(Resumido e comentado de notícia da internet)
Diante da mais importante descoberta de petróleo do mundo em anos, o governo está buscando controlar diretamente a extração e o desenvolvimento dos campos em águas profundas, que geólogos internacionais estimam poder conter dezenas de bilhões de barris de petróleo recuperáveis
A medida faz parte de um impulso nacionalista para aumentar os benefícios obtidos pelo país com seus recursos naturais e cimentar sua posição como potência global.
O pré-sal é a maior reserva em desenvolvimento no mundo, especialmente importante face ao aumento do consumo mundial e as dúvidas sobre o atendimento das necessidades na próxima década.
As apostas são altas. Brasil pretende mais que dobrar sua produção de petróleo, para 5,7 milhões de barris por dia até 2020. O nacionalismo está novamente borbulhando no momento. Não é que seja hostil aos estrangeiros, mas é decidir quem ficará com os benefícios do nossos recursos naturais, e isto depende basicamente do esforço que estejamos dispostos a fazer para os explorar e defender. Já contamos com uma economia diversificada, o que nos ajudará a evitar o "mal" da dependência de um recurso natural, que tem afetado várias das potências mundiais de petróleo.
Os ventos nacionalistas estão começando a soprar de novo. O novo fervor nacionalista lembra o dos anos 70, quando o governo militar do Brasil declarava que "a Amazônia é nossa" para rechaçar enclaves estrangeiros na floresta tropical.
O País tem bons motivos para querer limitar a participação estrangeira. Os preços do petróleo estão mais altos e tudo indica que subirão astronomicamente. O desenvolvimento dos novos campos, antes arriscado, "agora é um bilhete premiado".
Quem não gostou foram os estrangeiros – “A decisão de dar à Petrobras o controle operacional é míope, arriscada e poderá atrasar a capacidade do Brasil de usar o petróleo para ajudar a transformar o país”, afirmam consultorias de risco em Nova York. E o risco não é só este; riquezas e debilidade militar atraem ambições e guerras, mormente se as potências dominantes necessitarem do ouro negro para sobreviver. Além disto a exploração exigirá um esforço hercúleo. A Petrobras precisará de 40 plataformas capazes de atingir os novos campos - mais da metade das existentes no mundo. Muitas ela terá que construir.
No País apesar da comoção nacionalista ainda não há a unanimidade do tempo do governo militar. Há quem pense (não sem razão) que governo usará politicamente o argumento ideológico, nacionalista e emocional para a eleição do próximo ano, mas se agir de acordo com o interesse nacional terá direito a colher os louros. Ao contrário, os que pensarem internacionalmente pelos motivos que forem, pagarão o ônus político e receberão o repúdio geral. Por maiores que sejam os inconvenientes do uso das estatais como cabides de empregos para os aliados políticos, isto ainda é menos ruim do que a desnacionalização do FHC.
O governo atual, que merece nossa condenação pela covardia ante as exigências descabidas da Bolívia e do Paraguai e pela divisão do País em etnias hostis, neste caso está merecendo aplauso e apoio
1 comentários:
Olá, José Carlos!
Muito oportuna e brilhante essa sua abordagem sobre esse tema tão importante para a sociedade brasileira que é a questão do nosso petróleo. O povo brasileiro merece usufruir os frutos da estração do pré-sal. A petobrás (ou alguma empresa a ser criada) deve comandar essas extrações, os projetos e tudo que envolver esse essa descoberta. Além disso, o governo deve cuidar para que os benefícios sejam distribuíodos para todoas os estados brasileiros, e não apenas para alguns com quer o governador do Rio de Janeiro.
Abraços
Francisco Castro
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