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Salmo 127

1 Se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam; se o Senhor não guardar a cidade, em vão vigia a sentinela.

2 Inútil vos será levantar de madrugada, repousar tarde, comer o pão de dores, pois ele supre aos seus amados enquanto dormem.

3 Eis que os filhos são herança da parte do Senhor, e o fruto do ventre o seu galardão.

4 Como flechas na mão dum homem valente, assim os filhos da mocidade.

5 Bem-aventurado o homem que enche deles a sua aljava; não serão confundidos, quando falarem com os seus inimigos à porta.

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sábado, 3 de abril de 2010

Putin e Chávez discutem cooperação espacial



Segundo líder venezuelano, Rússia ajudará seu país a lançar satélites; EUA ironizam e recomendam concentração em "assuntos mais terrestres."




O primeiro-ministro russo, Vladimir Putin, chegou ontem a Caracas prometendo avaliar a possibilidade de ajudar o presidente venezuelano, Hugo Chávez, a desenvolver a sua própria indústria espacial - que incluiria um sistema de lançamento de satélites.

O anúncio da oferta foi feito por Chávez, horas antes da chegada de Putin. Essa é a primeira viagem do líder russo à Venezuela, onde ele foi recebido com uma parada militar.

Segundo Chávez, a proposta da cooperação na área de tecnologia espacial seria discutida por autoridades russas e venezuelanas. "A Rússia ofereceu apoio para que a Venezuela tenha sua própria indústria para o uso de seu espaço extraterrestre", afirmou Chávez.

A declaração foi ironizada pelo porta-voz da Casa Branca, Philip Crowley. "Nos permitimos lembrar que o governo da Venezuela esteve em grande parte inativo esta semana por causa da escassez de energia", disse Crowley, referindo-se ao fato de que Chávez declarou feriado para economizar energia nos escritórios do governo e estatais. "Já que ele pretende gastar recursos para atender aos interesses do povo venezuelano, talvez devesse se concentrar em assuntos terrestres mais do que nos extraterrestres."

Chávez e Putin também pretendiam discutir a compra de dois hidroaviões Beriev Be-200 russos pela Venezuela e uma série de acordos nas áreas comercial, agrícola, industrial e energética.


Acordo nuclear

De acordo com Chávez, Moscou ajudará a Venezuela a desenvolver a tecnologia para obter energia nuclear. "Não vamos fazer uma bomba atômica, mas vamos desenvolver energia atômica com fins pacíficos" afirmou o presidente venezuelano. "Estamos nos preparando para a era pós-petróleo."

Além disso, também estão sendo negociados novos acordos na área de defesa. Desde 2005, o governo venezuelano adquiriu US$ 4 bilhões em armamentos de Moscou, tornando-se o principal cliente da indústria bélica russa na América Latina. As compras incluem helicópteros, 100 mil fuzis Kalashnikov. 24 caças Sukhoi e 92 tanques T-72.

No ano passado, Chávez anunciou que a Rússia estaria disposta a emprestar para a Venezuela mais US$ 2,2 bilhões para a financiar novos contratos na área de segurança.


Retórica multipolar

O presidente venezuelano tem procurado se aproximar de países como a Rússia, o Irã e a China enquanto mantém suas críticas ao governo americano. Segundo analistas, a retórica antiamericana agrada a Moscou.

Em Caracas, Putin também deve se reunir com o presidente boliviano, Evo Morales, para discutir a concessão de um empréstimo de US$ 100 milhões que serviria para a compra de um avião Antonov para uso presidencial. Os dois países também vêm discutindo acordos que permitiriam à Bolívia adquirir equipamentos militares e helicópteros.

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