segunda-feira, 30 de novembro de 2009
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Lobo declara vitória em Honduras e fala de 'governo de integração'
Com 61% das mesas apuradas, opositor de Zelaya tem 55,9% dos votos.
Dia de eleição para presidente foi tranquilo.
O candidato opositor de Manuel Zelaya nas eleições presidenciais hondurenhas, Porfírio Lobo, declarou vitória nesta segunda-feira (30). Seu concorrente do Partido Liberal, Elvin Santos, já reconheceu a derrota. Após apuração de 61% das mesas, Lobo tem 55,9% dos votos.
Lobo se declarou novo presidente eleito e falou que fará um 'governo de integração e de diálogo'. O presidente interino de Honduras, Roberto Micheletti, assegurou que entregará o poder sem resistência ao vencedor. "Sem temor a ameaças, sem deixar-se levar por presságios negros, hoje Honduras decidiu seu próprio futuro para terminar de uma vez por todas a crise que tanto nos afetou e prejudicou os mais necessitados", disse Lobo a simpatizantes após declarar vitória.
Candidato do Partido Nacional, Porfirio já vinha sendo apontado como vencedor em pesquisa de boca-de-urna realizada pela Televicentro, principal TV privada do país. A informação foi repassada ao G1 por telefone pelo enviado da TV Globo a Honduras, José Roberto Burnier. Segundo a pesquisa, Lobo teria 51% dos votos, enquanto o candidato governista Elvin Santos ficaria com 34% dos votos.
Honduras vive uma crise política desde junho deste ano, quando o presidente Manuel Zelaya foi expulso do país após um golpe de Estado. Em setembro, ele retornou 'de surpresa' e se instalou na Ebaixada do Brasil, onde permanece até hoje.
Eleições
A votação em Honduras transcorreu de forma tranquila e terminou na tarde deste domingo (à noite, no Brasil). A previsão era de que as urnas fechassem às 16h do horário local, mas Tribunal Supremo Eleitoral (TSE) decidiu prorrogar o pleito por mais uma hora.
Burnier informou que o movimento de eleitores às urnas estava pequeno na primeira parte do dia, aumentando um pouco à tarde. Em um dos redutos de Zelaya, na periferia de Tegucigalpa, algumas pessoas foram aos locais de votação para dizer que não iriam votar. Mesmo no reduto de Micheletti o movimento era pequeno.
Os candidatos temem que o índice de abstenção seja alto. Isso seria um problema grave, já que grande parte da comunidade internacional declarou que não vai aceitar o resultado do pleito.
Segundo o deputado brasileiro Raul Jungmann, que é um dos 300 observadores internacionais a acompanhar a eleição hondurenha, tanto Porfírio Lobo quanto Elvin Santos – o candidato governista – já declararam que, caso eleitos, irão procurar o presidente Lula para que o Brasil reconheça as eleições.Segundo a Constituição de Honduras, o voto é obrigatório, mas não há nenhuma penalidade para quem não vai até as urnas. O índice de abstenção no país costuma ser alto. Em 2005, quando Zelaya chegou à presidência, 45% dos eleitores deixaram de votar.
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