Dezenas de milhares de fuzis de assalto e outras armas no Afeganistão correm o risco de irem parar às mãos do Talibã, pois os militares ianques admitem terem perdido o rastro delas, conforme uma auditoria efetuada pelo congresso dos EUA.
A equipe de auditores do Congresso descobriu que mais de um terço das 242.000 armas doadas pelos EUA ao Afeganistão, incluindo milhares de AK-47, lança-granadas, metralhadoras de apoio e outras armas, simplesmente desapareceram.
Além disto, não existem relatórios exatos informando o que aconteceu com outras 124.000 armas doadas por outros países da Aliança. A maioria destas armas foram deixadas aos cuidados dos militares afegãos, que tem um longo histórico de deserções e corrupção. Seus depósitos não passam de galpões de madeira sem nenhum tipo de segurança.
O relaxamento das normas básicas de segurança entre os militares afegãos é tão grande que atinge inclusive equipamentos sofisticados como visores noturnos, miras telescópicas e equipamentos de comunicação.
Membros do Senado americano estão exigindo explicações dos militares, alegando que soldados americanos e da Aliança podem estar sendo mortos por armas fabricadas em seus próprios países de origem.
O fato não é novo. Em 2007 o mesmo grupo de auditores descobriu que mais de 190.000 fuzis AK-47 e pistolas enviados ao Iraque também desapareceram dos depósitos sem nenhum tipo de registro. Algumas destas armas, como um grande lote de pistolas Glock foram parar às mãos do PKK ( Partido dos Trabalhadoras do Kurdistão) baseados ao norte do país na fronteira com a Turquia, e incluídos na lista de grupos terroristas pelos EUA e pela Comunidade Européia.
Numa resposta oficial ao relatório do Pentágono, a funcionária da subsecretaria do Departamento de Defesa Ellen McCarthy declarou que “roubo, sabotagem, descaminho e corrupção” no manuseio de armas e explosivos no Afeganistão poderão comprometer totalmente o esforço americano e da OTAN na região.
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