Estado judeu acredita que este tipo de atitude pode encorajar nações pró-palestinos a tentar abrir processos por crimes de guerra
Irritado por ser censurado pela ONU por seu papel na guerra de Gaza, Israel disse na quinta-feira que a apreensão de um suposto carregamento de armas iranianas para militantes do Hezbollah mostrava que os inimigos do Estado judeu deveriam ser o foco das acusações de crimes de guerra.
Israel anunciou na quarta-feira ter interceptado um cargueiro que transportava munições contrabandeadas. Enquanto isso, a Assembleia Geral da ONU debate uma resolução exigindo que Israel e o Hamas investiguem suas táticas durante a guerra na Faixa de Gaza, há quase um ano.
O Hezbollah, uma milícia xiita libanesa, financia o Hamas. Os dois grupos são apoiados pelo Irã, inimigo declarado de Israel.
"O componente central desses armamentos era formado por foguetes, cujo objetivo principal é matar o máximo de civis possível", disse o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, a jornalistas em um informe oficial sobre a apreensão das armas, que segundo Israel vinham do Irã e tinham como destinatário o Hezbollah, via Síria.
"Esse é um crime de guerra. E é um crime de guerra que a Assembleia Geral da ONU, que está reunida hoje, deveria investigar, discutir e condenar com dureza", acrescentou.
O Hezbollah, que disparou 4.000 foguetes contra o norte de Israel durante a guerra de 2006, negou envolvimento com o carregamento, assim como o Irã e a Síria. Esses países também apoiam o Hamas, o grupo islâmico que controla a Faixa de Gaza e se opõe à paz com Israel.
Israel opõe-se à resolução de caráter não obrigatório, que deve ser aprovada pela assembleia na quinta-feira e pode estimular nações pró-palestinos a argumentarem que o Conselho de Segurança deveria recomendar a abertura de processos por crimes de guerra.
Diplomatas afirmam que há pouca chance de um relatório da ONU sobre a guerra de Gaza levar a uma punição de Israel - que recebeu a maior censura - ou do Hamas, já criticado pelo Ocidente.
O relatório de 15 de setembro sobre a guerra, que matou mais de 1.300 palestinos e 13 israelenses, foi criticado pelo Congresso dos EUA na terça-feira. Se uma resolução anti-Israel chegar ao Conselho de Segurança da ONU, provavelmente será vetada por Washington.
Israel diz que atacou Gaza para conter o lançamento de foguetes do Hamas, e que a censura mundial pode danificar as chances de um acordo de paz na região.
"Gostaria de dizer aqui claramente -(o debate da ONU) não vai nos deter. Não vai parar nosso trabalho contínuo para proteger os cidadãos de Israel", disse Netanyahu.
"Acho que chegou a hora de a comunidade internacional -- pelo menos, os mais responsáveis entre eles -- reconheça a verdade."
Fonte: Gazeta do Povo
sexta-feira, 6 de novembro de 2009
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» Israel diz que censura da ONU deveria ser feita a seus inimigos
1 comentários:
Israel é sempre vítima do mundo. Nunca faz nada de errado. Pura balela. Israel não é santo nessa disputa sangrenta no Oriente Médio. Tivesse aceitado o território que foi lhe dado em 1948 e negociado com os palestinos, a situação estaria melhor. Mas não, a ganânacia dos israelenses levou a guerras e aumeto de territórios. Assim como o Hamas, Hizbolah, Irã, merece ser se julgada. Abraços
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