Estado de São Paulo
Caracas e La Paz acusadas de vender urânio a Teerã
Venezuela e Bolívia forneceram urânio para o programa nuclear do Irã, indicou um relatório secreto do governo de Israel obtido pela agência Associated Press.
Sabe-se que os dois países latino-americanos têm estreita relação com o Irã, mas é a primeira vez que são acusados de participar do desenvolvimento do programa nuclear iraniano, considerado uma ameaça por Israel.
O relatório conclui que o presidente venezuelano, Hugo Chávez, está tentando prejudicar os EUA, apoiando o Irã. Funcionários venezuelanos e bolivianos não quiseram comentar a denúncia. Venezuela e Bolívia são firmes aliados e têm um histórico de oposição à política externa americana e às ações de Israel.
Caracas expulsou o embaixador israelense durante a ofensiva de Israel na Faixa de Gaza, entre dezembro e janeiro. Israel respondeu expulsando o diplomata venezuelano. A Bolívia rompeu relações com Israel durante a ofensiva.
O documento de três páginas sobre as atividades iranianas na América Latina foi preparado antes da visita à América do Sul do vice-ministro de Relações Exteriores de Israel, Danny Ayalon, que participará na próxima semana de uma reunião da Organização dos Estados Americanos (OEA) em Honduras. Também está previsto que o chanceler israelense, Avigdor Lieberman, visite a região em breve.
MERCOSUL
O prefeito de Caracas, Antonio Ledezma, de oposição a Chávez, pediu ontem ao Senado do Brasil que rejeite a entrada da Venezuela no Mercosul. Em uma carta enviada no dia 11 ao presidente do Senado, José Sarney, Ledezma diz que seria “um grave precedente admitir no Mercosul um presidente cujas ações demonstram uma escalada autoritária; que não crê nos princípios de mercado, de processo de integração e insulta o Senado brasileiro, chamando seus integrantes de “papagaios do império americano”.
Comentário:
Chávez Envolvido em Esquema de Venda de Urânio ao Irã
Venezuela e Bolívia serem acusados de participar do desenvolvimento do programa nuclear iraniano não pode ser considerado uma ameaça somente para Israel mas, por tabela, ao Brasil também.
Vestidos com os mesmos interesses revolucionários bolivarianos, esses dois países vizinhos do Brasil não se meteriam em atividades tão arriscadas no Oriente Médio se não pudessem em conjunto com seus aliados sulamericanos também tirar proveito máximo do belicoso e fraternal projeto nuclear iraniano. E quem poderia provar o contrário?
Já era sabido que navios petroleiros e de carga geral venezuelanos vinham encobrindo o transporte de equipamentos e armamentos para o Irã, vindos de origens não totalmente determinadas, mas prováveis, como Rússia e/ou China.
Possivelmente, eles também faziam escalas na Coreia do Norte, reconhecidamente parte do mesmo círculo fraternal. Agora sabe-se que o urânio sulamericano vem sendo levado por esses mesmos navios para, pelo menos, o Irã.
Trata-se de um assunto de extrema gravidade. O que é que o governo brasileiro dirá e fará frente a essa denúncia? O presidente Lula recebe hoje em Salvador o presidente Chávez, em mais um de seus amistosos encontros trimestrais.
O BNDES e a Caixa farão a alegria da Venezuela, enquanto ela trafica urânio para o Irã e pode muito bem estar se armando em troca com o produto final iraniano, a bomba atômica revolucionária, fim de todas as discussões e diplomacias para o Brasil acuado e inoperante.
Para completar o dia, a FAB anunciou que doará três aeronaves T-27 Tucano para a Força Aérea do Paraguai, destinados à patrulha de fronteira e combate ao narcotráfico.
Tal gesto demonstraria boa vontade do Brasil ao Paraguai, em franca luta para elevar o preço da eletricidade gerada por Itaipu. Por sorte, a transferência ainda precisa ser aprovada pelo Congresso. Mas será sorte mesmo?
terça-feira, 26 de maio de 2009
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