sexta-feira, 31 de outubro de 2008
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Tradição e modernidade nas asas do Senta a Pua
O 1º Grupo de Aviação de Caça do Brasil chega à CRUZEX com a novidade do F-5 modernizado
30/10/2008
Em 1944, a Itália recebia o Primeiro Grupo de Aviação de Caça (1º GAvCa) da Força Aérea Brasileira, durante a Segunda Guerra Mundial. Orgulho da nação, o grupo realizou 445 missões, 5% do total efetuado pelos grupos subordinados ao comando americano e, ao final, foi condecorado com a Presidental Unit Citation (uma honraria concedida pela presidência dos Estados Unidos aos aliados de guerra, por extraordinário heroísmo). Hoje, 64 anos mais tarde, recebemos o mesmo grupo, com os pilotos atuais, na pista da Base Aérea de Natal. Neste caso, o conflito é fictício, mas a responsabilidade de mostrar um bom desempenho é grande.
O “Senta a Pua”, como são conhecidos devido ao seu grito de guerra, veio de Santa Cruz, Rio de Janeiro, num trajeto que somou duas horas e meia de vôo. O tenente -coronel Antônio Ramirez Lorenzo foi do Grupo por sete anos. Durante esse tempo, participou de operações conjuntas com a França e Estados Unidos. Afastou-se para trabalhar junto ao Centro de Comunicação Social da Força Aérea Brasileira, mas teve a grande oportunidade de ser designado de volta, desta vez como Comandante do mais tradicional grupo de aviação de caça do país. Esta é sua primeira CRUZEX como piloto: “A expectatia é a melhor possível, nós vamos colocar em prática todo o treinamento que fizemos ao longo do ano, além do intercâmbio com outros países, que é muito importante” afirmou.
Os F-5EM, aviões utilizados pelo “Senta a Pua”, vieram para a CRUZEX não apenas pelo treinamento aéreo em si, mas com o propósito de adaptação dos pilotos às novas alterações. A nomenclatura agora ganha um M de modernizado. O F-5EM possui alta tecnologia, originada de Israel e desenvolvida pela Embraer.
Equipada com telas digitais, a cabine foi projetada para todas as condições de tempo. A configuração permite o controle total dos sistemas através de comandos instalados no manche e na manete de potência. Três telas multifuncionais e um visor que projeta informações ao nível dos olhos, evita que o piloto desvie o olhar para o painel. Essas e outras adaptações fazem dessa aeronave uma máquina tecnológica que coloca o Brasil no contexto mundial da aviação de caça. “É uma sensação de orgulho muito grande ter a oportunidade de comandar o esquadrão num momento como este”, finaliza Lorenzo.
Fonte: Catarina Doolan/UFRN/CECOMSAER - Fotos: S1 Delgado/CECOMSAER
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