O ministro informou que enviará ao Congresso projeto para criação de curso de formação em Defesa para civis
RIO DE JANEIRO - Ao comentar o projeto de lei complementar que dá poderes de polícia à Marinha e à Aeronáutica, o ministro da Defesa, Nelson Jobim, disse nesta sexta-feira, 6, que o fortalecimento do ministério servirá como instrumento de civilidade. Para Jobim, o País está "em um momento político efetivo e real no sentido de viabilizar a civilização do ministério da Defesa".
Em reportagem publicada nesta sexta-feira, o Estado adiantou informações sobre o novo texto do projeto de Lei Complementar 97. Em fase final de formatação na Casa Civil, o projeto fortalece de maneira explícita o cargo de ministro da Defesa, que passará a ter o comando operacional sobre Exército, Aeronáutica e Marinha. Com a mudança, o comando das três forças estará efetivamente sob comando civil.
Jobim informou ainda nesta sexta-feira que um projeto de lei específico será enviado ao Congresso para criar um curso de formação em Defesa para civis. O curso será ministrado por um instituto vinculado à Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra (ADESG). "Vamos privilegiar a formação com a criação de um instituto para a carreira civil de Defesa. Independente da mudança de ministro, você terá uma estrutura burocrática civil que domine temas de Defesa, o que hoje não existe", afirmou Jobim.Para o ministro, a possibilidade de a Marinha e a Aeronáutica fazerem revistas e prisões em flagrante, quando não houve a presença da Polícia Civil ou Federal, vai dar agilidade ao combate à entrada clandestina de drogas e armas pela fronteira. "É uma questão de dar uma função suplementar e subsidiária às forças auxiliares ao combate ao crime organizado", afirmou o ministro. O ministro está no Rio para uma visita ao Centro de Tecnologia do Exército em Guaratiba, zona oeste do Rio.
Fonte : O Estadão
sábado, 7 de novembro de 2009
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