Buenos Aires, 17 nov (EFE).- O ministro da Defesa, Nelson Jobim, concordou hoje com seus colegas de Argentina e Equador em afirmar que a América do Sul tem a "oportunidade histórica" de contar com um conselho de defesa regional, durante seminário na Universidade Nacional Três de Fevereiro, em Buenos Aires.
A oportunidade, segundo eles, se dá "tanto pelo contexto global como pela possibilidade de ter uma só voz internacionalmente".
Jobim, disse que "não há interesse" do Brasil em desempenhar um papel hegemônico e advertiu que "não há nenhuma nação que possa falar pela América do Sul".
"As assimetrias existem, mas não podemos trabalhar com a teoria da conspiração", declarou, antes de lembrar que no final dos anos 80 no Brasil "se pensava que a defesa não era uma questão nacional".
"Agora está claro que devemos vinculá-la ao desenvolvimento econômico e social de nossos países. Por isso falamos do desenvolvimento de uma defesa regional e de uma possível integração da base industrial nesta matéria. Ou vamos seguir sendo compradores no supermercado?", perguntou.
Após a proposta brasileira, se definiu que o conselho de defesa regional deverá ser uma instância permanente da União de Nações Sul-americanas (Unasul), integrada por Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, Guiana, Paraguai, Peru, Suriname, Uruguai e Venezuela.
"O projeto foi lançado com extraordinária oportunidade pelo Brasil e reúne as idéias de democracia e soberania", destacou o ministro equatoriano de Defesa, Javier Ponce.
Já a ministra argentina da Defesa, Nilda Garré, considerou "essencial trabalhar a partir de mínimos denominadores comuns", para "construir um mecanismo regional para que a América do Sul seja uma zona de paz e democracia". EFE
terça-feira, 18 de novembro de 2008
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» Jobim vê "oportunidade histórica" para conselho de defesa sul-americano
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