sexta-feira, 23 de janeiro de 2009
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O UCAV BRASILEIRO
Enquanto o Brasil inteiro acompanha as eternas concorrências dos Programas FX da Força Aérea Brasileira (FAB), a qual pretende reequipar e renovar sua Aviação com um Caça de Superioridade Aérea de 4ª Geração, novos projetos vão acontecendo para uma era mais à frente, ou logo ali.
Os olhares mais atentos não se dirigem mais para a 4ª Geração, nem 4ª e meia, nem 5ª, e nem para uma 6ª Geração de caças tripulados. As pesquisas mundiais hoje concentram-se nas aeronaves não-tripuladas. Quem não as tiver em alguns anos, será melhor permanecer em terra, como aconteceu com a Força Aérea do Iraque de Saddm Hussein em 2003.
No mundo inteiro, emprega-se os termos em inglês UAV (Unmanned Aerial Vehicle) e UCAV (Unmanned Combat Aerial Vehicle). Nossa tradução é para VANT e VANT-C (Veículo Aéreo Não-Tripulado de Combate).
Um projeto interessante é o Programa nEUROn Europeu (ver a ênfase ao Euro no nome), compartilhado por França, Suécia, Itália, Espanha, Grécia e Suíça.
Vale observar que o Brasil estabeleceu uma parceia estratégica com a União Européia em dezembro de 2008, no Rio de Janeiro, e ainda que França e Suécia são dois dos três finalistas do Programa FX-2 da FAB.
O Brasil tem um longo caminho nesse campo, que poderá ser abreviado por uma aliança envolvendo a Embraer no Programa nEUROn. Existe aqui um interessante e pequeno projeto chamado Carcará, da carioca Santos Lab, já em operação na MB. Mas a grande novidade tecnológica virá do 14X hipersônico.
O Centro Técnico Aeroespacial (CTA) também desenvolve um UAV para missões civis e militares de reconhecimento aéreo, monitoramento de recursos naturais, redes elétricas e de dutos de petróleo. Tal projeto faz parte das diretrizes políticas do Ministério da Defesa e conta com o suporte financeiro da Finep.
O CTA coordena o projeto, através do IAE, que já acumula experiência na área de vant, com o desenvolvimento do veículo Acauã, na década de 80. A Avibrás Aeroespacial foi selecionada como parceira industrial, pois ela tem experiência com o desenvolvimento do UAV americano Scorpion, sob o qual possui os direitos de fabricação.
Posteriormente, o CTA deverá trabalhar no projeto de um alvo aéreo manobrável com propulsão a jato, utilizando turbina de baixa potência. Além do CTA, outras instituições brasileiras também investem no desenvolvimento de veículos não tripulados.
Existem diversos desenvolvimentos de UAV no Brasil, como o Projeto Acauã (IAE/CTA), Flight Solutions FS-1 Watchdog, FS-2 Avantvision, FS-3 Starcopter. Este último interessaria à Marinha Brasileira, por ser um UAV-VTOL compacto, com capacidade de ser embarcado nos navios patrulha de 500 ton em construção (Projeto Vigilante).
As tecnologias de células de combustível e de nanobaterias irão prover no futuro UAVs que poderão ficar em patrulha por meses. UAVs a grandes altitudes movidos por energia solar poderão coordenar frotas de UCAVs em altitude inferiores armados com mísseis interligados em rede.
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