Leia o artigo do deputado federal William Woo sobre o Programa F-X2
O Comando da Aeronáutica (COMAER) do Brasil deu início, em maio de 2008, ao Projeto F-X2, que visa a substituição de aeronaves de combate da Força Aérea Brasileira (FAB). O objetivo do trabalho é dotar a FAB de uma frota padronizada de aeronaves de caça de múltiplo emprego. O planejamento prevê a substituição gradual das frotas de Mirage-2000, F-5M e A-1M, iniciando as operações no Brasil em 2015, sendo utilizadas por aproximadamente 30 anos.
Desde o princípio do projeto, a Aeronáutica tem dado transparência a todos os atos referentes ao assunto. Logo de início, o Comando deixou claro que o processo visaria buscar o melhor produto e que seria levado em consideração, principalmente, o atendimento aos requisitos operacionais estipulados pela FAB. A avaliação também consideraria a logística, os custos, as condições das ofertas de compensação comercial e o grau de transferência de tecnologia para a indústria aeronáutica brasileira.
Durante o processo, seis empresas foram pré-selecionadas e receberam, em junho de 2008, solicitação para apresentarem informações: as norte-americanas Boeing e Lockheed Martin, a francesa Dassault, a russa Rosoboronexport (Sukhoi), a sueca Saab e o consórcio europeu Eurofigther. Todas com capacidade de fornecer aeronaves de caça que serviriam aos anseios da FAB. Após primeira avaliação de propostas, em novembro, a Comissão Gerencial do Projeto F-X2 escolheu as aeronaves da Boeing (F-18 E/F Super Hornet), a Dassault (Rafale) e a Saab (Gripen NG) e enviou às empresas o Pedido de Oferta.
A partir de fevereiro de 2009 o COMAER, após receber as ofertas das empresas, realizou visitas técnicas e voos de avaliação, inspeções às instalações industriais e logísticas, às oficinas de manutenção, aos laboratórios de desenvolvimento de sistemas e aos esquadrões operacionais.
O projeto seguiu para a análise de mais de 60 especialistas em diversas áreas, que procederão à elaboração do relatório final técnico das aeronaves concorrentes, sendo também apresentado aos oficiais-generais integrantes do Alto Comando da Aeronáutica. De lá, será encaminhado ao Ministério da Defesa, que terá a palavra final do presidente Luis Inácio Lula da Silva sobre a aquisição dos 36 novos caças para a esquadra brasileira.
Em consonância com o processo realizado no âmbito do Comando Aéreo, o projeto também foi amplamente discutido nas Comissões de Relações Exteriores e de Defesa Nacional, da qual faço parte, e de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática da Câmara dos Deputados. Isso porque sentimo-nos no dever de participar da discussão sobre a melhor oferta de transferência de tecnologia para o Brasil, entre outros assuntos pertinentes.
Estamos confiantes que o Alto Comando da Aeronáutica, sobretudo sob a chefia do tenente-brigadeiro do ar Juniti Saito, fará a melhor escolha. Temos a consciência que o comandante Saito, experiente aviador com mais de 6.000 horas de vôo, terá sensibilidade e sabedoria para encaminhar o que for melhor para a Defesa Nacional.
Ultimamente o assunto da aquisição das aeronaves tem tomado um foco político, encontro entre lideres e autoridades políticas, deixando de lado os técnicos, aqueles que realmente têm capacidade e preparo para discutir o assunto. É importante ressaltar que todo o processo representa um importante avanço para a indústria de defesa do País, o que possibilitará parcerias estratégicas de longa duração e trará condições ao Brasil de produzir ou participar da produção de caças de 5ª geração.
A empresa escolhida pela Aeronáutica, por meio da Comissão Gerencial do Projeto F-X2, será, sem sombra de dúvida, a mais competente, em termos técnicos, para atender à demanda proposta. Por isso, é importante ter em mente que a escolha da Aeronáutica deve ser respeitada por todas as instâncias a quem ela é subordinada, independentemente de posições pessoais, apelos políticos ou outro motivo que venha a manchar o excelente trabalho feito pelo COMAER até hoje.
*William Woo é deputado federal pelo PPS de São Paulo e membro titular da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional da Câmara dos Deputados
O Comando da Aeronáutica (COMAER) do Brasil deu início, em maio de 2008, ao Projeto F-X2, que visa a substituição de aeronaves de combate da Força Aérea Brasileira (FAB). O objetivo do trabalho é dotar a FAB de uma frota padronizada de aeronaves de caça de múltiplo emprego. O planejamento prevê a substituição gradual das frotas de Mirage-2000, F-5M e A-1M, iniciando as operações no Brasil em 2015, sendo utilizadas por aproximadamente 30 anos.
Desde o princípio do projeto, a Aeronáutica tem dado transparência a todos os atos referentes ao assunto. Logo de início, o Comando deixou claro que o processo visaria buscar o melhor produto e que seria levado em consideração, principalmente, o atendimento aos requisitos operacionais estipulados pela FAB. A avaliação também consideraria a logística, os custos, as condições das ofertas de compensação comercial e o grau de transferência de tecnologia para a indústria aeronáutica brasileira.
Durante o processo, seis empresas foram pré-selecionadas e receberam, em junho de 2008, solicitação para apresentarem informações: as norte-americanas Boeing e Lockheed Martin, a francesa Dassault, a russa Rosoboronexport (Sukhoi), a sueca Saab e o consórcio europeu Eurofigther. Todas com capacidade de fornecer aeronaves de caça que serviriam aos anseios da FAB. Após primeira avaliação de propostas, em novembro, a Comissão Gerencial do Projeto F-X2 escolheu as aeronaves da Boeing (F-18 E/F Super Hornet), a Dassault (Rafale) e a Saab (Gripen NG) e enviou às empresas o Pedido de Oferta.
A partir de fevereiro de 2009 o COMAER, após receber as ofertas das empresas, realizou visitas técnicas e voos de avaliação, inspeções às instalações industriais e logísticas, às oficinas de manutenção, aos laboratórios de desenvolvimento de sistemas e aos esquadrões operacionais.
O projeto seguiu para a análise de mais de 60 especialistas em diversas áreas, que procederão à elaboração do relatório final técnico das aeronaves concorrentes, sendo também apresentado aos oficiais-generais integrantes do Alto Comando da Aeronáutica. De lá, será encaminhado ao Ministério da Defesa, que terá a palavra final do presidente Luis Inácio Lula da Silva sobre a aquisição dos 36 novos caças para a esquadra brasileira.
Em consonância com o processo realizado no âmbito do Comando Aéreo, o projeto também foi amplamente discutido nas Comissões de Relações Exteriores e de Defesa Nacional, da qual faço parte, e de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática da Câmara dos Deputados. Isso porque sentimo-nos no dever de participar da discussão sobre a melhor oferta de transferência de tecnologia para o Brasil, entre outros assuntos pertinentes.
Estamos confiantes que o Alto Comando da Aeronáutica, sobretudo sob a chefia do tenente-brigadeiro do ar Juniti Saito, fará a melhor escolha. Temos a consciência que o comandante Saito, experiente aviador com mais de 6.000 horas de vôo, terá sensibilidade e sabedoria para encaminhar o que for melhor para a Defesa Nacional.
Ultimamente o assunto da aquisição das aeronaves tem tomado um foco político, encontro entre lideres e autoridades políticas, deixando de lado os técnicos, aqueles que realmente têm capacidade e preparo para discutir o assunto. É importante ressaltar que todo o processo representa um importante avanço para a indústria de defesa do País, o que possibilitará parcerias estratégicas de longa duração e trará condições ao Brasil de produzir ou participar da produção de caças de 5ª geração.
A empresa escolhida pela Aeronáutica, por meio da Comissão Gerencial do Projeto F-X2, será, sem sombra de dúvida, a mais competente, em termos técnicos, para atender à demanda proposta. Por isso, é importante ter em mente que a escolha da Aeronáutica deve ser respeitada por todas as instâncias a quem ela é subordinada, independentemente de posições pessoais, apelos políticos ou outro motivo que venha a manchar o excelente trabalho feito pelo COMAER até hoje.
*William Woo é deputado federal pelo PPS de São Paulo e membro titular da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional da Câmara dos Deputados