BOGOTÁ, 27 OUT (ANSA) - A embaixadora da Colômbia na Venezuela, María Luisa Chappe, afirmou hoje que a Chancelaria de seu país atua "pelo canal regular", em resposta à nota de protesto emitida ontem pelo governo venezuelano contra as supostas atividades de "espionagem" colombianas em seu território.
Por meio de uma nota, a Chancelaria venezuelana se queixou da "reiterada presença de funcionários do Departamento Administrativo de Segurança colombiano (DAS, serviço secreto) em território venezuelano, detectados realizando trabalhos de espionagem e tentativas de suborno".
A expressão venezuelana surge pouco depois do massacre de dez pessoas no estado de Táchira, na fronteira com a Colômbia. Na ação, oito colombianos, um peruano e um venezuelano foram mortos após terem sido sequestrados por um grupo armado.
"Não vou especular sobre hipóteses, não vou cair em provocações. Me parece importante não perder o ponto central deste assunto, o fato de muita gravidade que ocorreu, um massacre de dez pessoas, entre elas oito colombianos", declarou Chappe sobre a nota.
Após o ocorrido, registrado em 11 de outubro, o governo de Álvaro Uribe propôs uma colaboração na investigação do crime, pedindo também o seu esclarecimento.
Por sua vez, o vice-presidente venezuelano, Ramón Carrizález, não descartou ontem a hipótese de que as vítimas formariam um grupo de infiltrados do país vizinho. "Existem muitos indícios que levam a identificá-los como paramilitares".
Os homens foram detidos por um grupo armado quando disputavam uma partida de futebol. Segundo as famílias, todos estavam desempregados e eram vendedores ambulantes, que atravessaram à fronteira em busca de melhores condições.
O fato é mais um capítulo da relação conturbada entre os dois países, intensificada em julho passado, quando o governo de Hugo Chávez ordenou o congelamento das relações diplomáticas e comerciais com a Colômbia.
A medida era uma forma de protestar contra as acusações de autoridades colombianas de que a Venezuela teria fornecido armamentos às Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) e também por conta do acordo militar entre o governo colombiano e o norte-americano.
FONTE: Agencia ANSA
terça-feira, 27 de outubro de 2009
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