Para Gerdau, Venezuela tem risco como qualquer outro emergente

Após anunciar a compra da Siderúrgica Zuliana (Sizuca) na Venezuela, a terceira maior produtora de aço daquele país, o grupo Gerdau comentou que vê esse negócio "com os mesmos riscos de outros países em desenvolvimento, mas com excelente capacidade de crescimento", numa referência à expansão de cerca de 10% no Produto Interno Bruto (PIB) do país em 2006 e 2005. A Gerdau fez a aquisição de um grupo empresarial e informou que o negócio não depende do aval de autoridades regulatórias do governo Hugo Chávez. Conforme o grupo, a compra foi paga com recursos próprios.

Em comunicado, o diretor-presidente da Gerdau, André Gerdau Johannpeter, afirmou que "a Venezuela possui uma economia em expansão e demanda interna crescente, assim como grande disponibilidade de energia, sucata e minério". O executivo também ressaltou que os investimentos em infra-estrutura são crescentes, o que tem reflexos na construção civil, que é grande consumidora de vergalhões.

A usina tem capacidade instalada anual de 300 mil toneladas de aço e 200 mil toneladas de laminados (vergalhões). No ano passado, vendeu 90 mil toneladas de laminados, o que dá espaço à Gerdau para investir no aumento da produção. O grupo não forneceu informações financeiras da usina. A planta tem 340 funcionários e fica a 90 quilômetros de Maracaibo.