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Salmo 127

1 Se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam; se o Senhor não guardar a cidade, em vão vigia a sentinela.

2 Inútil vos será levantar de madrugada, repousar tarde, comer o pão de dores, pois ele supre aos seus amados enquanto dormem.

3 Eis que os filhos são herança da parte do Senhor, e o fruto do ventre o seu galardão.

4 Como flechas na mão dum homem valente, assim os filhos da mocidade.

5 Bem-aventurado o homem que enche deles a sua aljava; não serão confundidos, quando falarem com os seus inimigos à porta.

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sexta-feira, 3 de abril de 2009

Gastos militares do Brasil estão muito abaixo dos demais Brics

Se no lado econômico os Brics –Brasil, Rússia, Índia e China– têm semelhanças e potenciais de crescimento comparáveis, quando o assunto é defesa o Brasil tem “outra realidade”.

A avaliação de militares e especialistas ouvidos pela BBC Brasil é que os investimentos militares estão abaixo do necessário para um país com o tamanho e com as pretensões do Brasil.

“Não precisamos nos tornar uma potência militar, capazes de conquistas. É apenas uma questão de termos forças compatíveis com a ambição estratégica do país”, diz o general Augusto Heleno Ribeiro, que chefiou as tropas brasileiras em missão no Haiti.

Os historiadores costumam classificar o Brasil como um país de caráter pacifista, ou seja, que evita utilizar recursos militares em situações de conflito com outros países.

O Brasil, por exemplo, está vetado pela constituição de produzir armas nucleares. Já os outros três emergentes do grupo têm esse tipo de arma.

“Não temos a necessidade, felizmente, de ter o aparato que esses países possuem. Mas ainda assim estamos longe do ideal”, diz o general Heleno.

O pesquisador Thomas Costa, da National Defense University, em Washington, diz que o país não precisa necessariamente abrir mão da característica pacifista, mas que essa cultura precisará ser “repensada”, se o país quiser atingir certos objetivos.

“O fato de um país ter uma força bem estrutura não significa que terá de usá-la. Mas a partir do momento em que o Brasil demonstra interesse em participar de questões relativas à segurança mundial, terá de estar preparado para o custo”, diz Costa.

Influência

O Brasil vem pleiteando uma vaga permanente no Conselho de Segurança da ONU, demanda que se tornou uma das marcas da diplomacia atual.

Ainda que a reforma no Conselho fosse aprovada –o que os especialistas acham improvável, mesmo nos próximos dez anos –a avaliação é de que o país, hoje, não estaria preparado para assumir essa função.

“Se entrarmos no Conselho de Segurança com as forças militares que temos hoje, seríamos apenas enfeite”, diz o especialista em Ciências Políticas e consultor da MCM, Amaury de Souza.

Segundo ele, a diversificação dos polos de poder, uma tendência para os próximos anos, exige que países de média influência, como o Brasil, tenham um arsenal militar relativamente maior. “Um mundo multipolar é também um mundo mais instável”, diz.

Mesmo fora do Conselho de Segurança, o Brasil vem demonstrando interesse em ampliar sua participação em questões internacionais. Recentemente, o Itamaraty tentou contribuir na intermediação entre palestinos e israelenses.

“É o tipo de questão da qual só participa quem tem algum poderio militar. A influência brasileira cresceu muito, mas ainda está restrita a assuntos econômicos”, diz Souza.

Diretrizes

Em novembro passado, o governo brasileiro divulgou sua Estratégia Nacional de Defesa, um conjunto de diretrizes que pretende reformular a questão militar no país.

Mesmo vago, o plano foi bem recebido por especialistas. O texto de quase cem páginas prevê a readequação das três forças armadas de acordo com os “interesses estratégicos” do país.

O texto traça os objetivos de médio e longo prazo para o setor, como por exemplo, a modernização das três forças e o incentivo à indústria bélica nacional.

Falta agora o governo discutir como essas tarefas serão colocadas em prática. O plano não fala, por exemplo, de orçamento e prioridades nos gastos - principal alvo de críticas por especialistas.

O Brasil é 12º país que mais investe em defesa no mundo, de acordo com o Instituto Internacional de Pesquisa da Paz de Estocolmo (Sipri, na sigla em inglês). É também o campeão na América Latina. A previsão, para este ano, é de um gasto de R$ 50 bilhões.

Desse montante, 80% é destinado ao pagamento de salários e pensões. Outros 12% vão para despesas administrativas (custeio) e 8% para investimentos.

“Esse desequilíbrio compromete a modernização das forças armadas”, diz Souza.

Tabu

Além da questão orçamentária, os especialistas apontam ainda outro fator que pode atrapalhar o desenvolvimento militar brasileiro: a memória da ditadura.

“Em diversos setores da sociedade, sobretudo nas camadas decisórias, existe uma forte rejeição aos militares”, diz o historiador Carlos Fico, da UFRJ. Segundo ele, essa rejeição “não permite nem que o assunto da defesa seja debatido”.

Na avaliação do professor, os militares, por sua vez, “são prisioneiros de velhos hábitos corporativistas”, o que também prejudica o debate.

“O país vai ter de amadurecer para esse debate. As forças armadas precisam acompanhar a maior proeminência do país”, diz.

Nosso Comentário:

Quando o assunto é defesa, o Brasil está a milhares de anos-luz dos outros BRICs, pois Rússia, Índia e China tratam o assunto muito a sério. Eles não se deixam levar por corrupção e não se espelham em revanchismos internos estúpidos. E acima de tudo, não atiram no próprio pé, deixando seus países totalmente desprotegidos.

Mesmo que os russos tenham reduzido bastante seu poderio militar desde o colapso da URSS, seus políticos não deixaram de lado o tema. Pelo contrário, há poucos dias foi divulgado um plano de retorno aos fortes investimentos em suas forças armadas.

O problema brasileiro não é tanto revanchismo ou tabus, é de falta de responsabilidade e de leis de verdade, aquelas que punem de fato seus governantes em todos os níveis.

Em defesa, os investimentos acontecem como em saúde, educação e segurança, onde as coisas hoje parecem que funcionam, mas é tudo ilusão. Todos sabem disso e ninguém reclama. O povo sofre, mas tem é medo dessas chamadas “camadas decisórias”.

As verbas nas mãos dos nossos políticos e seus tecnocratas só existem mesmo para financiar seus interesses. Revanchismo e preconceitos do passado passam longe de suas mentes atarefadas.

Por ainda haver uma grande ausência de planejamento de estado em nível adequado, que governo algum poderia modificar para menos, os investimentos militares continuarão abaixo do necessário para um país com o tamanho e com as pretensões do Brasil.

Mas o que será que pretendem o Brasil e seu povo? Ninguém sabe!

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