A rede social do Google vem ultrapassando os limites da web. Um ´mix´ de vida real e virtual, que tem gerado boas histórias e muita confusão
Chegar em casa, ligar o computador e ´correr´ direto para ele. Um vício? Uma tentação? Não para todos, mas, em geral, o ´Orkut´ tem se tornado mania entre os brasileiros. A cada 10 computadores, pelo menos sete utilizam o site diariamente no País, de acordo com o Ibope/NetRatings. O Zona Cyber desta semana traz para você casos de usuários que já viveram um verdadeiro ´inferno´ por causa dessa ´febre´. Namoros terminados, perfis clonados, comunidades que, de repente, trocaram de nomes. Problemas que talvez você já tenha vivido no seu dia-a-dia na rede.
Namoro versus Orkut
A exposição gerada pelo ´Orkut´ tem afetado inúmeros casais de usuários. A comunidade virtual confirma desconfianças, mas também funciona como um gerador de paranóias para os mais ciumentos. Foi como aconteceu com o estudante Eduardo X. (nome fictício), 19 anos. Ele namorava Patrícia Y. (fictício), 18, e não tem dúvidas de quanto a rede foi fundamental para o fim do relacionamento. ´Tudo girou em cima do ´Orkut´. Acabamos duas vezes por causa dele´. Segundo o jovem, Patrícia tinha um amigo que mandava mensagens ´estranhas´ para ela. Eduardo também recebia recados carinhosos de uma colega. ´Não havia nada comprometedor, mas a gente tinha ciúmes. Acabamos a primeira vez por causa disso, mas combinamos de excluir esses contatos e voltamos´.
Meses depois, a amiga de Eduardo postou fotos que não agradaram a Patrícia, e o relacionamento foi à nocaute. Para piorar, um mês após o fim do namoro, Patrícia engatou um romance com tal amigo que Eduardo tinha ciúmes. Afinal de contas, o ´Orkut´ tinha ou não razão?
O terror dos ´Fakes´
No mundo virtual, ninguém é obrigado a existir de fato. Embora o ´Google´ condene a criação de perfis falsos (fakes), a prática é comum no ´Orkut´. Exércitos de ´fakes´ são criados na rede para tumultuar discussões e provocar conflitos.
Vítima de um desses ´infratores virtuais´, o perfil de Luís Antônio Caetano foi clonado duas vezes e ele teve muita dor de cabeça. Na primeira vez, foram usadas as mesmas fotos e o nome do garoto. ´Ele saía adicionando meus amigos, como se eu tivesse outro ´profile´. Inclusive, ficava perguntando coisas da minha vida pessoal´, conta Luís. Para solucionar com o problema, contatou o ´Orkut´, mas, infelizmente, não obteve nenhum resultado.
Já o segundo ´clone´ do jovem foi bem mais complicado. ´O outro foi pior por que ficou dizendo que era gay e entrou em comunidades nada a ver´, lembra. Meses depois, o perfil falso sumiu, e Luís se viu livre do problema.
Mudanças
Desde a criação da rede, em 2004, muitas alterações foram feitas com objetivo de tornar o espaço mais seguro e diminuir a falta de privacidade dos usuários. Em 2006, além de uma mudança no layout, o ´Orkut´ passou a informar para o dono do perfil quem visitava a página e também deu opção para ocultar a identidade, sob pena de não poder ver quem passou pelo ´profile´. Mas a alteração que mais repercutiu quanto à privacidade surgiu em 2007. Novas ferramentas deixaram o usuário livre para não mostrar fotos e recados para todos.
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