns vão mais longe, como a professora de Comunicação da Uni­­versidade de Haifa, Sondra Ru­­bens­­tein. “Como eu poderia di­­­­zer que as relações públicas de Is­­rael vão bem quando há pessoas organizando manifestações universitárias em que falam apenas ex­­tre­­mistas palestinos?”, questiona. A maior falha da divulgação israelen­­se, segundo ela, está no Conselho de Direitos Humanos da ONU.

Em outras áreas, como cooperação para o desenvolvimento, o trabalho é considerado satisfatório. Um programa do Ministério de Relações Exteriores, por meio de sua agência para a cooperação com o desenvolvimento (Mashav), já treinou 200 mil jovens nas mais diferentes áreas, em cursos de curta duração que levam profissionais de países pobres a Israel para ver o país “de dentro”.


Tradição

Exército tem jovens como “cartão de visita”

Helena Carnieri


Uma das ferramentas da diplomacia israelense no mundo são os soldados que o país envia todos os anos para outros países. Aqui, as Forças Armadas passam por fenômeno oposto ao que ocorre no Brasil: todos querem servir. Mesmo aqueles que poderiam ser liberados do serviço obrigatório, como filhos únicos ou cujo pai ou irmão morreram em serviço, com fre­­quência se alistam.

“Eu quero muito servir na infantaria e fazer incursões no Líbano”, diz Gil Cohen, enquanto conversa com colegas num parque de Haifa, aparentemente despreocupado com a previsão de que uma nova guerra contra países árabes ocorra dentro de dois anos.

A informação teria sido conseguida pelo Exército, ele conta. A impressão de que o garoto de 17 anos não tem ideia da periculosidade que tal evento teria é desfeita rapidamente. “A maturidade com que os soldados saem do Exército é um dos melhores fenômenos. Enquanto garotos americanos estão fazendo besteira na faculdade, nós vemos a guerra e sabemos o que é a vida”, diz.

Enquanto os garotos servem três anos, meninas servem dois. Há, claro, exceções na empolgação militar da juventude. Masha Gerber quer ser dançarina e espera ser liberada do serviço. “Talvez achem que não tenho o físico para servir”, diz. (HC)

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