O Brasil é constituído por diversas macro-regiões com climas e geografia específicos, bem distintos entre si, e entre estas destaca-se o sertão nordestino que compreende cerca de 10% de nosso território com clima semi-árido e vegetação denominada caatinga. Este nome origina-se das palavras indígenas "caa" (mata) e "tinga" (branca) devido aos tons cinza e verde do ambiente, com vegetação rasteira, arbustos espinhosos e muitos cactos em um bioma exclusivamente brasileiro. Ciente da necessidade de contar com uma tropa especializada para operar nesta região, o Exército Brasileiro (EB) criou o 72º Batalhão de Infantaria Motorizado (72º BIMtz), localizado na cidade de Petrolina(PE), no vale do rio São Francisco, em cujas instalações encontra-se ainda o Centro de Instrução de Operações na Caatinga, com a missão de estudar, planejar e desenvolver uma doutrina operacional específica para este ambiente.
Entre os cursos ministrados estão o Estágio Básico de Combatente de Caatinga, com duração de uma semana, Estágio Avançado de Combatente de Caatinga, com duração de duas semanas e o Estágio de Caçador de Caatinga, com duração também de duas semanas, onde o militar recebe treinamento nas seguintes disciplinas: Características do Ambiente Operacional de Caatinga; Primeiros Socorros; Técnicas Especiais; Topografia; Marchas e Acampamento; Comunicações; Emprego Tático em Operações na Caatinga; Treinamento Físico e Exercício de Desenvolvimento da Liderança.
A área onde se desenvolvem as operações do combatente de caatinga é certamente uma das mais inóspitas do mundo, composta de uma vegetação agressiva, solo pedregoso, escassez de água e com calor escaldante, exigindo um uniforme que possibilite uma proteção mais eficiente do que os normalmente utilizados pelo EB, mais reforçado, feito de material mais resistente para permitir o deslocamento no interior da caatinga sem comprometer a integridade física da tropa, além de proporcionar alguma camuflagem. Inspirado na indumentária do sertanejo, o uniforme é confeccionado em brim na cor cáqui e com aplicação de couro especial nas partes que são mais atingidas pelos espinhos ou galhos secos. A protetor para a cabeça também é feito de brim, com pala dobrável e extensão para proteger a nuca, mostrando-se mais adequado do que o capacete de kevlar que concentra grande quantidade de calor, além de provocar ruídos em contato com os arbustos e refletir a luz, comprometendo a ocultação do combatente. O coturno é o tradicional com cano de couro, mais resistente do que o do tipo selva com a parte superior de lona.
A experiência mostrou a necessidade de se utilizar também óculos de acrílico e luvas de couro que protegem o dorso e a palma da mão mas permitem o livre movimento dos dedos. O armamento empregado é o padrão do Exército Brasileiro, como o fuzil FN FAL, calibre 7,62 mm, a pistola Imbel M973, calibre 9 mm, a arma anti-tanque Carl Gustav M3, calibre 84 mm e a metralhadora FN MAG, calibre 7,62 mm. Em 1993, o 72° BIMtz passou à condição de Unidade de Pronto Emprego, permitindo resposta imediata em situações de conflito, sendo a única unidade no Brasil apta a operar no ambiente de caatinga.
domingo, 22 de dezembro de 2013
Conheça o novo caça da FAB
Conheça o Gripen, o caça escolhido para a Força Aérea Brasileira
Brasília- O novo caça da Força Aérea Brasileira (FAB), o Gripen, será desenvolvido em parceria com empresas locais a partir do projeto original destinado à Força Aérea da Suécia. Ele contará com modernos sistemas embarcados, radar de última geração e capacidade para empregar armamentos de fabricação nacional. Confira os detalhes do avião no infográfico abaixo, elaborado pelo Ministério da Defesa:
Fonte : http://www.tecnodefesa.com.br/

sexta-feira, 20 de dezembro de 2013
Caça sueco será montado na Embraer, diz FAB
A FAB (Força Aérea Brasileira) confirmou que a Embraer será a empresa na qual o caça sueco Gripen será montado no país, a partir do momento em que sua linha de produção brasileira estiver estabelecida.
"A gente vai ter o domínio do conhecimento necessário para fazer integrações [de sistemas do avião]", afirma o brigadeiro José Augusto Crepaldi Affonso, gerente do projeto na FAB e responsável pelo contrato com a Saab que foi anunciado anteontem.
O governo vai comprar, por US$ 4,5 bilhões (R$ 10,5 bilhões), 36 unidades do avião. O contrato deve ser assinado até dezembro de 2014. Os primeiros aviões chegam em 2016. A previsão é que a partir da quinta aeronave, todas sejam montadas no Brasil.

Apesar de ser a escolha natural, visto que a Embraer é a maior empresa aeronáutica brasileira, havia especulações sobre o papel que as instalações da Saab em São Bernardo do Campo teriam no processo, devido ao lobby do prefeito Luiz Marinho (PT).
Ligado ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Marinho sonha com um polo aeroespacial no ABC paulista, semelhante ao existente ao redor da sede da Embraer, em São José dos Campos (SP).






quarta-feira, 18 de dezembro de 2013
Gripen NG é o novo caça da FAB (Veja Fotos aqui)
Governo anuncia compra de 36 caças suecos Gripen por US$ 4,5 bilhões
Fonte: G1
Ministro da Defesa e comandante da Aeronáutica fizeram anúncio.
França, EUA e Suécia disputavam venda das aeronaves ao Brasil.
Depois de 15 anos de negociações, o governo brasileiro anunciou nesta quarta-feira (18) a compra de 36 caças supersônicos do modelo sueco Gripen, que farão parte da frota da Força Aérea Brasileira (FAB). De acordo com a Aeronáutica, o preço total da aquisição será de US$ 4,5 bilhões, a serem pagos até 2023.
Segundo o ministro da Defesa, Celso Amorim, que fez o anúncio, a decisão"foi objeto de estudos e ponderações muito cuidadosas". Outras duas empresas – a norte-americana Boeing e a francesa Dassault – disputavam com a Saab, fabricante do Gripen, o fornecimento dos caças ao Brasil.
"A escolha, que todos sabem, foi objeto de estudos e ponderação muito cuidadosa, levou em conta performance, transferência efetiva de tecnologia e custo, não só de aquisição, mas de manutenção. A escolha de se baseou no melhor equilíbrio desses três fatores", afirmou o ministro da Defesa, Celso Amorim.
Segundo o ministro, a aquisição dos caças não terá "nenhuma implicação" no orçamento da União de 2013 nem no de 2014. Segundo ele, a etapa de discussão do contrato pode demorar entre 10 e 12 meses, e a transferência dos recursos para a empresa sueca só será feita após essa etapa. "[A negociação do contrato] é algo demorado. Implica garantias contratuais de que aquilo que foi ofertado efetivamente ocorrerá", justificou Amorim.
A escolha, que todos sabem, foi objeto de estudos e ponderação muito cuidadosa, levou em conta performance, transferência efetiva de tecnologia e custo, não só de aquisição, mas de manutenção. A escolha de se baseou no melhor equilíbrio desses três fatores."
Celso Amorim, ministro da Defesa
O comandante da Aeronáutica, brigadeiro Juniti Saito, informou que os primeiros aviões chegarão 48 meses depois da assinatura do contrato, prevista para o final de 2014. Assim, o Brasil deverá começará a receber as aeronaves a partir de 2018. Segundo Saito, serão entregues 12 aviões por ano.
Saito disse que a transferência de tecnologia será completa e feita diretamente à Embraer, que participará da montagem das aeronaves. "Quando terminar o desenvolvimento, nós teremos propriedade intelectual desse avião, isto é, acesso a tudo", disse Saito.
Amorim disse ainda que, com a decisão do governo, "em breve, teremos aviões à altura da necessidade de defesa do país". O ministro ressaltou – dentro do acordo de transferência de tecnologia – a abertura do código-fonte de armas, que, segundo ele, permitirá adicionar ao avião armamentos brasileiros.
De acordo com o brigadeiro Marcelo Damasceno, chefe da comunicação social da Aeronáutica, os caças Gripen “vão atender às necessidades operacionais da Força Aérea Brasileira (FAB) pelos próximos 30 anos”.
Segundo ele, as aeronaves ajudarão na defesa aérea do Brasil e serão capazes de promover ataques no solo e no mar.
“Ele [o Gripen] permitirá à FAB enfrentar ameaças em qualquer ponto do território nacional com carga plena de armas. O conjunto de conhecimentos e capacitação tecnológicos contribuirá para que a indústria nacional se capacite para a produção de caças de última geração em médio e longo prazo”, disse Damasceno.
A disputa
A notícia de que a compra seria anunciada na tarde desta quarta (18), foi dada pela presidente Dilma Rousseff em café da manhã com jornalistas no Palácio do Planalto.
Três países disputavam a venda das aeronaves ao Brasil – Estados Unidos, com caças de modelo F-18 Super Hornet, da norte-americana Boeing; Suécia, com o Gripen, da empresa Saab; e França, com os jatos Rafale, da companhia Dassault.
Na semana passada, o presidente da França, François Hollande, chegou a conversar com a presidente Dilma Rousseff sobre o andamento das negociações, em visita de Estado que fez ao Brasil.
O presidente da empresa francesa Dassault compôs a comitiva de Hollande. No entanto, segundo fontes do governo, o preço das aeronaves francesas foi considerado elevado.
Já as negociações com os Estados Unidos ficaram estremecidas após as notícias de que o governo norte-americano teria espionado comunicações da presidente Dilma Rousseff, ministros e assessores. Dilma chegou a cancelar uma visita de Estado que faria a Washington, em setembro deste ano, após as denúncias.
A notícia dos atos de espionagem foi divulgada pelo jornalista Glenn Greenwald com base em documentos vazados por Edward Snowden, ex-agente da NSA, agência norte-americana de inteligência.
O programa
Iniciado em 1998 no governo Fernando Henrique Cardoso, o projeto FX previa a compra de 12 supersônicos com a transferência de tecnologia do fabricante para a Força Aérea Brasileira (FAB), que culminaria em um total de 120 unidades fabricadas no Brasil.
Devia ser assinado até 2004, quando terminava a validade das propostas. Mas a decisão foi adiada para o governo Luiz Inácio Lula da Silva, que, no lugar do FX, lançou o programa FX-2.
O projeto de compra e transferência de tecnologia chamado FX-2 foi lançado em 2008. O custo estimado no mercado é de até US$ 6,5 bilhões. Os novos aviões substituirão os Mirage, cuja aposentadoria está prevista para o próximo dia 31.
Em 2009, Brasil e França chegaram a anunciar a compra dos caças Rafale, da francesa Dassault. Depois, o governo brasileiro voltou atrás.
O programa FX-2 prevê a compra de 36 aeronaves de combate, domínio do sistema de armas, parcerias com empresas brasileiras, acordos de cooperação técnico-operacional e a transferência de tecnologia para que o Brasil ganhe condições de produzir pelo menos parte do avião no país..jpg)
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Finalmente Brasil decide a compra de Caças para FAB
Conheça o novo caça do Brasil, que será produzido com a Suécia
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Avião alcança 4 mil km e tem velocidade duas vezes maior que a do som.
Preferido dos militares, é capaz de atacar alvos no ar e terra além da visão.
O governo federal anunciou nesta terça-feira (18) que o Gripen NG, oferecido pela empresa sueca Saab como "a aeronave de combate mais avançada do mundo", será o novo caça do Brasil.
Ao contrário dos outros concorrentes, o Rafale, da francesa Dassault, e o F-18, da norte-americana Boeing, o Gripen NG ainda não voa. Ele começou a sair do papel em julho, quando a Saab iniciou a produção em sua fábrica em Linköping.
A proposta da Saab era considera mais barata que a dos concorrentes (US$ 4,5 bilhões), além do custo de hora de voo, que é inferior a dos concorrentes (cerca de US$ 4 mil).
A negociação prevê que o Brasil participe do processo de produção com ampla transferência de tecnologia, o que foi considerado, pelos militares, um dos fatores que interferiu na decisão. A estimativa é que 40% do modelo e 80% da estrutura sejam de fabricação nacional.
A negociação inclui ainda aviões com duas posições (para treinamento), sensores, peças e o treinamento de pilotos e mecânicos, além de acordos com empresas brasileiras.
"Os outros dois çacas estão prontos. O que virá conosco será a capacidade de desenvolvimento conjunto, um aprendizado na tecnologia aeroespacial. Não se pensa em margem de lucro", disse, em entrevista ao G1 em julho, o presidente da empresa no Brasil, Bengt Janer.
Ataque além do alcance
De múltiplas missões, o Gripen pode abater outros aviões no ar ou enviar mísseis para o solo, além de realizar ataques contra alvos fora do alcance de visão. Era o “preferido” pela Força Aérea Brasileira em um relatório concluído em 2010, por prever que técnicos brasileiros acompanhassem o processo de criação do modelo, uma versão aperfeiçoada do Gripen E/F, que já está em operação na Suécia, Reino Unido, Índia e Suíça.
Fonte: G1


quinta-feira, 23 de maio de 2013
FAB e PF apreendem drogas na fronteira, ação conjunta de drones
Uso de 'aviões-robôs' permite acompanhar quadrilhas ininterruptamente. Operação inédita tem como objetivo reprimir crimes.

sábado, 18 de maio de 2013
Operação Ágata 7 inicia hoje nas fronteiras
Operação Ágata 7 terá 11 mil militares no AM; custo será de R$ 14 milhões Ação de combate a crimes nas fronteiras será realizada em 11 estados.Na Amazônia, verba será para logística de acesso a locais distantes.



sexta-feira, 17 de maio de 2013
Brasileiro é nomeado chefe militar da ONU no Congo
O tenente-general brasileiro Carlos Alberto dos Santos foi nomeado nesta sexta-feira (17) comandante militar da missão de estabilização da ONU na República Democrática do Congo (RDC) pelo secretário-geral da organização, Ban Ki-moon.
Com mais de 40 anos de experiência militar nacional e internacional e já tendo ocupado este mesmo posto na missão de estabilização do Haiti entre 2007 e 2009, o brasileiro vai substituir o general de Divisão indiano Chander Prakash Wadhwa, que finalizou seu serviço em 31 de março deste ano, e a quem Ban agradeceu por seus dois anos de serviço nesta missão.
O general nasceu em 1952 e se formou em Engenharia Civil na Universidade Católica de Campinas, além de ter se graduado na Academia Militar das Agulhas Negras, em Resende (RJ).
Casado e com três filhos, ele ocupava o posto de assessor especial do ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência do Brasil.

quinta-feira, 2 de maio de 2013
Otan vive crise de identidade

Marinha Francesa receberá três FREMM a menos que Previsto
Segundo jornal La Tribune, os industriais de defesa franceses conseguiram evitar danos maiores na nova edição do Livro Branco de Defesa da França, que seriam cortes de programas




segunda-feira, 29 de abril de 2013
Embraer fecha contrato para vender 30 aviões à United Airlines
A fabricante brasileira de aeronaves Embraer anunciou, nesta segunda-feira (29), que assinou um contrato com a United Airlines para a venda de 30 jatos Embraer 175. O contrato também prevê opções para mais 40 aviões. Se todas as opções forem exercidas, a operação tem valor estimado de US$ 2,9 bilhões, segundo a empresa.
“Estamos muito satisfeitos com este pedido, pois reforça e amplia a nossa parceria de longa data com a United Airlines, então como Continental Airlines, cliente de lançamento do jato ERJ 145, em 1996”, disse, em nota, Paulo Cesar Silva, presidente e CEO da Embraer Aviação Comercial.A primeira entrega, segundo a Embraer, está prevista para o primeiro trimestre de 2014. Os aviões, que serão operados sob a marca United Express, serão configurados com 76 assentos.
Em nota, a United Airlines informou que as aeronaves da Embraer vão substituir alguns dos antigos jatos regionais de 50 assentos da frota da companhia. "Os E175s vão consumir 10% menos combustível por assento e terão menos emissões de CO2 por assento que a aeronave de 50 assentos que vão substituir".
Também nesta segunda-feira, a Embraer anunciou que encerrou o primeiro trimestre com lucro líquido de R$ 61,7 milhões, uma queda de 67% frente ao mesmo período de 2012. Nos primeiros três meses do ano passado, o lucro da empresa ficara em R$ 187,6 milhões.
Fonte: G1



domingo, 28 de abril de 2013
Bolívia processa Chile na corte de Haia por saída para o oceano

ONU quer levar ao Congo experiência brasileira no Haiti

PLANO ANTITERROR BRASILEIRO É QUESTIONADO

Brasil usará 25 mil militares em ação inédita em fronteiras

O Ministério da Defesa deve enviar até 25 mil militares para patrulhar toda a fronteira terrestre do país simultaneamente em uma operação inédita, relacionada à segurança da Copa das Confederações. A ação deve afetar diretamente cerca de seis milhões de brasileiros que vivem próximo às fronteiras.A operação Ágata 7 será a maior ação militar voltada à segurança pública realizada no governo Dilma Rousseff em número de participantes, equipamentos e abrangência.As dimensões da ação também superam todas as operações do gênero realizadas desde a criação, em 2009, do Estado Maior Conjunto das Forças Armadas - o órgão tem a missão de integrar e coordenar as ações do Exército, da Marinha e da Aeronáutica. Serão cobertos 16.886 quilômetros de fronteira com dez países, segundo o brigadeiro Ricardo Machado Vieira, chefe de operações conjuntas do Ministério da Defesa. "Vai ser a maior operação que já fizemos", afirmou. Operações do gênero realizadas no passado eram capazes de cobrir apenas pedaços da fronteira. Sua realização foi anunciada na terça-feira pela presidente Dilma. Será primeira vez que os comandos militares da Amazônia, do Oeste e do Sul trabalharão integrados em uma mesma operação. "Mas não vamos ter um homem a cada 100 metros. Já identificamos posições que sabemos que são mais críticas", disse Vieira. Isso significa que as tropas serão espalhadas em pontos da fronteira que já vêm sendo investigados há cerca de um mês por cem militares dos setores de inteligência das Forças Armadas. Os locais específicos não foram revelados, mas as maiores concentrações de tropas devem acontecer nas regiões de Tabatinga (AM), Assis Brasil (AC), Ponta Porã (MS) e Foz do Iguaçu (PR), entre outras. Centenas de aeronaves e veículos devem ser usados. Os principais meios de transporte das tropas e agentes ligados a diversos ministérios para as regiões mais remotas devem ser helicópteros Black Hawk, Pantera, Cougar e Esquilo. Caças Super Tucano da Aeronáutica serão usados para interceptar aviões suspeitos e drones (aviões não tripulados) farão vigilância aérea. Embarcações de patrulha da Marinha devem interditar os principais rios que cruzam a fronteira e blindados do Exército ocuparão as estradas que dão acesso ao país. Todos os militares envolvidos levarão armamento letal e terão poder de polícia.


sexta-feira, 26 de abril de 2013
F-X2: revista diz que Rafale perdeu favoritismo
A novela dos caças – Depois de mais de 15 anos de adiamentos, a compra dos novos aviões militares pode finalmente ser efetivada em 2013, diz o ministro da Defesa, Celso Amorim. Tudo indica que a pior opção, a do Rafale, ficou para trásA novela se desenrola há quase 17 anos. Nesse período, o programa mudou de nome, o modelo dos produtos foi modificado, o preço foi multiplicado por dez e nada foi decidido. Finalmente, neste ano, o governo pode autorizar a compra dos 36 caças que vão modernizar a Força Aérea Brasileira (FAB). Interlocutores do governo dizem que a presidenta Dilma Rousseff quer escolher o vencedor do projeto FX-2 ainda em 2013. Embora os aviões só entrem em operação a partir de 2015, ela teria interesse em colher os frutos da modernização das Forças Armadas brasileiras nas eleições de 2014. “Tenho grande expectativa (sobre a definição dos vencedores), mas não tenho bola de cristal”, disse, na terça-feira 9, o ministro da Defesa, Celso Amorim, quando questionado sobre o assunto, durante a Feira Internacional de Defesa e Segurança (Laad), no Rio de Janeiro. A esperança é que o governo abra mão da munição retórica que tem dominado o tema e finalmente decida armar de fato a defesa aérea do País. Mas especialistas temem que, mais uma vez, o assunto seja protelado. “A questão dos caças é meramente política e hoje não há interesse político sobre esse tema”, avalia Expedito Carlos Bastos, pesquisador de assuntos militares na Universidade Federal de Juiz de Fora. “Esse governo vive de retórica.” Três empresas participam da disputa: a francesa Dassault, com o modelo Rafale, num contrato avaliado pela própria FAB em US$ 8,2 bilhões; a americana Boeing, com o avião F-18 Super-Hornet, de US$ 5,4 bilhões; e a sueca Saab, com o projeto Gripen NG, de US$ 4,3 bilhões. Na corrida pelos bilhões do governo brasileiro, a Dassault perdeu o favoritismo inicial, que remontava à época do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, dando espaço para a Boeing. A preferência pelo Rafale era evidente na parceria entre Lula e o ex-presidente francês Nicolas Sarkozy. Os dois protagonizaram uma gafe, em setembro de 2009, quando, numa visita de Sarkozy a Brasília, Lula divulgou uma nota afirmando que estava negociando a compra do avião francês. A reação dos Estados Unidos e da Suécia adiou o projeto, que foi colocado na geladeira pela presidenta Dilma. Águas passadas, Lula e Sarkozy levaram consigo o principal argumento em defesa do Rafale: a vontade de ambos. Hoje, qual motivo levaria o País a gastar quase US$ 3 bilhões a mais (veja quadro)? Desde então, a Boeing tem estreitado os laços com o Brasil. Em dezembro do ano passado, anunciou uma parceria com a Embraer para o desenvolvimento de tecnologias para aumentar a segurança de procedimentos de pouso, além do compromisso de construir um centro de pesquisa em São José dos Campos (SP). “O F-18 é o avião mais adequado ao governo brasileiro, porque está ainda sendo fabricado e vai ter peças de reposição pelos próximos 40 anos”, diz Bastos. A Embraer, por sua vez, fechou acordo de venda de seu Super Tucano para os americanos, mas tem enfrentado dificuldades no Congresso daquele país para efetivar a encomenda. O especialista lembra que a compra dos 36 caças previstos no pacote inicial é um mínimo para que a Força Aérea Brasileira fique operacional. A frota dos Mirage 2000, com 30 anos de uso, deve ser aposentada no fim deste ano. Com isso, toda a defesa aérea brasileira ficaria a cargo dos F-5, dos anos 1970, que passaram por uma modernização em 2000. Para o embaixador Rubens Barbosa, presidente do Conselho Superior de Comércio Exterior da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), além da modernização, a frota renovada é uma necessidade para responder aos novos desafios da defesa: combater o narcotráfico e o terrorismo e proteger as áreas do pré-sal. “O Brasil não está efetivamente adequado para essas novas demandas”, diz Barbosa. FONTE / INFOGRÁFICO: IstoÉ Dinheiro (reportagem de Paulo Justus) FOTO DO ALTO: Força Aérea Francesa F-X2: será que os sucessivos adiamentos prejudicaram o Rafale? Ou novos adiamentos favoreceriam o caça francês? Segundo jornal La Tribune, se a decisão do F-X2 fosse hoje o escolhido não seria o Rafale - Reportagem do jornal francês La Tribune publicada na última sexta-feira, 12 de abril, repete uma afirmação que o jornal já havia feito no início do ano: segundo fontes brasileiras ouvidas pela reportagem, caso a decisão do programa F-X2 fosse tomada hoje, o vencedor não seria o caça francês. A matéria realizada na LAAD 2013 tratou de cinco programas franceses no Brasil, sendo o F-X2 um deles. Quanto a este, o jornal francês destacou os diversos adiamentos do programa em que também competem o Boeing F-18 Super Hornet e o Saab Gripen NG, assim como as declarações do ministro da Defesa do Brasil, Celso Amorim, de que há uma certeza de que deve ser decidido mas que “não tem uma bola de cristal” para dizer qual será o vencedor. Nos corredores da LAAD 2013, diversos observadores entrevistados pelo La Tribune se mostraram pessimistas em relação às chances do Rafale hoje. Um representante da indústria afirmou que “o momento do Rafale passou.” O jornal dá a entender que novos adiamentos poderiam beneficiar o Rafale, dado que hoje ele não seria o escolhido. Mas deixa a pergunta: adiar até quando? O jornal também noticiou que, apesar do grande crescimento da feira de defesa LAAD, nenhum dos grandes executivos presidentes das principais empresas de armamento francesas compareceram, com exceção do futuro “ex-presidente” da Eurocopter, Lutz Bertling. Outro programa tratado pela reportagem foi o do satélite de comunicações civil e militar, estimado em até 300 milhões de euros. Os franceses competem (incluindo entre si, no caso a Thales Alenia Space e a Astrium) com outros cinco grupos. O pedido de informações (RFI) foi lançado em dezembro do ano passado e o pedido de propostas (RFP) deu-se em meados de fevereiro. Os concorrentes franceses têm se mostrado flexíveis para atender às necessidades brasileiras, que incluiriam um segundo satélite. A vigilância das fronteiras marítimas (SisGAAZ), a chamada “Amazônia Azul” ainda é disputada por empresas francesas (dentro de uma proposta da EADS) , após o sistema de vigilância das fronteiras (Sisfron) ter marcado uma derrota para a Thales e a EADS (foi vencido pela brasileira Embraer). O RFI é esperado para antes de junho. Ainda falando no ambiente naval, o programa Prosuper da Marinha do Brasil, que visa renovação da frota de superfície, também conta com uma empresa francesa na disputa, a DCNS, mas vem sofrendo com adiamentos para ser lançado devido a restrições orçamentárias. Ainda assim, espera-se que um contrato possa ser assinado em 2017 ou 2018. O fato de que a BAE Systems colocou “um pé” no programa devido à venda de três navios-patrulha oceânicos (originariamente destinados a Trinidade & Tobago) foi lembrado pelo jornal La Tribuna. Outro programa naval que conta com a DCNS competindo é o Pronae (de longo prazo, para depois de 2025), visando dois porta-aviões para a Marinha do Brasil. O RFP foi lançado em 2012, e concorrem com os franceses propostas russas, britânicas, espanholas, italianas e norte-americanas. Alguns acreditam que a proposta da DCNS contaria com ainda mais apoio do Governo Francês do que a do Prosuper, pois permitiria matar dois coelhos com uma cajadada só: os porta-aviões e a versão naval do Rafale. Falando no Rafale, vale lembrar (como já adiantamos acima) que o mesmo jornal havia publicado reportagem em janeiro sobre o Rafale não ser o preferido naquele momento: “Se o Brasil tivesse que selecionar um caça no final do ano passado, o Rafale não seria selecionado”, disse na ocasião ao La Tribune um “grande conhecedor do Brasil”. O problema levantado na ocasião foi o custo de operação e manutenção do Rafale, que os brasileiros acreditavam ser muito alto. Porém, autoridades francesas já afirmavam à época que o Rafale precisava de menos mecânicos (7 a 8) para manter, por aeronave, do que seus competidores, e que isso seria reduzido ainda mais: para apenas quatro mecânicos por aeronave. Além disso, o custo de hora de voo em 2006, que equivalia a 39.000 euros, tinha uma previsão de drástica redução para 2012, falando-se em números como 10.000 euros para a versão da Força Aérea e 7.000 euros para a naval*, para o que ajudaria a nova versão mais econômica do motor M88-4E. Entretanto, rivais do Rafale destacaram o valor elevado de 2006, e caberia aos franceses convencer os brasileiros de que isso estava sendo bastante reduzido. Assim, a relutância poderia ser contornada com uma comunicação mais eficiente, restando resolver outro problema: uma possível preferência da brasileira Embraer (principal indústria aeronáutica brasileira) pela proposta do sueco Gripen. No passado, a Embraer teria sido subestimada pelos franceses quando eram detentores de 20% das ações da empresa, disse uma fonte do jornal em Paris, e os brasileiros teriam tido a impressão de que os franceses queriam controlá-la. Já outra fonte do jornal afirmou que a Embraer estaria mais enteressada numa parceria com a Boeing. Comparando-se as opiniões colhidas pelas duas reportagens do jornal, com três meses de diferença, a impressão é de que a relutância expressada em janeiro prosseguiria agora, em abril. Fica então a pergunta do Poder Aéreo: será que os sucessivos adiamentos do F-X2 prejudicaram as possibilidades do Rafale vencer ou será que novos adiamentos poderão fazer o caça francês recuperar sua vantagem? FONTE: La Tribune (tradução e edição do Poder Aéreo a partir de originais em francês) FOTOS: Força Aérea Francesa *NOTA DO EDITOR: como uma versão naval dificilmente tem custo menor de manutenção / hora de voo do que uma operada em terra, dado que o ambiente de operação naval é mais exigente e desgastante, pode-se supor que o número se refere à redução em relação ao valor anterior (39.000 euros menos 10.000 para a versão terrestre e 39.000 menos 7.000 para a naval, provavelmente) e não no valor final da hora de voo para cada aeronave (10.000 euros por hora de voo para a versão da Força Aérea e 7.000 euros para a versão da Marinha). Esses números são tratados e confrontados com outros dados em documento do Senado Francês, que fala em valor de 35.000 euros ao invés de 39.000 (clique aqui para acessar). FONTE: O PODER AÉREO
quarta-feira, 24 de abril de 2013
Plano de segurança e defesa para a Copa de 2014 foi aprovado


segunda-feira, 22 de abril de 2013
SISTEMA DE DEFESA AÉREA PARANA
Proposta da estatal russa Rosoboroexport poderá atrair empresas brasileiras para um desenvolvimento conjunto de Sistema de Antiaéreo.



Alexandre Beraldi
Colaborou Claudio Xavier
Causou surpresa o anúncio veiculado por fontes russas de que pretendia desenvolver um avançado sistema de defesa aérea em conjunto com o Brasil.
Estabelecido contato com os representantes da estatal russa Rosoboronexport que se fizeram presentes à LAAD 2013, obteve-se mais detalhes sobre o Sistema de Defesa Aérea PARANA. A proposição é, na verdade, um projeto de adaptação e nacionalização do conhecido Pechora-2M (S-125 2M).
Segundo a Rosoboronexport o sistema AAé Pechora possui uma arquitetura que facilita a incorporação de sistemas alienígenas, assim o PARANA, nos moldes propostos, empregaria possivelmente um radar de vigilância nacional OrbiSat SABER M-200 integrando o sistema na função de busca de alvos, em substituição ao radar de busca P-15 original. Ele seria operado em conjunto com uma versão nacionalizada do radar de direção de tiro SNR-125M-2M(K), ambos controlados por um Centro de Operações Antiaéreas Móvel nacional, rodando um software nacionalizado e integrado ao sistema de Defesa Aérea Brasileiro.
Segundo informações da OrbiSat a empresa poderá desenvolver um novo radar para os futuros programas de defesa antiaérea das Forças Armadas. Sendo que, este novo radar deverá ser baseado no radar secundário existente no M200.
O PARANA seria montado em chassis de veículos nacionais para facilitar a logística e manter altos índices de mobilidade e operacionalidade a despeito das adversidades das condições de uso em qualquer terreno. Assim o posto de comando, radares, rampas de lançamento, sistemas de municiamento e meios auxiliares seriam todos montados sobre uma mesma plataforma automotiva militarizada nacional, como, por exemplo, a que for usada no sistema ASTROS 2020 da AVIBRAS.
O sistema ainda utilizaria o método de lançamento por rampas canteiráveis, e não o lançamento vertical comum nos modernos mísseis AAé de médio alcance. Porém, seria utilizada uma versão mais moderna do míssil 5V27DE atualmente em produção, que teria, segundo a Rosoboronexport, maior velocidade, maior alcance e grande capacidade contra alvos de seção radar reduzida, sendo eficaz contra aeronaves e armamentos guiados stealth.
Foi reportado por um funcionário da comitiva que o Pechora-2M, apesar de não tão cercado de admiração como os mais novos S-300 e S-400, tem sido efetivamente empregado em combate recente com altos índices de eficácia, insinuando que teria sido usado com sucesso pela Síria para abater um RF-4E turco.
A origem do Pechora-2M está no sistema de mísseis SA-3 GOA (código OTAN), cuja operação na Guerra do Yon Kippur (1973) causou enormes perdas à Força Aérea Israelense (IAF). Um sistema de Defesa Aérea fornecido pela então União Soviética ao Egito, formado pelos sistemas de mísseis: SA-2 GUIDELINE, SA-3 GOA e SA-6 GAINFUL, tornou-se quase intransponível à IAF .
As empresas que brasileiras que participariam neste empreendimento é a ODEBRECHT Defesa e Tecnologia, através da MECTRON, mísseis e sistemas de controle, e a EMBRAER Defesa e Segurança, através da OrbiSat com o radar SABER 200 e a integração ao PARANÁ
O Governo Brasileiro está focado primeiramente na aquisição do Sistema de Defesa Aérea Pantsir S1, cujas negociações estão em andamento entre os dois governos.
A oferta russa está focada em dois Projetos Estratégicos do Exército Brasileiro: o PROTEGER, voltado para a Defesa de Infraestrutura Crítica e o Projeto Estratégico do Exército Defesa Antiaérea (PEE DAAe),
Alguns dados técnicos preliminares do atual Sistema S-125 Pechora-2M baseado em fontes da Rosoboronexport:
Descrição – projetado para proteger instalações administrativas, industriais e instalações militares contra toa as ameaças de alvos aéreos: mísseis Cruise, helicópteros, Drones, incluindo objetos de pequeno volume e / ou características Stealth (discretas).
O sistema foi montado em um chassi para mobilidade e sobrevivência no campo de batalha. Tem resistência avançada à Interferência Eletrônica (jamming)
Faixa de engajamento - 200m a 20 km
Alcance Máximo – a 0,5 km até 22 km
5-20 km até 32 km
Velocidade Max do alvo 700m/s
Single shot Kill Probability 0,99%
Número de Alvos Trackeado 1-2 Alvos
Número de alvos seguidos até 16
Cabine de Comando Distância do Lançador 200m
Fonte: http://www.defesanet.com.br/





