Pravda
Data : 23/12/2008
Sucesso do lançamento do míssil espacial brasileiro ignorado por mídia
A mídia não noticiou
Jorge Cortás Sader Filho
Excessivamente preocupados com a crise financeira, os órgãos de informação brasileiros não informaram o sucesso do lançamento do míssil espacial VLS-1, feito com sucesso no dia 20 de outubro de 2008, partindo da base de São José dos Campos, e não de Alcântara, como era costume.
A última experiência foi desastrosa. Com problemas de pré-ignição, o lançamento fracassou dando causa a incêndio que destruiu grande parte da base maranhense, além de matar 21 pessoas. Grande lástima, sem dúvida. O sucesso é auspicioso. Vai permitir o lançamento de satélite geoestacionário, proporcionando ao país facilidade nas comunicações, principalmente.
O lançamento foi assistido pelo Ministro da Defesa, Nelson Jobim e pelo Comandante da Aeronáutica, brigadeiro Juni Saito. Não se entende a causa da notícia não ter sido divulgada na imprensa.
Pode acreditar-se que para muitos países não interessava o Brasil ser capaz de colocar satélites em órbita, o que significa também o seu notável desenvolvimento bélico, pois mísseis de muito longo alcance não são bem vistos pelas nações que não os possui.
Mesmo as poderosas potências, que além do vetor têm a ogiva nuclear, não ficam muito satisfeitas quando um fato desta natureza é atingido.
É sabido pela comunidade mundial que o Brasil não desenvolve corrida armamentícia, e não possui artefatos nucleares agressivos, mas pode construir em pouco tempo, já que a tecnologia permite com folga que eles sejam construídos em pouco tempo.
Talvez tenha sido esta a razão do fato não ter sido divulgado com alardes. Vizinhos nossos podem interpretar o sucesso como uma ameaça, quando na realidade o fato não é este. Quem acompanha o lançamento dos “Sacis”, sempre com fracasso, sabe disto.
Foi um feito respeitável, sem dúvida. São muito poucos países capazes de operações de tamanha envergadura, e é uma consolidação dos velhos sonhos dos cientistas brasileiros, que estão de parabéns.
O Brasil, apesar dos pesares do mundo e dele mesmo, caminha fácil para um futuro de brilho. Todo este trabalho vem sendo desenvolvido com auxilio da tecnologia russa, de acordo com um protocolo firmado entre Brasil e Rússia.
Segundo este acordo, os russos auxiliam na transferência de tecnologia de ponta, e o governo brasileiro compromete-se a emprestar a base de Alcântara, para o lançamento de mísseis russos. A base está próxima a linha do equador, o que facilita os lançamentos e diminui os gastos.
Nosso Comentário :
Brasil Lançou em Segredo Novo VLS-1 em Outubro de 2008
Em 20 de outubro de 2008, o Brasil lançava, de São José dos Campos (SP), em completo segredo, o VLS-1 V04, primeiro depois do acidente de 2003, em Alcântara.
Por essa ninguém esperava. Precisei ler e reler a matéria do jornal estatal russo Pravda, pensando ser alguma pegadinha de Natal. Digo isso, porque tudo aconteceu no mais absoluto segredo, e com apoio russo.
Também pudera, tendo sido este novo Veículo Lançador de Satélite - VLS-1 V04, lançado em segredo do interior de São Paulo, não houve a mínima possibilidade de nova sabotagem, ou estranhas falhas, como ocorreu no estranho acidente de 2003, 5 anos atrás.
O VLS-1 V03 e o Posto de Lançamento de Alcântara, no Maranhão, explodiram no dia 22 de agosto de 2003, 3 dias antes do teste, causando a morte de 21 técnicos do CTA.
O Pravda diz que o sucesso agora é auspicioso, pois vai permitir o lançamento de satélite geoestacionário próprio. O jornal russo não conseguiu entender a causa da notícia não ter sido divulgada na imprensa brasileira. Talvez tenha sido melhor assim.
Este é mesmo um passo fundamental para chegarmos ao grande Programa Cruzeiro do Sul (PCS), que vem sendo conduzido conjuntamente pelo CTA e AEB em parceria com os russos e contará com o desenvolvimento de 5 novos foguetes lançadores de satélites até 2022.
Mas, como já diz o Pravda, as maiores estrelas serão os nossos satélites geostacionários próprios. Desde setembro de 2005, o Brasil vem trabalhando em um ambicioso programa próprio para o Sistema de Satélites de Múltiplas Missões (SSMM), que também tem o nome de Satélite Geoestacionário Brasileiro (SGB).
Comemoremos ! Brasil !!!
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