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Salmo 127

1 Se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam; se o Senhor não guardar a cidade, em vão vigia a sentinela.

2 Inútil vos será levantar de madrugada, repousar tarde, comer o pão de dores, pois ele supre aos seus amados enquanto dormem.

3 Eis que os filhos são herança da parte do Senhor, e o fruto do ventre o seu galardão.

4 Como flechas na mão dum homem valente, assim os filhos da mocidade.

5 Bem-aventurado o homem que enche deles a sua aljava; não serão confundidos, quando falarem com os seus inimigos à porta.

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terça-feira, 12 de maio de 2009

Argentinos Percebem Parceria do Brasil com os EUA e Novo Papel

La Nacion (Argentina)
A liderança do Brasil

Confrontado com o objetivo da isolacionista Kirchner, o governo de Lula aparece como o mediador regional em Washington

Não é uma novidade que, há alguns anos, o Brasil tem aumentado sua influência na cena internacional. Os indícios desse protagonismo são abundantes: desde a quantidade e o relevo dos dirigentes mundiais que visitam suas principais cidades até a vontade dos atores mais decisivos do planeta por estabelecer acordos e parcerias com o país.

A voz da diplomacia brasileira é cada vez mais forte nos organismos multilaterais, especialmente os que visem questões econômicas e comerciais. Não pode ser ignorada, tão pouco, a simpatia que desperta em todo o mundo o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, um fenômeno que é simultaneamente causa e consequência da relevância brasileira.

Com a chegada de Barack Obama à presidência dos Estados Unidos, o papel continental do Itamaraty, a chancelaria brasileira, recebeu um notável reforço. Salvo Felipe Calderón, presidente do México, Lula foi o único representante da região que manteve reuniões individuais com seu par norte-americano.

Antes desse encontro, tinha acontecido em fevereiro passado, uma discreta reunião entre Obama e seu antigo professor em Harvard, o ministro de Assuntos Estratégicos do Brasil, Roberto Mangabeira Unger, que serviu para analisar os principais problemas da agenda regional.

As consequências destes intercâmbios começaram a ser vistos nas últimas semanas. Lula se ofereceu a Hugo Chávez para ser um gestor de bons ofícios para aliviar a relação entre Caracas e Washington. Além disso, na reunião do G-20, realizada em Londres, o chanceler brasileiro imaginou que podia montar uma reunião entre Chávez e Obama na V Cúpula das Américas; ao final, ela não se concretizou.

Em Trinidad y Tobago, houve em oposto, outra novidade: o governo de Cuba, que não é convidado a participar dessas reuniões, se fez representar pelo Brasil e não pela Venezuela, apesar da declamada fraternidade entre Chávez e o regime de Castro.

Estes episódios abonam a tese que a afinidade com o Brasil poderia tornar-se um dispositivo principal das relações entre os Estados Unidos e a região. O governo brasileiro começa a insinuar-se, desta forma, como um intercessor ante Washington para os demais países da região. A diplomacia argentina parece ter desistido de ocupar um papel ativo e confiável em relação aos grandes atores internacionais que se interessam pela América Latina.

Esta defecção da política externa do nosso país faz par com outros fenômenos típicos da época, tais como a perda de peso relativo que vem registrando o mercado argentino como receptor dos investimentos estrangeiros que se destinam à região.

Essa retração internacional da Argentina teve uma recente demonstração que, por sua vez, reforçou a crescente percepção da liderança regional do Brasil. Foi a notícia de que, na V Reunião de Cúpula das Américas no Brasil, o ministro da Defesa do Brasil, Nelson Jobim, e o assessor internacional da Presidência desse país, Marco Aurélio Garcia, fizeram uma gestão junto às autoridades do Conselho Nacional de Segurança dos Estados Unidos para que a administração desse país acabe com sua indiferença em relação aos funcionários argentinos.

O governo de Cristina Kirchner se irritou com essa informação. É compreensível: a mediação brasileira questiona de forma muito duro a eficiência de Jorge Taiana e do embaixador nos Estados Unidos, Héctor Timerman, como responsáveis diretos pela relação bilateral.

Mas o fato de que a Argentina precise de um vizinho que lhe sirva de advogado frente ao país mais poderoso do planeta, ao invés de ferir o orgulho oficial, deveria obrigar a pensar sobre as consequências da vocação isolacionista que, em muitos aspectos, caracteriza a política externa do kirchnerismo.

O último exercício dessa tendência foi a recusa da Chancelaria de dar respaldo a um candidato argentino, o embaixador Rogelio Pfirter, que outros países postularam para dirigir a estratégica Agência Internacional de Energia Atômica.

No Brasil, ao contrário de Argentina, as instituições do Estado não são tomadas como um bem político de cada partido que chega ao poder. Esta virtude promove, muito mais do que em outros países da região, a independência do poder judiciário. Organismos como o Tribunal de Contas da União, que tem um enorme poder para vigiar a correta aplicação dos recursos orçamentários, são colocados também a salvo de qualquer pretensão facciosa.

O mesmo pode ser dito da intocável transparência do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), equivalente ao Indec argentino, e de outras áreas da vida desse país, pioneiro do voto eletrônico na região.

A vocação do Brasil para exercer um papel decisivo na política internacional tem sido sempre ostensiva. Em muitos casos, discutível, sobretudo para muitos brasileiros. De fato, um perito como Luis Felipe Lampreia, que foi chanceler de Fernando Henrique Cardoso, acaba de manifestar sua desconfiança de que seu país possa agir oficialmente como “segundo violino” dos Estados Unidos.

No entanto, atrás dessa preponderância do Brasil opera um conjunto de características de sua cultura cívica que poderiam servir como uma lição edificante para seus sócios do Rio da Prata.

Comentário:

Argentinos Percebem Parceria do Brasil com os EUA e Novo Papel

É sempre muito importante para nós, brasileiros, tentarmos entender como o mundo nos vê. Ainda mais importante é este editorial do influente jornal argentino La Nacion, em que analisa o Brasil, Argentina, e as relações da a América Latina com os Estados Unidos.

Pelo presente editorial argentino conseguimos saber que, antes do carnaval, Mangabeira teve uma discreta reunião com Barack Obama em Washington, que teria servido para analisar os principais problemas da agenda regional.

Os fatos à frente demonstram que foi algo maior que isso, pois está ficando mais evidente que o Brasil agora é mesmo o parceiro, ou o “segundo violino”, dos Estados Unidos na América Latina.

E os argentinos já começam se conformar com o fato de que passaram a ser intermediados em sua relação com os EUA. Esperemos que isso seja extemporâneo e até temporário, pois não desejamos tolher a independência de suas relações internacionais de modo algum.

Entretanto, muita coisa está mudando e o Brasil desponta mais do que somente na região. Ele está se abrindo e se mostrando para o mundo em prol de tornar-se uma das novas lideranças multipolares do Século XXI, quando deverá representar um papel decisivo.

Confirma-se aos poucos a teoria de que até mesmo a defesa da América do Sul e do Oceano Atlântico até a África estará sendo terceirizada para o Brasil em muito breve.

Isso significa que o governo precisará investir mais e mais em suas defasadas Forças Armadas, a fim de cumprir a nobre missão que lhe estará sendo confiada sem o violino desafinar. Mãos à obra.

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