Para chanceler, acordo com o Irã não deve atrapalhar campanha do país por cadeira permanente no Conselho de Segurança da ONU
O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, afirmou nesta sexta-feira que o Brasil prefere não obter uma cadeira no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) do que assumir uma posição submissa para conseguir a vaga.
“Se para ser membro permanente do Conselho de Segurança da ONU você tiver que ter uma posição subserviente, é preferível não ser”, afirmou Amorim, durante o Fórum da Aliança de Civilizações das Nações Unidas, no Rio de Janeiro.
O chanceler disse considerar improvável que o acordo firmado entre o Brasil e a Turquia com o Irã possa atrapalhar a campanha do governo Lula pela vaga.
Durante o encontro, o chanceler fez críticas a parte da imprensa brasileira. De acordo com ele, alguns jornalistas sempre trataram a questão da vaga no Conselho de Segurança da ONU como algo irrelevante. Com a parceira fechada com o Irã, o tema teria voltado à tona com novo enfoque.
“A maior parte da mídia brasileira sempre tratou criticamente essa questão do Conselho de Segurança. Diziam que o Brasil tinha essa obsessão e que isso prejudicava outros interesses. Agora, quando fazemos um ato correto com a Turquia, de acordo com a nossa consciência, as pessoas perguntam se isso não irá prejudicar a aspiração brasileira”, alfinetou o ministro.
Questionado se o acordo feito com o Irã poderia atrapalhar as relações comerciais históricas do Brasil com os EUA, Amorim foi taxativo. “Não creio. Acho que seria uma atitude infantil. O Brasil tem excelentes e intensas relações com os Estados Unidos”, avaliou. “Você não pode adotar uma política de que quem não está comigo é contra mim. Isso não existe”, finalizou.
FONTE: Último Segundo
sábado, 29 de maio de 2010
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» Amorim: Brasil não será submisso por vaga na ONU
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