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Salmo 127

1 Se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam; se o Senhor não guardar a cidade, em vão vigia a sentinela.

2 Inútil vos será levantar de madrugada, repousar tarde, comer o pão de dores, pois ele supre aos seus amados enquanto dormem.

3 Eis que os filhos são herança da parte do Senhor, e o fruto do ventre o seu galardão.

4 Como flechas na mão dum homem valente, assim os filhos da mocidade.

5 Bem-aventurado o homem que enche deles a sua aljava; não serão confundidos, quando falarem com os seus inimigos à porta.

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quarta-feira, 7 de abril de 2010

Amorim rejeita arma atômica para o Brasil


Chanceler diz que bomba tornaria o país "mais inseguro" e cobra que Irã seja "flexível" nas negociações.




O chanceler Celso Amorim disse ontem que é contra o Brasil produzir armas atômicas, porque isso "tornaria o país mais inseguro e alvo de outras potências nucleares". Ele falou sobre o tema em aula inaugural da Coppe (Coordenação de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia), da UFRJ.

Indagado se o Brasil poderia "ser uma potência mundial do século 21" sem ter a bomba, o chanceler disse acreditar que sim, mas que seria preciso acabar com a "simetria indevida" que faz com que os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU (EUA, Rússia, China, França e Reino Unido) sejam também as potências nucleares reconhecidas pelo TNP (Tratado de Não Proliferação).

"Talvez o caminho mais claro para demonstrar que o exercício do poder não está ligado à posse de arma atômica passe pela reforma do conselho. Essa incidência dupla é fonte de desequilíbrio e de deslegitimação das decisões do CS. Se Brasil, África do Sul ou Japão e Alemanha entrarem, eles não têm armas nucleares." Amorim disse que o Brasil insistirá em metas de desarmamento na conferência de revisão do TNP, em maio.

Na semana passada, a China indicou que está disposta a discutir uma quarta rodada de sanções contra o programa nuclear do Irã, em troca da distensão de crises com os EUA -o Tesouro americano adiou no fim de semana a publicação de relatório em que acusaria Pequim de manipular sua moeda para manter a competitividade de suas exportações.

Questionado sobre essa aparente barganha chinesa, Amorim disse que não tem "nenhuma barganha a fazer" no caso. Ele voltou a pedir que o Irã seja "flexível", mas disse que o Brasil -que ocupa uma cadeira não permanente no CS - ainda não decidiu como vai votar. "É preciso que [os iranianos] demonstrem alguma flexibilidade. Mas, se você coloca no seu espírito que a única solução são sanções, então é uma profecia autocumprida, como aconteceu no Iraque."

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