sábado, 14 de novembro de 2009
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Equador e Colômbia infiltraram pelo menos 10 informantes nas Farc
Quito, 11 nov (EFE).- Pelo menos dez informantes foram infiltrados pelos serviços de inteligência do Equador e da Colômbia nas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) entre 2005 e 2008 para identificar os principais chefes da organização armada ao longo da fronteira, publicou hoje o jornal "El Universo".
A unidade de pesquisas especiais da polícia infiltrou em 2005 J.C.R.F., conhecido como "Pirata", com a missão de passar informações sobre o segundo líder das Farc, Luis Édgar Devia, conhecido como "Raúl Reyes", morto em um bombardeio do Exército colombiano em Angostura, território equatoriano, em 1º de março de 2008.
Segundo documentos da direção de inteligência da polícia da Colômbia (Dipol) aos que teve acesso o jornal equatoriano, "Pirata" repassou a rotina de Reyes e forneceu detalhes sobre o esquema de segurança a sua volta.
Acrescenta que "Pirata" foi o encarregado de tramitar em Quito os documentos de identidade falsos dos chefes das Farc, Juvenal Ovidio Ricardo Palmeira, conhecido como "Simón Trinidad", e, de Guillermo Torres, conhecido como "Julián Conrado".
"Pirata" é equatoriano, trabalhou no Ministério de Bem-estar Social e no ex-Congresso do Equador (atual Assembleia Nacional) como assessor do parlamentar Leonidas Iza, de Pachakutik, que aparece nos supostos arquivos de "Raúl Reyes", encontrados em Angostura, como interessado em visitar ao guerrilheiro, embora ele o negou.
Segundo a inteligência colombiana, "Pirata" revelou a localização dos acampamentos das Farc e cobrou parte dos US$ 2,6 milhões oferecidos pela Colômbia por informações de "Raúl Reyes", informou o jornal.
Outras três fontes infiltradas pela inteligência colombiana também deram informações sobre Reyes: "Jojoa", o "Serrador" e o "Libertador".
Este último tinha acesso às informações sobre os possíveis contatos de Reyes no Equador, relações políticas e diplomáticas e "conhecimento sobre as relações do guerrilheiro".
Equador e Colômbia estão imersos em processo de restabelecimento de suas relações diplomáticas, quebradas a partir de 3 de março de 2008, dois dias depois do bombardeio militar colombiano a um acampamento das Farc em Angostura.
Nesse ataque morreram pelo menos 26 pessoas, entre elas "Raúl Reyes", o porta-voz internacional das Farc. EFE
sm/dm
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