

Acidente em submarino nuclear também deixou 22 feridos no sábado.
Desastre ocorreu em águas russas do Mar do Japão, no Pacífico.
A procuradoria russa abriu neste domingo (9) uma hoje uma investigação para apurar se houve violação das regras de condução e exploração de navios de guerra, derivado em resultado de morte por imprudência, após o acidente no sábado durante um teste com um submarino nuclear, no qual 20 pessoas morreram.
"Foi criada uma brigada de investigação, que está realizando as pesquisas", disse Vladimir Markin, porta-voz oficial do Comitê de Instrução da Procuradoria, citado pelas agências russas.
O acidente com o submarino nuclear da Frota do Pacífico russa aconteceu durante testes marítimos em águas russas do Mar do Japão e causou a morte de seis soldados e de 14 trabalhadores de estaleiros, além de ter deixado 22 feridos.
Segundo um especialista militar, é provável que o acidente, provocado por uma emissão de gás freon (um tipo de cloroflúorcarbono) após a ativação não-autorizada do sistema antiincêndio do submarino, tenha sido causado pelo cumprimento incorreto do plano de trabalho por parte dos estaleiros, encarregados de realizar os testes.
O submarino recebeu imediatamente a ordem de suspender os testes e voltar à base provisória na região russa de Primorie, enquanto os feridos foram levado a bordo de outra embarcação para o hospital da Frota do Pacífico em Vladivostok, no extremo leste do país.
"Declaro sob minha responsabilidade que os reatores do submarino funcionam com normalidade e que os níveis de radiação correspondem à norma", ressaltou o porta-voz da Marinha russa, o capitão de navio Igor Digalo, após o acidente.
O porta-voz disse que, no momento do acidente, havia 208 pessoas a bordo, das quais 81 eram soldados.
Ele afirmou que o submarino se encontrava em fase de testes e que sua incorporação à Frota do Pacífico estava prevista para o final deste ano.
O presidente russo, Dmitri Medvedev, que foi informado imediatamente, ordenou que o ministro da Defesa, Anatoli Serdiukov, o mantivesse a par da situação e encomendou ao procurador-geral, Yuri Chaika, uma investigação exaustiva do ocorrido.
O acidente mais grave de um submarino russo aconteceu no dia 12 de agosto de 2000 no mar de Barents, quando 118 marinheiros morreram quando o submarino nuclear "Kursk" afundou, após uma explosão na câmara de torpedos.
Três anos mais tarde, no dia 30 de agosto de 2003, o submarino atômico "K-159" afundou durante uma tempestade, também no mar de Barents, a uma profundidade de 170 metros e com 10 pessoas a bordo, das quais uma foi resgatada com vida.
Rússia
Mais de 20 marinheiros morreram e 21 ficaram feridos a bordo do submarino nuclear russo Nerpa, que navegava no Mar do Japão. As autoridades já anunciaram que o submarino não apresenta sinais de destruição e que os níveis de radiação são “normais”. A avaria que provocou o acidente terá ocorrido durante exercícios no sistema químico anti-incêndio. Os feridos foram transportados para um navio, responsável por escoltar o Nerpa.
O submarino, com 208 pessoas a bordo, entre as quais engenheiros e trabalhadores de um estaleiro naval, recebeu ordens imediatas para cessar o exercício e voltar para o litoral, em direcção ao sudeste da Rússia.
O acidente traz à memória os trágicos acontecimentos de 2000, quando 118 marinheiros perderam a vida no submarino Kursk.
da Folha Online
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