terça-feira, 13 de abril de 2010
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Sob pressão dos EUA por conta do Irã, Lula vai a cúpula nuclear
Encontro que começa hoje em Washington tem como pano de fundo desejo americano de fazer Teerã abandonar projeto; Agenda não prevê reunião bilateral com Obama, com quem presidente brasileiro deve se encontrar em jantar com outros chefes de Estado.
Sob a sombra da aproximação do Brasil com o Irã e da recusa em assinar o protocolo adicional do acordo de não proliferação (TNP), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva participa hoje e amanhã da Cúpula de Segurança Nuclear convocada pelo presidente dos EUA, Barack Obama, em Washington. Lula terá encontros bilaterais com líderes de França, Japão, Itália, Turquia e Canadá.
Não está programada reunião separada com Obama -segundo o Itamaraty, não houve pedido de nenhum dos lados. A cúpula foi convocada para discutir combate ao terrorismo nuclear, mas está permeada pela pressão dos EUA por apoio ao endurecimento contra Teerã pela recusa em interromper o programa nuclear.
A percepção de aproximação entre Lula e o iraniano Mahmoud Ahmadinejad é uma das principais discussões no Congresso americano quando o assunto é a relação Brasil-EUA. Lula deverá ir ao Irã em maio.
Em Washington, o presidente brasileiro estará acompanhado pelos ministros Celso amorim (Relações Exteriores) e Nelson Jobim (Defesa). Jobim aproveita a viagem para assinar hoje com seu contraparte americano, Robert Gates, acordo estratégico de defesa com os EUA -o primeiro entre os dois países na área desde 1977.
Também hoje, Lula se reunirá com o premiê da Itália, Sílvio Berlusconi, para assinar o plano de ação de um acordo estratégico existente entre os dois países que aborda de educação a segurança. Em seguida, Lula recebe o premiê japonês, Yukio Hatoyama, e o premiê turco, Recep Tayyip Erdogan. À noite, terá jantar de trabalho com Obama e mais de 40 líderes.
Amanhã, Lula terá reuniões com o presidente francês, Nicolas Sarkozy, e com Stephen Harper, premiê canadense. A agenda desses encontros não foi detalhada.
Em nota, o Itamaraty afirmou que, "para o governo brasileiro, a segurança nuclear é fundamental para se impulsionar o uso pacífico da energia nuclear". "O Brasil possui sólida legislação no campo da segurança nuclear e do combate ao terrorismo", diz o texto.
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