Indústria bélica da região supera crise, retoma produção e abre postos de trabalho
Empresas do setor de Defesa de São José dos Campos estão retomando o ritmo de crescimento. O apoio do governo federal deve gerar novos contratos com o exterior e vagas de empregos na região.
Para cumprir um contrato de R$ 500 milhões com a Malásia, a Avibras já contratou 400 trabalhadores desde novembro. Outros 100 devem ser efetivados nos próximos meses. Cerca de 70% dessa mão de obra é formada por funcionários que foram demitidos em julho do ano passado, quando a empresa passou por uma grave crise e apresentou um plano de recuperação judicial.
A dívida total é de R$ 640 milhões. Segundo o presidente da Avibras, o maior credor é o governo federal. A divida de R$ 320 milhões seria transformada em ações do governo na empresa. “Esse processo vai ser detalhado e deve correr por cerca de 6 a 8 meses, ou seja, esperamos que ele esteja concluso no fim do ano”, explica Sami Youssef Hassuani, presidente da Avibras.
A perspectiva é de crescimento para a empresa, que tem como principal produto o sistema de lançamento de mísseis astros. Outros contratos devem ser fechados este ano.
O governo federal divulgou uma nota informando que não pretende controlar as empresas de Defesa. No caso da Avibras, o governo deverá ter uma ação especial, que vai lhe permitir intervir em decisões estratégicas.
A União também deu garantias para outra empresa de São José dos Campos. A Mectron vai produzir mísseis anti-radar para o Paquistão, um contrato de R$ 255 milhões. O Ministério da Defesa acredita que a operação vai aumentar em cinco vezes a produção e mão-de-obra empregada na fábrica.
A entrada do governo na Avibras depende ainda da aprovação de outros credores da dívida.
Nosso Comentário:
Defesa Em Alta – Empregos Crescendo
Chega a ser irônico vermos o mundo todo perdendo dezenas de milhares de empregos todo dia, enquanto nossas até ontem combalidas indústrias de defesa começam a contratar fortemente todo mês.
Só a Avibras contratou 400 trabalhadores desde novembro de 2008 e outros 100 devem ser efetivados nos próximos meses. Já a Mectron prevê multiplicar seus empregos por CINCO, a fim de produzir os mísseis anti-radar encomendados pelo Paquistão, em um contrato de R$ 255 milhões.
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