Reação da Colômbia acontece após governo da vizinha Venezuela ordenar que seu Exército se prepare para um possível enfrentamento militar com os colombianos.
A Colômbia declarou que irá recorrer ao Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU) e à Organização dos Estados Americanos (OEA) depois de o governo da vizinha Venezuela ordenar que seu Exército se prepare para um possível enfrentamento militar a fim de garantir a paz na região. Nos últimos tempos, o presidente venezuelano, Hugo Chávez, gastou mais de US$ 3 bilhões na compra de armas, levando a secretária norte-americana de Estado, Hillary Clinton, a alertar sobre uma corrida armamentista na região.
“Considerando as ameaças de guerra anunciadas pelo governo da Venezuela, o governo da Colômbia propõe ir à Organização dos Estados Americanos e ao Conselho de Segurança da ONU”, disse em nota o presidente colombiano Álvaro Uribe. A Colômbia também sugeriu um “diálogo franco” com a Venezuela a respeito da sua prolongada desavença diplomática.
Há meses, Chávez tem dito que um acordo de cooperação militar assinado em outubro entre Colômbia e EUA pode prenunciar uma invasão norte-americana em seu país, a partir do território colombiano. Bogotá e Washington rejeitam a ideia, dizendo que o objetivo da cooperação militar é apenas combater o narcotráfico e as guerrilhas da Colômbia.
No entanto, Washington vê Uribe como um anteparo contra Chávez e outros governos socialistas da região, como o do equatoriano Rafael Correa. Chávez, Correa e Uribe buscaram nos últimos anos ampliar sua permanência no poder, por meio de reformas constitucionais que permitissem suas reeleições.
Comércio
Uribe recentemente pediu à Organização Mundial do Comércio (OMC) que interceda depois de Chávez proibir a importação de alguns produtos colombianos, em protesto contra o acordo militar Bogotá-Washington. Bogotá diz que a proibição venezuelana agravou a recessão na Colômbia e afetou ainda mais as exportações do país, já prejudicadas pela crise global.
A Colômbia é o segundo maior parceiro comercial da Venezuela, e vice-versa, sendo os EUA o primeiro para ambos. No ano passado, o comércio bilateral entre os vizinhos superou os US$ 57 bilhões.
Fonte: Jornal do Brasil
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