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Salmo 127

1 Se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam; se o Senhor não guardar a cidade, em vão vigia a sentinela.

2 Inútil vos será levantar de madrugada, repousar tarde, comer o pão de dores, pois ele supre aos seus amados enquanto dormem.

3 Eis que os filhos são herança da parte do Senhor, e o fruto do ventre o seu galardão.

4 Como flechas na mão dum homem valente, assim os filhos da mocidade.

5 Bem-aventurado o homem que enche deles a sua aljava; não serão confundidos, quando falarem com os seus inimigos à porta.

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sábado, 17 de julho de 2010

Sucessão de Lula pode atrasar compra de caças pelo Brasil





Annie Gasnier
Lana Lim


“Estamos esperando”. Assim respondem, resignadas, as pessoas envolvidas na conclusão da venda de caças para o Brasil. Elas esperam há meses a decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A licitação destinada a substituir 36 aviões de caça expira no fim do ano. O Rafale, caça construído pela francesa Dassault, é considerado favorito desde que o chefe de Estado manifestou sua preferência, quando recebeu seu colega Nicolas Sarkozy em Brasília, no dia 7 de setembro de 2009. O Rafale concorre com o americano F-18 Super Hornet da Boeing, e o sueco Gripen NG da Saab.

O ministro francês da Defesa, Hervé Morin, declarou, na quinta-feira (15), estar esperando “tranquila e serenamente” por um anúncio em julho. Em princípio, falta uma última etapa, aquela na qual o ministro brasileiro da Defesa, Nelson Jobim, entregará seu relatório de avaliação técnica, baseado no estudo de uma comissão da Força Aérea Brasileira (FAB). Com o relatório em mãos, o presidente Lula consultará o Conselho de Defesa Nacional, antes de se pronunciar. Mas Jobim vai adiando o prazo a cada mês.

O cronograma político não facilita uma decisão. O primeiro turno das eleições presidenciais acontecerá no dia 3 de outubro. Pressionado, o presidente Lula se comprometeu a “consultar todos os setores da sociedade civil”, uma vez que o custo do rearmamento da FAB será assumido pelo seu sucessor.

Os militares brasileiros foram seduzidos pelo avião sueco, especialmente por causa do custo da hora de voo, calculado em US$ 4 mil, enquanto a do Rafale seria de US$ 14 mil. Mas as conclusões de seu estudo seriam no final favoráveis ao Rafale, a fim de “corresponder” à nova “estratégia nacional de defesa”.

O chefe do Estado e seu ministro da Defesa nunca esconderam sua preferência pelo caça francês. Todas suas declarações vão nesse sentido. Por razões geopolíticas, garantem, acreditando que o Rafale oferece a transferência de tecnologia exigida. A Dassault garante que seu compromisso é claro, pois ela domina a fabricação do avião do começo ao fim.

As autoridades brasileiras poderiam tentar obter, em troca, um gesto nas negociações entre a União Europeia (UE) e o Mercosul, a união alfandegária sul-americana, retomadas em maio. O acordo tropeça há anos em subvenções da Política Agrícola Comum (PAC) da UE. Em 14 de julho, o presidente Lula se comprometeu a “amolecer o coração dos franceses” para chegar a um acordo antes do fim do ano.

Enquanto esperam, os concorrentes não desistiram. O novo embaixador americano, Thomas Shannon, ex-secretário de Estado adjunto, prometeu aos brasileiros “uma transferência de tecnologia sem precedentes” se optarem pelo F18. A Boeing garantiria uma compensação financeira se obrigações contratuais não forem cumpridas. Mas a venda de material militar americano é sujeita a uma autorização do Congresso, e o governo brasileiro desconfia. Brasília não se esqueceu de que Washington a impediu de vender os Super Tucanos de sua Embraer à Venezuela de Hugo Chávez. Ora, o Brasil tem a ambição de exportar os aviões militares fabricados em seu território.

Os suecos têm a estima dos militares. Eles também conseguiram o apoio do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, que o operário Lula da Silva dirigiu 30 anos atrás, e de seu companheiro de luta Luiz Marinho, ex-ministro do Trabalho. Hoje prefeito de São Bernardo do Campo, periferia de São Paulo onde o presidente Lula tem residência, Marinho foi convidado pela Saab para ir à Suécia. Com os sindicalistas, ele menciona a criação, prometida pela Saab, de uma fábrica e de 6 mil empregos em São Bernardo, e de 22 mil empregos indiretos na região.

A Dassault, por sua vez, previu a criação de 29 mil empregos em 10 anos, e explica que seu local de produção será “onde as autoridades o desejarem”. Certamente perto das fábricas da Embraer, em São José dos Campos, ou em Gavião Peixoto, no Estado de São Paulo.

Por causa de seu custo, muito já se escreveu sobre o caso. E ele poderá entrar na campanha eleitoral, que começou em 6 de julho. A candidata do presidente, Dilma Rousseff, está ombro a ombro com o concorrente social-democrata José Serra. Este, que acaba de deixar o governo de São Paulo, não manifestou sua preferência, mas é próximo de Nelson Jobim, tendo ambos sido ministros de Fernando Henrique Cardoso, antecessor de Lula.

Filho de militar, Cardoso havia tentado reequipar a FAB, antes de deixar o cargo em 2002. Na época, a Dassault ofereceu seu Mirage 2000-5. Hoje, a FAB está impaciente, pois seus velhos aviões correm o risco de não saírem do chão. O presidente Lula prometeu não deixar essa questão para seu sucessor.

FONTE: BOL NOTICIAS

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